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OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

OS DESTEMIDOS  GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO
A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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terça-feira, 4 de setembro de 2018

Teletrabalho: Planejamento Publica Instrução Normativa


BSPF     -     03/09/2018
Instrução Normativa cria procedimentos e critérios para servidores atuarem dispensados do controle de frequência


O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) estabeleceu as orientações para a implantação do Programa de Gestão pelos órgãos públicos integrantes do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal (Sipec). A Instrução Normativa (IN) nº 1, de 31 de agosto de 2018, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira, dia 3 de setembro de 2018.


A nova IN cria os procedimentos e critérios gerais para os servidores públicos participantes do programa ficarem dispensados do controle de frequência, conforme definido no Decreto nº 1.590, de 10 de agosto de 1995. A implementação da ferramenta de gestão é facultativa à Administração Pública e ocorrerá em função da conveniência e interesse do serviço público.


Para participar do programa, as atividades do servidor devem ser mensuráveis e é necessário o uso de equipamentos e tecnologias que permitam a plena execução das atribuições remotamente. Também serão avaliadas a produtividade e os resultados das unidades com servidores envolvidos no programa.


Entre as modalidades do Programa de Gestão estão:


- semi-presencial: o servidor público executa suas atribuições funcionais parcialmente fora das dependências da unidade em alguns dias por semana ou em turnos por dia.


- teletrabalho: o servidor público executa suas atribuições funcionais integralmente fora das dependências da unidade.


- por tarefa: o servidor público executa tarefa determinada e por prazo definido fora ou nas dependências da unidade. Quando concluído o processo, o servidor fica desligado do programa de gestão.


Entre os órgãos que já possuem servidores dispensados do controle de frequência estão o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério da Justiça (MJ), Advocacia-Geral da União (AGU), Banco Central (Bacen), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).


Fonte: Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão

Publicada MP Que Adia Para 2020 Reajuste De Servidores Públicos Federais


Agência Câmara Notícias     -     03/09/2018


A proposta será analisada por uma comissão mista de deputados e senadores, antes de ser encaminhada para o Plenário da Câmara


O Diário Oficial da União (DOU) publicou no último sábado (1º), em edição extra, a Medida Provisória (MP) 849/18, que adia para 2020 o reajuste de servidores públicos federais, até então programado para o ano que vem.


A decisão foi comunicada na sexta (31) pelo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, durante apresentação da proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2019, entregue pelo Executivo ao Congresso. Na quinta-feira (30), o presidente Michel Temer chegou a dizer que não suspenderia o aumento.


Segundo o ministro da Fazenda, com o adiamento, a economia prevista pelo governo é de R$ 4,7 bilhões.


A previsão do reajuste, entretanto, está mantida no Projeto de Lei Orçamentária, caso a MP que adia o aumento salarial não seja aprovada pelo Congresso Nacional. “Caso a MP não seja aprovada, já preparamos um orçamento dentro dessa realidade. Se ela for aprovada, o Legislativo poderá realocar esses recursos”, explicou Guardia. Para ele, a medida mostra o compromisso do governo com o País e beneficia o futuro governo federal.


Carreiras afetadas


Entre as carreiras afetadas pela MP 849/18, estão a de diplomata e oficial de chancelaria; carreiras da Receita; a de auditor fiscal do Trabalho; carreiras de gestão governamental; cargos de órgãos vinculados ao Executivo, como do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); a carreiras de policial federal e policial rodoviário federal; e professores.


No final de 2017, outra medida provisória previu o adiamento (MP 805/17) de reajuste de servidores. Naquela época, uma liminar do Supremo Tribunal Federal suspendeu a MP, que acabou perdendo a eficácia.


Reajustes já concedidos


Em junho de 2017, outra MP (765/16), aprovada pelos parlamentares, concedeu reajustes para algumas carreiras da administração federal: auditor-fiscal da Receita, auditor-fiscal do Trabalho, perito médico previdenciário, supervisor médico-pericial da Previdência, analista e especialista de infraestrutura, diplomata, oficial de chancelaria, assistente de chancelaria, analista da Receita e policial civil dos ex-territórios (Acre, Amapá, Rondônia e Roraima).


Esses reajustes foram concedidos após a promulgação da Emenda do Teto de Gastos (EC 95), em 17 de dezembro de 2016.


Reajuste do STF


Também está mantida na proposta de Orçamento de 2019 a reserva de recursos para o reajuste de 16% no salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), aprovado pelos próprios magistrados.


Segundo Eduardo Guardia, o Executivo não tem competência para definir, ou não, reajuste salarial dos outros Poderes.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Tamanho do Estado, papel do servidor e o que se espera do próximo presidente

Cláudio Damasceno*

31 Agosto 2018 | 14h00

O futuro presidente da República assume em janeiro com a missão de deixar claro que papel terá o funcionalismo do Poder Executivo no futuro do País. Eterno boi de piranha, recentemente foi culpado pela situação da Previdência – que, na visão de muitos, está à beira da insolvência, embora haja correntes que digam o contrário e preconizem debates mais amplos sobre o tema antes de reformá-la radicalmente.


