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OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

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A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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domingo, 6 de março de 2011

Origem do Dia 8 Internacional da Mulher

O Brasil tem 34 milhões de jovens entre 15 e 24 anos, segundo o último Censo. Mais da metade desses jovens são mulheres. Quase 7 milhões não estudam nem trabalham. De outro lado, dados do IBGE apontam para o crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho. Mas esse avanço não significou uma melhoria da situação feminina. Ao contrário, as mulheres representam mais de 40% da força de trabalho no país, porém ainda assumem ocupações e ofícios que demandam menor qualificação formal e menor remuneração.
Estatísticas como essas demonstram a falta de perspectivas da juventude brasileira. Será que alguma coisa mudou com a chegada de uma mulher ao posto mais importante do país, de presidente da República? Como as meninas estão sentindo esses problemas? O que elas pensam sobre violência e falta de emprego? Como enfrentam a questão da menor remuneração em relação ao que ganham os homens? O que pensam sobre o direito ao aborto?
Esses são os temas do debate no Câmara Ligada de março, com a participação de jovens de escolas públicas e privadas de Brasília, da deputada Erika Kokai (PT-DF), de especialistas, jovens feministas e da banda Lipstick.
Origem do Dia Internacional da Mulher
O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher
Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
Em 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Women's Trade Union League. Esta associação tinha como principal objetivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho.
Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque: reivindicaram o mesmo que as operárias no ano de 1857, bem como o direito de voto. Caminhavam com o slogan "Pão e Rosas", em que o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida.
Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher".
Mulher Inteligente
de Lenise Resende
Inúmeras vezes, escutei alguém dizer: -" Você é muito inteligente para uma dona de casa!" Então, passei a maior parte da vida, exercendo a profissão certa pra mim - dona de casa.

É preciso inteligência para saber:
- que a roupa clara deve ser lavada separada da escura,



- que roupas atoalhadas devem ser lavadas em separado,
- como lavar tecidos delicados,
- como lavar roupas que largam tinta,
- como tirar manchas das roupas,
- como colocar roupas de molho,
- que há diferenças entre tipos e marcas de sabão
- que há diferenças entre os alvejantes e os amaciantes,
- que a quantidade de sabão em pó na máquina de lavar precisa ser dosadas
- como torcer roupas lavadas,
- que a roupa lavada precisa ser bem colocada no varal ,

- que a roupa retirada do varal deve ser guardada dobrada ou em cabide (camisas),
- que lavar e passar roupa parece simples mas, não é... se considerarmos que nossas roupas precisam ter durabilidade, estar limpas, bem passadas e se possível, cheirosas.
Uma pessoa que cozinhou durante vinte anos sem gostar, dificilmente fará uma boa comida. Até para fritar um ovo, é preciso gostar. Se eu pegar a frigideira resmungando e o óleo me lamentando, quando quebrar o ovo, vai ser com mão de pugilista pronto a desferir um golpe fatal no adversário.
Tudo será diferente, se calmamente eu escolher a frigideira, dosar a quantidade de óleo, deixando o vasilhame por perto (para o caso de ser novamente necessário), quebrar os ovos em um prato fundo com cuidado (há sempre a possibilidade de haver um ovo estragado). E, depois, colocá-los na frigideira lentamente, para que se espalhem por igual no óleo. O fogo médio os deixará no ponto ideal para serem salgados, com bem dosadas pitadas de sal. Quando estiverem prontos, deixo-os escorregar da frigideira para uma travessa. E, ao usar o bom humor e a paciência, serei duplamente recompensada, ao comer um prato saboroso, sem estar preocupada com a hora de lavar a frigideira.
Ainda bem que essa profissão nunca me deixará desempregada - os filhos crescem e nascem os netos... E, quem quiser, pode guardar a receita acima no caderno de receitas - chama-se: "ovo frito amoroso" ou, se preferir, "amorovo".

8 de março
de Sandra Mamede

Até parece uma grande coisa, terem estabelecido uma data específica para as mulheres.
Na verdade, a mulher não precisa de um dia específico, de uma data pré-estabelecida, o seu dia, são todos os dias, pois estão vivas e são atuantes independentemente de dia, na verdade, nunca têm folga!
As mulheres, sempre foram discriminadas, sempre estiveram em segundo lugar na escala de valores, e tudo isso se deve a esse regime patriarcal e machista em que vivem. Mas apesar disso tudo, elas estão cada vez mais conquistando o seu espaço e o seu lugar na sociedade
Já foi comprovado estatisticamente, que a mulher sofre discriminação em todas as áreas, principalmente na parte profissional, pois a mulher mesmo sendo muito competente, quando ocupa o mesmo cargo de um homem, o seu salário é bem menor. mas os homens não são os únicos culpados, pois essa discriminação existe por parte das próprias mulheres. Uma mulher, geralmente não confia em outra para exercer um cargo importante e de confiança.
Ser "feminista", não foi e nunca será a solução. A mulher não precisa se masculinizar para ser respeitada, achando que somente dessa forma ela poderá ser reconhecida e valorizada, pois mesmo sendo feminina, ou melhor, principalmente sendo feminina, ela pode mostrar o seu valor e a sua capacidade. A mulher sabe que dispõe de muitas "armas" em seu favor, pois mesmo mostrando "fragilidade", ela pode ser forte e decidida, e dessa forma, tirar da sua "sensibilidade" a força de que precisa.
Mesmo vivendo nessa dura realidade, ela não deve perder o seu romantismo. Deve saber transformar a rotina do seu dia-a-dia, numa sucessão de novidades e descobertas, nunca desistindo dos seus sonhos. Mesmo quando estiver fraca, deve se mostrar forte e lutar sempre pela sua independência. Deve de tudo tirar uma lição de otimismo, pois em cada erro que ela cometer, é um ganho de experiência, para se transformar numa tentativa de um futuro acerto, pois errando, se aprende também. Deve ser resistente nas intempéries da vida, pois ela própria é vida, tem vida e gera vida, sendo assim, sabe a noção exata do que significa a palavra "AMOR" e "AMAR".
A mulher, com o seu jeitinho, e a sua delicadeza, soube galgar e conquistar o seu degrau na escada da vida, que inclui o seu lado profissional, o seu lado familiar e o seu lado pessoal. Assim sendo, ela nunca deve tentar se impor pela força, querendo mostrar "igualdade" com os homens, pelo contrário, ela deve fazer questão de ser sempre o "sexo frágil" e ter consciência, que "fragilidade", não significa fraqueza. Essa "fragilidade" na verdade, significa "sensibilidade".
A mulher inteligente, deve fazer questão de ser tratada e considerada com um "vaso mais frágil", para ser tratada com respeito, com carinho, com amor, com cuidado,e é nesse momento que ela mostra a "força" que tem.
Ser forte, não significa gritar, para ser ouvida e para chamar, se isso pode ser feito com uma voz doce e carinhosa. Não precisa exigir para conseguir as coisas, se com um jeitinho especial pode pedir e ser atendida. Não precisa "medir forças", "enfrentar", pois a sua força está na persuasão. Não precisa se "armar" pensando que está numa guerra física, achando que é vergonhoso recuar, pensando que com essa atitude perdeu a batalha, porque às vezes para se ganhar uma guerra, é preciso recuar, se fortalecer para então avançar com mais força, mais segurança, mais convicção e então atingir o seu alvo e conseguir o seu objetivo e assim vencer.
Por isso tudo, viva a mulher, não somente no dia 8 de março (dia da mulher), não somente no segundo domingo do mês de maio (dia das mães), não somente no dia das avós (que é mãe e mulher duas vezes), Mas sim, viva a mulher, todos os dias, todas as horas, todos os minutos e todos os segundos, porque a "mulher" é sempre "mulher" todo o tempo.

