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sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Amor e lei (estudo nº 12)
“Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2).
Leituras da semana: Romanos 12, 13
Por mais que Paulo buscasse tirar dos romanos as falsas noções da lei, ele também chamava todos os cristãos a um padrão elevado de obediência. Essa obediência provém da mudança interior de nosso coração e mente, possível apenas pelo poder de Deus, que opera em quem se submete a Ele.
A epístola aos Romanos não contém nenhuma sugestão de que essa obediência sobrevenha automaticamente. O cristão precisa ser iluminado quanto a quais são esses requisitos; deve estar disposto a obedecer-lhes; e, finalmente, o cristão deve buscar o poder sem o qual essa obediência é impossível.
O que isso significa é que as obras são parte da fé cristã. Nunca foi intenção de Paulo depreciar as obras. Nos capítulos 13 a 15, ele dá uma forte ênfase às obras. Essa não representa qualquer negação do que ele havia dito anteriormente sobre a justificação pela fé. Ao contrário, as obras são a verdadeira expressão do que significa viver pela fé. Pode-se até dizer que, pela revelação acrescentada depois da vinda de Jesus, os requisitos do Novo Testamento são ainda mais difíceis de cumprir do que os do Antigo. Os crentes do Novo Testamento receberam um exemplo do apropriado comportamento moral em Jesus Cristo. Elee ninguém mais é o padrão que devemos seguir. “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em” – não Moisés, não Daniel, não Davi, não Salomão, não Enoque, não Débora, não Elias – mas “Cristo Jesus” (Fp 2:5).
O padrão não pode ser mais elevado que esse.
Sacrifícios vivos
Com o capítulo 11, termina a parte doutrinária do livro de Romanos. Os capítulos 12 a 16 apresentam instruções práticas e notas pessoais. Não obstante, esses capítulos finais são extremamente importantes, porque mostram como deve ser vivida a vida de fé.
Para os iniciantes, a fé não é um substituto da obediência, como se, de alguma forma, a fé invalidasse nossa obrigação de obedecer ao Senhor. Os preceitos morais ainda estão em vigor; eles são explicados e até ampliados no Novo Testamento.
E não nos é dada nenhuma indicação de que o cristão terá facilidade para regular a vida por esses preceitos morais. Ao contrário, somos informados de que, às vezes, pode ser difícil, pois a batalha contra o eu e o pecado é sempre difícil (1Pe 4:1). As boas-novas são que, se cairmos, se tropeçarmos, não seremos rejeitados, mas temos um Sumo Sacerdote que intercede por nós (Hb 7:25).
Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado, para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus. 1Pe 4:1
Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus, (Hb 7:25).
1. Que semelhanças Paulo destaca entre os sacrifícios do Antigo Testamento e do Novo? Que diferenças existem?
Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Rm 12:1-2
Em Romanos 12:1, Paulo se refere aos sacrifícios do Antigo Testamento. Assim como, antigamente, os animais eram sacrificados a Deus, agora, os cristãos devem render o corpo a Deus, não para ser morto, mas como sacrifício vivo dedicado a Seu serviço.
Nos tempos do antigo Israel, todas as ofertas levadas ao templo como sacrifício eram examinadas cuidadosamente. Se fosse descoberto qualquer defeito no animal, este era recusado; pois Deus havia ordenado que a oferta fosse sem mancha. Da mesma forma, os cristãos são convidados a apresentar seus corpos “por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. A fim de fazer isso, todas as suas faculdades devem ser preservadas na melhor condição possível. Embora nenhum de nós esteja sem defeito, a lição é que devemos buscar viver tão imaculada e fielmente quanto pudermos.
Postado por Muniz de Albuquerque às 22:27
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Neste trimestre, falamos bastante sobre a perpetuidade da lei moral de Deus, e temos enfatizado vez após vez que a mensagem de Paulo no livro de Romanos não ensina que os Dez Mandamentos foram abolidos ou de alguma forma anulados pela fé.
Mas é tão fácil ser apanhado pela letra da lei que nos esquecemos do espírito por trás dela, e esse espírito é o amor – amor de Deus e amor de uns para com os outros. Embora todos possam professar amor, a revelação desse amor na vida diária pode ser um assunto completamente diferente.
