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OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

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A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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sábado, 4 de setembro de 2010

Manual de Perícia Oficial em Saúde do Servidor Público Federal

Apresentação


https://www1.siapenet.gov.br/saude/Portal.do?method...codigo=19


A sociedade brasileira exige um novo modelo de gestão pública capaz

de viabilizar a construção do Brasil como uma sociedade mais justa e

igualitária para todos. O fortalecimento do Estado Brasileiro pressupõe

a utilização de todos os instrumentos e recursos disponíveis para dar a

sustentabilidade indispensável à manutenção do desenvolvimento, em

suas mais diversas dimensões.

Promover a atenção à saúde dos servidores públicos civis federais, como

um dos eixos de atuação na democratização das relações de trabalho,

é uma orientação estratégica com vistas a valorizar o servidor público

federal, partícipe direto e ativo na construção de uma sociedade melhor.

Foram promovidas reformulações essenciais no modelo de gestão de

pessoas, com destaque para a saúde e a seguridade social dos servidores

públicos, com mudanças de paradigma na seguridade dos servidores.

Destaca-se a iniciativa de implantação de uma política de atenção à saúde

do servidor, construída com a participação dos profissionais de saúde e

técnicos dos diversos órgãos públicos.

Buscando a consolidação de uma política de saúde para o servidor

público, em 2009 foi criado o Departamento de Saúde, Previdência e

Benefícios do Servidor da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério

do Planejamento, Orçamento e Gestão. Um dos desafios é o de superar

as distorções de direitos existentes entre os diversos órgãos do Sipec e

implementar uma política de atenção à saúde baseada na equidade e na

universalidade de garantias fundamentais.

A Política de Atenção à Saúde do Servidor – PASS vem sendo construída

de forma coletiva, por meio de encontros, oficinas e reuniões com as áreas

de recursos humanos, os técnicos de saúde e entidades sindicais, com

o propósito de compartilhar experiências, dificuldades e projetos, assim

construindo uma política transversal, de implantação descentralizada e

coletiva, com os diferentes órgãos da Administração Pública Federal.

A fim de consolidar essa política, várias ações estratégicas foram tomadas,

entre elas a publicação deste Manual de Perícia Oficial em Saúde, cujo

objetivo é orientar os órgãos do Sistema de Pessoal Civil da Administração

Federal – Sipec quanto aos procedimentos relativos à perícia médica e

odontológica, de que trata o Regime Jurídico dos Servidores Públicos

Civis da União (Lei nº 8.112/90).

É com muita satisfação que apresento o Manual de Perícia Oficial em

Saúde, feito com o intuito de alinhar as práticas dos profissionais peritos

em todo o Brasil.

Este é um marco histórico, dado que o tema nunca foi tratado com

tamanha transparência e participação, tanto dos profissionais da saúde

quanto de técnicos de diversas áreas do conhecimento, que construíram,

de forma coletiva e à luz dos mais altos princípios democráticos, os

conceitos, postulados e princípios aqui dispostos.

A expectativa do Governo Federal é que este Manual seja utilizado

em todo o seu potencial e promova isonomia e segurança, princípios

indispensáveis para a perícia médica.

Duvanier Paiva Ferreira

Introdução

O presente manual - Perícia Oficial em Saúde para os Servidores

Públicos Civis Federais - destina-se aos gestores públicos, aos técnicos

em recursos humanos, aos profissionais da área de saúde, aos peritos em

saúde e aos servidores públicos em geral.

O manual foi construído em processo coletivo com a contribuição de

diversos técnicos e reflete um conjunto de consensos construídos ao

longo de um ano e meio de trabalho.

Avançamos em um modelo de avaliação da capacidade laborativa que

transcende o aspecto da legalidade e do controle, pois busca aproximar

a perícia da realidade e do cenário do mundo do trabalho no qual vive

o servidor público federal. O conceito de perícia em saúde elimina as

avaliações centradas unicamente no ato médico e abre espaço para o

entendimento das diversas faces que compõem a avaliação pericial.

Tratamos das relações éticas no ato pericial, do sigilo profissional, de

ações transdisciplinares e, sobretudo, do respeito e da humanização nas

relações entre administração, perito, assistente e servidor.

Importante ressaltar que a organização da perícia em saúde integra um

conjunto de iniciativas que compõe a Política de Atenção à Saúde do

Servidor, cujo objetivo último é promover saúde.

A existência de regras claras e de critérios transparentes são requisitos

essenciais ao Estado de Direito. O cumprimento da legislação e o

funcionamento harmônico da gestão de concessões de benefícios, de

que trata o Regime Jurídico dos Servidores, evita desconfianças, conflitos

e perdas para todas as partes – periciados, peritos e Administração Pública

Federal.

A avaliação pericial dos servidores e seus dependentes legais é ato

imprescindível nos processos de licenças, remoções, aposentadorias,

readaptações, nexos de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.

Nesse contexto, as contribuições daqueles que estão envolvidos com

os atos técnicos periciais e com a concessão de benefícios, relativos

às questões de saúde do servidor, são sempre bem-vindas, desde que

tenham por objetivo regular as relações entre as partes, e não proteger

esta ou aquela parte e, muito menos, engessar as regras que deverão ser

exequíveis em âmbito nacional.

O Manual é editado em papel reciclável sob a forma de fichário para facilitar

a troca de capítulos, quando da necessidade de alterar procedimentos

em decorrência de mudança na lei.

Pretende-se que o manual seja um importante instrumento de referência

para auxiliar a interpretação da legislação no momento das decisões

periciais.

Por fim, destacamos quão importantes são as informações de saúde

produzidas pela perícia, pois constituem base de dados epidemiológicos

que contribuem para a consolidação da Política de Atenção à Saúde do

Servidor Público Federal, por meio de ações de vigilância aos ambientes

e processos de trabalho, e para a criação de programas de promoção à

saúde que tenham impacto no processo saúde, doença e trabalho.

O manual é de todos, façam bom proveito.

Sérgio Carneiro

Conteúdo

Apresentação

Introdução

Capítulo I

Conceitos Básicos de Perícia Oficial em Saúde • 1

Perícia Oficial em Saúde: • 1

Perito Oficial em Saúde • 1

Capacidade Laborativa • 2

Incapacidade Laborativa • 2

Doença Incapacitante • 3

Atividades da Vida Diária • 3

Invalidez • 4

Deficiência • 4

Acidente em Serviço • 4

Doença Profissional • 5

Doença Relacionada ao Trabalho • 5

Readaptação • 5

Reabilitação Funcional • 5

Restrição de Atividade Laboral • 6

Licenças por Motivo de Saúde • 6

Capítulo II

Princípios da Perícia Oficial em Saúde • 1

Conhecimento Técnico-Científico • 1

Ética • 1

Sigilo Profissional e Documentos Oficiais • 2

Relação do Perito Oficial em Saúde com a Instituição • 3

Relação do Perito Oficial em Saúde com o Servidor ou seu

Dependente Legal • 3

Relação do Perito Oficial em Saúde com o Profissional de

Saúde Assistente • 5

Capítulo III

Procedimentos da Perícia Oficial em Saúde • 1

Avaliação Pericial Oficial em Saúde • 1

Atestados Médico e Odontológico e Laudos Periciais • 3

A Perícia Odontológica Oficial • 6

Dados Periciais, Perfil Epidemiológico e a Promoção da Saúde • 7

Capítulo IV

Equipe de Perícia Oficial em Saúde • 1

Médico Perito • 2

Cirurgião-Dentista Perito • 3

Psicólogo • 3

Assistente Social • 4

Técnico de Enfermagem ou de Saúde Bucal • 4

Atribuições e Composição da Equipe Multiprofissional

na Avaliação dos Candidatos Portadores de Deficiência

Aprovados em Concurso Público • 5

Capítulo V

Atribuições Gerais da Perícia Oficial em Saúde • 1

Constatação de Invalidez • 15

Constatação de Deficiência • 19

Capítulo VI

Laudo Oficial Pericial • 1

Conclusão Pericial • 1

Laudos de Perícia Oficial em Saúde • 6

Capítulo VII

Doenças Especificadas em Lei • 1

Alienação Mental • 2

Conceito • 2

Normas de Procedimentos para a Perícia Oficial em Saúde • 3

Critérios de Enquadramento • 3

São Passíveis de Enquadramento • 3

São Excepcionalmente Considerados Casos de Alienação Mental • 4

Quadros Não Passíveis de Enquadramento • 4

Cardiopatia Grave • 4

Conceito • 4

Critérios de Enquadramento • 8

De modo geral, podem ser consideradas como cardiopatia grave • 8

Cegueira Posterior ao Ingresso no Serviço Público • 10

Conceito • 10

São Equivalentes à Cegueira e como tal Considerados • 11

Graus de Perda Parcial da Visão • 11

Avaliação da Acuidade Visual – Escalas Adotadas • 12

Critérios de Enquadramento • 12

Doença de Parkinson • 13

Conceito • 13

Considerações • 14

Tabela de Webster para Avaliação da Doença de Parkinson • 15

Análise • 18

Critérios de Enquadramento • 18

Esclerose Múltipla • 18

Conceito • 18

Etiologia • 18

Patologia • 18

Sinais e Sintomas • 19

Curso • 19

Diagnóstico • 19

Exames Complementares ao Diagnóstico • 20

Critérios de Enquadramento • 20

Espondiloartrose Anquilosante • 20

Conceito • 20

Critérios de Enquadramento • 21

Estados Avançados do Mal de Paget • 22

Conceito • 22

Quadro Clínico • 22

Critérios de Enquadramento • 22

Hanseníase • 23

Conceito: • 23

Sinais Cardinais da Hanseníase • 23

Classificação • 24

Formas Clínicas de Hanseníase – Classificação de Madri • 24

Neuropatia Hansênica - Diagnóstico do Dano Neural –

Sinais e Sintomas • 25

Graus de Incapacidade • 25

Critérios de Enquadramento • 27

Nefropatia Grave • 28

Conceito: • 28

Quadro Clínico • 28

Alterações nos Exames Complementares • 29

Considerações • 29

Critérios de Enquadramento • 30

Neoplasia Maligna • 31

Conceito • 31

Avaliação Diagnóstica e Estadiamento • 31

Prognóstico • 32

Objetivos do Exame Pericial • 32

Critérios de Enquadramento • 32

Paralisia Irreversível e Incapacitante • 33

Conceito • 33

Classificação das Paralisias • 34

Critérios de Enquadramento • 35

Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Sida/Aids) • 35

Conceito • 35

Classificação • 35

Critérios de Enquadramento • 38

Tuberculose Ativa • 38

Conceito • 38

Classificação • 39

Localização das Lesões • 41

Critérios de Enquadramento • 42

Hepatopatia Grave • 43

Conceito • 43

Constituem Características das Hepatopatias Graves: • 44

São causas etiológicas das hepatopatias graves • 45

Classificação • 46

Critérios de Enquadramento • 47

Contaminação por Radiação • 48

Conceito • 48

Diagnóstico • 50

Critérios de Enquadramento • 51

Capítulo VIII

Outras Disposições • 1

Referências Bibliográficas

Anexo I

Parâmetros de afastamentos por motivos de doença • 1

Parâmetros de Afastamento por Motivos Médicos • 2

Parâmetros de Afastamento por Motivos Odontológicos • 23

Anexo II

Modelos de Laudos de Perícia Oficial em Saúde • 1

Anexo III

Modelos de Registros de Licenças Inferiores a 15 Dias • 1

Anexo IV

Modelo de Comunicação de Acidente de Trabalho

no Serviço Público • 1

Anexo V

Orientações Legais e Outras Referências • 1

Conceituação • 76

Conclusão • 90

De tudo ficaram três coisas: a certeza de

que estamos começando, a certeza de que é

preciso continuar e a certeza de que podemos

ser interrompidos antes de terminar. Fazer da

interrupção um novo caminho, da queda um passo

de dança, do medo uma escola, do sonho uma

ponte, da procura um encontro.

E assim terá valido a pena.

Fernando Sabino



Capítulo I

Conceitos Básicos de

Perícia Oficial em Saúde

Conceitos Básicos de

Perícia Oficial em Saúde



1

Capítulo I

Conceitos Básicos de

Perícia Oficial em Saúde

Perícia Oficial em Saúde

É o ato administrativo que consiste na avaliação técnica de questões

relacionadas à saúde e à capacidade laboral, realizada na presença do

servidor por médico ou cirurgião-dentista formalmente designado.

A perícia oficial em saúde produz informações para fundamentar as

decisões da administração no tocante ao disposto na Lei nº 8.112, de 11

de dezembro de 1990 e suas alterações posteriores.