Alma de Mulher
de Maria Cristina Moreira Safadi
No objetivo de buscar o papel da mulher no mundo, o caminho escolhido foi minha vida, vista e analisada pela alma e coração femininos.
Quando criança, já sentia como são diferentes os caminhos das pessoas. Pobres e ricos, crentes e ateus, feios e bonitos, saudáveis e imperfeitos. Um mundo cheio de cores, alegres e tristes. E eu desejava muito entendê-lo. Olhava-me e ignorava o sentido de minha existência. Mas sentia-me bem, assim como era. Meus cabelos cacheados que me cobriam os ombros me enchiam de orgulho. Pela manhã, os escovava, tratando-os como a um tesouro. Minha alma feminina já se manifestava em pequenas coisas. Emocionava-me com facilidade e não raro derramava lágrimas por algo que via ou presenciava. Alma de mulher.
Nos longos recreios na escola eram constantes minhas visitas a gruta de Nossa Senhora e ali... Sentia-me feliz. Aquela mulher, de rara beleza me fascinava e me orientava. Tinha um amor imenso por aquela mulher. Jovem e corajosa que gerou, amamentou, ensinou os primeiros passos a Jesus. Sim, eu a amava muito e gostava de partilhar com ela o imenso privilégio de ser mulher. Um dia, pensava eu, ainda faria algo forte, algo de que pudesse me orgulhar. Algo para deixar sementes e brotar minha presença neste mundo. Alma de mulher.
Minha mãe era rainha naquela bonita casa. E eu... Eu a achava linda... Mãe de oito filhos,sabia se conduzir com força e determinação, dispensando a cada um a real necessidade que se fazia presente. Ocupava em meu coração infantil um lugar que ninguém mais haveria de conquistar. Segurava suas mãos, sabendo que me levariam por um justo caminho. Seguia seus passos, certos e firmes e admirava-a mais do que nunca, dividindo suas horas nos afazeres domésticos e em seus cuidados com o lar. A delicadeza feminina. Alma de mulher.
Mas, seria isto o que se espera de uma mulher? Fui crescendo, olhos atentos, mãos explorando, visitas contínuas a Nossa Senhora. Não... jamais poderia imaginar a luz que recebi de Minha Mãe. Procurava incessantemente meu lugar. Estudava, lia tudo que me passava pelas mãos. Mudei de rumo muitas e muitas vezes, mas sempre a alma feminina, ansiosa, misteriosa e terna, dirigia meus mais importantes momentos. Alma de mulher
Finalmente terminei meus estudos em profissão não tão feminina. Ao menos pensava assim, tendo como universo o mundo que se descortinava a minha frente. Mas a imagem daquela Nossa Senhora jamais me abandonou. Trazia-me uma força traduzida na minha vontade de marcar o meu caminho com flores, muitas flores. Flores com seu aroma, sua mensagem, sua cor, seu sentido, purificando as mãos daqueles que as tocam. Um mundo visto por meu coração. Alma de mulher.

Nesta fase de minha vida já começava a compreender a importância de ser mulher. Colocar nos corações toda vida emocional que vibra no sangue de cada um. Olhava-me e não identificava mais aquela menina franzina e temerosa dos velhos tempos. E os sonhos onde estariam eles? Escondido em algum canto de meu coração. Mas não estavam perdidos. Acalento-os até hoje e muitos... Estes os realizei. Alma de mulher.
Tornei-me mãe e meus filhos muito me ensinaram. Aprendi a esquecer, perdoar, não permanecer em queda, pois muito ainda haveria de lutar. Conheci a beleza de ter em meus ombros a tarefa de carregar seres que muito amo. Trabalho gerando flores, lágrimas que caem numa canção, sorrisos que brotam dos lábios de meus filhos. Tudo em perfeita harmonia. Impossível ser feliz sem vê-los igualmente felizes. Alma de mulher
Abri então meu coração, entendendo que ser feliz é muito mais. É compreender a verdadeira missão a que nos foi destinada. Trazer ao mundo o toque delicado das mãos femininas, no cuidado, no amor, no trabalho. É dizer não a violência que insiste em se alastrar, é pagar com sorriso a lágrima que insiste em cair, é gostar do amargo porque nele também podemos perceber o doce. Ser mulher é saber calar e falar com o coração. É poder se comunicar sem nem mesmo usar a palavra. É ter a tarefa de decidir com força e determinação, sentindo em nossas mãos o peso da decisão. Alma de mulher

Finalmente em minha jornada encontrei a Deus. E pude amá-lo de forma intensa e maravilhosa. Pude senti-Lo nos momentos mais amargos e pude partilhar com Ele minhas alegrias. Pude enfim encontrar o amor infinito de Deus e pude amá-lo com alma de mulher.


Desabafo de uma mulher rebelde...


São 7h. O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede.
Estou TÃO acabada, não queria ter que trabalhar hoje. Quero ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando até. Se tivesse filhos, gastaria a manhã brincando com eles, se tivesse cachorro, passeando pelas redondezas.
Aquário? Olhando os peixinhos nadarem. Espaço? Fazendo alongamento. Leite condensado? Brigadeiro. Tudo menos sair da cama, engatar uma primeira e colocar o cérebro para funcionar.



Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a matriz das feministas que teve a infeliz idéia de reivindicar direitos à mulher, e por quê ela fez isso conosco, que nascemos depois dela. Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós, elas passavam o dia a bordar, a trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando crianças, freqüentando saraus... A vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária. Aí vem uma fulaninha qualquer que não gostava de sutiã, tampouco de espartilho, e contamina várias outras rebeldes inconseqüentes com idéias mirabolantes sobre "vamos conquistar o nosso espaço". Que espaço, minha filha? Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo ao seus pés. Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, e se exibir para os amigos..., que raio de direitos requerer?



Agora eles estão aí, todos confusos, não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo da cruz. Essa brincadeira de vocês acabou é nos enchendo de deveres, isso sim. E nos lançando no calabouço da solteirice aguda.



Antigamente, os casamentos duravam para sempre, tripla jornada era coisa do Bernard do vôlei - e olhe lá, porque naquela época não existia Bernard e, se duvidar, nem vôlei.



Por quê, me digam, por quê um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o "macharedo"? Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso. Tava na cara que isso não ia dar certo. Não agüento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, que sapatos, acessórios, que perfume combina com o meu humor, nem de ter que sair correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer atropelada, passar o dia ereta na frente do computador, com o telefone no ouvido, resolvendo problemas. Somos fiscalizadas e cobradas por nós mesmas a estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, cheirosas, unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, doutorados, e especializações. Viramos supermulheres, continuamos a ganhar menos do que eles.



Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço? Chega!, eu quero alguém que pague as minhas contas, abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela - ai, meu Deus, 7h 30min, tenho que levantar!, - e tem mais, que chegue do trabalho, sente no sofá, coloque os pés para cima e diga: "meu bem, me traz uma dose de whisky, por favor?", descobri que nasci para servir. Vocês pensam que eu estou ironizando? Estou falando sério! Estou abdicando do meu posto de mulher moderna... Troco pelo de Amélia. Alguém se habilita?

Entre a carreira e a Família


Eduardo Gama



Economista norte-americana explica as dificuldades que a mulher enfrenta para conciliar o trabalho e a família.
Em nenhuma outra época da história a mulher teve de se questionar sobre as suas escolhas como hoje. A dúvida entre investir seu tempo e seus esforços em uma carreira profissional ou dedicar-se à construção de uma família angustia muitas mulheres. Para elas, a vontade natural de ter filhos pode se tornar um problema.


Com o objetivo de entender esse dilema, a economista norte-americana Sylvia Ann Hewlett realizou uma pesquisa entre mulheres bem remuneradas e com alto nível de instrução. O resultado foi a publicação do livro Creating a life; Women and the Quest for Children. Em um artigo publicado pela revista Exame (29/05/02), a economista afirma que entre as mulheres norte-americanas que ganham mais de cem mil dólares, 49% não têm filhos, enquanto entre os homens esse percentual é de 19%.
Por que é tão difícil para a mulher ter uma carreira bem-sucedida a ter filhos? Segundo Hewlett, não foram criadas políticas, tanto no local de trabalho como na sociedade, de apoio às mães que trabalham fora do lar: "Ironicamente, essa falta de política é, de certa forma, culpa do movimento feminista americano. Se retrocedermos ao século 19, veremos que as feministas dos Estados Unidos canalizaram grande parte de sua energia para a luta pela igualdade formal com os homens", diz a economista.