Minha preocupação se justifica: há candidatos com chances de chegarem ao Palácio do Planalto vendendo a tese de que, com eles, a administração do Estado diminuirá de tamanho para se tornar, enfim, eficiente. Não dão a menor indicação de como farão, mas é previsível sobre a cabeça de quem o tacape vai vibrar. Isso porque, sem qualquer base lógica ou palpável, atribuem ao serviço público um dos gargalos para que o Brasil não ocupe local de destaque no mundo.

Sabemos todos que campanhas eleitorais são terra fértil para promessas delirantes e messiânicas. E que, também, em debates e sabatinas, dificilmente os candidatos se aprofundam em propostas que possam lhes tirar votos. Assim, vendem diagnósticos genéricos, habitualmente errados, mas que soam como sinfonia para alguns grupos. Como aqueles que acham o servidor uma saúva a ser exterminada, tal qual a praga da frase de Monteiro Lobato.


Isso já foi tentado 28 anos atrás, no governo Collor. Nada menos que aproximadamente 110 mil foram mandados embora, linearmente, sem critérios específicos ou claros. Motivo: dar ‘agilidade’ ao Estado, obsessão daquele que cassava marajás e pretendia inserir, na marra, o Brasil no Primeiro Mundo.

“Duela a quién duela”, disse sobre sua disposição de tornar este País uma potência. Deu no que deu: Collor caiu e muitos voltaram por força da Lei 8.878, do governo Itamar, que revogou as demissões. Então, antes que novos erros desse tamanho e gravidade aconteçam, é preciso alertar. Caso as campanhas ainda se deem ao trabalho, há um estudo da ODCE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que vai na direção oposta: Government at a Glance 2015 mostra a situação do funcionalismo em vários países, dentre os quais o Brasil.

Faz várias conexões entre tamanho da administração pública (independentemente da esfera), quantidade de pessoal, eficiência, reconhecimento da população etc., incluindo máquina de gestão, autarquias e estatais. Pelo que é voz corrente na nossa sociedade, era para estarmos em situação vexatória. Só que não é isso que se vê no compêndio.

Ainda que a pesquisa da OCDE não inclua dados dos Estados Unidos e da China na série histórica, alguns resultados são surpreendentes. No gráfico que mostra o quantitativo de servidores na massa total de trabalhadores de um país (Public sector employment as a percentage of total employment, 2009 and 2013), a liderança é da Dinamarca (35%), seguida pela Noruega (aproximadamente 34%) e pela Suécia (em torno dos 28%). O Brasil fica nos 12%. Importante salientar a questão dos números absolutos, pois uma população maior influencia o estoque total de trabalhadores.

Segue a introdução do capítulo 3, página 139, da versão em espanhol do estudo:

“El volumen del empleo en el sector público varía considerablemente entre los países de la OCDE. Los países nórdicos como Dinamarca, Noruega y Suecia reportan altos niveles de empleo del sector público alcanzando el 30% del empleo total o incluso superándolo. Por otra parte, los países de la OCDE de las regiones de Asia y América Latina dependen menos de los empleados del sector público. Solo alrededor del 8% del empleo total de Japón es empleo em el sector público, mientras que Chile y México tienen poco más del 10%”. (A metodologia do levantamento pode ser vista nas páginas 140 e 141.)

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Divulgação Especial – Medidas de Subutilização da Força de Trabalho no Brasil Primeiro Trimestre de 2018, compilada pelo IBGE, de maio passado, a força de trabalho do País é de 104,2 milhões. Assim, transferindo-se os dados da OCDE, o quantitativo de servidores estaria na casa dos 2 milhões – número corroborado pelo Boletim Estatístico de Pessoal e Informações Organizacionais, do Ministério do Planejamento, de dezembro de 2017, nas páginas 65, 66 e 67 -, para 169 milhões de pessoas em idade de trabalhar (14 anos ou mais de idade), de um total estimado em 207,7 milhões de cidadãos. Para um país de 8.516.000 km², não é absurdo.

“Ah!, mas e o peso dessa gente nas contas públicas? Podem nem ser tantos assim, mas têm alto custo”, indagarão aqueles que creem que todos os números podem ser torturados.

Mais uma vez não é bem assim.

No Comunicado do Ipea nº 37, intitulado Salários no setor público versus salários no setor privado no Brasil, estão entre as principais conclusões (página 3) que:

“(b) A diferença de salário em favor do setor público se explica principalmente pelo fato de que, no setor público brasileiro, o perfil dos ocupados segundo o grau de instrução é muito melhor que no setor privado; portanto, o salário médio do setor público fica acima do salário médio do setor privado, pois este concentra uma parcela muito grande de empregados com apenas o ensino fundamental incompleto (27,7% em 2008) e mais 17,8% com apenas até o fundamental completo – justamente os graus de instrução aos quais se relacionam os salários mais baixos;

(c) Por outro lado, o setor público reúne cerca de apenas 22% de pessoas até o fundamental completo, enquanto cerca de um terço de seus integrantes tem nível superior completo (no setor privado, em 2008, apenas 11,4% de seus integrantes tinham nível superior); (…)

(g) A diferença de salário em favor do setor público, no Brasil, não se diferencia da dos demais países de forma muito destacada;

(h) A comparação internacional também mostra que, no que se refere aos trabalhadores de menor grau de instrução, a diferença em favor do setor público tende a ser maior que nos casos de trabalhadores com maior grau de instrução; em países de menor grau de desenvolvimento, essa distinção é ainda mais pronunciada, conforme mostra a tabela em que se compara o México a países desenvolvidos; de todo modo, também levando em conta essa particularidade, o caso brasileiro não difere substancialmente de outros países;” (…).