2. Como devemos revelar esse amor aos outros?
3 Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
4 Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função,
5 assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros,
6 tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé;
7 se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo;
8 ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria.
9 O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem.
10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
11 No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor;
12 regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes;
13 compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade;
14 abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis.
15 Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.
16 Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos.
17 Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens;
18 se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens;
19 não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.
20 Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça.
21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem. Rm 12:3-21
Como em 1 Coríntios 12 e 13, depois de lidar com os dons do Espírito, Paulo exalta o amor. Amor (grego agape) é o caminho mais excelente. “Deus é amor” (1Jo 4:8). Então, o amor descreve o caráter de Deus. Amar é agir com relação aos outros como Deus age e tratá-los como Deus os trata.
Paulo mostra nesse texto como esse amor precisa ser expresso de maneira prática. Um princípio importante se sobressai, e esse é a humildade pessoal, a disposição do indivíduo de “não [pensar] de si mesmo além do que convém” (Rm 12:3), disposição depreferir-se “em honra uns aos outros” (v. 10), e disposição de não ser “sábios aos... próprios olhos” (v. 16). As palavras de Cristo sobre Si mesmo: “Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração” (Mt 11:29) expressam a essência dessa disposição.
Entre todos os povos, os cristãos devem ser os mais humildes. Afinal, veja como somos impotentes, veja quão pecadores somos, veja quão dependentes somos, não só de uma justiça exterior a nós mesmos para a salvação mas de um poder que opera em nós a fim de nos transformar em uma medida que nunca poderíamos transformar a nós mesmos. O que temos de que nos envaidecer, o que temos de que nos gabar, o que temos em nós mesmos para nos orgulhar? Nada! Sob o ponto de partida dessa humildade pessoal, não só diante de Deus mas diante de outros, devemos viver como Paulo nos aconselha nos versos a seguir.
Como você está aplicando à sua própria vida a advertência de Paulo em Romanos 12:18? (se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens;) Você precisa de alguns ajustes de atitude a fim de fazer o que a Palavra nos diz aqui?
Postado por Muniz de Albuquerque às 22:23
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3. Que princípios básicos podemos tirar sobre nosso relacionamento como cristãos com o poder civil?
1 Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.
2 De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação.
3 Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela,
4 visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.
5 É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência.
6 Por esse motivo, também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo, constantemente, a este serviço.
7 Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra. Rm 13:1-7
O que torna tão interessantes as palavras de Paulo é que ele escreveu em um tempo em que governava o mundo um império pagão, que podia ser incrivelmente brutal, corrupto em seu cerne, que não conhecia nada sobre o Deus verdadeiro e, dentro de alguns anos, iria começar uma perseguição sangrenta contra os que quisessem adorar esse Deus. De fato, Paulo foi morto por esse governo! Mas, apesar de tudo isso, Paulo defendeu que os cristãos devem ser bons cidadãos, mesmo sob um governo assim!
Sim. E isso porque a ideia de governo em si é encontrada em toda a Bíblia. O conceito, o princípio de governo, é ordenado por Deus. Os seres humanos precisam viver em uma comunidade com regras, regulamentos e padrões. A anarquia não é um conceito bíblico.
Isso significa que Deus aprova todas as formas de governo ou como estes governos são dirigidos? Ao contrário! Não é preciso ir muito longe, na história ou no mundo de hoje, para ver alguns regimes brutais. Mas, mesmo em situações como essas, tanto quanto possível, os cristãos devem obedecer às leis da Terra. Os cristãos devem dar apoio leal ao governo, na medida em que suas reivindicações não estejam em conflito com as reivindicações de Deus. A pessoa deve considerar com muita oração e cuidado, e com o conselho de outros, antes de iniciar um caminho que o ponha em conflito com os poderes constituídos. Sabemos pela profecia que, um dia, todos os fiéis seguidores de Deus sofrerão a oposição dos poderes políticos que estiverem no controle do mundo (Ap 13). Mas, antes disso, devemos fazer tudo o que pudermos, diante de Deus, para ser bons cidadãos em qualquer país em que vivermos.