Outro obstáculo comentado por Hewlett é o modo como as mulheres jovens encaram essa questão. Entre os 20 anos, a mulher pensa que pode se dedicar integralmente à carreira e quando estiver entre os 35 anos poderá pensar na maternidade. Hewlett diz que "a mídia sempre alardeia os avanços da ciência da reprodução, dando às mulheres a ilusão de que podem adiar a maternidade até que suas carreiras estejam consolidadas. As novas tecnologias de reprodução não têm ainda uma resposta para o problema da fertilidade no caso de mulheres mais velhas".

A solução para a dúvida entre carreira e maternidade parece impossível. Entretanto, a economista dá algumas sugestões para as mulheres que pretendem conciliar o trabalho e a família:


- Imagine que tipo de vida você quer ter aos 45 anos. Se pretende ter filhos (cerca de 86% a 89% das mulheres com salários entre 55 mil e 65 mil dólares anuais querem ser mães) é essencial que você se comprometa com a idéia, e aja rapidamente.

- Tenha o seu primeiro filho antes dos 30. O milagre da maternidade tardia, pouco comum, traz muitos riscos e a sua possível não realização, muitas frustrações.

- Escolha uma carreira que lhe permita controlar seu tempo. Certas carreiras dão mais flexibilidade e não se ressentem tanto de interrupções.

- Escolha uma empresa que se comprometa a ajudá-la a atingir o ponto de equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. Descubra se a empresa tem programas de jornada reduzida e se concede licença com garantia de retorno ao trabalho".

Uma saída que as norte-americanas estão encontrado é dedicar-se somente à família. Susan De Ritis, fundadora do Family and Home Network, disse que "as mulheres querem ter filhos e criá-los, e estão encontrando caminhospara realizar a tarefa em tempo integral".

A economista Sylvia Ann Hewlett aconselha às mulheres: "Não digo que joguem fora a sua carreira, mas para as mulheres em torno dos 30 anos, idade em que fundar uma família e ter filhos é relativamente fácil, esta deve ser a prioridade, e não o trabalho".

Entretanto, em muitos casos, o trabalho da mulher é uma necessidade para o sustento da família. Mas o que se vê atualmente é uma preferência pela carreira que, a longo prazo, não realiza a mulher tanto quanto a família.

A Mulher e o Sonho

Sueli Caramello Uliano

Há uns anos, numa imprevisível reação da minha filha, vivi uma cena que me fez e ainda faz pensar. Transcrevo aqui o episódio como consta na introdução de um pequeno livro meu sobre feminismo.

«Entro no elevador com a minha filha de três anos e um metro de altura. E ela exprime então, contemplando a botoeira, o grande sonho da sua vida:

- Eu ainda vou crescer e alcançar aquele número lá do alto!

Brinco com ela, dizendo-lhe que vai fazer coisas mais interessantes do que andar de elevador, e acabo caindo na clássica pergunta:

- E o que você vai ser quando crescer?

Olha-me intrigada... Parece-me que não entendeu a questão e apresso-me a esclarecer:

- Você vai ser médica? Vai ser dentista? Professora?

- É claro que eu vou ser mãe!

Devo confessar que adorei a resposta! Diverti-me lisonjeada! (Também é verdade que, dias depois, contrariada com algumas exigências minhas, a pequena resolveu que queria mesmo era ser "vó"...).

O episódio fez-me pensar e corar. Por que não me ocorrera o papel de mãe como uma possibilidade futura para a minha filha, certamente não exclusiva, mas primordial? E por que ela, sem ter sido incentivada diretamente, amealhara para si esse sonho, essa aspiração?

Como é natural, não ando a esbanjar a toda hora, entre sorrisos e amabilidades, a felicidade de ser mãe, e temo que a minha filha não a veja estampada no meu rosto com a freqüência que eu desejaria. Mesmo assim, a maternidade revelou-se a grande aspiração dessa mulher-criança. Há aí um mistério que ultrapassa qualquer explicação de ordem cultural: jamais agi deliberadamente no sentido de criar a minha filha para ser mãe, e no entanto essa aspiração brotou com toda a espontaneidade no mais íntimo do seu ser.

Assim é: a mãe insiste em realizar-se na mulher. Diria mais: em toda a mulher..., por mais que um certo feminismo queira que pensemos de outra forma.» *

*Por um novo feminismo, Quadrante, São Paulo, 1995. pp. 3 e 4

A menina cresceu. Já alcança os últimos números da botoeira e vão-se delineando as preferências por determinados assuntos que a farão decidir por uma carreira. Contrariando todos os nossos planos, que eram, aliás, ambiciosos, ficou filha única, o que a levou a considerar, certa vez : "Se me caso com um filho único, meus filhos não terão tios!"
E por estes dias conversávamos com uma amiga, filha única, mãe de uma menininha, mas que já saboreia com grande entusiasmo o fato de ter sobrinhos... Assunto: a numerosa e agitada família do marido dela, com suas histórias que provam quanto os irmãos são importantes na educação dos filhos. E a minha filha cobrou da nossa amiga:

- Você não vai permitir que a Laurinha seja filha única, vai?

- Não vou, não! - ria-se. - Se não tiver mais filhos, adoto! - concluiu convicta.

Ora, ora! Que tempos de surpresas estes! Nem uma palavra sobre o futuro da carreira que os filhos têm o dom de comprometer, nem uma queixa quanto ao trabalho e preocupação que costumam provocar. Pelo contrário, um decidido posicionamento contra a solidão, firme defesa das possibilidades de os filhos serem tios, e os netos terem primos... Um yes eloqüente para a família!

E a minha filha, que antes queria ser mãe, agora quer ser mãe de muitos... Embora já domine perfeitamente o computador.
A mulher mais poderosa do mundo

Certo dia, o então Secretário Geral das Nações Unidas, Pérez de Cuéllar, apresentou-a perante a ONU como “a mulher mais poderosa do mundo” [1].

Ganhou o prêmio Nobel da Paz em 1979. Antes, já havia ganho os mais altos prêmios do mundo: desde os prêmios João XXIII da Paz, Balzán, Kennedy, Templeton, o da FAO e o Schweitzer, até os prêmios mais prestigiosos da Índia, como o Pandi Shi (“Ordem do Lótus”), concedido pelo Pandit Nehru, e o Magsaysay, que a proclamou “a mulher mais benemérita do mundo”. Recebeu também o título de Doutora em Humanidade pela Universidade de Washington, e, em 1983, a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta condecoração dos Estados Unidos, concedida pelo Presidente Reagan. Em 1987, na antiga União Soviética, é condecorada com a Medalha de Ouro do Comitê Soviético da Paz [2].

Concederam-lhe passagens de graça em todas as linhas aéreas do mundo, como antes começara por te-la nos bondes, trens e ônibus de Calcutá e depois de toda a Índia.

Seu nome: Inês (Agnes) Gonscha Bojaxhiu, nascida em 26 de agosto de 1910, em Skoplje, um lugar entre a Albânia e a antiga Iugoslávia. A tual República da Macedônia. Foi batizada um dia depois de nascer, e sua família pertencia à minoria albanesa que vivia no sul da antiga Iugoslávia. Mas nunca morou na Albânia. Foi educada numa escola estatal da atual Croácia, durante os tristes anos da Primeira Guerra Mundial.

Covadonga O’Shea, diretora da revista feminina Telva, escreveu há algum tempo um artigo que se intitulava “Uma mulher que nunca passará de moda”, e que começava assim: “Não é Cindy Crawford nem Cláudia Schiffer. Provavelmente, nunca entrou numa boutique, mas é uma das mulheres que marcam o passo à Humanidade e que deixarão um rasto indelével no século que termina. É muito possível que a preocupação pelo seu look não passe da água e do sabão, mas o seu olhar irradia uma força especial. Sim, é a Madre Teresa de Calcutá, a freira albanesa com um coração de seda e de ferro” [3].

As revistas Time e Paris Match, entre outras, dedicaram-lhe reportagens de capa com o título “Ainda há santos”.

O Ulster e Biafra, Ruanda e Angola, a Etiópia e a Somália, o Harlem e o Bronx, o Tondo de Manila e o Líbano, todas as periferias da dor e da miséria mais dilacerante, a Aids e a lepra, a solidão total e o desprezo: esses foram ao longo de sua vida – dia após dia, noite após noite, com uma intensidade dificilmente igualável, comendo mal e dormindo apenas três horas diárias, em permanente vigília de amor – os cenários desta mulher impressionante, sem dúvida a mais admirável protagonista do nosso tempo, uma das mais fortes presenças humanas na história deste século atormentado, miserável, selvagem e maravilhoso...[4]

Ela disse: “Se houvesse pobres na lua, iríamos até lá. O que conta não é o que fazemos, mas o amor que pomos no que fazemos”.