De acordo com o Decreto nº 7.003, de 09/11/2009, a perícia oficial em

saúde compreende duas modalidades:

1 • Junta Oficial em Saúde: perícia oficial em saúde realizada por

grupo de três médicos ou de três cirurgiões-dentistas; e

2 • Perícia Oficial Singular em Saúde: perícia oficial em saúde

realizada por apenas um médico ou um cirurgião-dentista.

Os peritos oficiais em saúde e a composição da junta oficial em

saúde têm que ser, obrigatoriamente, designados em documento legal.

Perito Oficial em Saúde

É o médico ou cirurgião-dentista que realiza ato pericial com o objetivo

de subsidiar a Administração Pública Federal na formação de juízos a que

está obrigada. É responsável pelo estabelecimento da correlação entre o

estado mórbido e a capacidade laborativa do servidor, assim como pelo

nexo entre a morbidade e o trabalho. Tem o dever precípuo de ajudar a

fundamentar as decisões administrativas.

2

Capacidade Laborativa

É a condição física e mental para o exercício de atividade produtiva.

É a expressão utilizada para habilitar o examinado a desempenhar

as atividades inerentes ao cargo, função ou emprego. O indivíduo é

considerado capaz para exercer uma determinada atividade ou ocupação

quando reúne as condições morfopsicofisiológicas compatíveis com o

seu pleno desempenho.

A capacidade laborativa não implica ausência de doença ou lesão. Na

avaliação da capacidade deve ser considerada a repercussão da doença

ou lesão no desempenho das atividades laborais.

Incapacidade Laborativa

É a impossibilidade de desempenhar as atribuições definidas para os

cargos, funções ou empregos, decorrente de alterações patológicas

consequentes a doenças ou acidentes.

A avaliação da incapacidade deve considerar o agravamento da doença,

bem como o risco à vida do servidor ou de terceiros, que a continuação

do trabalho possa acarretar.

O conceito de incapacidade deve compreender em sua análise os seguintes

parâmetros: o grau, a duração e a abrangência da tarefa desempenhada.

1 • Quanto ao grau: a incapacidade laborativa pode ser parcial ou

total:

a. considera-se como parcial o grau de incapacidade que permite

o desempenho das atribuições do cargo, sem risco de vida ou

agravamento;

b. considera-se como incapacidade total a que gera impossibilidade

de desempenhar as atribuições do cargo, não permitindo atingir

a média de rendimento alcançada em condições normais pelos

servidores detentores de cargo, função ou emprego.

3

2 • Quanto à duração: a incapacidade laborativa pode ser temporária

ou permanente:

a. considera-se temporária a incapacidade para a qual se pode

esperar recuperação dentro de prazo previsível;

b. considera-se permanente a incapacidade insuscetível de

recuperação com os recursos da terapêutica, readaptação e

reabilitação disponíveis à época da avaliação pericial.

3 • Quanto à abrangência profissional: a incapacidade laborativa

pode ser classificada como:

a. uniprofissional - é aquela em que o impedimento alcança

apenas uma atividade específica do cargo, função ou emprego;

b. multiprofissional - é aquela em que o impedimento abrange

diversas atividades do cargo, função ou emprego;

c. omniprofissional - é aquela que implica a impossibilidade do

desempenho de toda e qualquer atividade laborativa que vise

ao próprio sustento ou de sua família.

A presença de uma doença, por si só, não significa a existência de

incapacidade laborativa. O que importa na análise do perito oficial em

saúde é a repercussão da doença no desempenho das atribuições do cargo.

Doença Incapacitante

É a enfermidade que produz incapacidade para desempenhar as tarefas

da vida diária e as atividades laborais do ser humano.

A doença incapacitante pode ser passível de tratamento e controle com

recuperação total ou parcial da capacidade laborativa, não resultando

obrigatoriamente em invalidez.

Atividades da Vida Diária

Atividades da Vida Diária - AVD são as tarefas pessoais, concernentes aos

autocuidados, e também a outras habilidades pertinentes ao cotidiano

de qualquer pessoa. São consideradas - AVD:

4

1 • autocuidados: escovar os dentes, pentear os cabelos, vestir-se,

tomar banho, calçar sapatos, alimentar-se, beber água, fazer uso do

vaso sanitário, dentre outros;

2 • tarefas diárias: cozinhar, lavar louça, lavar roupa, arrumar a cama,

varrer a casa, passar roupas, usar o telefone, escrever, manipular

livros, sentar-se na cama, transferir-se de um lugar ao outro, dentre

outras.

Invalidez

No âmbito da Administração Pública Federal, entende-se por invalidez do

servidor a incapacidade total, permanente e omniprofissional para

o desempenho das atribuições do cargo, função ou emprego.

Considera-se também invalidez quando o desempenho das atividades

acarreta risco à vida do servidor ou de terceiros, o agravamento da sua

doença, ou quando a produtividade do servidor não atender ao mínimo

exigido para as atribuições do cargo, função ou emprego.

Considera-se inválido o dependente ou pessoa designada quando

constatada a incapacidade de prover seu próprio sustento, em

consequência de doença ou lesão.

Deficiência

É a perda parcial ou total, bem como ausência ou anormalidade de uma

estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, que gere

limitação ou incapacidade parcial para o desempenho de atividade,

dentro do padrão considerado normal para o ser humano.

A deficiência pode ser enquadrada nas seguintes categorias: física,

auditiva, visual, mental e múltipla.

Acidente em Serviço

É aquele que ocorre com o servidor federal, pelo exercício do cargo,

função, ou emprego no ambiente de trabalho ou no exercício de suas

atividades a serviço da Administração Pública Federal, provocando lesão

corporal, perturbação funcional ou mental.

5

São também considerados acidentes em serviço os eventos que ocorrem

no percurso da residência para o trabalho ou vice-versa.

Doença Profissional

São as doenças decorrentes, desencadeadas ou agravadas pelo exercício

de trabalho peculiar a determinada atividade profissional ou adquirida em

função de condições ambientais específicas em que se realiza o trabalho.

A causa da ocorrência é necessariamente a atividade laboral.

Doença Relacionada ao Trabalho

Consiste na doença em que a atividade laboral é fator de risco

desencadeante, contributivo ou agravante de um distúrbio latente ou de

uma doença preestabelecida.

A doença relacionada ao trabalho estará caracterizada quando,

diagnosticado o agravo, for possível estabelecer uma relação

epidemiológica com a atividade laboral. As doenças endêmicas,

contraídas no exercício do trabalho, também serão caracterizadas como

doenças relacionadas ao trabalho.

Readaptação

É a investidura do servidor, indicada por avaliação pericial, em cargo de

atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha

sofrido em sua capacidade física ou mental.

Reabilitação funcional

É o processo de duração limitada, com objetivo definido, destinado

a permitir que a pessoa com incapacidade adquirida alcance os níveis

físicos e mentais funcionais que possibilitem o seu retorno ao trabalho.

Todo servidor que apresente redução de sua capacidade funcional terá

direito a beneficiar-se de reabilitação necessária à recuperação da sua

capacidade laborativa.

6

Restrição de Atividade Laboral

É a recomendação para não realização de uma ou mais atribuições do

cargo, função ou emprego, cuja continuidade do exercício possa acarretar

o agravamento da doença do servidor ou risco a terceiro.

Licenças por Motivo de Saúde

É o direito do servidor de ausentar-se, sem prejuízo da remuneração a

que fizer jus, por motivo de tratamento da própria saúde ou de pessoa

de sua família, enquanto durar a limitação laborativa ou a necessidade

de acompanhamento ao familiar, dentro dos prazos previstos, conforme

a legislação vigente.

Espécies de licença por motivo de saúde (Lei nº 8.112/1990):

1 • licença por motivo de doença em pessoa da família (art.83);

2 • licença para tratamento de saúde (arts.202, 203, 204);

3 • licença à gestante (art.207);

4 • licença por acidente em serviço (arts.211 e 212).

Para efeito de contagem das licenças, serão sempre considerados os

somatórios dos períodos concedidos dentro da mesma espécie de

licença.

Princípios da Perícia

Oficial em Saúde

Capítulo II

Princípios da Perícia

Oficial em Saúde



1

Capítulo II

Princípios da Perícia

Oficial em Saúde

Conhecimento Técnico-Científico

O perito deve conhecer o tipo de trabalho do avaliado e, sobretudo,

investigar em quais condições são desenvolvidas as atividades laborais,

envolvendo condições ambientais de trabalho, organização do trabalho,

relacionamento social e profissional, podendo inclusive realizar visitas ou

inspeções ao posto de trabalho.

A análise da capacidade laboral do servidor frente a uma doença ou

enfermidade requer competência técnica, habilidade ao olhar para o

estado geral do servidor, noções de epidemiologia, conhecimentos da

relação saúde e trabalho e urbanidade/habilidade.

Ao elaborar o laudo, o perito oficial em saúde deve se valer de

conhecimento técnico e fundamentos legais para dirimir questões

relacionadas ao direito.

Ética

A ética no processo de avaliação da capacidade laborativa, aqui discutida,

está pautada nas argumentações, no respeito às diferenças e no diálogo

com o outro. Portanto, os princípios que devem reger as relações nos

atos periciais precisam transcender os códigos, os controles e os métodos

para individualizar o periciado.

A perícia oficial em saúde está a serviço de interesses sociais, seja para

assegurar o exercício de um direito do servidor, seja para defender a

Administração Pública Federal.

2

O perito deve ter senso de justiça, realizando os procedimentos necessários

para o exercício do direito, assim como fidelidade à coisa pública de forma

a não permitir favorecimentos indevidos ou negação de direitos legítimos.

A isenção é uma obrigação ética do perito, também referendada nos

Códigos de Ética Médica e Odontológica.

Não pode haver suspeição no ato pericial, por isso é vedado qualquer

tipo de relação de proximidade entre perito oficial em saúde e o servidor

ou seu dependente legal, pois se presume prejudicada a imparcialidade.

Também é vedado qualquer tipo de ingerência administrativa no ato

técnico pericial.

O perito oficial em saúde, atuando na perícia singular ou em junta, fica

impedido de participar de ato pericial quando:

1 • for parte interessada;

2 • tenha tido participação como mandatário da parte, ou sido

designado como assistente técnico de órgão do Ministério Público,

ou tenha prestado depoimento como testemunha;

3 • for cônjuge ou a parte for parente, consanguíneo ou afim, em linha

reta ou colateral, até o segundo grau;

4 • a parte for paciente, ex-paciente ou qualquer pessoa que tenha ou

teve relações sociais, afetivas, comerciais ou administrativas, capazes

de comprometer o caráter de imparcialidade do ato pericial.

Sigilo Profissional e Documentos Oficiais

Todos os profissionais que trabalham nas unidades de atenção à saúde do

servidor devem, quando do manuseio dos documentos periciais, guardar

sigilo.

“Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva

permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação”, in verbis, art. 325

do Código Penal, prevê punição para a quebra de sigilo funcional.

3

É vedado ao perito assinar laudos periciais se não tiver realizado ou

participado pessoalmente do exame.

Assinar laudos falsos constitui crime previsto no Código Penal Brasileiro

(arts. 299; 302), além de infração ética grave.

Relação do Perito Oficial em Saúde

com a Instituição

Os Peritos Oficiais em Saúde cumprem importante atribuição de defesa

dos interesses do Estado e dos servidores no âmbito da Administração

Pública Federal.

O perito, gozando de plena autonomia, tem o dever de informar aos

setores próprios da Administração Pública Federal sobre os resultados da

perícia oficial em saúde e instruí-la no que for necessário. Sua atuação deve

ser pautada pelo Código de Ética e pelas leis que regem a Administração

Pública, sendo vedado sujeitar-se a demandas administrativas que se

contraponham ao seu parecer.

O perito deve ainda satisfação ao preceito jurídico da autotutela,

ou seja, é um servidor com autoridade constituída para chamar a si a

responsabilidade de corrigir ato sob a sua alçada que gerou privação de

direito ou lesão à coisa pública.

No caso de ato de privação de direito ou lesão à coisa pública praticado

por outro perito, o fato deverá ser comunicado à autoridade competente

e ser objeto de investigação nos moldes previstos na Lei nº 8.112/90.

Relação do Perito Oficial em Saúde com o

Servidor ou seu Dependente Legal

É preciso distinguir a atuação do profissional que examina a pessoa com o

objetivo de tratá-la, daquele que a examina na qualidade de perito.