“Cumpre-nos reconhecer o governo humano como instituição designada por Deus, e ensinar obediência a essa instituição como um dever sagrado, dentro de sua legítima esfera. Mas, quando suas exigências se chocam com as reivindicações de Deus, temos que obedecer a Deus de preferência aos homens. A Palavra de Deus precisa ser reconhecida como estando acima de toda a legislação humana. ...
“Não se exige que desafiemos as autoridades. Nossas palavras, quer faladas, quer escritas, devem ser cuidadosamente consideradas, para que não sejamos tidos na conta de proferir coisas que nos façam parecer contrários à lei e à ordem. Não devemos dizer nem fazer coisa alguma que nos venha desnecessariamente impedir o caminho” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 69).
Postado por Muniz de Albuquerque às 22:20
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4. “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei” (Rm 13:8). Como devemos entender este texto? Significa que, se tivermos amor, não teremos a obrigação de obedecer à lei de Deus?
Assim como Jesus, no Sermão do Monte, Paulo amplia neste texto os preceitos da lei, mostrando que o amor deve ser o poder motivador por trás de tudo que fizermos. Sendo a lei uma expressão do caráter de Deus, e Deus é amor, segue-se que o amor é o cumprimento da lei. Mas Paulo não substitui os preceitos detalhados com precisão pela lei por um padrão vago de amor, como alegam alguns cristãos. A lei moral ainda está em vigor, porque, novamente, é ela que assinala o pecado – e quem vai negar a realidade do pecado? Porém, a lei só pode ser obedecida verdadeiramente no contexto do amor. Lembre-se: alguns dos que levaram Cristo para a cruz correram em seguida para casa a fim de guardar a lei!
5. Que mandamentos Paulo cita para ilustrar o princípio do amor na guarda da lei? Por que ele menciona esses em particular?
Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor. Rm 13:9-10
Curiosamente, o amor não foi um princípio introduzido recentemente. Citando Levítico 19:18: “Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo”, Paulo mostra que o princípio era parte integrante do sistema do Antigo Testamento. Paulo apela para o Antigo Testamento a fim de apoiar sua pregação evangélica. Com base nesses textos, alguns argumentam que Paulo ensina que só os poucos mandamentos mencionados aqui estão em vigor. Nessecaso, isto significa que os cristãos podem desonrar os pais, adorar os ídolos e outros deuses diante de Deus? Claro que não!
Veja o contexto. Paulo está lidando com o relacionamento entre os cristãos. Ele trata de relações pessoais, e é por isso que especifica os mandamentos que se concentram nessas relações. Seu argumento certamente não deve ser interpretado como se invalidasse o restante da lei
Pelo que, julgo eu, não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e do sangue.At 15:19-20
pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro 1Ts 1:9
Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. 1Jo 5:21
Além disso, como os escritores do Novo Testamento assinalam, quando demonstramos amor aos outros, mostramos também amor a Deus
O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Mt 25:40
Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão1Jo 4:20-21
Pense em seu relacionamento com Deus e como este se reflete em suas relações com os outros. Qual é o papel do amor nessas relações? Como você pode aprender a amar aos outros do modo como Deus nos ama? O que o impede de fazer assim?
Postado por Muniz de Albuquerque às 22:17
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Façam isso, compreendendo o tempo em que vivemos. Chegou a hora de vocês despertarem do sono, porque agora a nossa salvação está mais próxima do que quando cremos” (Rm 13:11, NVI).
Como declaramos ao longo de todo o trimestre, Paulo tinha um enfoque muito específico nesta carta aos Romanos, e que devia esclarecer à igreja de Roma, especialmente ao cristãos judeus de lá, o papel da fé e das obras no contexto da Nova Aliança. O assunto era a salvação e como um pecador é considerado justo e santo diante do Senhor. Para ajudar aqueles que mantinham toda a ênfase na lei, Paulo pôs a lei em seu papel e contexto apropriado. Embora, idealmente, o judaísmo, mesmo nos tempos do Antigo Testamento, fosse uma religião de graça, o legalismo havia surgido e feito muito dano. Quão cuidadosos precisamos ser, como igreja, para não cometer o mesmo engano!
11 E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos.
12 Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz.
13 Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes;
14 mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências. Romanos 13:11-14.
