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OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

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A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Servidores da EX.SUCAM contaminados por inseticida luta por planos de saúde

 

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quinta-feira, 22 de maio de 2025

DDT: O Veneno Silencioso que Devasta Vidas na Amazônia

 

DDT: O Veneno Silencioso que Devasta Vidas na Amazônia ■

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Por Chico Araújo, de Brasília

Na imensidão da Amazônia, onde a luta contra a malária deveria salvar vidas, um veneno traiçoeiro transformou heróis em vítimas. O DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano), o temido “pó da morte”, foi a arma escolhida para combater a doença, mas sua herança é um rastro de sofrimento e abandono. Emir Rodrigues Mendonça, pedagogo que ingressou em 1965 na Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam) no Acre como chefe de Operações de Campo, tornou-se uma das vozes mais potentes dessa tragédia. Ele próprio intoxicado, Mendonça lançou em 2019 o livro Vítimas do DDT: Um Caso Real, uma denúncia visceral que expõe a gravidade das sequelas deixadas pelo pesticida. Ele e milhares de “guardas da Sucam” borrifaram o DDT sem proteção, sem imaginar que carregavam nas mãos um veneno que os condenaria a uma morte lenta e dolorosa.

A malária, alvo inicial do DDT, segue como um flagelo global. Em 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 263 milhões de casos em 83 países, com 597 mil mortes. No Brasil, 99,98% dos 140.265 casos autóctones de malária em 2023 concentraram-se na Amazônia Legal (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão). Em 2024, o país notificou 138.493 casos, uma queda de 1,3%, mas com 43 óbitos, 27% menos que os 63 de 2023. Apesar de o Brasil não figurar entre os países com maior incidência, como na África Subsaariana (80% dos casos globais), a Amazônia enfrenta um ciclo vicioso de desmatamento, garimpo e precariedade sanitária que perpetua a doença. Enquanto isso, os verdadeiros mártires dessa guerra, os trabalhadores da Sucam, pagam o preço mais alto.

O DDT, amplamente usado na Segunda Guerra Mundial e na Guerra do Vietnã para controlar mosquitos, revelou-se um monstro químico. Seus efeitos devastadores — cânceres (pâncreas, mama, próstata), polineuropatia, distúrbios neurológicos, problemas respiratórios e cardíacos — levaram à sua proibição em muitos países nos anos 1970. No Brasil, a comercialização e uso na agricultura foram banidos em 1985, mas, de forma criminosa, o governo permitiu sua aplicação em campanhas de saúde pública até 1998, com o último lote de 3 mil toneladas adquirido em 1991. Milhares de trabalhadores da Sucam foram intoxicados, e cerca de 460 ex-servidores ainda vivos lutam por reparação. No Acre, mais de 240 já morreram, com 55,87% dos óbitos ocorrendo antes dos 60 anos. No Pará, a média é ainda mais cruel: 56,7 anos. O “pó da morte” não perdoa, e suas vítimas, como Raimundo Gomes da Silva, do Acre, enfrentam tumores, falências renais e cardíacas, vivendo na angustiante “fila da morte”.

Em Vítimas do DDT: Um Caso Real, Emir Mendonça desnuda essa tragédia com a força de quem sente na pele o veneno. “A cada semana, morre um no Brasil. Estamos à míngua, desamparados”, desabafa ele, com a voz embargada pela indignação e pela dor de ver seus colegas sucumbirem. O livro, lançado em 2019, é um grito de alerta, um documento histórico que escancara a negligência do Estado e a omissão diante de uma crise humanitária. Os sintomas descritos — irritabilidade, insônia, doenças pulmonares, cardíacas e câncer — são apenas a ponta de um iceberg de sofrimento que o governo se recusa a enxergar, enquanto a Funasa, sucessora da Sucam, nega o nexo entre as doenças e o DDT, mesmo com laudos judiciais apontando o contrário.

Há 17 anos, desde 2008, os intoxicados clamam por um plano de saúde custeado pela União. Audiências públicas, capitaneadas pela ex-deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), expuseram o drama. Em 2019, o deputado Mauro Nazif (PSB-RO), médico por formação, apresentou a PEC 101/2019, que prevê assistência médica para servidores da Sucam admitidos até 1988, expostos ao DDT. A proposta foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em 2021, mas segue engavetada, aguardando a criação de uma comissão especial na Câmara dos Deputados para avançar ao plenário. Uma Comissão Nacional, presidida por Joel Ferreira da Silva, de Rondonópolis (MT), luta incansavelmente por avanços. Em 2022, Emir Mendonça esteve em Brasília, reunindo-se com parlamentares como o senador Alan Rick (União-AC) e o então presidente Jair Bolsonaro (PL), mas as promessas não saíram do papel.

O descaso é um veneno tão letal quanto o DDT. No Acre, centenas de vítimas agonizam sem assistência, enquanto o Congresso, absorto em outras prioridades, parece surdo aos seus apelos. Será que essas vidas, marcadas pela coragem de proteger a população, não merecem um mínimo de dignidade? Quantos mais precisarão morrer para que o Brasil encare essa dívida histórica? A Amazônia não é apenas um cenário de luta contra a malária; é um campo de batalha onde os sucanzeiros, esquecidos, ainda lutam pela própria sobrevivência.