Em acréscimo, tome-se o Comunicado do Ipea nº 19, intitulado Emprego Público no Brasil: comparação internacional e evolução, elaborado pelos pesquisadores Eneuton Pessoa, Fernando Augusto Mansor de Mattos, Marcelo Almeida de Britto e Simone da Silva Figueiredo. Está na página 6:

“Pode-se afirmar que os dados apontados nesta comparação internacional revelam que a participação do emprego público no Brasil é pequena, tanto se comparada com os países desenvolvidos, como também se comparada a países latino-americanos. Portanto, não há razão para se afirmar que o Estado brasileiro seja um Estado ‘inchado’ por um suposto excesso de funcionários públicos”.

Na página 8, outra constatação importante:

“A recente expansão do número de servidores públicos no Brasil não parece ter sido suficiente para referendar a tese de que esteja ocorrendo, nos anos mais recentes, um ‘inchaço’ no Estado brasileiro, uma vez que a relação calculada indica que o aumento recente do número absoluto de pessoas ocupadas no setor público parece estar sendo suficiente apenas para repor a dimensão relativa do estoque de empregos públicos que havia no Brasil durante os anos 1990”.

Falando pelos auditores-fiscais da Receita Federal, o déficit sobe permanentemente. Na época da criação da Super-Receita, em 2007, éramos 14 mil. Passados 11 anos, na ativa são aproximadamente 9,2 mil, à razão de 600 aposentadorias anuais, em média.

É de se prever que, fechado 2018, o número tenha diminuído para algo como 8,6 mil. Esse contingente será dividido para fiscalizar empresas, aduanas de portos, aeroportos e zonas de fronteiras; cruzar dados de investigações sobre lavagem de dinheiro e sonegação, como nas operações Lava Jato, Zelotes e Acrônimo; julgar ações dos contribuintes nas delegacias de Recursos e Julgamentos (DRJs) e no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais); participar de operações contra o tráfico de drogas e armas nos 17 mil km de fronteira seca; fiscalizar e cuidar da arrecadação das contribuições previdenciárias, principal motor econômico de metade dos municípios brasileiros…

Difícil construir um país seguro, menos corrupto e menos desigual com tão pouca gente especializada para tanta tarefa de alta complexidade.

Não ignoro que nossa máquina pública tem incapacidades, distorções e ineficiências. Nem tampouco comparo os resultados dos nossos serviços com os da Dinamarca ou da Suécia. Mas é histórica a satanização do funcionário do Executivo sem que sejam analisadas as causas pelas quais as coisas não rendem a contento. Poucos se dão ao trabalho de checar se a crítica faz sentido ou se é mero senso comum em menosprezar o profissional do Estado.

No manual do político astuto está escrito que vale a versão, não o fato. Também está lá que o eleitor gosta de escutar o que lhe é palatável, mesmo não sendo real. Dessa vez, porém, a malícia contra o servidor está em xeque. Pior que a falácia da administração inchada é a máquina pública desabastecida de técnicos e especialistas, fator capaz de aprofundar mais e rapidamente o nosso subdesenvolvimento.

Definidas As Regras Para O Teletrabalho


O Dia     -     03/09/2018


O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão publica hoje, no Diário Oficial da União, instrução normativa para padronizar as modalidades de trabalho que não exigem a presença integral ou parcial do servidor público da União em sua repartição. São o teletrabalho, o semi-presencial e por tarefa.


Serão estabelecidas as orientações para a implantação do Programa de Gestão pelos órgãos integrantes do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal (Sipec) que decidirem adotar esses modelos indicados.


Além de estabelecer meios para o controle de tarefas do funcionalismo, o Planejamento tem o objetivo de aproximar a forma de trabalho e a produtividade existentes na iniciativa privada ao serviço público. Integrantes da pasta acreditam que, com isso, vão estimular os servidores, gerando melhores resultados.


A ideia, de acordo com integrantes do Ministério do Planejamento, é valorizar a produção e não mais ter o conceito de "trabalho burocrático", em que o funcionário "bate o ponto" e não necessariamente apresenta um trabalho satisfatório no serviço.


A norma cria os procedimentos e critérios gerais para os servidores públicos participantes do programa ficarem dispensados do controle de frequência, como é definido no Decreto 1.590, de 10 de agosto de 1995. Segundo o ministério, a implementação da ferramenta de gestão é opcional aos órgãos e ocorrerá em função da conveniência e interesse do serviço público.