6. De que evento Paulo está falando aqui, e como devemos agir na sua expectativa?
De que evento fascinante Paulo estava falando com os crentes, dizendo-lhes que despertassem e se aprontassem porque Jesus estava voltando! O fato de que isso foi escrito quase dois mil anos atrás não tem importância. Devemos viver sempre na antecipação da proximidade da vinda de Cristo. Até onde interessa a todos, mesmo até onde vão nossas experiências pessoais, a segunda vinda está tão próxima quanto o potencial de nossa própria morte. Seja na próxima semana, seja daqui a 40 anos, fecharemos os olhos na morte, e quer durmamos só quatro dias ou por 400 anos – não fará nenhuma diferença para nós. A próxima coisa de que teremos consciência é a segunda vinda de Jesus. Com a morte potencialmente sempre na próxima esquina para alguns de nós, o tempo é realmente breve, e nossa salvação está mais próxima do que quando cremos.
Embora, na carta aos Romanos, Paulo não trate muito da segunda vinda, nas epístolas aos Tessalonicenses e aos Coríntios ele trata disso com muito mais detalhes. Afinal, este é um tema fundamental na Bíblia, especialmente no Novo Testamento. Sem esse tema, e a esperança que oferece, realmente, nossa fé é sem sentido. Afinal, que significa “justificação pela fé” sem a segunda vinda para trazer essa verdade maravilhosa à plena realidade?
Se você soubesse com certeza que Jesus viria no mês que vem, o que você mudaria em sua vida, e por quê? Agora, se você crê que precisa mudar essas coisas um mês antes de Jesus vir, por que não mudá-las agora? Qual é a diferença?
Estudo adicional
Leia Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 66-69: “Explicação de Antigas Declarações”; Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 540, 541:
“Religiosidade Prática”; v. 6, p. 394, 395: “Nossa Atitude Para com as Autoridades Civis”; Patriarcas e Profetas, p. 352, 353: “O Tabernáculo e
Suas Cerimônias”; O Maior Discurso de Cristo, p. 49-51: “A
Espiritualidade da Lei”.
Na Bíblia, está revelada a vontade de Deus. As verdades da Palavra de Deus são proferidas pelo Altíssimo. Quem faz dessas verdades parte de sua vida, em todo sentido, torna-se nova criatura. Não lhe são concedidas novas faculdades mentais, mas é removida a escuridão, que pela ignorância e pecado, nublava a compreensão. As palavras: ‘... vos darei um coração novo’significam ‘porei dentro de vós um espírito novo’ (Ez 36:26). A mudança de coração é sempre seguida da visão clara do dever cristão, e da compreensão da verdade. Aquele que dá atenção fiel às Escrituras, acompanhada de oração, alcançará compreensão nítida e julgamento seguro, como se, ao voltar-se para Deus, houvesse alcançado nível mais elevado de inteligência” (Ellen G. White, Minha Consagração Hoje [MM 1989], p. 24).
“O Senhor voltará em breve, e precisamos estar preparados para encontrá-Lo em paz. Estejamos resolvidos a fazer tudo quanto estiver ao nosso alcance para comunicar luz aos que nos cercam. Não devemos estar tristes, mas animados, e ter o Senhor Jesus sempre perante nós. Ele virá logo, e devemos estar prontos e aguardando Seu aparecimento. Quão glorioso será vê-Lo e receber as boas-vindas como remidos Seus! Por muito tempo, estamos esperando; mas nossa esperança não deve diminuir. Se pudermos tão-somente ver o Rei em Sua formosura, seremos para sempre benditos. Tenho a sensação de que devesse exclamar alto: ‘Rumo ao lar!’ Estamos nos aproximando do tempo em que Cristo virá com poder e grande glória para levar Seus resgatados ao lar eterno” (Ellen G. White,Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 253).
Perguntas para consideração
1. Examine cuidadosamente em classe a pergunta no fim da lição de quinta-feira. Que respostas as pessoas deram, e como as justificaram?
