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OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

OS DESTEMIDOS  GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO
A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Aleac inicia luta por reconhecimento e ajuda às vítimas do DDT




http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:GJu0se0B_wcJ:www.noticiasdahora.com/index2.php%3Foption%3Dcom_content%26do_pdf%3D1%26id%3D4356+DDT+e+a+luta+pela+vida&hl=pt-BR&gl=br&sig=AHIEtbSKIvtWzNtd9gFRd7oTh5avnnsTdg&pli=1
Aleac inicia luta por reconhecimento e ajuda às vítimas do DDT
Contribuição de Agência Aleac
12 de agosto de 2008
Última Atualização 13 de agosto de 2008
Entre todos os debates
trazidos à Aleac durante a gestão da atual Mesa Diretora, o presidente
da Casa, Edvaldo Magalhães, considerou o de ontem, dia 12, de longe, o que
mais valeu à pena. Com a presença de mais de 100 funcionários e
servidores aposentados da Funasa, a Aleac discutiu durante toda a
sessão o problema da contaminação dos antigos "guardas da Sucam" pelo
pesticida DDT [Dicloro-Difenil-Tricloroetano]. As vítimas, também
chamadas de combatentes da malária, já somam 49 mortos e, só em Rio
Branco, 13 estão mutilados. Mas, estima-se que são 500 e eles buscam na
Aleac apoio pelo reconhecimento oficial de que foram contaminados pela
substancia inseticida e para garantir o direito a tratamento, remédios
e indenizações.
A problemática foi exposta e debatida das 10 às 12h30min. Ao final, o
presidente Edvaldo Magalhães (PC do B), anunciou três providências a
serem tomadas já a partir da sessão desta quarta-feira, 13. Em primeiro
lugar, segundo ele, é preciso custear as despesas das viagens da
coordenação da comissão de funcionários até Brasília sempre que for
necessário.
-É preciso meter a mão no bolso. E a Assembléia vai ajudar no
deslocamento para as viagens para fora do Estado. E nós sabemos que
será um vai-e-vem em busca de ajuda para essa luta - afirmou.
Em seguida, Edvaldo determinou que a assessoria jurídica da Aleac
estude qual é ‘o instrumento legislativo' mais adequado para acelerar o
encaminhamento das questões com a chancela da Aleac.
Por fim, o presidente lembrou que a problemática dos servidores da
Funasa não se limita às fronteiras do Acre, devendo alcançar toda a
Amazônia, o que recomenda que a Aleac faça uma aliança com as bancadas
federais dos demais estados, incluindo os senadores e a Comissão da
Amazônia no Congresso Nacional.
"Quando
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a Aleac abre as portas para discussões, não é apenas para o público
assistir, para ficar só nos debates, mas para dar encaminhamentos. E
esta é um das sessões mais importantes desta legislatura", declarou
Edvaldo, para acrescentar em seguida.
‘Se tomarmos essas providências terá valido à pena esta vinda de vocês aqui na Assembléia".
O auditório da Aleac foi totalmente ocupado pelos servidores da Funasa
e ex-servidores da Sucam vestindo suas fardas cáqui, carregando suas
sacolas de lona amarela e até os velhos borrifadores de DDT. E um único
equipamento de proteção, o capacete que em nada impedia a inalação do
veneno.
O presidente da comissão de funcionários, Aldo Moura, explicou nunca os
trabalhadores foram orientados sobre a periculosidade do DDT. Tanto,
que usavam as vasilhas contaminadas para beber água e comiam o peixe
morto na água contaminada em que lavavam suas ferramentas de trabalho.
Também as esposas acabavam contaminadas quando lavaram suas fardas e
duas delas teriam morrido com câncer nas mãos.
Por isso, a comissão reivindica que o Governo Federal garanta a
realização de exames toxicológicos em todos aqueles que tiveram contato
com o DDT, incluindo suas mulheres.
Convidado para falar da Tribuna pelo presidente da Aleac, Edvaldo
Magalhães, Aldo Moura fez um relato contundente dos problemas e mostrou
um vídeo revelando o drama dos trabalhadores doentes em sua luta por
tratamento e compra de remédios.
"Estamos aqui pedindo socorro, queremos que nos ouçam", disse Aldo. Ele
explicou que, pelos levantamentos feitos por sua comissão, a partir de
2000, ficou claro que todos os servidores doentes, que vivem com
seqüelas ou que já morreram, possuem sintomas semelhantes, o que não
pode ser mera coincidência.
Um exemplo claro do que Aldo falava, estava sentado junto com os
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deputados no plenário: o aposentado Egídio Marques de Souza, 55 anos,
entrou carregado, pois, depois de 30 anos de serviço no combate a
malária, hoje sofre de epilepsia e tem a perna esquerda e o braço