São contemplados com a medida os órgãos da Administração Direta (como ministérios, secretarias e Advocacia-Geral da União - AGU); autarquias (Banco Central, INPI, INSS) e fundações (IBGE).


Para participar do programa, as atividades do servidor devem ser mensuráveis. O funcionário terá, então, que usar equipamentos e tecnologias que permitam o cumprimento de suas atribuições remotamente. Também serão avaliadas a produtividade e os resultados das unidades com os servidores envolvidos no projeto.


ENTENDA AS MODALIDADES


No trabalho semi-presencial, o servidor desempenha suas funções parcialmente fora da unidade em que é alocado. Na prática, a função externa pode ser alguns dias por semana ou em turnos por dia. A AGU já adota esse modelo com os advogados que podem elaborar uma petição fora do órgão.


Já o chamado teletrabalho permite que os funcionários cumpram as suas tarefas integralmente fora das dependências da unidade. Essas atividades são e serão mensuradas. O modelo pode ser adotado, por exemplo, por áreas como a de Tecnologia da Informação.


Já o trabalho por tarefa é adequado para carreiras como a de recenseador do IBGE. Isso porque nessa modalidade o profissional finaliza uma determinada incumbência por prazo definido a ser cumprido.


Por Paloma Savedra

Tamanho Do Estado, Papel Do Servidor E O Que Se Espera Do Próximo Presidente


BSPF     -     02/09/2018


O futuro presidente da República assume em janeiro com a missão de deixar claro que papel terá o funcionalismo do Poder Executivo no futuro do País. Eterno boi de piranha, recentemente foi culpado pela situação da Previdência – que, na visão de muitos, está à beira da insolvência, embora haja correntes que digam o contrário e preconizem debates mais amplos sobre o tema antes de reformá-la radicalmente.


Minha preocupação se justifica: há candidatos com chances de chegarem ao Palácio do Planalto vendendo a tese de que, com eles, a administração do Estado diminuirá de tamanho para se tornar, enfim, eficiente. Não dão a menor indicação de como farão, mas é previsível sobre a cabeça de quem o tacape vai vibrar. Isso porque, sem qualquer base lógica ou palpável, atribuem ao serviço público um dos gargalos para que o Brasil não ocupe local de destaque no mundo.


Sabemos todos que campanhas eleitorais são terra fértil para promessas delirantes e messiânicas. E que, também, em debates e sabatinas, dificilmente os candidatos se aprofundam em propostas que possam lhes tirar votos. Assim, vendem diagnósticos genéricos, habitualmente errados, mas que soam como sinfonia para alguns grupos. Como aqueles que acham o servidor uma saúva a ser exterminada, tal qual a praga da frase de Monteiro Lobato.


Isso já foi tentado 28 anos atrás, no governo Collor. Nada menos que aproximadamente 110 mil foram mandados embora, linearmente, sem critérios específicos ou claros. Motivo: dar ‘agilidade’ ao Estado, obsessão daquele que cassava marajás e pretendia inserir, na marra, o Brasil no Primeiro Mundo.


“Duela a quién duela”, disse sobre sua disposição de tornar este País uma potência. Deu no que deu: Collor caiu e muitos voltaram por força da Lei 8.878, do governo Itamar, que revogou as demissões. Então, antes que novos erros desse tamanho e gravidade aconteçam, é preciso alertar. Caso as campanhas ainda se deem ao trabalho, há um estudo da...



Por Reajuste, Servidor Vai À Justiça Contra MP


BSPF     -     02/09/2018

Sindicalistas prometem questionar no STF decisão do governo de postergar para 2020 o aumento para carreiras de elite que estava previsto para 2019


Os servidores vão à Justiça contra a medida provisória que o governo promete publicar nesta segunda-feira, adiando para 2020 a última parcela do reajuste prevista para 2019. A MP vai atingir 253 mil funcionários públicos de elite, entre eles, médicos peritos, auditores da Receita Federal, funcionários do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e auditores do Tesouro Nacional, que teriam aumentos salariais entre 4,5% e 6,3%. O objetivo é conseguir nova liminar, como a concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que manteve a correção dos salários neste ano.


Como foram legalmente acordados, os ganhos salariais programados não podem ser cancelados, apenas adiados. Com a postergação, o governo quer economizar R$ 4,7 bilhões. Luís Argolo, diretor sindical da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP), diz que é lamentável a tentativa do governo de voltar atrás em reajustes já firmados no passado. “Nós temos medidas judiciais que garantiram aquilo que foi acordado”, aponta. Segundo ele, há uma indefinição muito grande, porque o presidente Michel Temer “foi e voltou” na decisão várias vezes.


