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Prezado leitor, o Portal do Servidor Publico do Brasil é um BLOG que seleciona e divulga notícias que são publicadas nos jornais e na internet, e que são de interesse dos servidores públicos de todo o Brasil. Todos os artigos e notícias publicados têm caráter meramente informativo e são de responsabilidade de seus autores e fontes, conforme citados nos links ao final de cada texto, não refletindo necessariamente a opinião deste site.

OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

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A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Documentario do dia 07 de Agosto de 2012

terça-feira, 7 de agosto de 2012Só um tapinha



Luiz Garcia
O Globo - 07/08/2012




Servidores públicos podem receber altos salários, pelo simples fato de que trabalham para merecê-los. Ou seja, pelos mesmos critérios existentes na iniciativa privada, e que se baseiam simplesmente na qualidade do trabalho e no tempo de serviço. São critérios universais.





Empresas particulares têm o direito de não revelar os números de suas folhas de pagamentos. Não precisam informar, a não ser para o fisco, o que fazem para garantir a eficiência de seu pessoal. Porque para isso usam recursos próprios. E se um genro ou cunhado ganha mais do que mereceria, o problema e o prejuízo são do patrão e de mais ninguém.





No serviço público, a história é bem diferente. O dinheiro não sai do bolso do administrador: sai do nosso, da turma da arquibancada. Temos o direito de saber se ele é usado corretamente — e de reclamar caso seja mal gasto. Além de se lembrar disso em dias de eleição.





Na semana passada, o Senado e a Câmara dos Deputados reconheceram, em parte, o direito do cidadão a saber como as duas casas gastam o dinheiro dos contribuintes. Divulgaram os salários que pagam, e só uma decisão da Justiça impediu a revelação dos nomes dos beneficiados. O que realmente não tem importância. A opinião pública quer saber mesmo é se há trabalho de verdade esperando os felizes recém-nomeados. De saída, impressiona o número de servidores já existentes: são mais de 22 mil na ativa. Pouco mais de seis mil, nas duas Casas, são concursados e ganham os maiores salários. O campeão é um analista legislativo, com R$ 33 mil e uns trocados. O mais impressionante é que a Câmara acaba de abrir concurso para preencher mais 138 vagas. O concurso garante a inexistência de nepotismo. Mas não é isso que interessa no momento. O que não está garantido é se existe mesmo necessidade desse exército de funcionários no Congresso.





É certo apenas que os felizes novatos não terão do que se queixar: o salário inicial é de R$ 14.825,69. Senado e Câmara merecem pelo menos um tapinha as costas por terem tido a coragem de revelar suas folhas de pagamento. Mas só um tapinha mesmo: terão direito a sonoros aplausos no dia em que explicarem, detalhadamente, o que faz cada um de seus funcionários. E transformarem a nomeação por concurso numa regra sem exceções.





Impressiona: mais de 22 mil servidores. Só seis mil são concursados e ganham os maiores salários. O campeão leva R$ 33 mil e uns trocados.






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Greve nas universidades será debatida na Comissão de Educação




Agência Senado - 07/08/2012









A greve dos professores das universidades federais, prestes a completar três meses, será tema de audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). Segundo requerimento da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), aprovado nesta terça-feira (7), serão convidados a participar da reunião, entre outros, representantes do Ministério da Educação e do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).





Em seu requerimento, a senadora pediu que a comissão promova um debate sobre a greve, que começou em 17 de maio e envolve 58 instituições de ensino superior, e busque “alternativas para por fim a esse impasse”.





A realização da audiência pública foi defendida, durante a reunião, pela senadora Ana Amélia (PP-RS), que solicitou ainda a inclusão entre os convidados de representantes de entidades como a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).









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Servidores do Tesouro iniciam greve nacional









BSPF - 07/08/2012












Movimento vai afetar atividades de fiscalização às vésperas das eleições municipais





Servidores da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) engrossaram nesta segunda-feira (6) a greve que fazem várias categorias de servidores públicos. Desta vez, são os analistas e técnicos de Finanças e Controle da STN que anunciam paralisação preliminar até amanhã (terça, 8), com ato público marcado para o dia seguinte, às 15h, em frente ao Palácio do Planalto, em conjunto com outras entidades das chamadas “carreiras típicas de Estado”. Independentemente das negociações, os servidores interromperão as atividades, por tempo indeterminado, já no próximo dia 13.