direitos paralisados em virtude de um derrame. Como ele, semi
paralisados ou mutilados, há outros 12 ex-funcionários apenas em Rio
Branco. De 2000 a 2008, foram 34 mortos.
A exposição de Aldo comoveu o plenário. De presença simples, mostrou
força nos argumentos e abundância de vocabulário. No vídeo, um
funcionário fazia às vezes de entrevistador e comentarista. Sobre um
saco de DDT, o comentarista narra: "Este era nosso companheiro de todos
os dias...dormíamos juntos...hoje está em nosso sangue e em nossa
estrutura óssea".
Depoimento dos Deputados
Walter Prado
Quero que o Estado faça a parte dele, pois, já estamos atrasados nessa
questão. Pessoas já morreram e já tem mais ou menos um ano que os casos
começaram a vir a público. É preciso dar às vítimas e suas famílias
esperança e soluções. Esta é uma causa que deve ser abraçada por todos
os parlamentares, não importa se é governista ou da oposição, todos nós
temos que estar unidos em defesa destas pessoas doentes. Já conseguiu,
nesta terça-feira, 12, colher as assinaturas necessárias para a criação
da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a
responsabilidade da contaminação pelo inseticida DDT.
Juarez Leitão
É preciso que a gente, para ter alguma solução no presente,
mergulhe no passado. Fui muitas vezes visitado pelos agentes. Quem
ajudou a salvar vidas é que agora precisa de apoio. Não tenho dúvida do
respeito que vocês têm pela sociedade, colocando a vida em risco para
combater a malária. Estamos à disposição para ajudar vocês no que
puder.
Luiz Gonzaga
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Parabenizo a Assembléia Legislativa por esta oportunidade de debater os
problemas. A reivindicação de vocês é justa pelo trabalho que
desenvolveram na Amazônia, deixando as famílias e os amigos para subir
os rios borrifando DDT. Essas pessoas adoeceram trabalhando. Então, é
justo que o Estado cumpra seu papel e indenize as vítimas, essas
pessoas merecem isso.
Donald Fernandes
Esse caso precisa de justiça e reparação, ainda que com atraso. Muitos
dos que morreram poderiam estar aqui conosco, mas por descuido do
Estado foram prejudicados. Vocês deram a vida para que a nossa vida
fosse salva. Espero que essa luta seja vencida de forma rápida para que
os que ainda estão vivos possam permanecer assim por muitos anos.
Moisés Diniz
Na verdade vocês saíram de uma guerra e nesses conflitos que
enfrentaram tiveram mais perdas que nas guerras convencionais. Um terço
de vocês faleceu. Nós, os 24 deputados, só podemos pedir perdão, pelos
políticos do Brasil, pelos políticos do Acre, especialmente nos tempos
em que vocês foram envenenados. Podem ter certeza de que a Assembléia
Legislativa do Acre vai fazer tudo que estiver ao seu alcance para
auxiliá-los.
Luiz Calixto
A culpa pela contaminação não é do DDT, mas de quem permitiu o seu uso
por funcionários sem treinamento e sem equipamentos de segurança. Mas
não vamos politizar esta luta. Este é um problema de todos, mas o
Estado – e não o partido – é o responsável pela assistência às vítimas.
Taumaturgo Lima
Os soldados da Sucam salvavam milhares de vidas sem saber
que o produto que usavam os levaria à morte. Por isso, aqui, com todos
os deputados, vamos encontrar um caminho e criar alternativas mais
rápidas e eficazes para solucionar o problema, pois estamos lutando por
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vidas.
N Lima
O DDT foi fundamental no combate à malária, mas o culpado foi o governo
que não ofereceu condições de trabalho seguro a estes agentes. O
Estado, e não só a União, tem culpa na atual situação de lamúria destas
pessoas, pois não oferece um tratamento de saúde digno.
Idalina Onofre
Muitas pessoas estão passando por sérias
dificuldades financeiras, pois o pouco dinheiro que recebem é destinado
à compra de seus remédios. Muitas das pessoas contaminadas no interior
vieram procurar um melhor tratamento na capital, mas sem dinheiro
passam por sérias dificuldades.
Chagas Romão
Nós iremos abraçar a causa dos contaminados, se for necessário ir a
Brasília para lutar em defesa destas pessoas nós iremos. Caso seja
preciso criar um CPI será criada. Muitas destas pessoas têm sofrido por
conta do descaso da saúde pública estadual.
Helder Paiva
O Estado não pode ficar de braços cruzados diante
dessa situação. Mesmo de forma atrasada temos que resolver este
problema. Esta causa é mais do que nobre, Os “mata-mosquitos” são
verdadeiros heróis.
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Funasa é acusada de omissão ao não reconhecer penúria dos contaminados