“Estamos avaliando como vamos proceder. Não sabemos ainda, porque antes não haveria reajuste. Depois foi mantido e agora voltaram atrás novamente”, explica. O diretor sindical também questiona a seletividade do reajuste salarial. “O governo federal escolhe um segmento que tem um efeito cascata em várias esferas do setor público, que é o aumento do Judiciário. Esse ficou mantido e dos servidores, não. É lamentável”, critica. Os médicos e peritos acertaram reajustes salariais de 28%, divididos em três parcelas: 12,9% em 2017, 6,6% em 2018 e 6,3% em 2019.


O presidente do Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, defende que a decisão do ministro Lewandowski, contra a intenção do governo, em 2017, foi clara ao indicar que não era caso para MP. “Vamos recorrer pela via jurídica e faremos um enfrentamento no Legislativo. Começaremos a mobillização na segunda-feira mesmo”, afirma.


O secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, diz que o funcionalismo vai novamente ao STF para garantir o que “já é lei sobre o reajuste dos 253 mil servidores” das carreiras de Estado. “Ainda faremos uma frente no Congresso para incluir recursos na LOA (Lei Orçamentária Anual) para assegurar aumento aos demais servirdores”, ressalta. O chamado carreirão, que abrange 80% do funcionalismo, recebeu reajuste de 10,8% em dois anos.


Por Hamilton Ferrari e Vera Batista


Fonte: Correio Braziliense

Militar Que Assume Cargo Público Civil Não Pode Ser Reincorporado, Afirma STJ


BSPF     -     02/09/2018


É proibida a reincorporação ao Exército de militar que tenha sido demitido para exercer cargo público civil. Esse é o entendimento da 1ª Seção do Superior do Tribunal de Justiça, que, ao negar mandado de segurança, afirmou que o Estatuto dos Militares não prevê reinclusão após desistência de estágio probatório em cargo civil.


A atuação ocorreu no caso de uma primeiro-tenente demitida da ativa, em 2014, após ser aprovada em concurso e assumir o cargo de analista judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região.


Em 2017, ela desistiu do estágio probatório no novo cargo para retornar ao Exército e protocolou requerimento para ser readmitida. Como o requerimento foi negado, impetrou mandato de segurança, alegando ter direito líquido e certo à reinclusão.


Atuando no caso, a Advocacia-Geral da União alegou que o artigo 117 da Lei 6.880/80 (Estatuto dos Militares) não prevê a recondução por inabilitação ou desistência de estágio probatório. O instituto, previsto apenas no Estatuto dos Servidores Civis (Lei 8.112/90), não se aplica aos militares.


A AGU destacou, ainda, que o Estatuto dos Militares prevê expressamente que a posse em cargo público civil, inacumulável com o serviço militar, é causa de demissão.


O relator do caso, ministro Mauro Campbell Marques, afirmou: “Cumpre também observar que o artigo 98, da referida norma legal, ao dispor sobre transferência para a reserva remunerada, não prevê hipótese que pode agasalhar a pretensão da parte ora Impetrante”. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.


Mandado de Segurança 23.550


Fonte: Consultor Jurídico

Governo É Acusado De Vazar Informações De Aposentados


O Dia     -     02/09/2018


Empresa de tecnologia do governo, segundo investigação do Ministério Público, expõe dados sigilosos


Rio - Ligações, mensagens por e-mail, por SMS, carta e até WhatsApp que oferecem facilidades e serviços têm atormentado aposentados e funcionários públicos, que não sabem como seus dados foram parar nas mãos de desconhecidos. Essa farra, inclusive, já está na mira do Ministério Público. Um dos alvos, agora investigado pelo Ministério Público Federal (MPF), é o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), empresa pública de tecnologia, vinculada ao Ministério da Fazenda.


"Os golpistas se utilizam de informações adquiridas de forma ilícita dos dados para entrar em contato com a pessoa oferecendo diversos serviços e é nessa hora que o consumidor é enganado", adverte o especialista em cibersegurança, Fábio Lutfi, da Qriar Cybersecurity.


De acordo com investigações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o Serpro é apontado como responsável por repassar à página Consulta Pública, que é do governo federal, a base de dados da Receita. Segundo a denúncia, encaminhada por meio de dossiê, ao MPF pelo promotor Frederico Meinberg Ceroy, a prática do Serpro de vender os dados ocorre há muitos anos.


CONSTRUÇÃO DA PÁGINA


O que chamou a atenção do MPF foi a construção da página que está "congelada" desde 7 de junho. "A estruturação do site foi indicativo de que a base de dados usada tinha origem na administração pública", informou Meinberg em ofício enviado ao MPF.


Procurado pelo DIA, o Serpro negou que forneça dados de contribuintes para empresas privadas e que está colaborando com as investigações do MP, que correm em sigilo de Justiça.


Por ser empresa pública ligada ao governo federal, o MPDFT não pode analisar a legalidade da prática de extração de dados do Serpro e remeteu o dossiê ao MPF. Mas já concluiu que a empresa de tecnologia vende as informações.


A Comissão de Proteção dos Dados Pessoais do MPDFT, coordenada por Meinberg, aponta que o repasse dos dados está em contratos firmados com a Controladoria-Geral da União (R$ 997 mil), Conselho da Justiça Federal (R$273 mil) e Conselho Nacional de Justiça (R$ 56 mil).