2. A questão de como devemos ser bons cidadãos e bons cristãos pode, às vezes, ser muito complicada. Se alguém o procurasse buscando conselho sobre como agir conforme a vontade de Deus, embora entrasse em conflito com o governo, o que você diria? Que conselho você daria? Que princípios você deveria seguir? Por que esse assunto é algo em que devemos agir com extrema cautela, seriedade e oração? (Afinal, nem todos os que foram lançados na cova dos leões saíram incólumes.)
3. O que você acha que é mais difícil de fazer: manter rígida obediência à letra da lei ou amar incondicionalmente a Deus e os outros? Você diria que essa pergunta apresenta uma falsa dicotomia? Neste caso, por quê?
Postado por Muniz de Albuquerque às 22:14
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O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor. Romanos 13:10
Conhecer: Os resultados da fé sobre a nossa vida, refletindo-se na maneira de tratar os outros.
Sentir: Respeito e amor fraternal de uns para com os outros.
Fazer: Usar sabiamente os dons a serviço do corpo de Cristo.
Esboço
I. Dotados para o serviço
A. Por que nossa vida é uma oferta diária de adoração e obediência a quem deu a vida por nós?
B. Como essa oferta de obediência e adoração a Deus deve ser expressa em nosso comportamento diário?
C. Por que é tão importante cuidar do corpo de crentes em Cristo?
D. A maneira de nos relacionarmos uns com os outros é uma consequência de nossa fé no que Deus fez por nós.
II. O amor cumpre a lei
A. Como o sentimento de amor para com os outros se relaciona com as ações de amor?
B. O tratamento amável para com os outros é o cumprimento da lei.
C. Neste contexto, como o amor está relacionado com a fé?
III. Servindo ao corpo de Cristo
A. Cada um de nós recebeu um dom para servir e construir o corpo de Cristo
B.Quais dons são mais necessários em nossa igreja?
C-Como você pode usar amorosamente seus dons, ao mesmo tempo em que valoriza as contribuições dos outros?
Resumo: Nosso modo de valorizar, nutrir e servir aos outros é um ato espiritual de adoração. Quando aceitamos pela fé o dom gracioso de Deus, estendemos aos outros Seu amor e misericórdia e cumprimos os requisitos da lei de nos amar mutuamente.
O resultado de um relacionamento apropriado com Deus é um relacionamento satisfatório com a criação de Deus.
Referindo-se às causas primárias das divisões dentro da igreja romana, Paulo escreveu sua exposição mais completa quanto à natureza da redenção. Não existe motivo para superioridade dentro da igreja, porque tanto judeus como gentios recebem a salvação de idêntica maneira – confiando na obra de Cristo completa no Calvário para a expiação (perdão) dos pecados. Não existe caminho alternativo para o Céu, e nenhum montante de bondade terrestre pode comprar a salvação. Essa compreensão da redenção constitui a base da parte final do livro em que Paulo esboça os resultados práticos da graça de Deus em nossa vida. Ele discute a natureza de nosso relacionamento com outros fiéis, com nossos inimigos e com os governos terrenos. O amor, fator crucial, é o padrão pelo qual devem ser medidas todas as escolhas relativas aos relacionamentos. O amor é o padrão pelo qual essas escolhas serão julgadas. A lei pode definir os comportamentos superficiais, prontamente visíveis, mas só o amor define o coração.
Atividade de abertura: Pegue dois carros de brinquedo. O primeiro deve ter rodas em funcionamento, mas sem motor. O segundo deve ser um carro de controle remoto. Seria melhor que os carros tivessem aproximadamente o mesmo tamanho. Primeiro, comente as semelhanças de aparência. (Por exemplo, os dois têm rodas, chassi, parabrisa, parachoques, etc.) Por fora, eles são quase a mesma coisa. Depois, discuta as diferenças. (Por exemplo, um tem motor, outro, não; um tem uma fonte de energia, o outro, não; um tem controle remoto, etc.) Depois, compare o bom cidadão com o cristão controlado pelo Espírito. Primeiro, discuta as semelhanças de sua aparência e ações. Em seguida, comente as diferenças.
Pense nisto: Enquanto apreciamos as boas ações dos não conversos, o que o cristão tem e que falta a esses? Quando a estrada é fácil (em declive), o carro não motorizado pode correr, assim como o carro de controle remoto; mas só o que tem energia pode se mover no plano ou numa subida. Quando a estrada fica difícil, que vantagem tem sobre o bom cidadão o cristão que recebe o poder do Espírito?