Os servidores ocuparão hoje a amanhã a entrada do prédio do Tesouro em Brasília, “em sinal de protesto”. A iniciativa de greve, ressalta a assessoria de imprensa dos servidores, foi “aprovada por maioria absoluta de votos” em assembleia realizada em 25 de julho. Já a decisão de paralisação por tempo indeterminado se deve à transferência das negociações com o governo para a segunda quinzena de agosto.





Com a mobilização grevista, haverá retração no ritmo de atividades relativas à gestão da dívida pública e à emissão de títulos do Tesouro Nacional. Nada que não seja de conhecimento do governo, como afirma o presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical), Rudinei Marques. “O Sindicato já participou de nove reuniões com o governo, somente neste ano. Nenhuma delas apresentou resultados”, reclama o sindicalista, que cobra “posicionamento mais claro” do Planalto sobre as demandas da carreira.





“A última negociação foi realizada no ano de 2008 e o governo repetiu o pedido de uma data limite. Desta vez, a diferença está no prazo. Antes do dia 2 de julho daquele ano, boa parte das negociações já haviam sido realizadas. Agora já estamos a menos de 20 dias do fechamento da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] e ainda não temos nenhuma resposta”, emenda o diretor da Unacon Sindical, Filipe Leão, para quem a reivindicação salarial é “legítima” e o governo não observa o princípio da reciprocidade nas negociações.





A assessoria dos servidores lembra ainda que, com a greve, ficará afetada a atuação de servidores escalados para fiscalizar recursos públicos em 60 municípios, no âmbito do Programa de Sorteios do Governo Federal. O trabalho seria feito entre 6 e 10 de agosto, a cerca de dois meses das eleições, cronograma que será alterado. “Os relatórios e conclusões das auditorias podem ser publicados apenas na semana que antecede o pleito eleitoral”, observa Rudinei, alertando para o problema que os servidores da Controladoria Geral da União, responsáveis por detectar indícios de corrupção, poderão encontrar devido ao efeito da greve nas fiscalizações sob responsabilidade do Tesouro.





Fonte: Congresso em Foco









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Policiais federais iniciam greve nacional nesta 3a



Blog do Josias - 07/08/2012




Os agentes da Polícia Federal deflagraram à 0h desta terça-feira (7) uma greve nacional por tempo indeterminado. Reivindicam a reformulação da carreira, reajustes salariais e a demissão do diretor-geral da PF Leandro Daiello, a quem acusam de privilegiar os delegados.





Em texto veiculado na sua página na internet, a Federação Nacional dos Policiais Federais anota: “Investigações em curso e as emissões de passaporte devem parar, salvo casos de emergência.” Haverá “operação padrão” nos aeroportos, portos e nos postos de fronteira.





Como que antevendo a aversão da clientela dos serviços da PF à paralisação, o presidente da federação, Marcos Wink, declara: “Sabemos que qualquer movimento de greve traz dificuldades à vida das pessoas. Mas queremos minimizar esses impactos e ter o apoio da população.”





Alega-se que a corporação negociava com o Ministério do Planejamento havia dois anos. O governo acenara com a apresentação de uma proposta até o dia 31 de julho. Como isso não aconteceu, optou-se pela greve. Decisão anunciada na quarta-feira (1o) da semana passada.





Os policiais reclamam que, embora disponham de curso superior, encontram-se submetidos a uma portaria que os acomoda num quadro funcional de nível médio –piso de cerca de R$ 7 mil e teto de R$ 11 mil. Exigem remuneração mínima de R$ 12 mil, com a consequente elevação do pé-direito da carreira.





Na hipótese de atender às demandas dos agentes, o governo passará a ser inevitavelmente acossado pelos delegados, cujo salário inicial é de R$ 13.400 e o teto de R$ 19.600, noves fora as vantagens pessoais.





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Funcionários do Banco Central fazem paralisação nesta quarta





Agência Brasil - 07/08/2012


Brasília - O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central espera que a paralisação de 24 horas marcada amanhã (8) conte com a adesão de 80% dos servidores. O banco tem 4.540 funcionários distribuídos em Brasília e mais nove cidades.





O presidente do sindicato, Sérgio Belsito, afirma que “a adesão vai ser grande”. Ele disse que o serviço de atendimento ao público será mantido durante o dia de paralisação.





A distribuição de cédulas e moedas deve parar e as mesas de operação de câmbio e títulos públicos vão funcionar com poucos funcionários, o que pode atrasar o fechamento.





Os servidores do BC querem reposição salarial da inflação de 23,01%. De acordo com Belsito, o banco não dá aumento desde 2008.





A decisão de fazer a paralisação amanhã foi definida em assembleia realizada no último dia 2. Está previsto também indicativo de greve por tempo indeterminado, a partir do dia 20.