De acordo com o promotor, a empresa se aproveita do Decreto 8.789/2016, que trata do compartilhamento de bases de dados na administração pública federal. Questionado, o Serpro rechaçou a acusação do MP e afirmou que pode disponibilizar dados e informações à sociedade pela Portaria 457/2016, do Ministério da Fazenda. Em nota, a empresa diz que "nunca teve contato ou repassou conteúdo ao site Consulta Pública".


NA MÃO DO TELEMARKETING


O telefone toca insistentemente, a pessoa atende e do outro lado da linha um serviço de telemarketing oferece nada mais nada menos que um valor "autorizado e disponível" de crédito consignado. E isso ocorre antes mesmo de o trabalhador que acabou de se aposentar ter recebido o benefício pela primeira vez.


O desconhecido de posse de todos os dados, sabe, inclusive, que a aposentadoria havia sido concedida pelo INSS e conhecia até o valor do benefício.


"Dei entrada no pedido de aposentadoria pela internet. E antes de ter a resposta do INSS já estavam ligando para minha casa", conta Maria da Costa, que se aposentou em agosto deste ano. "Até para meus parentes ligaram, recebo SMS, mensagem por WhatsApp. Como conseguiram essas informações?", questiona.


Em dois anos, entre 2016 e 2017, o número de denúncias sobre empréstimos irregulares na Ouvidoria do INSS chegou a 78.898. E isso acendeu a luz vermelha no Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que, a exemplo do Serpro, entrou com questionamento sobre vazamento de dados de segurados no INSS por causa das queixas e reclamações de consumidores de todo país que também recebem as ligações. O Idec considera que a prática viola o sigilo de informações dos segurados.


"Quando fizemos o questionamento, o INSS alegou que não repassa informações, mas na prática o que vemos é que há vazamento. Em alguns casos, o representante bancário avisa ao segurado que o pedido de aposentadoria foi autorizado e diz o valor. O INSS diz que não compartilha as informações", diz Ione Amorim, economista do Idec.


Os órgãos de defesa do consumidor explicam que é possível recorrer à Justiça após as ligações, mas alertam que a responsabilidade sobre os dados é do INSS e que o processo pode ser demorado.


O órgão reiterou que não fornece dados dos segurados sem autorização e que estas são tratadas com total sigilo. Acrescentou ainda que "se existe servidor fornecendo dados dos beneficiários ou oferecendo empréstimos consignados, é de maneira ilegal".


Por Martha Imenes

Publicada MP Que Adia Reajuste Dos Servidores Para 2020


Agência Brasil     -     01/09/2018


O Diário Oficial da União publica neste sábado (1º), em edição extra, a Medida Provisória (MP) nº 849, que adia para 2020 o reajuste de servidores públicos federais, até então programado para o ano que vem. A decisão foi comunicada ontem (31) pelo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, durante apresentação do Projeto de Lei Orçamentária (Ploa) de 2019.


Ao justificar o adiamento do reajuste, que deveria estar em vigor desde o ano passado, Guardia citou a necessidade de ajuste fiscal e disse que o atual momento do país não comporta o crescimento de gastos públicos obrigatórios. Segundo o ministro, a previsão do reajuste, entretanto, está mantida no Projeto de Lei Orçamentária, caso a MP que adia o aumento salarial não seja aprovada no Congresso Nacional.


O adiamento do reajuste a servidores públicos federais dará flexibilidade de R$ 4,7 bilhões para o próximo governo gastar com outras despesas, como investimentos federais (obras públicas e compra de equipamentos). Originalmente, o impacto seria de R$ 6,9 bilhões, mas Guardia explicou que um total de R$ 2,2 bilhões de reajustes previstos não foi regulamentado e perdeu a validade.

Equipe Econômica Vence “Queda De Braço”: Reajuste A Servidores Em 2020


BSPF     -     01/09/2018


Ministro da Fazenda revelou que presidente Temer só foi convencido nesta sexta-feira a não conceder aumentos em 2019

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou nesta sexta-feira (31/8) que equipe econômica ganhou a disputa com as demais áreas do governo federal e conseguiu adiar o aumento do funcionalismo e do Judiciários. Ele se pronunciou sobre o adiamento do reajuste salarial durante coletiva de imprensa no Ministério do Planejamento.


A equipe econômica venceu a queda de braço que travou com presidente, que insistia em garantir o aumento para o funcionalismo no inicio de 2019. Até hoje pela manhã, ele mantinha esse posicionamento. Foi, enfim, convencido pelos ministros.


De acordo com o ministro, a postergação do reajuste do funcionalismo para 2020 está dentro do compromisso do presidente de buscar o ajuste fiscal e o equilíbrio das contas públicas. “Sabemos do custo político que a medida traz, mas vamos deixar para o próximo governo, seja de quem for, medidas que vão beneficiá-lo. Isso demonstra de maneira clara o compromisso do presidente para com o país”, afirmou.