Em 1949 funda a Congregação das Missionárias da Caridade, onde se incorporam inúmeras moças de todas as classes sociais. Em 1952 abre o lar infantil Sishu Bavan (“Casa da Esperança”) e inaugura o seu famoso “Lar para Morimbundos”, em Kalighat. A partir dessa data, a sua Congregação começa a expandir-se de maneira irresistível pela índia e por todo o mundo [5].

Já em 1975, vinte e cinco anos após a fundação, tem casas abertas nas Filipinas, Tanzânia, Etiópia, Reino Unido, Bélgica, Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Colômbia, Peru, México, Panamá, Ilhas Fidji, Papua-Nova Guiné, Índia, Venezuela, Jordânia, Austrália e Palestina. Em 1981, inaugura em Berlim Oriental a primeira das suas fundações em países submetidos ao marxismo. Depois, fará o mesmo na Rússia, em Cuba e na China comunista. Em 1989, abre uma casa na sua Albânia natal que, apesar de ser um dos países mais pobres, injustos e atrasados do planeta, até há pouco fazia gala de ser o país mais ateu do mundo, o único em cuja Constituição figurava paradoxalmente o ateísmo como “religião do Estado” [6].

Atualmente, são mais de 450 centros de assistência e de caridade em mais de cem nações de todo o mundo, inclusive no Brasil, e quase cinco mil religiosas e duzentos missionários. São, entre outras, albergues para adolescentes grávidas, cozinhas gratuitas para famintos, refúgios para pessoas sem lar, em povoados pequenos e em grande cidades.

“Uma das provas da verdadeira santidade é a magnitude da ira que provoca entre os que a rejeitam”.

Certa vez o escritor peruano Mario Vargas Llosa disse que “não interessa aquilo em que ela crê, mas aquilo que ela faz”. Entretanto, nem ela nem ninguém faria o que ela faz, se não cresse em Quem ela crê, e sem crer como ela crê [7].

Fez o contrário das organizações internacionais, com os seus presunçosos programas de ajuda da boca para fora: muitos congressos, muitas reuniões, muitas viagens, muitas entrevistas e muito aparecer na televisão, muita estatística, mas nada de ir aonde ninguém vai, nem de mudar no possível, pouco ou muito, a vida de pessoas concretas. Não das pessoas em abstrato, não; mas de fulano de tal, com lepra; de sicrana de tal, com Aids; de beltrano com nome e sobrenome, que carrega às costas uma cruz na sua família. “Não podemos fazer grandes coisas – costumava dizer -; só podemos fazer coisas pequenas com um grande amor” [8]. Não se resolve o problema da pobreza no mundo acabando com os pobres, nem esterilizando-os, nem reduzindo-os a caricaturas de seres humanos, nem distribuindo dispositivos intra-uterinos ou chantageando os governos que precisam de ajuda (“ou os senhores compram pílulas e preservativos da multinacional A ou B, ou não recebem ajuda”). Ajudam-se de verdade as pessoas quando se faz como a Madre Teresa.

Marie Noëlle Tranchant, contou a curiosa experiência da filmagem de um documentário sobre Madre Teresa: “A mulher mais condecorada e admirada do mundo era a que menos importância dava a si mesma. Não parava. Era o amor em ação, e isso não era nada fácil de filmar”. Não se vê no filme uma heroína excepcional fazendo coisas excepcionais; vê-se uma Madre – uma mãe – amando pessoas necessitadas e desvivendo-se nas pequenas coisas indispensáveis de cada dia: essas que, se não as fazem as mães, não as faz ninguém. O amor não consiste apenas em bons sentimentos. Vai às realidades concretas, com ânimo positivo de serviço, persuadido de que é mais veraz e mais importante criar pequenos oásis do que lamentar-se constantemente de como está seco o deserto do mundo [13].

Os prediletos da Madre Teresa

Na Conferência sobre População e Desenvolvimento no Cairo, Madre Teresa disse [9]:

- O mundo que Deus nos deu é mais do que suficiente, segundo os cientistas e pesquisadores, para todos; existe riqueza mais que de sobra para todos. Só é questão de reparti-la bem, sem egoísmo. O aborto pode ser combatido mediante a adoção. Quem não quiser as crianças que vão nascer, que as dê a mim. Não rejeitarei uma só delas. Encontrarei uns pais para elas. Ninguém tem o direito de matar um ser humano que vai nascer: nem o pai, nem a mãe, nem o Estado, nem o médico. Ninguém. Nunca, jamais, em nenhum caso. Se todo o dinheiro que se gasta para matar fosse gasto em fazer que as pessoas vivessem, todos os seres humanos vivos e os que vêm ao mundo viveriam muito bem e muito felizes. Um país que permite o aborto é um país muito pobre, porque tem medo de uma criança, e o medo é sempre uma grande pobreza.

Uma mulher sem filhos, convertida, pela fé e pelo amor, na mãe mais fecunda do mundo.

Bill Clinton, Presidente dos Estados Unidos, é batista de religião. No meio dos retratos que tem no seu gabinete oval da Casa Branca, encontra-se uma fotografia com dedicatória da Madre Teresa. Clinton nutre verdadeira veneração por ela, apesar de que, cada vez que a recebe, lhe ouve uma repreensão em regra, sem a menor contemplação: a Madre lembra-lhe, não o que há que fazer, mas o que ele, concretamente ele, pode e deve fazer para salvaguardar a paz na justiça e na liberdade, para resolver dignamente os problemas da pobreza e evitar que as mulheres norte-americanas se vejam forçadas ao drama do aborto.

- O aborto provocado - diz-lhe - é uma das minhas maiores cruzes; é a maior barbárie contra a paz do mundo, porque, se uma mãe é capaz de matar o seu filho, o que pode evitar que nos matemos uns aos outros?

Há muitos anos, a Madre declarou à revista italiana Gente: "As crianças são o melhor presente que Deus nos pode fazer, mas o homem, no seu egoísmo, nem sempre aprecia este dom. Com freqüência, as crianças são rejeitadas, abandonadas, maltratadas e até assassinadas. Desde a minha juventude, luto contra esses delitos".

As primeiras criaturas com que a Madre Teresa iniciou a sua nova missão, depois daquela noite em que, viajando de Calcutá a Darjeeling, o Senhor lhe abriu os olhos para a miséria absoluta e nasceu a sua vocação de servir Jesus nos mais pobres, foram precisamente cinco crianças abandonadas. Contou-o assim:

"Vivíamos num tugúrio, nos arredores de Calcutá, na região mais miserável da cidade. Eu buscava alimento entre os desperdícios. Não tínhamos nada, mas eu amava aquelas crianças e elas eram felizes porque se sabiam queridas. Não há pior tristeza no mundo que a falta de amor. Vi crianças que se deixavam morrer porque ninguém as amava. Sou mãe de milhares de crianças abandonadas. Tenho-as recolhido do lixo das ruas. Tenho-as recebido da polícia, dos hospitais onde foram rejeitadas pelas << mães >>. E vou levando-as para diante".

Algumas adolescentes foram violentadas com toda a selvajaria em Bangladesh. As autoridades queriam fazê-las abortar. A Madre Teresa interpôs-se. A uma doutora que insistia em que uma criança não-nascida não é um ser humano, disse-lhe:

- Se a senhora está casada e traz um ser no seu ventre, é um ser humano ou o que é?

- Bem - disse a médica -, isso seria diferente.

- Estas meninas - replicou-lhe a Madre Teresa - foram forçadas contra a sua vontade, mas isso que os senhores querem fazer nelas, isso sim, é que é uma violação muito pior e um assassinato. Eu me encarregarei dos bebês quando nascerem...