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GOVERNO PROPÕE REAJUSTE DE 15,8% AOS SERVIDORES DAS UNIVERSIDADES





MPOG - 07/08/2012


Brasília – Em reunião realizada na noite de ontem (segunda, 6), o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, propôs reajuste de 15,8% até 2015 para os servidores técnico-administrativos das instituições federais de ensino superior.





A proposta do governo foi apresentada às entidades sindicais representantes da categoria, a Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). Também participaram do encontro os representantes do Ministério da Educação, Amaro Lins, secretário de Ensino Superior; e Marco Antônio Oliveira, secretário de Educação Profissional e Tecnológica.





A resposta dos sindicatos será apresentada na próxima sexta-feira, 10, às 14h. Caso a proposta seja aceita, o reajuste será aplicado a 182 mil servidores dos quais 117 mil estão na ativa. O impacto orçamentário é de R$ 1,7 bilhão até 2015.





Os técnico-administrativos das universidades federais tiveram reajuste real, acima da inflação, entre 43,04% e 110,6% entre janeiro de 2003 e dezembro de 2012, nos três níveis do plano de cargos (auxiliar, intermediário e superior). Considerando apenas o salário final, ou seja, o topo da carreira, nesses três níveis, o aumento real variou de 172,3% a 225%. No mesmo período, a inflação acumulada somou 75,3%.



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Secretário afirma que greves de servidores acabam até fim do mês



Folha de S. Paulo - 07/08/2012



BRASÍLIA  O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse ontem que a onda de greves nos ministérios terminará até o final do mês.





Segundo ele, até o dia 31, o governo precisa encaminhar o projeto com o Orçamento de 2013 para o Congresso, e a pressão dos grevistas se intensifica nesse período para garantir reajustes no ano que vem. "Nós estamos tranquilos. É importante dizer que em agosto termina tudo isso", disse ele.





Augustin afirma que, de acordo com a lei, os aumentos encaminhados ao Congresso podem ser derrubados, mas não podem ser elevados em relação à proposta original encaminhada pelo Planalto.





As declarações do secretário não levam em conta, porém, outros focos grevistas que começam a incomodar, como trabalhadores do Banco do Brasil, da Caixa e da Petrobras.



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União poderá cortar ponto de grevistas





Lucas Marchesini

Valor Econômico - 07/08/2012



Brasília - Em decisão tomada ontem, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler, deu sinal verde para o governo federal cortar o ponto dos servidores públicos em greve parcial. A orientação do Ministério do Planejamento de que o salário dos grevistas não fosse pago estava embargada por decisão da Justiça Federal no Distrito Federal, o que impedia a União de usar o dispositivo para punição.





Pargendler disse que "mesmo que o movimento seja legítimo, não é cabido autorizar que o servidor grevista seja remunerado", já que "decisões judiciais impedindo o corte de ponto violam gravemente a ordem administrativa ao inibir ato igualmente legítimo do gestor público".





O magistrado citou como exemplo as greves do setor privado, onde os funcionários que aderem a paralisação deixam de receber o salário. "Este é um dos elementos da lógica da greve no setor privado", disse Pargendler.





Também ontem o governo apresentou proposta de aumento salarial de 16% (três parcelas anuais de 5%) aos servidores técnicos-administrativos das universidades e escolas profissionais federais, em greve há quase dois meses. O número foi apresentado à categoria em reunião na Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do Ministério do Planejamento. Participaram do encontro representantes dos ministérios do Planejamento e da Educação e sindicalistas.





A princípio, a categoria não recebeu bem a proposta. "Está muito longe de algo que atende nossos anseios", disse o coordenador-geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), David Lobão. O impacto financeiro do reajuste é de R$ 1,7 bilhão, conforme cálculo do governo.





Lobão disse ainda que a oferta do governo, que leva em conta a inflação dos três próximos anos, ignora o pedido da categoria, de reajuste linear de 22%. Até o fim da semana o Sinasefe e a Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras organizam assembleias nas associações de base para deliberar sobre o assunto. A resposta ao governo será dada na sexta-feira, às 14h.





O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Marco Antonio de Oliveira, espera que a proposta "resolva a greve na categoria", que atinge parcialmente metade dos campus dos 38 Institutos Federais de Ensino Técnicos e técnicos em todas Universidades federais. "Sabemos que a proposta está aquém dos 22% pedidos pelo setor, mas é necessário entender que o governo tem um espaço reduzido", disse Oliveira.