4

Na assistência, o paciente escolhe o profissional livre e espontaneamente

e confia-lhe o tratamento da sua enfermidade.

Na perícia, o servidor ou seu dependente legal é solicitado por uma

autoridade a comparecer diante de um perito ou de uma junta, escolhido

por essa autoridade, para verificar o estado de saúde, com fins de decisão

de direitos ou aplicação de leis.

Na relação assistencial, o paciente tem todo o interesse de informar

ao profissional que o assiste seus sintomas e as condições de seu

aparecimento, tendo a convicção de que somente assim o profissional

poderá chegar a um diagnóstico correto e subsequente tratamento. Há

um clima de mútua confiança e empatia.

Na assistência, a confidência é uma necessidade imperiosa para a eficácia

do tratamento. O sigilo é construído em uma relação particular de

confiança, quase que compulsória.

A legislação brasileira exige um compromisso do cuidador. A violação é

uma ofensa ao direito do outro que pode gerar consequência devastadora

sobre a integridade física, mental ou moral do paciente.

Na relação pericial, pode haver mútua desconfiança. O periciado tem o

interesse de obter um benefício, o que pode levá-lo a prestar, distorcer

ou omitir informações que levem ao resultado pretendido e o perito pode

entender que existe simulação.

Na relação pericial não existe a figura de paciente, o periciado não está

sob os cuidados do perito. O periciado não deve esperar do perito oficial

em saúde um envolvimento de cuidador, o que não significa perda de

cortesia, atenção e educação.

O perito não deve se referir ao periciado pelo termo “paciente”, mas

sim como examinado, periciado ou servidor. O profissional deve estar

preparado para exercer sua função pericial observando sempre o rigor

técnico e ético para que não pairem dúvidas em seus pareceres. Deve

ter em mente que a avançada tecnologia atual não pode se sobrepor à

abordagem humanizada.

5

Ao perito caberá uma escuta que deve ir além do que verbaliza o servidor

ou seu dependente legal, na tentativa de desvendar o que não foi revelado

e avaliar as informações fornecidas.

Deve ainda o perito ficar alerta para uma boa observação clínica com o

intuito de identificar simulações.

O senso crítico apurado deve ser fator determinante na atuação do perito

para questionar sempre o que for necessário.

Fica a critério do perito a presença de acompanhante durante a perícia,

desde que este não interfira nem seja motivo de constrangimento, pressão

ou ameaça aos peritos. É garantido o acompanhamento do assistente

técnico na avaliação pericial.

É vedada a filmagem ou gravação da avaliação pericial. (processoconsulta

CFM nº 1.829/2006, Parecer CFM Nº 9/2006, Capítulo IV do

Código de Ética Odontológica e art. 6º da Resolução CFO nº 87/2009).

Durante o exame pericial singular que envolva exame físico do servidor

ou seu dependente legal, o perito deverá, sempre que possível, ser

acompanhado por atendente de consultório da instituição, visando

resguardar tanto o examinado quanto o perito.

Relação do Perito Oficial em Saúde com o

Profissional de Saúde Assistente

O exame pericial para fins de avaliação do direito de concessão de licença

por incapacidade laboral é da competência e atribuição do perito, que

utiliza os seus conhecimentos para avaliar o servidor ou seu dependente

legal quanto à capacidade laborativa, seguindo as normas legais.

Além dos conhecimentos clínicos e legais, há a necessidade de critérios

que observem a legislação e os aspectos judiciais.

Cabe ao profissional assistente prestar as informações necessárias para

complementar o exame pericial, devendo constar obrigatoriamente o

6

diagnóstico da doença, sua evolução, a duração, as condutas e respostas

terapêuticas, os exames comprobatórios e, se possível, o prognóstico.

O profissional assistente pode sugerir, inclusive, o tempo estimado de

afastamento do trabalho para a recuperação de seu paciente, sem, contudo

estender-se sobre as possíveis considerações legais ou administrativas,

que estão fora do seu campo de atuação.

É tecnicamente recomendável que a investigação pericial se inicie pela

informação prestada pelo profissional de saúde assistente do servidor ou

seu dependente legal.

Cabe ao perito, depois de confirmada a existência de enfermidade,

consultar o perfil profissiográfico em relação à atividade exercida pelo

servidor e emitir a conclusão sobre a limitação para a atividade laborativa.

O pleito poderá ser deferido ou negado, independentemente de

apresentação de atestado do assistente.

Há uma diferença de postura entre o perito e o assistente. O perito não

pratica a clínica, uma vez que não trata de pacientes.

O assistente, por outro lado, vivencia o dia a dia do paciente, faz o

atendimento, a avaliação, o diagnóstico e o tratamento do assistido.

Diante disso, cabe a ele prestar ao perito as informações clínicas sobre o

estado de saúde do paciente.

Não cabe ao assistente emitir parecer sobre os possíveis benefícios

ou tecer considerações legais ou administrativas, que estão fora do

seu campo de atuação, conforme previsto nas Resoluções do CFM

nº 1.851/2008 e CFO nº 87/2009.

Procedimentos da Perícia

Oficial em Saúde

Capítulo III

Procedimentos da Perícia

Oficial em Saúde



1

Capítulo III

Procedimentos da Perícia

Oficial em Saúde

Avaliação Pericial Oficial em Saúde

A avaliação pericial é imprescindível nos processos de licença de saúde,

aposentadoria por invalidez, readaptação, nexo de acidente, doença

profissional e doença relacionada ao trabalho, entre outros previstos na

legislação.

No entanto, a concessão do direito, prevista em ato específico, é atribuição

da autoridade administrativa.

A perícia oficial em saúde se inicia com a identificação do servidor, seu

local de trabalho, sua função e sua atividade real.

Uma anamnese completa acompanhada de criterioso exame físico

constituem bases importantes para a avaliação pericial e são elementos

essenciais para a formação da opinião do perito.

O conhecimento do curso das doenças, da sua etiologia e das suas

manifestações clínicas são indispensáveis para uma boa avaliação

pericial. Os exames complementares, os relatórios de especialistas e de

outros profissionais de saúde contribuem para avaliação da capacidade

laborativa.

Na história da doença, o perito deve apurar as condições do afastamento

do trabalho e se ele é consequência direta ou não do estado mórbido

apresentado.

Nos casos de suspeita de acidente em serviço, doença profissional e/

ou doença relacionada ao trabalho, o perito deverá se valer ou solicitar

avaliação ambiental, que inclui avaliação do posto e/ou processo de

2

trabalho do servidor e a caracterização do acidente de trabalho por parte

da equipe de vigilância e promoção à saúde.

O diagnóstico, peça fundamental no modelo assistencial, é uma das

referências para a perícia, que avalia as repercussões sobre a capacidade

laborativa.

Olhar para o estado geral do examinado é fundamento que deve ser

aplicado a todo ato pericial. É preciso analisar o reflexo da doença ou do

conjunto das doenças no indivíduo.

Em geral, o examinado traz informações do profissional assistente e exames

complementares que ajudam na avaliação pericial. Entretanto, os achados

colhidos pelo perito, sua impressão e um referencial técnico, como os

parâmetros de afastamento, devem ser os determinantes no parecer.

As informações epidemiológicas sobre a distribuição das doenças mais

frequentes nas diversas categorias profissionais e por local de trabalho,

somadas às informações obtidas a partir de relatos da chefia ou mesmo

da equipe multidisciplinar, são fatores que ajudam na avaliação pericial.

Na perícia é possível fazer um acompanhamento e uma evolução do

servidor ou seu dependente legal por meio do prontuário construído pela

unidade de saúde, história esta que constitui importante ajuda na avaliação

pericial, utilizando-se da participação da equipe multiprofissional.

A interpretação ponderada da anamnese, do exame físico, de outras

informações da saúde e da atividade profissional, além de parâmetros

científicos, é o que separa uma boa avaliação pericial de apenas um ato

de enquadramento administrativo.

Nas juntas oficiais em saúde, os especialistas cumprem importante papel

ao trazer para discussão conhecimentos específicos, porém a decisão da

junta deve ser resultado do conhecimento construído coletivamente.

Ao avaliar o servidor para a concessão de licenças de que trata a Lei

nº 8.112/90, o perito deve propor o número adequado de dias para a

recuperação da saúde.

3

A perícia deve estar integrada a outras ações que visem à recuperação da

saúde do servidor e o seu retorno ao trabalho.

Os elementos apurados no exame deverão ser registrados em prontuário,

com linguagem clara, objetiva e adequada. O laudo pericial compõe peça

legal que servirá de base a todo o processo e, portanto, não poderá conter:

a. insuficiência e imprecisão nos dados;

b. incoerência entre os dados semióticos encontrados e o

diagnóstico firmado;

c. indecisão, prejudicando o julgamento da conclusão;

d. espaços em branco ou traços. Quando nada for encontrado,

deverão ser usadas expressões que traduzam a ausência de

anormalidade;

e. diagnósticos, exceto os que a lei determina que sejam

especificados.

As unidades e serviços de atenção à saúde do servidor manterão

arquivados em pastas individuais os documentos, impressos em papel,

relativos aos antecedentes periciais dos servidores (prontuário pericial),

anteriores à implantação do Sistema Informatizado Siape Saúde.

Atestados Médico e Odontológico

e Laudos Periciais

Para fins de embasamento das licenças citadas acima, o perito poderá

solicitar ao servidor ou seu dependente legal a apresentação de pareceres,

exames e atestados.

No atestado deverá constar, minimamente e de maneira legível:

1 • identificação do servidor ou seu dependente legal;

2 • tempo de afastamento sugerido;

3 • código da Classificação Internacional das Doenças (CID) ou o

diagnóstico (quando expressamente autorizado pelo paciente);

4 • local e data;

4

5 • identificação do emitente com assinatura e registro no conselho de

classe.

Quando necessário, e considerando as resoluções do Conselho Federal

de Medicina (CFM) nº 1.851/2008 e do Conselho Federal de Odontologia

(CFO) nº 87/2009, poderão os peritos solicitar relatórios/atestados

conforme as orientações a seguir:

“Quando o atestado for solicitado pelo paciente ou seu representante

legal para fins de perícia médica ou odontológica deverá observar:

1 • o diagnóstico;

2 • os resultados dos exames complementares;

3 • a conduta terapêutica;

4 • o prognóstico;

5 • as consequências à saúde do paciente; e

6 • o tempo de repouso estimado necessário para a sua recuperação”.

Esses dados complementarão o parecer do perito, a quem cabe

legalmente fundamentar a concessão de benefícios previdenciários, tais

como: aposentadoria, invalidez definitiva e readaptação.

Somente os atestados emitidos por médicos ou cirurgiões-dentistas

serão aceitos, para fins de justificativa de faltas ao trabalho.

O atestado é um documento legal em que o médico ou cirurgião-dentista

assistente, perante a lei, a sociedade e a ética registram, no âmbito de sua

responsabilidade profissional, estados mórbidos e outros, inclusive para

justificar falta ao serviço gerando a presunção de um direito, que só se

configurará com a avaliação por perícia.

As informações oriundas da relação do paciente com seus assistentes

pertencem ao próprio paciente, sendo o assistente fiel depositário das

informações.

5

O atestado do assistente não reúne, por si só, os elementos suficientes

para a concessão de licenças motivadas por incapacidade resultante de

doença ou lesão. Cabe ao perito retirar do atestado as informações que

servirão de base para orientar seu trabalho.

Na licença dispensada de perícia, o servidor poderá entregar o atestado

médico ou odontológico – em envelope lacrado, classificado como

“confidencial” e identificado com nome, matrícula, lotação e tipo de

documento – ao RH, que deverá encaminhar à unidade ou serviço de

atenção a saúde do servidor (art. 204 da Lei nº 8.112/1990, Decreto

nº 7.003/2009 e ON SRH/MP nº 3/2010).

O servidor também poderá entregar o atestado diretamente à unidade de

atenção à saúde do servidor. Nas demais licenças, o servidor apresentará

o atestado no momento da perícia.

Não compete à chefia imediata ou aos setores de Recursos Humanos

terem acesso aos documentos periciais do prontuário do servidor, por

conterem dados sigilosos.

O laudo pericial será encaminhado à unidade de recursos humanos do

órgão e fornecida fotocópia ao servidor, devendo constar apenas as

informações necessárias aos seus assentamentos funcionais, resguardando

o servidor ou seu dependente legal.

“O laudo pericial não se referirá ao nome ou natureza da doença, salvo

quando se tratar de lesões produzidas por acidente em serviço, doença

profissional ou qualquer das doenças especificadas no art. 186, 1º da

Lei nº 8.112/1990.”