Mais cedo, nesta sexta o presidente Michel Temer (MDB) voltou atrás e resolveu adiar para 2020 o reajuste salarial dos servidores da União. Cálculos iniciais estimam que ao deixar o aumento para o próximo ano o governo federal irá economizar R$ 6,9 bilhões. Agora, a expectativa da equipe econômica – que era contra o gasto extra – , é que, com a desistência do presidente, o Palácio do Planalto conseguirá cumprir o teto dos gastos públicos.


Repercussão


A decisão de adiar o reajuste do funcionalismo pelo período de 12 meses repercutiu negativamente entre instituições de representantes do funcionalismo público. Logo após o anúncio feito pela equipe econômica do governo, O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) publicou, em seu endereço eletrônico, uma nota, assinada pelo presidente da entidade, Rudinei Marques: “Os servidores públicos têm sido surpreendidos por medidas unilaterais da administração. Se vierem mais medidas arbitrárias, só temos uma resposta, que é trabalhar contra”, diz a nota.


Já a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe) ficou de apresentar nota com o posicionamento oficial na próxima segunda-feira. A Federação realiza, em Brasília, um Seminário Nacional em Defesa dos Serviços Públicos e, segundo sua assessoria de imprensa, o clima geral no evento “é de repúdio” e que seus participantes já debatem “possíveis paralisações e atos públicos contra o recuo do governo”.


Por Carlos Estênio


Fonte: Metrópoles

Governo Insere Reajuste De Servidores No Orçamento De 2019, Mas Editará MP Para Impedir O Aumento


BSPF     -     01/09/2018


O governo fingiu que concordou em seguir a lei e cumprir o compromisso assinado com os servidores – dar a última parcela de reajuste, em 2019. Mas, após entregar a peça orçamentária de 2019 ao Legislativo, admitiu que mandará, já na segunda-feira, uma Medida Provisória (MP) para cortar qualquer possibilidade de alteração remuneratória no ano que vem. De acordo com o Planejamento, não haverá concurso público em 2019


A estratégia, de acordo com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, era para não atrapalhar o andamento do documento do Poder Legislativo. “Caso haja contestação, judicialização ou a MP venha a caducar, os recursos já estão garantidos. Caso o Legislativo concorde em postergar os reajustes para 2020, os R$ 4,7 bilhões poderão ser usado em investimentos”, justificou.


Em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (31/8), o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, anunciou que não há previsão de lançamento de novos concursos públicos federais para 2019. Serão apenas convocados os aprovados já autorizados para a Polícia Federal (PF). Já quanto às seleções da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que não tomaram posse em 2018 por conta do período eleitoral, vão ser chamados no ano que vem. Para eventuais necessidades emergenciais de contratação, no entanto, foram assegurados para o próximo presidente da República a quantia de R$ 411 milhões na peça orçamentária.


Judiciário


Quanto ao aumento de 16,38% para o Poder Judiciário, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, explicou que, ao contrário do que tem sido comentado, “o Executivo não autorizou o reajuste”. “Não cabe ao Executivo interferir em outros poderes. O valor vai no orçamento e será o Legislativo que vai decidir o que deve ser feito. Todos têm que obedecer o teto dos gasto. O Judiciário terá que ajustar suas despesas”, detalhou.


Diferença


De acordo Esteves Colnago, a economia com o adiamento do reajuste dos salários dos servidores para 2020 é de R$ 4,7 bilhões, e não de R$ 6,9 bilhões.A diferença é porque R$ 2,2 bilhões se referiam a reajustes de benefícios ainda em discussão que não haviam sido regulamentados. Os ministros não especificaram quais eram esses itens.


A previsão de gastos com pessoal para o ano que vem, de acordo com o Orçamento de 2019, é de R$ 325,9 bilhões, o equivalente a 22,6% das despesas totais e 4,4% do PIB. Colnago explicou que o Poder Executivo fará em 2019 a compensação do teto de gastos para demais poderes no limite dos 0,25% permitidos. A previsão de compensação do Poder Executivo aos demais Poderemos, MPU é SOU, no valor máximo permitido pela lei do teto dos gastos será de $ 3,36 bilhões.


Para o Poder Executivo, o teto de gastos em 2019 seria de R$ 1,346 trilhão, enquanto o limite para os outros poderes seria de R$ 60,476 bilhões. Mas o PLOA de 2019 prevê que o Poder Executivo compensará o resultado dos demais poderes em R$ 3,362 bilhões. Com isso, o limite do Executivo será de R$ 1,343 trilhão, e o teto dos demais poderes chegará a R$ 63,839 bilhões. Somente a compensação do Executivo ao Poder Judiciário chegará a R$ 2,929 bilhões no próximo ano.


Fonte: Blog do Servidor

Jurisprudência Favorece Reajuste De Servidores



Blog da Denise     -     01/09/2018


O reajuste dos servidores públicos, que a equipe econômica convenceu o presidente Michel Temer a deixar para 2020, tem tudo para ser retomado no Supremo Tribunal Federal (STF). O tema será incluído na pauta do plenário ainda neste ano e, a depender da jurisprudência, a vitória será dos funcionários. É que, no Tocantins, o governador Marcelo Miranda havia concedido um reajuste que terminou suspenso quando ele perdeu o governo. O assunto foi parar no STF e, quase 10 anos depois, a maioria dos ministros optou por validar a correção salarial dos servidores do estado.