Em outro capítulo das recentes paralisações de servidores federais, os funcionários do Tesouro Nacional decidiram fazer paralisação de 48 horas. Na próxima semana, a categoria entrará a greve por tempo indeterminado.




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Radiografia dos salários do funcionalismo público





Carlos A. B. Góes

Valor Econômico - 07/08/2012








No último mês, notícias sobre mobilizações de greves nacionais ocuparam lugar de destaque na imprensa. Os professores e técnicos das universidades federais interromperam seus trabalhos. O mesmo ocorreu com os servidores do ensino técnico e tecnológico. Até mesmo os funcionários do Itamaraty - assistentes e oficiais de Chancelaria e alguns diplomatas - que tradicionalmente não entram em greve cruzaram os braços.





O aumento no número de greves de servidores públicos é um fenômeno generalizado no país. Segundo dados do Dieese, entre 2007 e 2011 as greves no setor público aumentaram 138%. Seria de se esperar que essa diferença fosse explicada por uma estagnação nos salários do funcionalismo público num passado recente. Entretanto, uma análise desses números nos mostra que o salário real dos funcionários públicos - isto é, já corrigido pela inflação - aumentou 28,2% desde 2003, com uma aceleração a partir de 2005.





Remuneração dos funcionários públicos aumentou 28,2% desde 2003, e acelerou mais a partir de 2005.





Contra-intuitivamente, períodos de aumentos significativos no salário real foram seguidos de um crescimento no número de greves. Ao invés de uma curva de satisfação e acomodação com os ganhos reais, a forte correlação entre o número de greves que se seguem a períodos de aumento no salário real parece apontar para uma curva de aprendizado: como se os sindicatos percebessem que sua estratégia está funcionando e intensificassem suas ações em busca de ganhos ainda maiores.





Esse fenômeno vem criando uma distorção entre os níveis de ganho salarial entre os setores público e privado da economia. No setor privado, os aumentos no salário real estão limitados pelos ganhos de produtividade (em economês, limitados pelo "produto marginal do trabalho") e pelo poder de barganha de firmas e sindicatos na negociação salarial. No setor público a medida de produtividade não é objetiva e a relação entre o empregador - o governo - e os sindicatos tem idiossincrasias políticas mais complexas. Em contraste com os 28,2% de ganhos reais no setor público citados acima, desde 2003, os salários reais no setor privado cresceram 6,9%. Isso significa dizer que o crescimento relativo dos rendimentos reais do setor público foi quatro vezes maior que o do setor privado.





Tal situação se torna um problema quando se considera que os salários do setor público, ao começo da década, já eram maiores que os do setor privado. Como a maior parte da população é remunerada no setor privado, isso significa que o funcionalismo público tem tornado-se cada vez mais parte da elite econômica. Por exemplo, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) reivindica em suas negociações de greve um salário mensal de R$ 22.633,92 para professores titulares das universidades federais. Se os salários reinvindicados se tornarem realidade, isso significará que esses professores terão uma renda maior do que a de 99,5% da população brasileira. Com toda a deferência necessária à nobre arte do magistério, a transferência de renda para aqueles que constituem 0,5% mais abastado do país parece difícil de ser justificada como objeto de qualquer política pública.





O hiato entre a renda média do funcionalismo público e a renda média dos demais trabalhadores brasileiros tem aumentado fortemente na última década. Tomando como base dados da Pesquisa Mensal de Empregos do IBGE, é possível verificar que, durante o ano de 2003, um funcionário público ganhou mensalmente, em média, R$ 602 a mais que um trabalhador do setor privado. Já em 2011, essa diferença aumentou para R$ 1164. Além disso, estudo recente da PUC-Rio aponta que, quando considerados salários e rendimentos com aposentadorias, a vantagem para o funcionalismo público torna-se prevalente para todos os níveis de escolaridade - de trabalhadores sem educação formal àqueles com pós-graduação. Como os funcionários públicos ganham mais que a média, o aumento dessa diferença constitui objetivamente uma política de concentração de renda.





A atual tendência funciona como forte atrativo para que mais pessoas saiam do setor privado e busquem os maiores salários e benefícios do setor público. Segundo a Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), associação formada por cursos preparatórios para concursos, cerca de 11 milhões de pessoas se candidataram a vagas no funcionalismo público em 2011. E, julgando pela atual conjuntura, não existe perspectiva de mudança nesse cenário. À medida que os trabalhadores mais capacitados deixam o setor privado, menores tenderão a ser, no longo prazo, as perspectivas de crescimento da produtividade da economia.