Durante a realização do exame pericial serão registradas as informações

necessárias para a conclusão pericial, inclusive de exames e diagnósticos.

6

Os laudos periciais, resultantes da junta oficial em saúde, deverão conter

espaço destinado ao voto divergente, sendo registrado o nome do perito

oficial em saúde que divergir.

A Perícia Odontológica Oficial

A avaliação da incapacidade laborativa do servidor por motivos

odontológicos se restringe ao complexo bucomaxilofacial.

Nesse sentido, o perito cirurgião-dentista deve considerar, para fins de

perícia odontológica de que trata este manual, as doenças previstas

na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas

Relacionados à Saúde – CID, que podem acometer ou manifestar-se no

complexo bucomaxilofacial e, portanto, abrangem a área de competência

da odontologia.

Nessa avaliação, o cirurgião-dentista, além de ater-se aos princípios

e conceitos norteadores da perícia, abordados neste manual, deve

considerar as normas de proteção e biossegurança e estar atento à

qualidade e sistematização dos registros odontopericiais.

Os campos destinados aos registros odontológicos na perícia contemplam

as regiões que podem sediar eventos nosológicos ou infortunísticos na

área de abrangência da odontologia.

Esses campos estão representados pelas seguintes regiões anatômicas, a

saber:

1 • regiões dentárias e peridentárias - odontograma;

2 • regiões das mucosas de revestimento da boca;

3 • regiões de bases ósseas;

4 • regiões das articulações temporomandibulares;

5 • regiões das glândulas salivares.

O registro nos campos da área do complexo bucomaxilofacial da perícia

odontológica possibilitará a construção do histórico odontopericial do

servidor, considerando especificidades importantes que auxiliarão não

só em demandas processuais, judiciais e administrativas, como também

7

poderão servir em circunstâncias especiais de eventos infortunísticos,

onde registros odontológicos são fundamentais em procedimentos de

identificação de vítimas.

Dados Periciais, Perfil Epidemiológico e a

Promoção da Saúde

Os dados resultantes das avaliações periciais e das licenças inferiores

a 15 dias, normatizadas pelo Decreto nº 7.003/2009 e que podem ser

dispensadas da avaliação pericial, se revestem de importante papel para

o entendimento do binômio saúde/doença no âmbito da Administração

Pública Federal.

A recepção pelas unidades de atenção à saúde do servidor dos atestados

de curta duração que não passaram por perícia oficial em saúde é uma

atividade interna que requer precisão na migração dos dados para o

sistema informatizado.

O comprometimento com a fidedignidade da gestão dessa informação

permitirá avaliações mais críticas não só quanto ao perfil do conjunto

de servidores que adoecem por razões médico-odontológicas, como

também orientarão programas e ações de promoção à saúde e prevenção

de doenças para os servidores públicos federais.

O sistema de informações Siape Saúde coletará dados das doenças e

agravos que afetam os servidores, possibilitando a construção de um

perfil epidemiológico que sinalize possíveis doenças em fase inicial.



Equipe de Perícia Oficial em Saúde

Capítulo IV

Equipe de Perícia

Oficial em Saúde



1

Capítulo IV

Equipe de Perícia Oficial em Saúde

A equipe de perícia oficial em saúde é o grupo de profissionais designados

para auxiliar a Administração Pública Federal em questões administrativas

e legais relacionadas à saúde.

Todos os profissionais da área de saúde e segurança no trabalho

poderão contribuir para a avaliação pericial com pareceres

técnicos específicos de sua área de atuação, compondo uma equipe

multiprofissional.

Em especial, a equipe multiprofissional de apoio à perícia oficial pode ser

formada por:

1 • psicólogo;

2 • assistente social;

3 • técnico de enfermagem ou de saúde bucal.

A atividade pericial oficial em saúde é inerente ao médico e ao cirurgiãodentista,

designados peritos, cabendo aos outros profissionais de saúde

subsidiá-la por meio de parecer específico.

São atribuições da equipe multiprofissional de perícia, dentre outras:

1 • fornecer parecer especializado, privilegiando a clareza e a concisão,

para subsidiar as decisões periciais;

2 • propor capacitação e atualização de profissionais em perícia;

3 • encaminhar o servidor, quando houver indicação ou necessidade,

aos programas de promoção de saúde e prevenção de doenças, tais

como dependência química, inclusão de deficientes, redução de

estresse, controle de hipertensão arterial e de obesidade;

2

4 • avaliar do ponto de vista social e psicológico os servidores que

apresentem problemas de relacionamento no local de trabalho,

assim como o absenteísmo ou o presenteísmo não justificado;

5 • avaliar os candidatos aprovados em concurso público quanto

às aptidões para o exercício do cargo, função ou emprego,

caracterização de deficiência física e sugestões de lotação, quando

necessário;

6 • acompanhar o tratamento de saúde do servidor ou de pessoa de

sua família, quando necessário e indicado pela perícia;

7 • divulgar informações para o desenvolvimento de programas de

prevenção;

8 • promover a integração da equipe pericial com ações de vigilância

e com programas de promoção à saúde e prevenção de doenças;

9 • avaliar as atividades do servidor no local de trabalho;

10 • acompanhar o cumprimento das recomendações em caso de

restrição de atividades;

11 • orientar os gestores na adequação do ambiente e do processo de

trabalho;

12 • outras que lhe forem delegadas.

Atestados, laudos ou pareceres emitidos por psicólogos, fisioterapeutas,

fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais de

saúde poderão ser usados, para fins de embasamento pericial, como

documentos complementares. Esses documentos, por si só, não são

suficientes para justificativa de faltas ao trabalho por motivo de doença.

São funções específicas dos profissionais da equipe de perícia oficial em

saúde:

Médico Perito

1 • realizar perícias singulares, hospitalares, domiciliares e participar de

juntas;

3

2 • atuar como assistente técnico em perícias judiciais, se a

Administração Pública Federal for uma das partes;

3 • participar, junto à equipe multidisciplinar de promoção de saúde,

da discussão dos procedimentos, atribuições e atividades a serem

desenvolvidas;

4 • realizar exame médico pericial para caracterizar deficiência nos

aprovados em concurso em vagas de deficientes e participar da

equipe multiprofissional que irá adequar e acompanhar o deficiente;

5 • solicitar pareceres de outros especialistas;

6 • outras que lhe forem delegadas, no seu âmbito de atuação.

Cirurgião-Dentista Perito

1 • realizar perícias singulares, hospitalares, domiciliares e participar de

juntas odontológicas;

2 • atuar como assistente técnico em perícias judiciais, se a

Administração Pública Federal for uma das partes;

3 • participar, junto à equipe multidisciplinar de promoção de saúde,

da discussão dos procedimentos, atribuições e atividades a serem

desenvolvidas;

4 • solicitar pareceres de outros especialistas;

5 • outras que lhe forem delegadas, no seu âmbito de atuação.

Psicólogo

1 • elaborar laudos e pareceres;

2 • efetuar o exame psicológico, com instrumentos padronizados,

considerando a autonomia profissional e encaminhar o parecer à

unidade de atenção à saúde do servidor;

3 • encaminhar o servidor ou seu dependente legal para atendimento

por outras especialidades;

4 • realizar orientação psicológica ao servidor e a familiares;

5 • orientar e dar suporte psicológico ao servidor em seu retorno ao

trabalho;

4

6 • realizar visita domiciliar, hospitalar ou ao local de trabalho para

subsidiar o estudo de caso em análise;

7 • outras que lhe forem delegadas, no seu âmbito de atuação.

Assistente Social

1 • emitir parecer social visando à análise dos aspectos sociais que

interfiram na situação de saúde do servidor e/ou de pessoa da

família, considerando a autonomia profissional na definição de

instrumentos técnicos como visitas e entrevistas;

2 • conhecer os indicadores socioprofissional, econômico e cultural,

dentre outros, dos servidores em tratamento de saúde, utilizando

instrumentos técnicos como entrevistas, visitas e pesquisas sociais;

3 • proceder à avaliação social para subsidiar o estudo do caso em

análise;

4 • realizar atendimento ao servidor e sua família, por meio de

orientação social nas questões relacionadas à saúde, visando à

inserção dos mesmos em ações e programas desenvolvidos pela

instituição assim como encaminhamento aos recursos sociais

disponíveis na comunidade;

5 • realizar orientação sobre os direitos sociais do servidor;

6 • proceder à avaliação social para subsidiar a decisão pericial sobre

a presença indispensável do servidor em caso de licença para

tratamento de pessoa da família;

7 • outras que lhe forem delegadas, no seu âmbito de atuação.

Técnico de Enfermagem ou de Saúde Bucal

1 • acompanhar o perito oficial em saúde nos exames periciais;

2 • outras que lhe forem delegadas, no seu âmbito de atuação.

5

Atribuições e Composição da Equipe

Multiprofissional na Avaliação dos Candidatos

Portadores de Deficiência Aprovados em

Concurso Público

O órgão responsável pela realização do concurso terá a assistência de

equipe multiprofissional composta de três profissionais: um integrante

da carreira almejada pelo candidato, um integrante atuante nas áreas das

deficiências em questão e um médico.

A caracterização ou constatação da deficiência, por se tratar de um ato

médico, será atribuição exclusiva do médico perito.

Uma vez caracterizada a deficiência, o candidato aprovado passará a ser

avaliado por equipe multiprofissional. A equipe multiprofissional fará

aferição da compatibilidade entre a deficiência diagnosticada pela junta

oficial em saúde e o exercício normal das atribuições do cargo, função ou

emprego e emitirá parecer observando:

1 • as informações prestadas pelo candidato no ato da inscrição;

2 • a natureza das atribuições e tarefas essenciais do cargo, função ou

emprego a desempenhar;

3 • a viabilidade das condições de acessibilidade e as adequações do

ambiente de trabalho na execução das tarefas;

4 • a possibilidade de uso, pelo candidato, de equipamentos ou outros

meios que habitualmente utilize;

5 • a CID e outros padrões reconhecidos nacional e internacionalmente.

A equipe multiprofissional avaliará a compatibilidade entre as atribuições

do cargo, função ou emprego e a deficiência do candidato durante o

estágio probatório.



Capítulo V

Atribuições Gerais da

Perícia Oficial em Saúde

Atribuições Gerais da

Perícia Oficial em Saúde



1

Capítulo V

Atribuições Gerais da

Perícia Oficial em Saúde

A perícia oficial em saúde, após a realização dos exames periciais

necessários, emitirá laudos ou pareceres que servirão de fundamentação

nas decisões da Administração Pública Federal, nos casos indicados a

seguir, respeitados os limites das áreas de atuação médica ou odontológica,

conforme a Lei nº 8.112/1990:

a. licença para tratamento de saúde do servidor (art. 202, 203 e 204);

b. licença por motivo de doença em pessoa da família (art. 81,

inciso I §1º, arts. 82 e 83, alterados pela MP 479/2009);

c. licença à gestante (art.207);

d. licença por motivo de acidente em serviço ou doença profissional

(arts. 211 e 212);

e. aposentadoria por invalidez (art. 186, inciso I);

f. constatação de invalidez de dependente ou pessoa designada

(art. 217, inciso II, alíneas a e d) e constatação de deficiência do

dependente (art. 217, inciso I, alínea e);

g. remoção por motivo de saúde do servidor ou de pessoa de sua

família (art. 36, inciso III, alínea b);

h. horário especial para servidor portador de deficiência e para o

servidor com familiar portador de deficiência (art. 98, §2º e 3º);

i. constatação de deficiência dos candidatos aprovados em

concurso público nas vagas de portador de deficiência (arts. 3º

e 4º, do Decreto 3.298/1999 alterado pelo Decreto 5.296/2004);

j. avaliação de sanidade mental do servidor para fins de Processo

Administrativo Disciplinar (art. 160);

2

k. recomendação para tratamento de acidentados em serviço em

instituição privada à conta de recursos públicos (art.213);

l. readaptação funcional de servidor por redução de capacidade

laboral (art. 24);

m. reversão de servidor aposentado por invalidez (art.25, inciso I e

art. 188, §5º);

n. avaliação de servidor aposentado para constatação de invalidez

por doença especificada no §1º do arts. 186 e 190;

o. aproveitamento de servidor em disponibilidade (art.32);

p. exame para investidura em cargo público (art. 14);

q. pedido de reconsideração e recursos (arts. 106, 107 e 108);

r. avaliação para isenção de imposto de renda (art. 6º, inciso XIV e

XXI da Lei nº 7.713/1988, alterada pela Lei nº 11.052/2004);

s. avaliação de idade mental de dependente para concessão de

auxílio pré-escolar (Decreto nº 977/1993);

t. comunicação de doença de notificação compulsória ao órgão

de saúde pública;

a) Licença para tratamento de saúde do servidor (Arts.