Contaram-me alguns dos seus colaboradores que a Madre tem um grande álbum com muitas fotos e que, quando as repassa, fica como que ensimesmada, cheia de ternura e de alegria. Os retardados mentais, os debilóides, os que ninguém aceita, nem acolhe, nem adota, os que ela conseguiu salvar da morte no ventre da mãe, "esses ficam comigo. A natureza foi cruel com eles, mas são filhos de Deus e têm tanta necessidade de carinho! São os meus prediletos".
A guerra contra os desfavorecidos
Em entrevista à Miguel Angel Velasco, disse:
“O mundo anda fora dos eixos. São muitas mais as crianças que morrem por causa do aborto que as que morrem intoleravelmente, aos milhões, por causa da fome e da sede. Hoje está em pleno andamento uma guerra declarada contra as crianças que devem nascer. Não deveria ser assim.
“Os anciãos deveriam preparar-se para ir para casa, para junto de Deus, nosso Pai; os jovens deveriam dar o seu trabalho, o seu tempo, as suas mãos, o seu coração, para amar e atender os que precisem deles; os que sofrem deveriam saber que os seus sofrimentos são um beijo de Deus; os noivos que se são casar deveriam aprender a rezar juntos, porque o mais importante é que as famílias vivam unidas; então haverá paz no mundo” [10].
Indira Gandhi reconheceu certa vez perante a Assembléia da ONU: “Na presença da Madre Teresa, todos nos sentimos com razão um pouco humilhados e envergonhados de nós mesmos”.
Uma das coisas que ela exigia às noviças de sua Congregação é que soubessem sorrir, e rejeitou muitas delas porque não sabiam faze-lo. Também a chamam “Madre Sorriso”, por viveu o que recomendava.

Em seu cartão de visitas, impresso em papel amarelado, se lia:

The fruit of silence is prayer

The fruit of prayer is faith

The fruit of faith is Love

The fruit of Love is Service
The fruit of Service is Peace.

Isto é: “O fruto do silêncio é a oração; o fruto da oração é a fé; o fruto da fé é o Amor; o fruto do Amor é o Serviço; o fruto do Serviço é a Paz”.

Ela disse certa vez: “Hoje em dia, quando quase todas as doenças têm o seu remédio, não se encontrou remédio algum para a indiferença pelo próximo. E, no entanto, existe. Não se melhorará a situação dos excluídos nem se transformará o mundo com revoluções, violência, guerras, nacionalismos desenfreados, terrorismo e ódio, mas unicamente por meio do amor e da caridade” [11].

E também: “- Nenhum de nós, nem os senhores nem eu, tem o direito de condenar qualquer ser humano. Por muito que os vejamos fazer coisas que nos parecem erradas, não sabemos por que as fazem. Talvez sejamos nós que os obrigamos a faze-las. A maior pobreza não é a falta de dinheiro, ou a falta de pão e de comida, mas sobretudo uma fome terrível de reconhecimento da dignidade que cada um tem; e aí cometemos muitos erros, porque deixamos as pessoas de lado e vamos às nossas coisas e somente às nossas coisas”.

Enquanto o mundo inteiro vive em plena crise vocacional, o centro de formação de vocações das Missionárias da Caridade têm as vagas completamente preenchidas.
Fundou também um ramo contemplativo das Missionárias da Caridade, e um ramo masculino contemplativo. Certa vez um fiscal da receita da Índia mostrou-se disposto a todo tipo de isenções com relação às Missionárias da Caridade, mas não quanto às contemplativas, porque “não vejo o bem que s contemplativas fazem à sociedade”. A Madre respondeu-lhe: - Perdoe-me, mas o senhor não sabe o que está dizendo. Sem elas, nós não poderíamos fazer absolutamente nada. São essenciais ao nossos trabalho: são elas que obtêm do Céu a ajuda de que precisamos”. [12]
Prem Dam (“Presente de amor”) é o nome hindu de diversos centros criados para mitigar a miséria de Calcutá, de Bombaim, de Nova Delhi. Nessas cidades grandes, os inválidos e os necessitados fazem tapetes, fabricam esteiras de vime e cantam enquanto trabalham. Retiram do entulho tudo o que pode servir para alguma coisa, e fazem com que sirva. É outra idéia da Madre Teresa: com o que muitos jogam fora, podem-se fazer maravilhas: é transformar o lixo em ouro, diz ela. “Não se pode, não se deve desperdiçar, quando existem seres humanos que suspiram até pelo amável som de uma voz humana...”

É a velha filosofia prática de vida, que a Madre Teresa pratica há muito tempo: durante uma noite de tormenta, num leprosário às margens do Ganges, compôs este texto:

10 Homens e 1 Mulher


Uma piadinha para descontrair :-)

Onze pessoas estavam penduradas em uma corda num helicoptero.
Eram dez homens e uma mulher.
Como a corda não era forte o suficiente para segurar todos, decidiram que um deles teria que se soltar da corda.
Eles não conseguiram decidir quem, até que, finalmente, a mulher disse que se soltaria da corda pois as mulheres estão acostumadas a largar tudo pelos seus filhos e marido, dando tudo aos homens e recebendo nada de volta e que os homens, como a criatura primeira do mundo, mereceriam sobreviver, pois eram também mais fortes, mais sábios e capazes de grandes façanhas ...

Quando ela terminou de falar, todos os homens começaram a bater palmas ... E cairam da corda ...

Moral da história => Nunca subestime o poder e a inteligência de uma mulher!!!

Mulher, heroína sem rosto


Ana Cecilia Pereyra

O real sentido da palavra heroína não remete a alguém com poderes sobrenaturais que surge à noite para salvar a cidade das garras de algum ser malvado. A verdadeira heroína é a que foi vencendo obstáculos à medida que surgiram os obstáculos.



O seu trabalho consiste em algo mais difícil do que capturar o delinqüente mais procurado. O seu objetivo máximo é aquele que melhor sabe fazer: educar o ser humano e dar amor.



O sexo feminino é a principal fonte de subsistência, pois não apenas concebe uma criatura em seu ventre, mas a conserva, deixa-a crescer em seu interior, sempre consciente de que o que está dentro dela é um milagre que irá mudar a sua existência. Assim é como a mulher se torna mãe, não apenas potencialmente, mas dando início ao ato da maternidade.



Uma mãe não se separa do seu filho até que este seja capaz de se virar por conta própria e, quando chega esse momento, aquele ser maravilhoso trará impresso o selo de quem o educou e o levou pelos caminhos da melhor educação.



Na grande maioria das vezes, aclamamos ilustres personagens da história por suas grandes obras, por suas idéias, pela sua maneira de mudar o mundo por meio de sua luta. Poucas são as pessoas que param e se aprofundam em tal admiração e se dão conta de que os maiores filósofos, cientistas e escritores tiveram mãe. Uma mulher ao seu lado, sempre velando pelo seu bem e mantendo-os em suas entranhas. Alguém que foi capaz de os ver crescer até onde foi possível e até que seus olhos estivessem cansados. No fim das contas, foi uma mãe quem deu o impulso para que um grande pensador contribuísse com suas idéias e invenções, desde os pré-socráticos aos intelectuais mais próximos a este século.
Você, que é mãe, tem uma grande oportunidade de formar um líder. Deve se sentir privilegiada e orgulhosa, pois foi entregue a você a ocasião perfeita de impulsionar heróis para a sociedade.



Você, condutora de cada passo, educadora do futuro, heroína oculta.