Não há dúvidas de que o país precisa de funcionários públicos capacitados e justamente remunerados que ajudem a minimizar as ineficiências da gestão governamental e combater a corrupção. Contudo, é difícil argumentar em favor de salários ainda maiores para um funcionalismo público que ganha, na média, quase 75% mais do que o resto da sociedade que o sustenta. Uma radiografia dos salários no setor público revela, portanto, uma política que concentra renda, drena talentos dos setores produtivos e, por questões políticas, garante aumentos reais maiores do que os ganhos médios de produtividade do país - minando as bases de seu crescimento no longo prazo.





Carlos A. B. Góes é pesquisador de economia latino-americana vinculado à Universidade John Hopkins.




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segunda-feira, 6 de agosto de 2012Servidores do Tesouro e CGU cruzam braços e greve pode aumentar



REUTERS - 06/08/2012

BRASÍLIA - A pressão em cima do governo federal por aumento salarial de servidores cresceu nesta segunda-feira com a paralisação no Tesouro Nacional e na Controladoria Geral da União (CGU), num movimento que deve se estender para outras entidades da área econômica e culminar com uma ampla greve a partir do dia 20.



Os servidores pedem aumento salarial e protestam contra a falta de negociação com o governo, segundo o Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacom), que representa as duas categorias.



De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, a paralisação afetou operações de compra de títulos públicos no site do programa Tesouro Direto. Impediu também a realização de alguns sorteios de municípios que receberiam auditores da CGU para analisar as contas das administrações regionais.



A paralisação desta segunda-feira, segundo o Unacom, atinge 50 por cento dos funcionários e deve durar até terça-feira.



Essa greve faz parte de uma ampla mobilização de 23 entidades de servidores públicos federais divididos nos seguintes setores: advocacia e defensoria federais, auditores do fisco e do trabalho, delegados e peritos da Polícia Federal, e do ciclo de gestão e do núcleo financeiro. Isso envolve servidores do Planejamento, Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários, Itamaraty, entre outros.



A greve a partir de 20 de agosto deverá ocorrer caso o governo não apresente proposta satisfatória de recomposição salarial. O Ministério do Planejamento deve receber as categorias na próxima semana, mas alguns setores podem ter a reunião adiada.



"Se até o dia 20 não tiver proposta nós vamos entrar em greve. Como já foi aprovado em assembleia", disse o presidente do sindicato dos sevidores do BC (Sinal), Sérgio Belsito.



O Sinal representa 4.500 servidores da ativa.



Já na próxima quarta-feira, servidores do BC, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e da Receita Federal fazem uma paralisação de advertência.



"Estimamos que cerca de 90 por cento vão parar no dia 8", acrescentou Belsito. O Sinal quer reposição salarial linear de 23 por cento para todos os servidores do BC.



No mesmo dia, está previsto um ato na Esplanada dos Ministérios com todas as 23 entidades pelo reajuste salarial.



Também no dia 8, aproximadamente 600 servidores da CVM devem fazer um dia de paralisação, segundo o presidente do SindCVM, Leonardo Wanistok. "Acho que está todo mundo engajado", disse.



Os funcionários da Superintendência de Seguros Privados (Susep) vão realizar assembleia no mesmo dia para decidir se aderem à paralisação daquele dia.



ADESÃO FORTE

Se essas 23 categorias entrarem em greve vão se somar aos mais de 350 mil funcionários públicos que já cruzaram os braços, incluindo professores e servidores de Universidades Federais, agências reguladoras, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além dos ministérios da Agricultura e Saúde, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) entre outros.



O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Costa, disse que a estratégia do governo de adiar as negociações tem efeito contrário ao desejado.



"Cada dia mais aumenta o quantitativo de grevistas. Então essa estratégia mostra que o tiro está saindo pela culatra", afirmou o sindicalista.



O presidente do Unacom, Rudinei Marques, afirmou que o grau da paralisação desta segunda-feira surpreendeu. A Unacom representa 3 mil servidores da ativa.



"Não esperávamos uma adesão tão grande", afirmou Marques. "Afeta a rolagem da dívida, a transferência de municípios. É inegável que tem um prejuízo para a administração pública", emendou. As duas carreiras ameaçam cruzar os braços por tempo indeterminado a partir do dia 20 para ficar em sintonia com os 23 grupos de servidores.



A Secretaria do Tesouro Nacional informou que as compras de títulos do Tesouro Direto ficarão paralisadas também na terça-feira, voltando ao normal na quarta-feira. As operações de recompra não foram prejudicadas. As emissões mensais do Tesouro Direto representam cerca de 0,8 por cento do total das emissões da dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi).



(Reportagem de Tiago Pariz)







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