202, 203, § 4º, 204 da Lei nº 8.112/1990, Decreto nº 7.003

de 09/11//2009 e ON SRH/MP nº 03, de 23/02/2010,

republicada em 18/03/2010)

Competência: perícia oficial singular em saúde ou junta oficial em saúde.

O prazo de licença para tratamento de saúde do servidor será considerado

como de efetivo exercício até o limite de 24 meses, cumulativo ao longo do

tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo.

Após esse prazo, poderá ser concedida licença para tratamento da

própria saúde, ressaltando-se que o referido tempo contar-se-á apenas

para efeito de aposentadoria e disponibilidade.

A licença de 1 a 14 dias para tratamento da própria saúde do servidor

poderá ser dispensada de perícia, desde que sejam atendidos os seguintes

pré-requisitos:

3

1 • o número total de dias de licença, consecutivos ou não, seja inferior

a 15 dias, a contar da data do primeiro afastamento no período de

12 meses, na mesma espécie (licença para tratamento da própria

saúde ou licença por motivo de doença em pessoa da família);

2 • a data de referência para o início do cômputo do período de 12

meses dessas licenças se inicia na data da publicação do Decreto

nº 7.003/ 2009, portanto, dia 10 de novembro de 2009;

3 • os atestados médicos ou odontológicos sejam de até cinco dias

corridos, computados fins de semana e feriados, e conste no atestado

o nome da doença ou agravo, codificado ou não, de forma legível.

O atestado deve ser apresentado à unidade competente do órgão ou

entidade no prazo máximo de cinco dias, contados da data do início

do afastamento do servidor. Deve ainda ser colocado em envelope

lacrado, identificado e marcado como confidencial, constando o último

dia trabalhado e telefone para contato com o servidor. Caso o prazo para

entrega do atestado exceda os cinco dias, o servidor deverá ser submetido

a exame pericial presencial.

O atestado deve ser entregue na unidade de atenção à saúde do servidor,

O administrativo da unidade registrará no Siape Saúde e comunicará à

área competente o período de afastamento e a espécie de licença, para

os procedimentos necessários.

No caso do atestado não atender às regras estabelecidas no Decreto

nº 7.003/2009, ou no caso de o servidor optar por não especificar o

diagnóstico de sua doença no atestado, o servidor deverá se submeter a

exame pericial ainda que se trate de atestados inferiores ou iguais a

cinco dias.

A licença de até 120 dias, ininterruptos ou não, no período de 12 meses, será

avaliada por perícia singular e acima deste número de dias, obrigatoriamente,

por junta composta por três médicos ou três cirurgiões-dentistas.

O servidor deverá comparecer à unidade de atenção à saúde do servidor

até cinco dias do início do afastamento, munido de documento de

identificação com foto e documentos comprobatórios de seu estado de

saúde e tratamento.

4

Caso não seja comprovada a incapacidade laborativa, o servidor não

terá sua licença concedida, no todo ou em parte.

Nos casos em que houver suspeita de falsidade do atestado, será feito

comunicado à área administrativa para providências. Em se tratando

de atestado gracioso, o perito, após fundamentar a irregularidade,

deverá notificar ao conselho regional do respectivo profissional, para

investigação.

Encontrando-se o servidor impossibilitado de locomover-se ou estando

hospitalizado, o exame pericial poderá ser realizado em sua residência ou

na entidade nosocomial (perícia externa).

O início da licença por motivo de saúde do servidor deverá corresponder

à data do início do afastamento de suas atividades laborais,

independentemente do tipo de jornada de trabalho. Os dados do exame

do servidor serão registrados de forma completa e precisa no prontuário

pericial.

A conclusão do exame pericial será comunicada por meio do “laudo pericial

de licença para tratamento de saúde”, que será impresso e entregue ao

servidor. Se a conclusão pericial exigir reavaliação da capacidade de

trabalho, o servidor deverá retornar à perícia na data agendada, antes do

término da licença, com os documentos solicitados.

No caso de haver prorrogação da licença para tratamento de saúde, será

emitido um novo “laudo de licença para tratamento de saúde”.

O servidor que, no curso da licença, julgar-se apto a retornar à atividade

solicitará à unidade de atenção à saúde do servidor o reexame de seu

caso e será submetido a exame pericial.

Caso não se configure mais a limitação de saúde, a perícia emitirá laudo

de reassunção fixando a data do retorno ao trabalho.

Quando necessário, o servidor será encaminhado para avaliação pela

equipe multidisciplinar em saúde.

5

A licença concedida dentro de 60 dias do término de outra da mesma

espécie será considerada como prorrogação, independentemente do

diagnóstico (art. 82 da Lei nº 8.112/1990).

O servidor que apresentar indícios de lesões orgânicas ou funcionais será

submetido à avaliação da capacidade laborativa por inspeção médica

(art. 206 da Lei nº 8.112/1990).

A convocação para essa inspeção será indicada pelo serviço de saúde ou

autoridade competente e formalizada pela unidade de recursos humanos

do órgão do servidor.

Será punido com suspensão de até 15 dias o servidor que,

injustificadamente, recusar-se a ser submetido à inspeção médica

determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da

penalidade uma vez cumprida a determinação (art. 130, §1o da Lei nº

8.112/1990).

Os servidores de cargos comissionados sem vínculo com o serviço

público e os contratados por tempo determinado vinculam-se ao Regime

Geral de Previdência Social-RGPS, em razão de sua condição de segurado

obrigatório pelas leis nos 8.213/1991, 8.647/1993, 8.745/1993 e § 13 do art.

40 da Constituição Federal.

Apenas os primeiros 15 dias de licença serão remunerados pelo órgão

empregador, conforme prevê a Lei nº 8.213/1991, sendo necessário o

exame pericial para concessão desse afastamento.

O comparecimento em uma consulta de saúde não gera licença e deverá

ser comprovado por meio da declaração de comparecimento emitida

pelo profissional assistente.

Essa declaração de comparecimento deve ser tratada como justificativa

de afastamento, ficando a critério da chefia imediata do servidor a sua

6

compensação de horário, conforme a legislação em vigor (parágrafo

único do art. 44 da Lei nº 8.112/1990).

b) Licença por motivo de doença em pessoa da família (Art.

83, Lei nº 8.112/1990 e Decreto nº 7.003 de 09/11//2009

e ON SRH/MP nº 03, de 23/02/2010, republicada em

18/03/2010)

Competência: perícia oficial singular em saúde ou junta oficial.

Para efeito de concessão da licença prevista neste capítulo, considera-se

pessoa da família:

1 • cônjuge ou companheiro;

2 • padrasto ou madrasta;

3 • pais;

4 • filhos;

5 • enteados;

6 • dependente que viva à suas expensas e conste de seu assentamento

funcional.

A licença somente será deferida se a assistência pessoal do servidor for

indispensável e não puder ser prestada, simultaneamente, com o exercício

do cargo ou mediante compensação de horário. A avaliação psicossocial,

sempre que possível, deverá ser realizada para subsidiar essa decisão.

A licença para acompanhamento de pessoa da família, incluídas as

prorrogações, poderá ser concedida a cada período de 12 meses, nas

seguintes condições:

I • por até 60 dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do

servidor;

II • por até noventa dias, consecutivos ou não, sem remuneração.

O início do interstício de 12 meses será contado a partir da data do

deferimento da primeira licença concedida. A soma das licenças

remuneradas e das licenças não remuneradas não poderá ultrapassar os

limites estabelecidos nos incisos I e II, incluídas as respectivas prorrogações,

7

concedidas em um mesmo período de doze meses, observado o disposto

acima (Medida Provisória nº 479, de 30 de dezembro de 2009).

De acordo com o Decreto nº 7.003/2009, a licença por motivo de doença

em pessoa da família poderá ser dispensada de perícia, desde que sejam

atendidos os seguintes requisitos:

1 • o número total de dias de licença consecutivos ou não seja inferior a

15 dias, ou seja, até 14 dias, a contar da data do primeiro afastamento

no período de 12 meses;

2 • os atestados médicos ou odontológicos sejam de até três dias

corridos, computados fins de semana e feriados;

3 • conste no atestado o nome da doença ou agravo, codificado ou não,

de forma legível.

Nessas situações, o atestado deverá ser apresentado à unidade

competente do órgão ou entidade no prazo máximo de cinco dias,

contados da data do início do afastamento do servidor, mantido em

envelope lacrado, identificado e marcado como confidencial, constando

o último dia trabalhado e telefone para contato com o servidor.

Caso o prazo para entrega do atestado exceda os cinco dias, o servidor

deverá ser submetido a exame pericial presencial.

O atestado deverá ser entregue na unidade de atenção à saúde do servidor,

que registrará e comunicará à área administrativa o período de afastamento

e a espécie de licença, para os procedimentos necessários, conforme

modelos de registros de licenças inferiores a 15 dias, constantes no Anexo III.

No caso do atestado não atender às regras estabelecidas no Decreto

nº 7.003/2009, ou no caso de o servidor optar por não especificar o

diagnóstico de seu dependente no atestado, torna-se obrigatório o exame

pericial, ainda que se trate de atestado inferior ou igual a três dias.

Os servidores ocupantes de cargos comissionados sem vínculo com o órgão

público, os contratados por tempo determinado e os empregados públicos

não farão jus à licença por motivo de doença em pessoa da família, uma vez

que não há previsão legal para concessão da referida licença.

8

c) Licença à gestante (Art. 207, §§2º, 3º e 4º, Lei

nº 8.112/1990)

Competência: perícia oficial singular em saúde

A licença à gestante destina-se à proteção da gravidez, à recuperação pósparto,

à amamentação e à relação do binômio mãe-filho, a partir do primeiro

dia do nono mês de gestação (correspondente a 36 semanas), salvo

antecipação por prescrição médica. A duração do afastamento prevista é

de 120 dias consecutivos, devendo ser observados os seguintes aspectos:

1 • no caso de qualquer intercorrência clínica proveniente do estado

gestacional, verificada no transcurso do nono mês de gestação,

deverá ser concedida, de imediato, a licença à gestante;

2 • no caso de nascimento prematuro, a licença, se ainda não concedida,

terá início na data do evento;

3 • nos casos de natimorto, a servidora será submetida a exame médico

30 dias após o parto, e, se julgada apta, reassumirá o exercício de

seu cargo, função ou emprego. Para esse fim, a perícia singular

deverá emitir novo laudo pericial.

O parto, para os fins previstos acima, é a expulsão, a partir do quinto mês

de gestação, de feto vivo ou morto.

No caso de aborto (art. 207, §4º, da Lei nº 8.112/1990) comprovado por

médico perito, a servidora fará jus a 30 dias de repouso remunerado

improrrogáveis.

Decorrido esse período de afastamento, a servidora que se julgar incapaz

de reassumir suas funções deverá requerer licença para tratamento de

saúde. Aborto é a expulsão do concepto, vivo ou morto, com menos de

500 gramas ou antes da 20ª (vigésima) semana de gestação.

Na hipótese de surgirem intercorrências geradoras de incapacidade

durante a gravidez ou após a licença à gestante, ainda que dela decorrentes,

o afastamento será processado como licença para tratamento de saúde,

observado o que dispõe o item sobre licença para tratamento de saúde

do servidor.

9

A licença à gestante e a licença para tratamento de saúde são consideradas

de espécies diferentes, não podendo ser concedidas concomitantemente. A

licença à gestante não pode ser interrompida, exceto nos casos de natimorto.

As servidoras ocupantes de cargos comissionados, sem vínculo efetivo com

a Administração Pública Federal, as contratadas por tempo determinado, as

empregadas públicas anistiadas (seguradas do RGPS – Lei nº 8.213/1991),

serão periciadas pelo órgão de exercício e a licença à gestante concedida

com a posterior compensação do pagamento pelo RGPS.

A licença à gestante poderá ser solicitada e concedida administrativamente

quando tiver seu início na data do parto, comprovada pelo aviso ou

registro de nascimento ou atestado médico, sem que seja necessária a

avaliação médico pericial.

A prorrogação da licença à gestante por mais 60 dias será concedida

administrativamente, desde que requerida pela servidora até o final de

30 dias a contar do dia do parto (parágrafo 1, do artigo 2, do Decreto

nº 6.690/2008).

d) Licença por motivo de acidente em serviço ou doença

profissional (Art. 212 da Lei nº 8.112/1990 e Art. 20 da

Lei nº 8.213/1991 e ON SRH/MP nº 03, de 23/02/2010,

republicada em 18/03/2010)

Competência: perícia oficial singular ou junta oficial em saúde,

dependendo do período de afastamento.