Mensagem da APFN para o dia 8 de Março


Dia Internacional da Mulher









A APFN (Associação Portuguesa das Famílias Numerosas) gostaria de enviar, nesta data, uma carta a todas as Mulheres… Mas consciente de que por trás das características físicas e psicológicas que as podem unir e tornar mais ou menos parecidas entre si, existe sempre uma Mulher única e irrepetível, merecedora de uma carta igualmente pessoal e diferente, a APFN limitar-se-á apenas a evocar aqui, em jeito de simples homenagem, e de um modo muito especial :



1. Toda a Mulher que nunca é notícia no seu papel "apagado" de simples mulher-casada , mulher-mãe e mulher-dona de casa;



2. Toda a Mulher que se esforça diariamente por conciliar a sua vida profissional com a sua vida familiar, sabendo inclusivamente - quando necessário - dar o primeiro lugar à família, em defesa da sua estabilidade e acompanhamento;



3. Toda a Mulher que, por não se enquadrar fisicamente nos modelos considerados mais atraentes e modernos, se sente muitas vezes sozinha, abandonada, desprezada e ridicularizada;



4. Toda a Mulher que, por não ter tido acesso à cultura ou aos bens materiais, e apesar do seu valor como Pessoa, se sente injustamente menos válida e menos apreciada;



5. Toda a Mulher que, pela sua cor, idade, estado, profissão, nacionalidade, religião ou educação, se sente discriminada;



6. Toda a Mulher que, sozinha e por seu único esforço pessoal e pelo seu trabalho digno - por mais humilde que seja!- luta pela sobrevivência própria e pela dos seus filhos - quando os tem - sem que para tal se sujeite alguma vez, a vender o seu corpo;



7. Toda a Mulher, casada ou não, que luta pela dignificação do seu papel na sociedade, nos vários campos do mundo da cultura, contra os vários conceitos e estereótipos da mulher - objeto decorativo e descartável;



8. Toda a Mulher que generosamente se esforça por defender a Família - a sua e a dos outros - como uma relação estável e duradoura, alegre e aberta à vida, consciente de que a Família - contra todos os ventos e marés - continua a ser um Grande Projeto de Amor, um compromisso livre e voluntário, uma entrega certamente com riscos, mas sem limites e capaz de preencher e dar sentido à vida inteira;



9. Toda a Mulher que apesar de usada e abusada, de muitas e degradantes maneiras, luta por sair da crise em que se vê afundada, qualquer que ela seja, ciente de que por muito que custe é sempre possível voltar a erguer a cabeça e encontrar uma mão desinteressada e amiga;



10. Toda a Mulher, em qualquer parte do mundo, que reconhecendo muito embora, a necessidade de homens e mulheres se compreenderem e respeitarem, se preocupa por apoiar solidariamente outras mulheres, em especial as mais fragilizadas e carentes, e defender o seu tratamento em igualdade de direitos com os homens.



A APFN homenageia e saúda com amizade todas estas Mulheres, recordando em particular, num mundo em crise e neste nosso País e nesta nossa Europa tão envelhecidos, que a Maternidade é um seu direito inalienável e um tesouro único!


APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas

Mulheres




Pablo Neruda









Elas sorriem quando querem gritar.

Elas cantam quando querem chorar.

Elas choram quando estão felizes.

E riem quando estão nervosas.



Elas brigam por aquilo que acreditam.

Elas levantam-se para injustiça.

Elas não levam "não" como resposta quando

acreditam que existe melhor solução.



Elas andam sem novos sapatos para

suas crianças poder tê-los.

Elas vão ao medico com uma amiga assustada.

Elas amam incondicionalmente.



Elas choram quando suas crianças adoecem

e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.

Elas ficam contentes quando ouvem sobre

um aniversario ou um novo casamento.


Dia Internacional da Mulher




de Maria Cristina Moreira Safadi







Não é surpresa o fato de minha devoção pela mais perfeita das mulheres. Em outras oportunidades já pude enaltecê-la e amá-la. Mas hoje, isto se torna mais necessário e se transforma num grito em minha alma.



Acordo para mais um dia que Deus me deu a graça de presentear. É um dia especial. É o dia internacional da mulher!



E como não Ter orgulho de pertencer a este contingente que teve com principal mestra a nossa Mãezinha do céu? Não, não o poderia. Olho para o espaço a minha volta e sinto-me plena de vida. Meu coração entoa um hino e ele sai como um louvor.



Mas não é apenas contemplativa esta minha admiração. Sinto-me unida a Nossa Senhora e quão grande não é minha vontade de segui-la!



Em momentos de tristeza, em que tudo se torna cinza e nada vejo além da nebulosidade de minhas lágrimas, recorro a ela. Mãe carinhosa e terna, nunca me deixou desanimar. Aponta-me a direção de Jesus e suas mãos são firmes. Deixo-me guiar e sinto no ar um quê de segurança e proteção. Não sofre por mim, sofre comigo. Ela, que já passou por todas suas dores, assume agora aquelas pertencentes a seus filhos.



Em momentos de alegria, em que tudo é sorriso e júbilo, como é bom olhar para o céu e no azul semelhante à seu manto, sentir-me aconchegada em seu calor de mãe. Partilho com ela minha felicidade e para mim, o céu se faz presente dentro de meu coração.



Na dúvida, em que não sei que caminho tomar, muitas vezes perscruto meus sentimentos, os pensamento vão brotando e sinto uma força que vem da energia do meu papel de mulher neste mundo. Sei que as condições são tão diferentes para cada uma. Mas, em cada coração feminino existe a força, a sensibilidade, a dedicação, o amor que só nossa alma feminina tem o privilégio de mais que possuir, nossa alma é um pouco de tudo isto. E esses sentimentos, a intuição que os alimenta vem do supremo sim da mulher que nos acalenta e sustenta o mundo com sua intercessão.



Meu coração materno não se cansa da amar esta mãe e pedir que esteja presente na vida de meus filhos. Peço-lhe que os envolva com sua delicada condução e possa ensiná-los a vencer a onda de violência e egoísmo com que constantemente somos atingidos. Peço-lhe ainda que os oriente a lutar em um caminho honrado e justo onde predomine a vontade de modificar o que certamente podemos reconhecer que não está no projeto de Deus.



Hoje peço ainda por todas as mulheres, mães ou não, que têm um papel a cumprir e que seguem, por vezes, ignorando qual seria o próximo passo. Que elas possam olhar para esta mulher que viu seu Filho pregado na Cruz, aceitou, e assim mesmo encheu o mundo com muito amor, deixando no seu caminho, mulheres que devem voltar para ela seus olhos e assumir, com sentimentos, os mais delicados, conduzindo este mesmo mundo, a uma realidade mais justa, mais solidária, mais fraterna.



Dirijo-me então às mulheres, me solidarizando e indicando a presença de Nossa Senhora, constante e certa, para seguirmos pelas batalhas que ainda haveremos de travar, retrocedendo quando necessário, na certeza que Jesus está nos abençoando pelo abraço de Maria.



A todas as mulheres as bênçãos desse Deus que até nisso pensou, deixou-nos o um exemplo de Sua Mãe.


A MULHER NA VIDA SOCIAL DO MUNDO




São Josemaría Escrivá *



É cada vez maior a presença da mulher na vida social, para além do âmbito familiar em que ela até agora se movia quase exclusivamente. Quais as características gerais que a mulher deve vir a ter para cumprir sua missão ?



Em primeiro lugar, parece-me oportuno não contrapor esses dois âmbitos. Tanto como na vida do homem, ainda que com matizes muito peculiares, o lar e a família ocuparão sempre um lugar central na vida da mulher: é evidente que a dedicação aos afazeres familiares representa uma grande função humana e cristã. Isto, porém, não exclui a possibilidade de uma ocupação em outros trabalhos profissionais - o do lar também o é - , em qualquer dos ofícios e empregos nobres que há na sociedade em que se vive. Logo se vê o que se quer dizer quando se equaciona o problema assim; contudo, eu penso que insistir na contraposição sistemática - mudando apenas a tônica - levaria facilmente, do ponto de vista social, a um equívoco maior do que aquele que se tenta corrigir, pois seria mais grave que a mulher abandonasse o seu trabalho em casa.



No plano pessoal, também não se pode afirmar unilateralmente que a mulher só fora do lar alcança sua perfeição, como se o tempo dedicado à família fosse um tempo roubado ao desenvolvimento e à maturidade da sua personalidade. O lar - seja qual for, porque também a mulher solteira deve ter um lar - é um âmbito particularmente propício ao desenvolvimento da personalidade. A atenção prestada à família será sempre para a mulher a sua maior dignidade: no cuidado com o marido e os filhos ou, para falar em termos mais gerais, no trabalho como que procura criar em torno de si um ambiente acolhedor e formativo, a mulher realiza o que há de mais insubstituível em sua missão e, por conseguinte, pode atingir aí sua perfeição pessoal.







Como acabo de dizer, isso não se opõe à participação em outros aspectos da vida social e mesmo da política, por exemplo. Também nesses setores pode a mulher dar uma valiosa contribuição, como pessoa, e sempre com as peculiaridades de sua condição feminina; e assim o fará na medida em que estiver humana e profissionalmente preparada. É claro que tanto a família quanto a sociedade necessitam dessa contribuição especial, que não é de modo algum secundária.