Compreensão
Ao contrário de muitos ensinos mitológicos que existiam no mundo antigo, o ensino bíblico sempre se traduz em propósitos práticos. Ele existe para transformação, não só para entretenimento. A redenção é o catalisador de vidas transformadas. As relações não são somente melhoradas – elas são restauradas. Paulo passa a estabelecer os padrões que definem as metas de todo esforço cristão. Realizações impossíveis sem a prometida capacitação e controle espiritual de Deus se tornam realizações que se esperam de todo cristão sincero. Como seria diferente o mundo se os cristãos em todos lugares aceitassem essas advertências! Como o cristianismo se tornaria atraente se nossa vida refletisse esses valores?
Comentário bíblico
I. Sacrifício vivo
Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Rm 12:1-2
Alguns enxergaram o dualismo grego nos escritos de Paulo, supondo que seu espinho na carne e elevação de Espírito indicavam desprezo pelos aspectos físicos do ser. Nada pode estar mais longe da verdade. Esses versos destacam a importância de nosso corpo. Certamente, essa passagem reflete os rituais dos sacrifícios do templo por meio dos quais um animal limpo era sacrificado e oferecido ao Senhor. Paulo agora recomenda a seus leitores que ofereçam seus corpos como “sacrifício vivo”. Evidentemente, a referência de Paulo à palavra carne, representando metaforicamente a totalidade da existência humana sem Deus, não se destinava a depreciar a importância espiritual do corpo. Ao abrigar as faculdades mentais, sociais, físicas, emocionais e espirituais, o corpo está completamente submetido a Deus – “sacrificado”. No entanto, requer-se dos cristãos que ofereçam sacrifícios vivos, e não mortos.
Pense nisto: Quais são as implicações espirituais de alguém se tornar “sacrifício vivo”? De que forma esse oferecimento do eu a Deus representa nosso serviço lógico, racional ou razoável? Que características dos sacrifícios vivos bíblicos – Cristo e Isaque – podemos imitar?
II. Pensando de si mesmo
(Recapitule - Rm 12:3-21.)
Tendo se referido anteriormente ao fundamento das divisões na igreja, Paulo passa para a solução, que inclui humildade no serviço. Comparando com as epístolas aos Coríntios, descobrimos ênfases semelhantes: a unidade e importância de várias “partes do corpo” e a distribuição divina dos dons espirituais (charismata) concedidos aos fiéis para permitir um serviço amoroso (1Co 12:12-31). O serviço estendido além da hospitalidade aos fiéis inclui a bondade sacrifical para com os perseguidores dos cristãos. Sem dúvida, Paulo se lembrava de ter sido ele mesmo perseguidor dos fiéis, e da bondade destes para com ele. Essas habilidades foram dadas, não para glorificação própria mas para edificar e aumentar o reino de Deus.
Pense nisto: Qual é o resultado de uma atitude humilde e de serviço amoroso sobre uma congregação dividida? De onde deve se originar essa atitude? Como Deus vê os fiéis que não fazem uso de suas habilidades espirituais?
III. Relação para com o governo
(Recapitule Rm 13:1-7)
A responsabilidade cristã se estende às relações governamentais. Lembra-se do que Jesus disse: “Dai... a César o que é de César” (Mt 22:21)? Conta a lenda que um legislador do Texas exclamou: “Vamos deixar o governo fora de nosso negócio!” Só se pode esperar que o pastor dele tenha feito um sermão sobre essa passagem e corrigido sua atitude rebelde. Os governos são ordenados por Deus. Até mesmo governos ineficazes são preferíveis à anarquia.
A cooperação com as autoridades governamentais (inclusive o pagamento honesto dos impostos) faz parte do mandado ético dos cristãos. Obviamente, isso não inclui a perda dos valores espirituais nem a violação dos mandamentos divinos.
Pense nisto: Como determinar quais condições tornam incompatível o serviço tanto ao conselho divino como aos interesses nacionais? Sob essas circunstâncias, qual deve ser nossa atitude apropriada?