Acidente em serviço é aquele ocorrido no exercício do cargo, que se

relacione direta ou indiretamente com as atribuições a ele inerentes,

provocando lesão corporal ou perturbação funcional ou que possa causar

a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o

trabalho. Equiparam-se ao acidente de serviço aquele que, embora não

tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a redução ou

perda da capacidade do servidor para o trabalho, ou produzido lesão que

exija atenção médica para a sua recuperação.

10

São também acidentes em serviço:

1 • a doença proveniente de contaminação acidental no exercício das

atribuições do servidor e o acidente sofrido no local e no horário do

trabalho, em consequência de agressão, sabotagem ou terrorismo

praticado por terceiro ou companheiro de serviço;

2 • ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa

relacionada ao serviço;

3 • ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou

de companheiro de serviço;

4 • desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou

decorrentes de força maior.

São ainda considerados acidentes:

1 • aqueles sofridos, fora do local e horário de serviço, na execução de

ordem ou na realização de serviço relacionado às atribuições do

servidor, ou na prestação espontânea de qualquer serviço à União

para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;

2 • em viagem a serviço, inclusive para estudo, com ônus ou com ônus

limitado, independentemente do meio de locomoção utilizado;

3 • no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para

aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo

de propriedade do servidor;

4 • os acidentes ocorridos nos períodos destinados à refeição ou

descanso, estando o servidor no cumprimento de sua jornada de

trabalho.

O nexo causal entre quadro clínico e a atividade é parte indissociável do

diagnóstico pericial e se fundamenta numa boa anamnese ocupacional,

em dados epidemiológicos, em relatórios das condições de trabalho e

em visitas aos ambientes de trabalho, permitindo a correlação do quadro

clínico com a atividade.

Não serão equiparadas às doenças relacionadas ao trabalho as doenças

degenerativas, as inerentes a grupo etário e as doenças endêmicas

adquiridas por habitante de região em que elas se desenvolvam, salvo

11

comprovação de que são resultantes de exposição ou contato direto

determinado pela natureza do trabalho.

A determinação dos mecanismos envolvidos na gênese/causa dos

acidentes de trabalho é importante para práticas de prevenção aos

agravos e promoção à saúde dos servidores.

Os acidentes e as doenças relacionadas ao trabalho ocorrem em espaço

sujeito à intervenção do poder público por meio de vigilância, assistência

e previdência e geram consequências individuais, sociais e financeiras.

São fenômenos que indicam condições de trabalho, sejam ambientais

ou organizacionais, ocasionam invalidez ou limitações que, em geral,

poderiam ser evitadas por medidas preventivas.

Orienta-se que todo e qualquer acidente de trabalho que provoque ou

não lesões no servidor tenha registro obrigatório, mediante formulário

de Comunicação de Acidente de Trabalho do Serviço Público - CAT/SP,

para que sejam analisadas as condições em que ocorreu o acidente e se

intervenha de forma a reduzir ou mesmo impedir novos casos, além de se

resguardar os direitos do servidor acidentado em serviço.

A caracterização do acidente em serviço poderá, também, ser feita por perito

com o apoio da equipe de vigilância e promoção à saúde, de acordo com os

critérios legais estabelecidos. Os afastamentos por motivo de acidente em

serviço ou por doença profissional deverão ser submetidos à perícia oficial

em saúde, independentemente do quantitativo de dias de licença.

Considera-se como data do acidente em serviço a da ocorrência do fato.

No caso de doença do trabalho, será considerada a data da comunicação

(CAT/SP) à instituição ou a data de entrada do pedido de licença.

A prova do acidente será feita em dez dias, prorrogável quando as

circunstâncias assim o exigirem (art. 214 da Lei nº 8.112 /1990).

O formulário “Comunicação de Acidente em Trabalho do Serviço Público–

CAT/SP” é de preenchimento obrigatório em casos de suspeita de acidente

em serviço, devendo seguir modelo constante no Anexo IV.

12

A CAT/SP poderá ser preenchida pelo próprio servidor, sua chefia imediata, a

equipe de vigilância à saúde do servidor, a família, o perito ou qualquer outra

pessoa e encaminhada à respectiva chefia ou a unidade de atenção à saúde

do servidor ou ainda à unidade de recursos humanos a qual o servidor estiver

vinculado. A CAT/SP será analisada pela equipe de vigilância e promoção à

saúde do servidor para proceder às audiências que julgar necessárias.

Caso a CAT/SP não tenha sido preenchida, o profissional que primeiro

atender o servidor ficará responsável pelo seu preenchimento.

O servidor ou seu preposto anexará, quando couber, o Boletim de

Ocorrência Policial.

Cabe à equipe de promoção e vigilância orientar e promover as intervenções

necessárias no ambiente de trabalho do servidor onde ocorreu o acidente.

Os servidores ocupantes de cargos em comissão, sem vínculo efetivo

com a Administração Pública Federal, os contratados por tempo

determinado e os empregados públicos anistiados, quando vitimados

por acidente de trabalho, deverão ser encaminhados ao Instituto

Nacional do Seguro Social (INSS) a partir do 15º dia de afastamento do

trabalho (conforme art.75, §2, do Decreto nº 3.048/1999).

A CAT de segurados do RGPS, obrigatoriamente, tem de ser emitida em

24 horas do evento, independentemente do acidente gerar afastamento

ou não. Nos casos de afastamento, os primeiros 15 dias são pagos pela

empresa (órgão) e a partir do 15º dia avaliado pela perícia médica do INSS

por encaminhamento de requerimento próprio.

Cabe ao Sistema de Previdência Social (INSS) a realização de perícia e a

responsabilidade pela remuneração do período que exceder aos 15 dias.

No caso de acidente de trabalho de segurado do RGPS, a empresa

deverá comunicar o acidente de trabalho à Previdência Social até o

primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de

13

imediato à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o

limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, aplicada e

cobrada pela Previdência Social (art. 22 da Lei nº 8.213/1991).

O segurado deverá ser encaminhado ao INSS pelo RH do órgão por meio

do preenchimento do formulário de CAT do INSS, cabendo ao órgão emitir

uma cópia da CAT/INSS a ser entregue ao acidentado ou seu familiar e ao

sindicato correspondente.

As licenças por acidente em serviço serão realizadas por perícia singular por

até 120 dias no período de 12 meses a contar do primeiro dia de afastamento

e, a partir de então, por junta (art.203, § 4º e §5º, da Lei nº 8.112/1990).

O servidor acidentado em serviço, que necessite de tratamento

especializado que não exista em instituição pública, poderá ser

tratado em instituição privada, à custa de recursos públicos, desde

que seja constatada a necessidade por junta oficial em saúde (213 da

Lei nº 8.112/1990). O referido tratamento é considerado medida de

exceção.

e) Aposentadoria por invalidez (Art. 186, Inciso I, §1º e

§3º, Art. 188, § 1º, §2º, §3º §4º e §5º, da Lei nº 8.112/1990,

alterada pela Lei nº 11.907/2009)

Competência: junta oficial em saúde

A invalidez ocorre quando o servidor for acometido de uma doença que

o incapacite para o desempenho das atribuições do cargo. As doenças

podem impor limitações às atividades da vida diária e/ou laborais do

indivíduo, sem, contudo, torná-lo totalmente incapaz.

A invalidez pode ser considerada de caráter temporário, quando há

possibilidade de recuperação, após tratamento específico. Nesses casos,

a junta deverá indicar um prazo após o qual proceda a reavaliação da

capacidade laborativa do servidor.

14

A invalidez total e permanente para o trabalho é a incapacidade definitiva

para o exercício do cargo, função ou emprego em decorrência de

alterações provocadas por doença ou acidente com a impossibilidade de

ser reabilitado, levando em conta os recursos tecnológicos existentes.

Quando o servidor não tiver as condições de saúde necessárias à execução

das atividades do cargo, função ou emprego deverá ser afastado para

tratamento. Caso seja constatada, a qualquer tempo, a impossibilidade

de reversão da condição e não for possível a readaptação, ou ainda,

expirado o prazo de 24 meses de afastamento pela mesma enfermidade,

ininterruptos ou não, será sugerida a sua aposentadoria por invalidez.

A enfermidade ensejadora da invalidez deve ser a mesma que motivou

as licenças para tratamento de saúde nesses 24 meses, ou doenças

correlatas.

Em todos os casos de aposentadoria por invalidez, a junta poderá

determinar prazo para reavaliação do caso.

No caso de limitações de atividades, pode ser sugerida a restrição de

atividades para uma recolocação funcional dentro do mesmo cargo,

função ou emprego.

No caso de servidor nomeado na vaga de deficiente, a limitação que

levou ao seu ingresso em órgão público não poderá ser motivo de

aposentadoria, exceto quando o exercício do cargo, função ou emprego

levar ao seu agravamento ou à invalidez.

A junta oficial em saúde, para os fins ora previstos, emitirá o laudo de

aposentadoria por invalidez que deverá ser corretamente preenchido e

assinado pelos três membros participantes.

Nos casos de doença enquadrada no parágrafo 1º, do art. 186 da Lei

nº 8.112/1990 e nos acidentes de trabalho e/ou doença profissional,

deverá constar no laudo o nome da doença por extenso (art. 205 da Lei

nº 8.112/1990).

15

O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação

do ato da aposentadoria será considerado como prorrogação da licença

(art. 188, §3º, da Lei nº 8.112/ 1990).

f) Constatação de invalidez de dependente ou pessoa

designada (Art. 217, inciso II, alínea C e D e Art. 222 da

Lei nº 8.112/1990) e comprovação de deficiência de

dependente (Art 217, inciso I, alinea E)

Competência: junta oficial em saúde sempre que a unidade de atenção

à saúde do servidor dispuser desse recurso. Nas demais situações, perícia

oficial singular.

No caso de dependentes ou pessoa designada, que precisem da constatação

para fins de recebimento de pensão ou outro benefício, a junta deverá

especificar o tipo de invalidez, o seu caráter e a data do seu início. Deverá

também expressar a necessidade ou não de reavaliação, e o referido prazo.

Constatação de Invalidez

A constatação de invalidez de que tratam os itens E e F é realizada por

perícia mediante avaliação de servidor, seu dependente ou pessoa

designada, para fins de aposentadoria por invalidez, pensão temporária,

manutenção da condição de dependente, de aposentadoria por invalidez

ou reversão desta.

g) Remoção de servidor por motivo de saúde (Art. 36 da

Lei nº 8.112/1990)

Competência: junta oficial em saúde

O exame para concessão de remoção ao servidor por motivo de sua saúde

ou de pessoa de sua família será realizado a pedido do interessado.

Considera-se pessoa da família, para efeito de remoção por motivo de

acompanhamento:

1 • cônjuge;

2 • companheiro;

16

3 • dependente que viva às suas expensas e conste de seu assentamento

funcional.

O servidor, munido de parecer do assistente que indique necessidade de

remoção por motivo de saúde, deverá requerer a sua remoção ao titular da

unidade de recursos humanos ou na unidade de atenção à saúde do servidor.

O laudo, emitido por junta, é indispensável à análise do pedido de

remoção e deverá, necessariamente, atestar a doença que fundamenta o

pedido, bem como informar:

1 • as razões objetivas para a remoção;

2 • se a localidade onde reside o servidor ou seu dependente legal é

agravante de seu estado de saúde ou prejudicial à sua recuperação;

3 • se na localidade de lotação do servidor não há tratamento adequado;

4 • se a doença é preexistente à lotação do servidor na localidade e, em

caso positivo, se houve evolução do quadro que justifique o pedido;

5 • quais os benefícios do ponto de vista médico que advirão dessa

remoção, com justificativas detalhadas;

6 • quais as características das localidades recomendadas;

7 • se a mudança de domicílio pleiteada terá caráter temporário e, em

caso positivo, qual o prazo para nova avaliação médica;

8 • qual o prejuízo ou agravo para a saúde do servidor ou seu cônjuge,

companheiro ou dependente caso residam em localidades distintas

da localidade de lotação do servidor;

9 • se o tratamento sugerido é de longa duração e se não pode ser

realizado na localidade de lotação do servidor;

10 • se o servidor é o único parente do seu dependente legal com

condições de dar-lhe assistência, devendo ser ouvido, neste caso,

o parecer do serviço social e ser observada a indissolubilidade da

unidade familiar.