Funasa é acusada de omissão ao não reconhecer penúria dos contaminados - 24/03/2009

Local: Rio Branco - AC
Fonte: A Gazeta
Link: http://www.agazeta-acre.com.br/ 

http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=304710

Resley Saab
Eles se utilizam de artifí-cios covardes, humilham trabalhadores, forjam exames e retardam a verdade".  Estas são algumas das palavras usadas pelo advogado goiano Wolmy Barbosa de Freitas, para adjetivar o que ele classifica de "imoralidade da Fundação Nacional de Saúde", a Funasa com relação ao tratamento que vem sendo dado às vítimas do Dicloro-Difenil-Tricloroetano, o DDT.
Os artifícios sórdidos praticados pela Funasa para reconhecer o drama dos que padecem com a infecção pelo pesticida DDT - largamente usado na década de 70 pelos ex-guardas da Sucam no combate à malária - encontram guarida apenas nas juntas médicas maquiadas e na falta de padecimento pelos que estão morrendo, segundo Barbosa de Freitas.
A direção da Funasa, por meio de sua Assessoria de Imprensa, afirma no entanto que foi feita uma lista de procedimentos perante o Ministério Público Federal, na qual se compromete a cumprir o que fora estabelecido pelo MPF.  "A Funasa não vai se pronunciar sobre isso, enquanto todo o processo não for concluído", afirmou o jornalista Ezí Melo, da assessoria de imprensa da Instituição.
O advogado prossegue: "queremos que a população, por meio da imprensa, se sensibilize com as atrocidades que a Funasa vem fazendo ao relutar em reconhecer que errou, e que desgraçou milhares de trabalhadores honestos, que querem hoje apenas o que lhes são de direitos, uma vida mais digna e condições para custear o seu tratamento".  Em entrevista à Agência Agazeta.net, afirma ter cerca de mil clientes contaminados pelo DDT.
Ao seu lado estava José Cardoso Rocha, de 67 anos, acompanhado do filho, Jairo, que acusa a junta médica da Funasa de humilhá-lo, durante exames realizados em agosto de 2007.
"Eu economizei cinco meses para viajar à Belém com o objetivo de fazer os exames para o laudo toxicológico e depois de pronto, o médico me disse que não servia para nada, ao não ser embolar e jogar no mato", relembra Cardoso Rocha.
Ele até poderia, simplesmente, "jogar no mato", poderia, se o laudo não atestasse 11,77 ug/dl, a unidade de grandeza da contaminação, cujo índice tolerável no organismo não passa de 3 ug/dl.
Em outro laudo emitido pela junta médica da Funasa, o médico-chefe, cujo nome o advogado de seu José Cardoso Rocha resolveu omitir, afirma que o estado de saúde do paciente é normal, com "força muscular e coordenação normal" e apenas com "sinal de artrose", o enfraquecimento dos ossos.
O laudo da Funasa vai mais além: diz que o paciente está apenas abalado emocionalmente e que chorou durante os exames.  Sobre isso, o próprio paciente afirma: "Me humilharam o quanto puderam, me disseram que não tinha direito nenhum e que eu estava muito bem, porque não tinha nada de ruim com minha saúde", acusa Cardoso Rocha.
Curiosamente, em uma outra clínica de Brasília, chamada de "Dr.  Brasil", outro laudo toxicológico comprova índice muito mais alto de contaminação do que o primeiro laudo da Funasa, com um índice de 40 ug/dl.  Os exames feitos em unidades particulares também comprovam que a vítima sofre de poliartrose, ou seja, tem comprovadamente, enfraquecimento dos ossos, além de espondiolartrose lombar, que seriam problemas relacionados com a coluna cervical, em decorrência dos muitos anos que Cardoso transportou a bomba carregada de DDT.  (AGAZETA.NET)
Efeitos amargos da contaminação O processo de seu José Cardoso na Justiça está em grau de recurso, já foi ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o TRF1 e agora espera julgamento de tutela antecipada com pedido de liminar para que a União pague o seu tratamento.
Em 1984, ele se recorda, eles conviviam com veneno nos acampamentos e a água que bebiam, uma vez ou outra, acabava sendo contaminada também.  "Mas como ninguém nunca nos alertou sobre o risco, achávamos que não haveria problema algum para a nossa saúde", lembra.
Agora, ele amarga os efeitos da contaminação.  Sente falta de sono, perdeu a visão direita, está quase perdendo a da esquerda, não suporta ficar sentado muito tempo, nem tampouco em pé.  Sente náuseas constantes e até chegou a se perder ao sair de casa só, após uma crise de tontura.