IV. Mais perto do que quando cremos
(Recapitule Rm 13:11-14.)
É interessante como costumamos nos comportar bem quando estamos perto das pessoas responsáveis pelo cumprimento da lei! Todo motorista que pretende conservar a habilitação reduz a velocidade quando avista um policial. Certamente, a proximidade dAquele que nos ama também traz à tona um comportamento submisso. Paulo cita a “proximidade”, a volta iminente de Cristo, como motivação para o viver justo. Portanto, “comportemo-nos com decência, como quem age à luz do dia, não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação, não em desavença e inveja” (v. 13, NVI).
Pense nisto: O que provê motivação mais forte para o viver cristão – a segunda vinda de Cristo ou Sua presença diária em nossa vida?
Aplicação
A incumbência humana de glorificar a Deus e viver em paz com as criaturas de Deus é descrita por uma palavra: amor. O comportamento humano, sendo influenciado por múltiplos fatores, deixa de revelar completamente o conteúdo do coração
Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade. Mt 7:22-23).
Frequentemente, esplêndidos “desempenhos” são motivados por propósitos egoístas. O comportamento e a aparência devem ser substituídos pela genuína religião do coração. A menos que nossa devoção ultrapasse em muito a pretensão dos fariseus, nunca entraremos no reino do Céu. Qualquer coisa que esteja abaixo do padrão de amor genuíno não é satisfatória nem a Deus nem para nós. Compare o amor genuíno com o ilegítimo no diálogo abaixo.
Atividade: Leia o diálogo entre o carro de controle remoto (CR) e o carro sem motor (SM).
SM – Ei, veja, amigo, sou um automóvel tão bom quanto qualquer outro. Você acha que é o único que vai para um museu de automodelos?
CR – Desculpe... Acho que devo pedir desculpas. Creia, o que eu disse não era para fazer você se sentir assim.
SM – Verdade? Ouvi sua conversa com o Austin-Healy na quinta-feira passada. ... Algo sobre um processo de conversão e instalação de motores e antenas grátis.
CR – Correto.
SM – Olhe, amigo, Estou tão elegante quanto você sem bagagem psicológica extra... Não preciso de material extra.
CR – Bem, falando só por mim mesmo, fiquei muito depressivo quando bati. Eu estava cansado de só parecer bom mas estar vazio por dentro. Movimentar-me era fácil na descida, mas na subida, nada – nem mesmo no plano. Foi quando ouvi aquela oferta de motor grátis, bateria recarregável grátis, antena grátis. Fui conferir e, desde então, não fui mais o mesmo.
SM – Você não é melhor do que eu. Temos o mesmo tamanho e sou muito mais brilhante.
CR – Não discuto isso. Mas nós, automóveis, fomos criados para algo mais que beleza. Fomos feitos para nos mover! Antes que fosse instalado meu motor com bateria, eu era só vazio por dentro. Agora, o fabricante guia cada movimento meu pelos sinais da antena. Nunca me senti tão satisfeito antes.
SM – (Pausa): Você acha que existe esperança para fusquinhas velhos como eu? Essa recessão foi pesada na minha garagem.
CR – Lembre-se, é grátis! Grátis! Compreende?
SM – Parece bem barato!
CR – Na realidade, é muito caro... mas o preço já foi pago. Pense nisto:
toda essa força dentro de mim é dirigida pelo próprio projetista.
SM – Conte comigo! Você é bom!
CR – Bem, na realidade, ele é bom.
Perguntas para reflexão
1. Como o cristão é recarregado?
2. Como ele recebe as orientações do Projetista?
3. Que experiência substitui a religião oca, voltada só para a aparência?
Criatividade
Como o amor cumpre a lei de Deus em nossa experiência de forma que nossa vida seja satisfatória para Deus e para nós? Discuta os dons espirituais no contexto da pergunta acima para introduzir a atividade final. Como Deus manifesta Sua aprovação quando utilizamos esses dons para Sua glória? Como a utilização de nossas habilidades traz satisfação pessoal?
Atividade: Releia Romanos 12:6-8; Faça uma lista dos vários dons mencionados. Tirem fotos de atividades que sintam que ilustram a lista de dons.
Postado por Muniz de Albuquerque às 22:11