O laudo deverá ser conclusivo quanto à necessidade da mudança

pretendida pelo servidor. Reserva-se à Administração Pública Federal

indicar qualquer localidade de lotação que satisfaça às necessidades

17

de saúde do servidor e resguarde os interesses da Administração. Os

servidores sem vínculo efetivo não fazem jus à remoção.

h) Horário especial para servidor portador de

deficiência ou seu dependente (Art.98, § 2º e §3º da Lei

nº 8.112/1990)

Competência: junta oficial em saúde.

As deficiências deverão ser comprovadas por pareceres e exames

especializados, indicados para cada caso.

A perícia é solicitada a fazer avaliação para fins de constatação de

deficiência nas seguintes situações:

1 • deficiência do servidor, com vistas à concessão de horário especial

(art. 98, §2º da Lei nº 8.112/1990);

2 • deficiência de cônjuge, filho ou dependente do servidor, com

vistas à concessão de flexibilização de horário do servidor, sujeita à

compensação. (art. 98, §3º da Lei nº 8.112/1990).

A constatação da deficiência será feita de acordo com o previsto no §1º,

do art. 5º, do Decreto nº 5.296/2004 e no inciso I, do art. 3º do Decreto

nº 3.298/99.

Deverão ser registrados o tipo e a data de início da deficiência, se

permanente ou temporária e se há necessidade de reavaliação por

período a ser determinado pela junta oficial.

i) Constatação de deficiência dos candidatos aprovados

em concurso público nas vagas de pessoas com deficiência

(Arts. 3º e 4º do Decreto nº 3.298/1999 alterado pelo

Decreto nº 5.296/2004)

Competência: junta oficial em saúde sempre que a unidade dispuser

desse recurso. Nas demais situações, perícia singular.

18

Os candidatos aprovados por concurso público na condição de deficientes,

conforme Decretos nº 3.298/1999 e nº 5.296/2004, serão avaliados por

perícia médica para fins de constatação de deficiência.

Para concorrer a uma das vagas destinadas a pessoas portadoras de

deficiências o candidato deverá:

a. no ato da inscrição, declarar-se portador de deficiência;

b. encaminhar laudo médico original ou cópia autenticada, no ato

da inscrição, emitido nos últimos 12 meses, atestando a espécie e

o grau ou nível da deficiência, com expressa referência ao código

correspondente da Classificação Internacional de Doenças (CID-

10), bem como a causa provável da deficiência.

Compete à perícia a qualificação do candidato aprovado como portador

de deficiência, nos termos das categorias definidas pela legislação vigente

sobre a matéria.

Os candidatos deverão comparecer à perícia munidos de laudo médico

que ateste a espécie e o grau ou nível de deficiência, com expressa

referência ao código correspondente da Classificação Internacional de

Doenças (CID-10), conforme especificado no Decreto nº 3.298/1999 e

suas alterações, bem como à provável causa da deficiência.

A não observância aos dispositivos legais, assim como a reprovação na

perícia ou o não comparecimento à perícia, acarretará a perda do direito

às vagas reservadas aos candidatos portadores de deficiência.

Após a avaliação médica, os candidatos serão avaliados por equipe

multiprofissional quanto à acessibilidade, recomendação de

equipamentos, à natureza das atribuições e tarefas, e compatibilidade

com o cargo, função ou emprego e deficiência apresentada.

Durante o estágio probatório a equipe multiprofissional fará o

acompanhamento do candidato para verificar sua adaptação às

atribuições do cargo, função ou emprego. As orientações estão descritas

no capítulo sobre a equipe multiprofissional e são baseadas no artigo 43

do Decreto nº 3.298/1999.

19

Constatação de Deficiência

Nos termos do Decreto nº 3.298/1999, deficiência é toda perda ou

anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou

anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade,

dentro do padrão considerado normal para o ser humano, podendo ser

classificada como:

1 • deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais

segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da

função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia,

monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia,

triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência

de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade

congênita ou adquirida. Não se incluem as deformidades estéticas e

as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.

Também aplica-se à pessoa com mobilidade reduzida, aquela

que, não se enquadrando no conceito de pessoa portadora de

deficiência, tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentarse,

permanente ou temporariamente, gerando redução efetiva da

mobilidade, flexibilidade, coordenação motora e percepção.

2 • deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor

que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão,

que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a

melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida

do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a

ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;

3 • deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e

um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências

de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz

4 • deficiência mental: funcionamento intelectual significativamente

inferior à média, com manifestação antes dos 18 anos e limitações

associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais

como: comunicação; cuidado pessoal; habilidades sociais; utilização

dos recursos da comunidade; saúde e segurança; habilidades

acadêmicas; lazer; e trabalho.

20

5 • deficiência múltipla: associação de duas ou mais deficiências.

j) Avaliação de sanidade mental para fins de processo

administrativo disciplinar (Art. 160 da Lei nº 8.112/1990)

Competência: junta oficial em saúde

Em caso de servidor acusado em Processo Administrativo Disciplinar, a

junta pode ser solicitada a avaliá-lo quanto a sua sanidade mental, devendo

essa junta ter a participação de pelo menos um médico psiquiatra.

k) Recomendação para tratamento de acidentados em

serviço, em instituição privada, a conta de recursos

públicos (Art. 213 da Lei nº 8.112/90)

Competência: junta oficial em saúde

O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento

especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de

recursos públicos. O tratamento recomendado pela junta constitui

medida de exceção e somente será admissível quando inexistirem meios

e recursos adequados em instituição pública.

l) Readaptação (Art.24 da Lei nº 8.112/1990)

Competência: junta oficial em saúde

A readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e

responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua

capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica.

Após constatação da incapacidade do servidor para as atribuições do seu

cargo, será solicitada a lista das atribuições inerentes ao cargo à área de

recursos humanos, para fins de avaliação dos itens que podem ou não ser

realizados pelo servidor.

A junta oficial em saúde, de posse da listagem das atribuições do cargo,

sugerirá os itens que poderão e os que não poderão ser realizados pelo

servidor, devido à limitação imposta pela sua doença ou lesão.

21

Caso o servidor seja capaz de executar mais de 70% das atribuições de seu

cargo, configura-se caso de restrição de atividades e deverá retornar ao

trabalho no seu próprio cargo, mesmo que seja necessário evitar algumas

atribuições. A junta orientará a chefia imediata quanto às atividades que

deverão ser evitadas.

Caso o servidor não consiga atender a um mínimo de 70% das atribuições

de seu cargo, deverá ser sugerida a sua readaptação para um cargo afim, nos

termos da legislação vigente (Ofício Circular nº 37, de 16 de agosto de 1996).

Nesse caso, estando o servidor capaz de atender a mais de 70% das

atribuições de seu novo cargo, a junta deverá indicar a sua readaptação,

ficando a critério dos recursos humanos as providências necessárias para

a publicação do Ato de Readaptação.

O processo será encaminhado à área de recursos humanos para indicação

dos cargos afins e suas atribuições, respeitadas as habilitações exigidas

para o ingresso no serviço público federal, retornando à junta que indicará

em qual das opções de cargos deverá o servidor ser readaptado.

Caso não haja um cargo para o qual o servidor possa ser readaptado,

compatível com suas limitações, a junta deverá sugerir sua aposentadoria

por invalidez.

m) Reversão de servidor aposentado por invalidez

(Art.25, Inciso I e Art.188, § 5º, da Lei nº 8.112/1990, e Lei

nº 11.907/2009)

Competência: junta oficial em saúde.

Reversão é o retorno do servidor aposentado à atividade.

A avaliação realizada por junta considerará a capacidade laborativa e,

no caso de insubsistência dos motivos que ensejaram a aposentadoria,

indicará a sua reversão.

22

A critério da Administração, o servidor em licença para tratamento de

saúde ou aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer

momento para avaliação das condições que ensejaram o afastamento

ou a aposentadoria (§5º do art.188 da Lei nº 8.112/ 1990.

Não poderá haver a reversão do aposentado que tiver completado 70

(setenta) anos de idade (art. 27 da Lei nº 8.112/1990).

n) Avaliação do servidor aposentado para constatação

de invalidez por doença especificada em lei (Art. 190 da

Lei nº 8.112/1990)

Competência: junta oficial em saúde.

O servidor aposentado com provento proporcional ao tempo de serviço,

se acometido de qualquer das moléstias especificadas no §1º, do art. 186

da Lei nº 8.112/1990 e, por esse motivo, for considerado inválido por junta,

passará a perceber provento integral, calculado com base no fundamento

legal de concessão de aposentadoria.

As enfermidades são:

1 • tuberculose ativa;

2 • alienação mental;

3 • esclerose múltipla;

4 • neoplasia maligna;

5 • cegueira posterior ao ingresso no serviço público;

6 • hanseníase;

7 • cardiopatia grave;

8 • doença de Parkinson;

9 • paralisia irreversível e incapacitante;

10 • espondilartrose anquilosante;

11 • nefropatia grave;

12 • estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante);

13 • síndrome da imunodeficiência adquirida – Aids.

23

o) Aproveitamento de servidor em disponibilidade (Art.

32 da Lei nº 8.112/1990)

Competência: junta oficial em saúde

O retorno à atividade do servidor em disponibilidade far-se-á mediante

aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos

compatíveis com o anteriormente ocupado. Será tornado sem efeito o

aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em

exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta.

p) Exame para investidura em cargo público (Art. 14 da

Lei nº 8.112/1990)

Competência: perícia oficial singular em saúde

Só poderá ser empossado em cargo público aquele que for julgado apto

física e mentalmente para o exercício do cargo.

Considera-se como objetivo do referido exame médico a avaliação, no

momento do exame, da capacidade física e mental do candidato para

exercer as atividades para as quais está obrigado em razão do cargo

público que irá ocupar, tendo em conta os riscos inerentes às respectivas

atribuições e o prognóstico de enfermidades apresentadas pelo candidato.

O médico deverá avaliar, também, os exames indicados no edital

do concurso. Os critérios devem ser estabelecidos levando-se em

consideração as atividades da função que o candidato pretende exercer,

os riscos inerentes ao ambiente de trabalho e os critérios epidemiológicos,

que podem apontar doenças responsáveis por licenças prolongadas,

readaptações e aposentadoria precoce por invalidez.

Podem ser ouvidos peritos e especialistas em diversas áreas e consultados

documentos técnicos atuais para melhor embasar a avaliação da

capacidade laboral.

Este exame integra as ações de promoção à saúde.

24

q) Pedido de reconsideração e recurso (Arts. 106, 107 e

108 da Lei nº 8.112/1990)

Competência: perícia oficial singular em saúde ou junta oficial em saúde.

Caso o servidor não concorde com a decisão pericial terá o direito de

interpor, uma única vez, pedido de reconsideração que será dirigido à

autoridade que houver proferido a primeira decisão.

Na hipótese de novo indeferimento, poderá solicitar, como última instância

administrativa, recurso dirigido à junta oficial em saúde, cujos peritos são

distintos daqueles que analisaram o pedido de reconsideração.

O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso

é de 30 dias, a contar da publicação ou da ciência da decisão, pelo

interessado (art. 108 da Lei nº 8.112/1990).

O pedido de reconsideração ou de recurso do resultado pericial deve

ser despachado no prazo de cinco dias, e decidido dentro de 30 dias,

submetendo-se o requerente a novo exame pericial (art. 106 da Lei nº

8.112/1990).

O servidor, para fins previstos neste item, utilizar-se-á do pedido de

reconsideração/recurso.

Em caso de deferimento do pedido de reconsideração ou recurso,

os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado. Em caso

contrário, os dias em que o servidor não comparecer ao trabalho serão

considerados como faltas não justificadas, podendo ser compensadas de

acordo com o previsto em lei (art. 44 da Lei nº 8.112/1990).

r) Avaliação para isenção de imposto de renda (Art. 6 da

Lei nº 7.713/88, alterada pela Lei nº 11.052/04)

Competência: junta oficial em saúde sempre que a unidade de atenção

à saúde do servidor dispuser desse recurso. Nas demais situações, perícia

singular.

25

A Lei nº 7.713/1988, com redação dada pela Lei nº 8.541/1992 e alterada

pelas Leis nos 9.250/1995 e 11.052/2004, confere isenção de imposto

de renda sobre rendimentos de pessoa física, percebidos a título de

aposentadoria e ou pensão, nos seguintes casos:

1 • aposentadoria motivada por acidente em serviço;

2 • moléstia profissional;

3 • tuberculose ativa;

4 • alienação mental;

5 • esclerose múltipla;

6 • neoplasia maligna;

7 • cegueira;

8 • hanseníase;

9 • paralisia irreversível e incapacitante;

10 • cardiopatia grave;

11 • doença de Parkinson;

12 • espondilartrose anquilosante;

13 • nefropatia grave;

14 • estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante);

15 • hepatopatia grave;

16 • contaminação por radiação;

17 • síndrome da imunodeficiência adquirida (Sida/Aids).