Enquanto o “pó da morte” continua a fazer vítimas, o silêncio oficial é ensurdecedor. O livro de Emir Mendonça é mais que uma denúncia; é um chamado à ação, um lembrete de que cada morte é uma mancha na consciência de um país que abandona seus heróis. Até quando o Brasil fechará os olhos para essa tragédia? A resposta está nas mãos de quem pode mudar a história: parlamentares, governantes e a sociedade. Que a voz dos intoxicados ecoe, e que a justiça, tão tardia, finalmente chegue.

(*) Chico Araújo,  advogado, jornalista e teólogo, com mais de três décadas no jornalismo. Autor do livro “Quando Convivi com os Ratos” (Uiclap)

https://loja.uiclap.com/titulo/ua76262, agora lança Sombras do Poder- As vísceras da corrupção no Acre expostas na Operação Ptolomeu”. https://loja.uiclap.com/titulo/ua93569

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Brasil tem menos funcionários públicos que EUA, Europa e vizinhos e presta serviço de pior qualidade, mostra estudo

 Especialistas consultados pela CNN acreditam que reforma administrativa pode ser resposta para aumentar eficiência do funcionalismo brasileiro

Danilo Moliternoda CNN , São Paulo

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O Brasil conta hoje com cerca de 11 milhões de servidores públicos, número que representa algo em torno de 12,4% dos trabalhadores do país. Segundo levantamentos, Estados Unidos, países e da Europa e vizinhos sul-americanos tem funcionalismo mais inchado, mas atendem melhor à população.

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Levantamento elaborado pelo República.org, com dados do International Labour Organization (Ilosat), mostra que a proporção de vínculos públicos em países sul-americanos como Argentina (19,31%), Uruguai (16,92%) e Chile (13,10%) é maior que a do Brasil.

Os Estados Unidos também aparecem à frente (13,56%), e o México, país com características semelhantes às do Brasil, fica pouco atrás (12,24%).

Fica à frente do Brasil a média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, 23,48%) — o chamado clube dos países ricos. Na Europa, a França, por exemplo, também tem funcionalismo mais “inchado” (20,28%).

Países em que o chamado Estado de bem-estar social é conceito fortalecido, como Dinamarca (30,34%) e Suécia (24,99%), aparecem no topo o ranking. Os dados dizem respeito aos anos de 2019, 2020 e 2021.

Menos “inchado”, serviço do Brasil é pior

Menos “inchado”, o serviço público brasileiro é de pior qualidade em comparação com estes países, segundo levantamento do TheGlobalEconomy.com. A base de dados é de 2021.

O índice que avalia a prestação de serviço à população, incluindo educação, saúde, saneamento, transporte, eletricidade, internet e outros, classifica o Brasil na 124ª colocação, em um total de 177 países considerados.

Os vizinhos mencionados, Argentina (81º), Uruguai (48º) e Chile (69º), aparecem à frente. Os europeus citados estão no topo do ranking: a Suécia é o 3º, Dinamarca é o 5º e a França é o 12º.

Nas últimas semanas, voltou a se intensificar no Brasil o debate sobre a necessidade de uma reforma administrativa — que traria mudanças ao chamado “RH do governo” e incrementaria a eficiência dos serviços públicos.

PEC 32, da reforma administrativa

Tramita na Câmara a proposta de emenda à Constituição (PEC) 32 de 2020, que apresenta uma possibilidade de reforma. Segundo o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), o texto está pronto para ir ao plenário.

Especialistas consultados pela CNN indicam que um dos principais pontos positivos da PEC 32 é romper privilégios do funcionalismo. Para Luciano Nakabashi, professor da FEA-RP, da USP, esse é um dos fatores que faz da reforma “necessária”.

“É preciso acabar com certos privilégios. É positivo, por exemplo, limitar férias a 30 dias, dar fim dos aumentos salariais por tempo, sem avaliação. Quando a gente olha esses benefícios, percebemos que há alguns excessos”, indica.

Além de férias superiores a 30 dias e adicionais por tempo de serviço, a reforma administrativa também acaba com benefícios como licença-prêmio e outras por tempo de serviço; adicionais por substituição; aumentos de remuneração ou indenização com efeitos retroativos; aposentadoria como punição; entre outros.

Segundo Alketa Peci, professora da FGV Ebape, a PEC 32 falha, contudo, ao preservar benefícios de juízes e promotores. O texto mantém, por exemplo, as férias de 60 dias. A especialista destaca que há dentro do funcionalismo “desigualdade entre carreiras”.

“A reforma falha ao não incluir o Judiciário, ao não incluir o setor onde há as maiores disfunções do setor público. Assim, ela [reforma] perde legitimidade”, aponta.

Professor da Fundação Dom Cabral na área de gestão pública, Humberto Falcão indica, por outro lado, que o fato de este texto ter “nascido” com motivação fiscal é uma inadequação. Para o doutor, uma reforma administrativa deve buscar fortalecer as capacidades do Estado para solução de problemas públicos.

“Não dá para pensar em uma reforma que vai tornar o Estado menos capaz. O propósito da reforma deveria ser melhorar as capacidades do setor público, para que ele funcione melhor — não em uma linha que advoga equivocadamente que o setor público é excessivamente grande e deveria ser enxugado”.

Vale destacar que o relatório do deputado Arthur Maia (União-BA) garante todos os direitos adquiridos dos servidores atuais. As mudanças de regra se aplicariam somente àqueles que ingressarem no setor público após a aprovação da PEC.

Veja também: Temos compromisso com ajuste fiscal e combate à inflação, diz Haddad após queda dos juros