Desenvolvimento, maturidade, emancipação da mulher, não devem significar uma pretensão de igualdade - de uniformidade - com o homem, uma imitação do modo de atuar masculino: isso seria um logro, seria uma perda para a mulher; não porque ela seja mais, mas porque é diferente. Num plano essencial - que deve ser objeto de reconhecimento jurídico, tanto no direito civil como no eclesiástico -, aí, sim, pode-se falar de igualdade de direitos, porque a mulher tem, exatamente como homem, a dignidade de pessoa e de filha de Deus. Mas, partir dessa igualdade fundamental, cada um deve atingir o que lhe é próprio; e, neste plano, dizer emancipação é o mesmo que dizer possibilidade real de desenvolver plenamente as virtualidades próprias: as que têm em sua singularidade e as que tem como mulher. A igualdade perante o direito, a igualdade de oportunidades em face da lei, não suprime, antes pressupõe e promove essa diversidade, que é riqueza para todos.





A mulher está destinada a levar à família, à sociedade civil, à Igreja, algo de característico, que lhe é próprio e que só ela pode dar: sua delicada ternura, sua generosidade incansável, seu amor pelo concreto, sua agudeza de engenho, sua capacidade de intuição, sua piedade profunda e simples, sua tenacidade... A feminilidade não é autêntica se não reconhece a formosura dessa contribuição insubstituível, e se não a insere na própria vida.





Para cumprir essa missão, a mulher tem de desenvolver sua própria personalidade, sem se deixar levar por um ingênuo espírito de imitação que - em geral - a situaria facilmente num plano de inferioridade, impedindo-lhe a realização das suas possibilidades mais originais. Se se forma bem, com autonomia pessoal, com autenticidade, realizará eficazmente o seu trabalho, a missão para que se sente chamada, seja qual for: sua vida e trabalho serão realmente construtivos e fecundos, cheios de sentido, que passe o dia dedicada ao marido e aos filhos, que se entregue plenamente a outras tarefas, se renunciou ao casamento por alguma razão nobre. Cada uma em seu próprio caminho, sendo fiel à vocação humana e divina, pode realizar e realiza de fato a plenitude da personalidade feminina. Não esquecemos que Santa Maria, Mãe de Deus e Mãe dos homens, é não apenas modelo, mas também prova do valor transcendente que pode alcançar uma vida aparentemente sem relevo.

Um pouco mais de ternura... e respeito




Sueli Caramello Uliano









Grande e internacional é a mulher do 08 de março; poética e carinhosamente ovacionada, a do segundo domingo de maio. Duro mesmo é brilharem as duas em uma só estrela, no miúdo dia-a-dia. Mulher e mãe parecem constituir realidades inconciliáveis. Pior: conflitantes. Grave conflito este que opõe realidades profundamente associadas na dimensão da pessoa-mulher. E uma vez que se perdeu a noção da pessoa integral, talvez se tenha criado um dos maiores obstáculos para obter, com o movimento feminista, autênticas conquistas.



Um dos motivos dessa dissociação e conflito deveu-se ao fato de o feminismo, tal como o conhecemos no fim do século XX, ter situado fora do lar as possibilidades de verdadeira realização da mulher. Mas, se não há dúvida de que querer espaço para estudar e trabalhar é reivindicação justa, nada justifica o patrulhamento ideológico que visou a convencer a mulher de que dedicar-se a filhos seria abortar a sua vida profissional. Com reiterada insistência investiu-se contra os anseios de maternidade, como se no exercício da função materna não pudesse existir uma profissional, e de altíssimo gabarito! Assim como se os específicos valores de ternura, delicadeza e sensibilidade da mulher-mãe não devessem ser exercitados num trabalho profissional fora do lar. Provocou-se, com essas manipulações, um claro e feroz reducionismo, dirigido a limitar a mulher enquanto mulher. Afinal, se para afirmar-se, ela pretende apenas imitar o homem, o que na verdade está latente é uma revolta contra o modo de ser feminino, um verdadeiro complexo de inferioridade, uma inveja injustificável em face do sexo oposto... Ora, não precisamos de heroínas feministas para, simplesmente, assumir papéis masculinos. Isso é caricatura de mulher.



Não é difícil, no entanto, compreender por que a maternidade passou a carecer de respaldo popular, nestes tempos de aversão ao esforço e sacrifício. Não há naturezas especiais. Quem julga que há mulheres que se levantam à noite para atender aos pequenos e durante o dia não têm sono se engana. Da mesma forma, nunca será fácil abrir mão de gostos pessoais para dedicar mais tempo aos filhos e ao marido. E todas sentem uma rejeição natural em levantar-se da mesa para atender ao chamado do caçula: "Mãe, vem me limpar!" O que existe é um esforço de superação porque se quer o bem dos filhos mais do que o próprio bem. O que é, aliás, pressuposto para exercer a autoridade sem despotismo no lar, e exercício de domínio interior para exercê-la, também, em circunstâncias profissionais variadas.



Por outro lado, se a executiva da grande empresa não consegue sucesso no lar, corre o risco de estar revelando aqui, no miúdo dia-a-dia, a incompetência para a função que exerce lá. E mesmo que as aparências enganem, em vista da compensação financeira que cega, impossível evitar a frustração decorrente de sentir-se mancando, porque a pessoa é una, apesar das funções diferentes que exerce. Em outras palavras, quem está falhando não é a grande executiva na tarefa de ser esposa e mãe, mas a pessoa-mulher, no conjunto das suas atribuições. Eis que se identifica aqui o velho vício: o ser feminino, na ânsia por afirmar-se, o faz assumindo os erros de comportamento masculino. Quantos grandes executivos não foram acusados pela sua mulher como omissos na educação dos filhos e indiferentes à ternura solicitada por ela?



Integridade, portanto, é o ponto de partida. Com um evidente agravante, no entanto: é no lar que a figura da mulher, como esposa e mãe, torna-se insubstituível. Como são, aliás, insubstituíveis, os filhos e o marido! Não é uma questão de favores, mas de carinho! É na família, quando se procura agir com retidão, que se vai descobrindo que a grande expectativa de felicidade do coração humano não se preenche com o que obtemos dos outros, mas, justamente, com o que nos esforçamos por dar-lhes. E na mulher, especialmente, pela sensibilidade que preside seu modo de ser, a felicidade está ancorada no dom sincero de si mesma. Opções que desrespeitem esse pressuposto instalam um conflito íntimo constante e acabam constituindo um obstáculo para a felicidade. Logicamente, todos devemos poder optar, mas... há opções equivocadas!



E as opções equivocadas tornam-se mais freqüentes quando se permite a manipulação, o tal patrulhamento a que nos referimos acima. Dividida nas suas aspirações mais profundas, a mulher viu-se insegura e temerosa diante da própria fertilidade, que a impediria de ascender profissionalmente. E não houve feminismo honrado que a defendesse dessa violência e influenciasse a opinião pública e pressionasse as empresas para que a mulher tivesse meios de conciliar a vida profissional e a vida familiar. Paradoxalmente - ou talvez nem haja paradoxo porque em ambos os casos a ênfase está no desrespeito à vida - manipularam-se ao extremo as ânsias de maternidade, e, como fazendo um favor para as que caíram na mediocridade de querer filhos, desenvolveram-se técnicas de fertilização com requintes macabros. Ninguém desconhece os casos em que se procede a uma múltipla concepção para garantir ao menos um filho e depois providencia-se a redução da gravidez. Redução da gravidez: um eufemismo a mais na lista dos que se referem ao aborto. Penso nos casais submetidos ao conflito de fazer a "escolha de Sofia". Lembram-se do filme de Alan J. Pakula? Sofia, uma imigrante polonesa vivida por Meryl Streep, é obrigada por um oficial nazista a escolher qual de seus dois filhos sobreviverá. Fica com o menino e vê a menina, que grita desesperadamente, ser levada para nunca mais voltar... Jamais Sofia se livrará dessa lembrança. Há também as possibilidades de produção independente, sem valores de família, sem aconchego de verdadeiro lar, acintosa brincadeira com a vida. Como não se percebe que os filhos estão sendo usados como mercadoria para construir a própria felicidade, depois de terem sido evitados ao longo de anos, de décadas? Os estragos psicológicos diagnosticados nesses frutos das clínicas de fertilização que agora chegam à adolescência falam por si.