A doença deverá ser atestada em laudo pericial. A perícia fixará o prazo

de validade do laudo pericial marcando reavaliação, nos casos de

doenças passíveis de controle e/ou recuperação (art. 30, § 1º, da Lei

nº 9.250/1995).

O laudo pericial deverá conter o nome da doença conforme especificada

em lei, bem como a data em que a enfermidade foi comprovada por

relatório, exames e/ou cirurgia, devendo ser especificada a data de início

da doença.

26

No caso de pensionista, exclui-se a moléstia profissional.

A isenção de imposto de renda é exclusiva aos proventos de aposentadoria,

reforma ou pensão, não podendo ser isentos os servidores que não

estejam aposentados.

A apresentação de laudo pericial emitido por serviço médico oficial da

União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, reconhecendo

ser portador de uma das moléstias relacionadas, poderá dispensar o

servidor de exame pericial (ato declaratório COSIT nº 19, de 25 de outubro

de 2000, da Secretaria da Receita Federal), desde que confirmada a

procedência e a idoneidade do documento.

s) Avaliação da idade mental de dependente para

concessão de auxílio pré-escolar (§ 2º do Art. 4º Decreto

nº 977/1993)

Competência: perícia oficial singular em saúde

O dependente de um servidor que apresentar deficiência mental grave

poderá ter direito a auxílio pré-escolar enquanto for constatada, por

avaliação pericial, idade mental inferior a seis anos.

t) Comunicação de doença de notificação compulsória ao

órgão de saúde pública

Competência: profissional que primeiro levantar a hipótese diagnóstica.

A notificação compulsória é a comunicação sobre a ocorrência de

determinada doença ou agravo à saúde constatados no exercício da

profissão, e que, por força de lei, os profissionais de saúde têm obrigação

de comunicar, por escrito, à autoridade competente, para que sejam

tomadas as providências sanitárias e judiciais cabíveis.

A obrigatoriedade da notificação ou comunicação está definida na Lei

nº 6.259/1975 e a omissão da denúncia à autoridade pública é crime, com

pena prevista no Código Penal Brasileiro.

27

A comunicação ou notificação compulsória é obrigatória nos casos de:

1 • acidente de trabalho (Portaria GM/MS nº 777/2004);

2 • moléstia infectocontagiosa de natureza compulsória (Código Penal,

art. 269);

3 • doenças profissionais e do trabalho (CLT, art. 169);

4 • morte encefálica comprovada em estabelecimento de saúde

(Decreto nº 2.268/1997, art. 18);

5 • crimes de ação pública (Decreto-Lei nº 3.688, de 1941 - das

Contravenções Penais, art. 66).



Capítulo VI

Laudo Oficial Pericial

Laudo Oficial

COMUNICADO IMPORTANTE - NOVAS REGRAS DE ACESSO AO SIAPENET

COMUNICADO IMPORTANTE - NOVAS REGRAS DE ACESSO AO SIAPENET

http://www.siapenet.gov.br/portal/Servidor.asp


25/02/2008



Sr. Servidor,



Com objetivo de oferecer maior segurança, foram implementadas melhorias na rotina de acesso ao SIAPEnet. Agora, o acesso ao site somente será possível após confirmação de seu e-mail. Além disso, o sistema gerará um código de segurança, que será a garantia de que é você mesmo quem está acessando ao portal, evitando acessos indevidos. Guarde este código; ele poderá ser solicitado pelo sistema em algumas operações, como por exemplo, para desbloquear sua senha.



Seguem instruções detalhadas do novo procedimento.



1. Se você já tem acesso ao SIAPEnet e não possui e-mail cadastrado na base do SIAPE:



- Ao entrar no SIAPEnet, você será informado que está sem e-mail e que deverá entrar em contato com a Unidade Pagadora (UPAG) do seu órgão, que deverá providenciar a atualização;

- Após o e-mail ser atualizado pela UPAG, entre novamente no SIAPEnet, e será solicitada a confirmação de seu e-mail;

- Após confirmação, você receberá uma mensagem neste e-mail, informando seu código de segurança para acesso.

2. Se você já tem acesso ao SIAPEnet e possui e-mail cadastrado na base do SIAPE:



- Ao acessar o SIAPEnet, com o usuário e a senha que usualmente você acessa, será solicitada a confirmação de seu e-mail;

- Após confirmação, você receberá uma mensagem neste e-mail, informando seu código de segurança para acesso;

- Caso o e-mail esteja incorreto, entre em contato com a Unidade Pagadora (UPAG) do seu órgão para providenciar a correção.

3. Se for o seu primeiro acesso ao SIAPEnet:



- Ao entrar no SIAPEnet, você deverá informar CPF, CEP, data de nascimento, telefone e e-mail, conforme cadastrados na base de dados do SIAPE;

- Se os dados informados estiverem de acordo com seu cadastrado, você receberá uma mensagem por e-mail, informando usuário, senha e código de segurança para acesso;

- Por medida de segurança, você deverá efetuar a troca de usuário e senha no próximo acesso ao SIAPEnet, e, após este procedimento, receberá um e-mail notificando esta troca;

- Caso não conste e-mail no seu cadastrado do SIAPE, entre em contato com a UPAG do seu Órgão, que deverá providenciar a atualização (item 1).

Quaisquer dúvidas quanto ao correto preenchimento dos campos solicitados, contatar a Central de Serviço Serpro - CSS, no telefone 0800-9782328 - Ligação gratuita. Para divergências com os dados cadastrais, procurar sua Unidade de Recursos Humanos para atualização.



ATENÇÃO

CASO NÃO RECEBA O E-MAIL EM SUA CAIXA POSTAL, FAVOR OBSERVAR AS POSSÍVEIS RAZÕES ABAIXO:



Caixa Postal Lotada. Boa parte dos provedores de internet possuem um limite de armazenamento de mensagens. Quando esse limite é atingido, deixamos de receber novas mensagens em virtude da falta de espaço para armazenamento. DICA: Verifique se a sua Caixa Postal está com capacidade para receber e-mails. Após limpar sua caixa postal, você pode voltar no site do SIAPENet e efetuar o Desbloqueio;

E-mail incorreto. Sua Unidade de Recursos Humanos pode ter se enganado na hora de cadastrar seu e-mail. Verifique junto a mesma se o e-mail foi cadastrado corretamente;

Problemas no Provedor. O seu provedor pode estar inativo ou com problemas. DICA: Faça um autoteste: envie um e-mail para você mesmo e verifique se o recebe em seguida.

SPAM (Mensagem não autorizada). A maioria dos provedores possuem bloqueadores anti-span ativado. DICA: Verifique com o seu provedor de e-mails se as regras anti-spam utilizadas não estão classificando a mensagem gerada pelo siapenet@planejamento.gov.br como spam ou então Verifique se o e-mail enviado não está na Caixa de e-mails spam (lixo eletrônico) disponível em seu e-mail.


O Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos - SIAPE é o sistema informatizado de Gestão de Recursos Humanos do Poder Executivo Federal, que controla as informações cadastrais e processa os pagamentos dos servidores da Administração Pública Federal.



O SIAPE foi instituído pelo Decreto 99.328, de 19 de junho de 1990, com os seguintes objetivos:



- dotar o Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, de instrumento de modernização da Administração de Recursos Humanos e de viabilização da integração sistêmica nessa área;



- atender a Secretaria de Recursos Humanos, nas atividades de planejamento, coordenação, supervisão, controle e desenvolvimento de recursos humanos da Administração Pública Federal direta, ex-Territórios, das autarquias e das fundações públicas, empresas e sociedades de economia mista que recebem dotação do tesouro nacional para pagamento de pessoal e órgãos de segurança do Governo do Distrito Federal - GDF;



- atender às unidades de pessoal dos órgãos e no desenvolvimento de suas atividades.



A supervisão e coordenação dos processos de desenvolvimento e manutenção do sistema são de responsabilidade da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.



O sistema processa e controla uma folha de pagamento de R$ 52 bilhões anuais, relativas aos 1.319.664 servidores, distribuídos em 238 órgãos dispostos fisicamente em várias localidades do território nacional, nas situações a seguir especificadas:



fonte siape/setembro/2006



SITUAÇÃO QUANTITATIVO

APOSENTADOS 376.113

ATIVOS 504.607

BENEFICIÁRIO DE PENSÃO 331.607

CELETISTA 43.236

CONTRATO TEMPORÁRIO 25.866

MÉDICO RESIDENTE 6.103

REGIME MILITAR 32.132

TOTAL 1.319.664


COMUNICADO IMPORTANTE - NOVAS REGRAS


DE ACESSO AO SIAPENET

Página do Servidor, 25/02/2008

Sr. Servidor,

Com objetivo de oferecer maior segurança, foram implementadas melhorias na rotina de

acesso ao SIAPEnet. Agora, o acesso ao site somente será possível após confirmação de seu

e-mail. Além disso, o sistema gerará um código de segurança, que será a garantia de que é

você mesmo quem está acessando ao portal, evitando acessos indevidos. Guarde este

código; ele poderá ser solicitado pelo sistema em algumas operações, como por exemplo,

para desbloquear sua senha.

Seguem instruções detalhadas do novo procedimento.

1. Se você já tem acesso ao SIAPEnet e não possui e-mail cadastrado na base do

SIAPE:

- Ao entrar no SIAPEnet, você será informado que está sem e-mail e que deverá entrar em

contato com a Unidade Pagadora (UPAG) do seu órgão, que deverá providenciar a

atualização. Enquanto a UPAG não atualizar o seu e-mail , o seu acesso ao SIAPEnet

permanecerá bloqueado;

- Após o e-mail ser atualizado pela UPAG, entre novamente no SIAPEnet, e será solicitada

a confirmação de seu e-mail;

- Após confirmação, você receberá uma mensagem neste e-mail, informando seu código de

segurança, que será solicitado em algumas transações específicas do sistema. Você

continuará acessando o SIAPEnet com o mesmo usuário e senha que já utilizava. Atenção,

somente a sua unidade pagadora está habilitada a atualizar seu e-mail.

2. Se você já tem acesso ao SIAPEnet e possui e-mail cadastrado na base do SIAPE:

- Ao acessar o SIAPEnet, com o usuário e a senha que usualmente você acessa, será

solicitada a confirmação de seu e-mail;

- Após confirmação, você receberá uma mensagem neste e-mail, informando seu código de

segurança, que será solicitado em algumas transações específicas do sistema. Você

continuará acessando o SIAPEnet com o mesmo usuário e senha que já utilizava;

- Caso o e-mail esteja incorreto, entre em contato com a Unidade Pagadora (UPAG) do seu

órgão para providenciar a correção. Atenção, somente a sua unidade pagadora está

habilitada a atualizar seu e-mail.

3. Se for o seu primeiro acesso ao SIAPEnet:

- Ao entrar no SIAPEnet, você deverá informar CPF, CEP, data de nascimento, telefone e

e-mail, conforme cadastrados na base de dados do SIAPE;

- Se os dados informados estiverem de acordo com seu cadastrado, você receberá uma

mensagem por e-mail, informando usuário e senha, para acesso, e código de segurança, que

será solicitado em algumas transações específicas do sistema;

- Por medida de segurança, você deverá efetuar a troca de usuário e senha no próximo

acesso ao SIAPEnet, e, após este procedimento, receberá um e-mail notificando esta troca;

- Caso não conste e-mail no seu cadastrado do SIAPE, entre em contato com a UPAG do

seu Órgão, que deverá providenciar a atualização (item 1).Atenção, somente a sua unidade

pagadora está habilitada a atualizar seu e-mail.

Vale ressaltar que, por medida de sigilo, os e-mails contendo usuário, senha e/ou código de

segurança são encaminhados exclusivamente para você, servidor, e nem mesmo a UPAG

do seu órgão tem acesso a essas informações. Quaisquer dúvidas quanto ao correto

preenchimento dos campos solicitados, contatar a Central de Atendimento SERPRO - CAS,

no telefone 0800-9782328 - Ligação gratuita. Para divergências com os dados cadastrais,

procurar sua Unidade de Recursos Humanos para atualização.


http://www.siapenet.gov.br/portal/Servidor.asp