É por aí que a Suprema Corte se inclina, apesar das restrições orçamentárias do Poder Executivo. Portanto, é grande a chance de sobrar mais uma despesa para o próximo presidente logo no primeiro ano de governo. Aliás, Michel Temer foi avisado de que, se insistisse em barrar o reajuste, a perspectiva de nova decisão do STF em favor dos servidores seria de 99%.

Proposta Orçamentária Chega Ao Congresso Com Aumento Do Teto Do Funcionalismo


Agência Câmara Notícias     -     31/08/2018



Governo enviará MP para tentar adiar reajuste de servidores do Executivo para 2020


A proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2019, entregue pelo Executivo ao Congresso nesta sexta-feira (31), chega com a previsão de aumento salarial dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de 16,38%. Como a remuneração, que irá de R$ 33.700 para R$ 39.700, corresponde ao teto do funcionalismo público, a medida terá um efeito cascata nos três poderes e também em estados e municípios. O aumento foi negociado entre Executivo e Judiciário como moeda de troca para o fim do auxílio-moradia de juízes.


O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, fez questão de ressaltar que a definição do reajuste do Judiciário não é competência do Executivo, mas do Legislativo. “A nossa competência é só encaminhar”, disse em entrevista coletiva para apresentar o orçamento.


Reajuste dos servidores


O Planalto voltou atrás e resolveu adiar para 2020 o reajuste aos servidores do Executivo. A economia prevista pelo governo é de R$ 4,7 bilhões. O presidente Michel Temer chegou a dizer na quinta-feira (30) que não suspenderia o aumento.


Segundo Guardia, o Executivo encaminhará uma medida provisória na segunda-feira (3) prevendo o adiamento, assim como fez no final de 2017. Naquela época, uma liminar do Supremo Tribunal Federal suspendeu a MP 805/17, que acabou perdendo a eficácia.


“Caso a MP não seja aprovada, já preparamos um orçamento dentro dessa realidade. Se ela for aprovada, o Legislativo poderá realocar esses recursos”, disse Guardia. Para ele, a medida mostra o compromisso do governo com o País e beneficia o futuro governo federal.


Orçamento rígido


O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, criticou o “enrijecimento crescente” das despesas do governo. Para 2019, apenas 7,1% dos gastos poderão ser alocados pelo Executivo de maneira discricionária (não obrigatória). Isso representa R$ 102,5 bilhões. “O governo caminha para ser um gestor de previdência e folha de pagamento. Isso é muito pouco”, disse Colnago.
Desse valor, R$ 27,4 bilhões estão previstos para investimentos (1,89% do total de despesas). O total é 11,9% menor que o previsto para este ano (R$ 31,1 bilhões, pelas projeções do governo).


Segundo Guardia, as regras do teto de gastos (EC 95/16) não inviabilizaram aumentos na saúde e na educação. “Tenho escutado com frequência que o teto congela gastos com saúde e educação, mas existe um teto para o conjunto da despesa e um piso para saúde e educação”, ponderou.


O teto de gastos prevê que as despesas só podem aumentar conforme a inflação. Mas mesmo isso não está garantido em algumas áreas, porque o teto é separado por poder. Se, por exemplo, dentro do Poder Executivo algumas despesas subirem mais que a inflação, outras terão de ser sacrificadas.


Regra de Ouro


Pelos cálculos do Executivo, faltam R$ 258,2 bilhões para conseguir cumprir a “regra de ouro”. Segundo a Constituição, o governo só pode se endividar (emitir títulos públicos) para pagar despesas de capital (investimentos e aumentos de patrimônio). O endividamento público não pode crescer para pagar gastos correntes, como salários de servidores e despesas com luz, telefone e diárias.
O governo delimitou quais despesas correntes ficarão condicionadas à aprovação de proposta bancada por títulos públicos. A maior parte do recurso: benefícios previdenciários (como auxílio-doença), o Benefício de Prestação Continuada (BPC), Bolsa Família, subsídios e subvenções econômicas e compensação ao Fundo do Regime Geral de Previdência Social (FRGPS). “Há tempo suficiente para o próximo presidente encaminhar para que se aprove a proposta no Congresso”, avalia Guardia.


Salário Mínimo


A proposta orçamentária prevê que o salário mínimo suba de R$ 954 para R$ 1.006 a partir de janeiro de 2019 – um crescimento de 5,45%. O salário mínimo impacta despesas como abono salarial e seguro-desemprego, benefícios previdenciários e benefícios assistenciais.


O valor, porém, pode mudar, já que a regra de reajuste do salário mínimo é definida por uma lei (13.152/15) e leva em conta a variação do INPC em 2018 - ainda não definida, acrescida da variação do PIB em 2017 (1%).