Mal compreendida a essência da mulher... mal compreendida a essência materna. Se fosse diferente...! Se a nossa época pudesse voltar a se inclinar sobre as mulheres para aprender delas os verdadeiros valores da maternidade..., penso que não haveria tanta violência nos lares, nas ruas, no lazer, nos meios de comunicação! Haveria, com certeza, sentimento de entrega, de doação desinteressada... Haveria ternura! Até que ponto as dores da humanidade não são decorrentes da ausência das mães nos lares? Ou até que ponto os traumas da civilização pós-moderna não decorrem da manipulação da sensibilidade feminina, ultrajando-a na sua peculiar e exclusiva capacidade de acolher a vida?



Seria muito pedir um pouco mais de ternura... e respeito?

~ Mulher ~




© Ir. Zuleides Andrade



Há dias em que paro só para observar essa criatura tão bela e tão pura,

que vejo e sinto por toda a parte, esbarrando e cantarolando com graça e arte

nas portas e janelas de nossos sentimentos.



De onde vem esse seu jeito fagueiro de exigir atenção fazendo rebuliço e festa

nas entradas e aposentos lúdicos do nosso coração?



Vem de você, mulher ainda menina!



De onde vem esse seu modo traquinas de revidar espaço e chão, beijos e abraços,

em trajes meio-moleque, meio-menina?



Vem de você, mulher flor em botão!



De onde vem esse seu jeito bonito de embalar a vida, de sorrir mansinho,

cantarolar suave e ser presença querida de ternura e carinho?



Vem de sua essência, mulher mãe!



De onde vem esse seu jeito de anjo, que tantas bênçãos traz, envolvendo as pessoas e as criaturas todas em asas de paz?



Vem de sua origem, mulher!



De onde vem essa garra quase felina de lutar pela vida, de defender o que é seu,

de espreitar e reagir com toques leves e certeiros?



Vem de sua alma, mulher feminina!



De onde vem esse brilho e fragrância, que a torna tão próxima da natureza,

e a paciente certeza do desabrochar das flores, do amadurecer dos frutos?



Vem de sua pureza, flor mulher!



De onde vem essa madura bondade, esse encanto e magia que a faz,

nos Anos Dourados, brindar a vida com nova poesia?



Vem de sua interna menina, mulher!



De onde vem esse jeito de santa, ao distribuir sorrisos e bondade,

desde o amanhecer, quando alegre se levanta?



Vem de sua aura, mulher!



De onde vem esse jeito de juntar as mãos em prece, pessoa quase divina num transbordar de alma cristalina, sempre que anoitece?



Vem de sua essência de anjo, mulher!



De onde vem esse jeito de estar sempre pronta atenta para acudir emergências, mesmo tendo pouco tempo para suas reais carências?



Vem de sua inteireza, mulher!



De onde vem esse jeito tão puro que a faz intuir, adivinhar, reverenciar o passado, abraçar o presente e sonhar com o futuro?



Vem de sua história, mulher!



De onde vem essa honra e sabedoria que a faz privilegiada, santuário primeiro da vida e tão amplamente amada?



Vem de sua disponibilidade, mulher!



De onde vem esse jeito de seguir as fases da lua, que como as ondas do mar menstrua, num silencioso e feminino chorar ?



Vem de sua rica natureza, mulher!



De onde vêm tantas perguntas e possíveis respostas ?



Vêm de você, com quem sintonizo e danço na roda da vida.



Vêm do meu peito, "morada da palavra da alma" e fonte de inspiração.



Sou como você... e precisei escrever um alegre texto



adequado ao contexto do Dia Internacional da Mulher.



Abraço e Parabéns, Mulher!



Homens a favor das mulheres




Bosco Aguirre



O novo feminismo respeitará a mulher em sua integridade. E isso é algo que interessa não somente às mulheres, mas também a todos os homens que queremos viver, de igual para igual, com aquelas que junto a nós, e não contra nós, podem construir um mundo mais humano e mais feliz.







Parece perfeitamente normal que as mulheres criem associações e promovam atividades para defender a si mesmas ante os ataques e abusos de alguns homens ou de certos grupos de poder. Grupos de poder que promovem, por exemplo, a esterilização forçada de mulheres pobres, ou que exploram com violência mulheres jovens e crianças para levá-las à prostituição, ou que contratam trabalhadoras com salários mais baixos que os dos homens. Nessa mesma lógica, seria normal que os homens (varões) também organizem suas associações de defesa quando se sentissem agredidos por algumas mulheres ou por outros grupos sociais, políticos ou econômicos.



Mas o que poderia parecer estranho é que grupos de mulheres se organizem para defender os homens, ou que grupos de homens se unam para defender as mulheres. Ainda que para alguns isto pareça um conto das "Mil e uma noites", sem dúvida é algo que a humanidade já o faz durante séculos.



É verdade que o ser humano (homem e mulher) muitas vezes caíram no erro de depreciar o diferente, como quando alguns espanhóis na conquista das américas se perguntavam se os índios tinham alma, ou quando os gregos acreditavam que os escravos não mereciam quase nenhum direito, ou quando alguns "libertadores" da América matavam os colonos da "pátria mãe" como se se tratassem de ratos, sem deter-se em "escrúpulos" para distinguir os bons dos maus…



Porém também é verdade que outros seres humanos foram capazes de defender e de trabalhar em favor do "distinto", do "diferente". Eram homens e mulheres livres os que se lançaram a abolir a escravidão em muitos lugares do planeta. Eram brancos os que promulgaram leis para a proteção dos índios. Eram cristãos os que pediram maior respeito para com os que pertenciam a outras religiões. Por que não sonhar com um feminismo que nasça desse grupo de varões?



Já ocorreram casos de homens que se lançaram na defesa dos direitos da mulher, porém o caminho para percorrer é longo. Quando sabemos que há lugares em que ele diz sempre a última palavra (ou o último grito), e se chegam a golpes para impor a própria "razão"; quando há médicos que para satisfazer as autoridades, enganam e oferecem anticoncepcionais abortivos a mulheres que carecem de instrução; quando há planos nacionais, como na China, que forçam muitas famílias a assassinar a menina que nasce porque preferiam meninos…a verdade é que ainda há muito que fazer.



Nem todo o panorama é igualmente sombrio. Em muitos lugares o marido sabe dialogar e, inclusive, submeter-se à esposa quando ela tem razão (e isto não ocorre poucas vezes). Há médicos que querem respeitar a integridade da mulher diante de qualquer campanha mais ou menos oficial ou "filantrópica" para controlar o tesouro tão feminino d fecundidade (tesouro que também o homem possui e que não poucos atacam com planos de esterilização mais ou menos forçados). Há famílias que acolhem cada menina que nasce ainda que isto implique viver sob a pressão exterior que sugere aos gritos que nasçam apenas homens…





Urge, para tanto, que cada vez mais homens defendam as mulheres, e que as mulheres defendam - por que não? - os homens. A grandeza de uma sociedade não consiste em que cada grupo fique em trincheiras atrás de seus interesses particulares para defende-los a custa do bem comum. Uma sociedade se faz grande quando cada grupo busca o bem verdadeiro dos demais, nesse pluralismo autentico que nasce do respeito não aos erros (nunca toleraremos idéias hitlerianas nem racismos de ocasião) mas sim às pessoas que às vezes se equivocam de boa fé, e que necessitam ser ajudadas a descobrir a verdade.





É utopia almejar um novo feminismo aberto? Houve quem chamasse os defensores dos escravos de sonhadores ou inimigos do sistema econômico eficiente. Há aqueles que hoje rotulam como inimigos da mulher os que atacam o aborto ou a esterilização forçada. Porém, será a razão e o sentido profundo da dignidade humana que nos dirão o que realmente podemos fazer pela mulher. Não abandoná-la à lógica de mercado, à lei do mais forte, nem depreciá-la em suas dimensões características, como são a possibilidade de ter filhos ou o carinho que sabe oferecer como poucos homens são capazes. O novo feminismo respeitará a mulher em sua integridade. E isso é algo que interessa não somente às mulheres, mas sim a todos os homens que queremos viver, de igual para igual, com aquelas que junto a nós, e não contra nós, podem construir um mundo mais humano e mais feliz.






















































































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