"Posto isso tudo, é um absurdo o que fazem com o meu pai e com muitos outros que estão na mesma infelicidade", protesta o filho Jairo Cardoso.
"Esta é uma atitude covarde por parte da Funasa, que ao invés de reconhecer, ignora a situação pela qual eles estão passando", lamenta o filho.
Inseticida já matou 44 pessoas em oito anos O inseticida, usado em larga escala nos anos 70, sem qualquer cuidado ou orientação, provocou sequelas irreparáveis no organismo desses servidores.  Desde problemas neurológicos que ocasionam a perda dos movimentos, até câncer de pele e outras doenças, que os afastaram do trabalho.
Nos últimos oito anos, 44 agentes já morreram em decorrência da contaminação Dezenas ainda aguardam pelo socorro.
No início desse mês, cerca de 200 exames foram rea-lizados no Instituto Evandro Chagas, em Belém, cujos primeiros 22 foram apresentados e analisados por uma equipe de especialistas da Fundação Hospitalar do Acre.
Caso DDT
Contaminados pelo DDT agradecem apoio da Aleac
Cerca de 50 ex-guardas da Sucam, a atual Funasa, estiveram na Aleac durante a sessão de terça-feira agradecendo o apoio que têm recebido dos parlamentares em sua luta por reparações à intoxicação por DDT que sofreram durante combate ao mosquito da malária nas décadas de 70 e 80, especialmente.  O presidente da Casa, deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), suspendeu a sessão logo após o pequeno expediente para ouvir uma comissão de ex-guardas.  "Uma vez que a Aleac participou ativamente da campanha para que eles fossem reconhecidos como vítimas, agora vamos saber como estão os desdobramentos, as conquistas e ver como a Casa pode continuar ajudando, afinal esta é uma causa do Acre", comentou Edvaldo Magalhães.
O presidente da comissão "DDT e a Luta Pela Vida", Aldo Moura, explicou que o objetivo da visita era agradecer ao empenho dos parlamentares, pois em seu entendimento, a Assembléia os abraçou como um pai abraça a um filho.  "Os parlamentares esqueceram suas siglas partidárias e se uniram todos em prol de uma causa social e justa", afirmou Aldo.  Ele lembrou que uma comissão foi criada na Aleac, composta pelos deputados Walter Prado (PSB), Idalina Onofre (PPS), Donald Fernandes (PSDB), Chico Viga (PT) e Josemir Anute (PR).  "Eles percorreram os municípios colhendo entrevistas com os companheiros contaminados e este trabalho resultou num belíssimo relatório", relatou Aldo.
Outro membro da comissão, José da Rocha Viana, declarou que, assim como veio pedir ajuda na Aleac, é justo que venha agradecer.  Viana lembrou que, graças ao encaminhamento da Aleac, hoje as vítimas de contaminação já têm uma amostragem dos níveis de intoxicação.  "Se antes apenas suspeitávamos, hoje temos esta confirmação em 80% dos casos dos companheiros que fizeram os exames", disse.
"Nós denunciamos uma dor e dissemos onde doía encontrando guarida nesta Casa.  E estamos pedindo socorro.  Eu tenho medo de morrer e pode ser de outra coisa, mas sei que meu carrasco é o DDT", declarou.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais, Noel Chaves, também participou da reunião, lembrando que a entidade está contri-buindo com a luta dos ex-guardas.  Segundo ele, os trabalhadores foram vítimas de uma das tantas políticas erradas implementadas pelo Governo Federal na Amazônia.
Vários outros integrantes da comissão deram depoimentos durante a visita, todos lembrando que um dia trabalharam para a prevenção da saúde dos acrea-nos e acabaram perdendo as suas saúdes por conta disso.

DDT: ex-guardas reconhecem esforço do Governo em amparar vítimas da exposição ao veneno


DDT: ex-guardas reconhecem esforço do Governo em amparar vítimas da exposição ao veneno

http://www.agencia.ac.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=7337&Itemid=285
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Escrito por Edmilson Ferreira   
19-Fev-2009
Governador Binho Marques vai se reunir com dirigentes nacionais da Funasa para discutir a situação dos agentes que combatiam a malária no Acre 
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Durante reunião com a Comissão, Secretário de Saúde Osvaldo Leal garantiu o apoio e assistência ao ex-guardas da extinta Sucam (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
O Governo do Acre, através da Secretaria de Estado de Saúde, acatou todas as recomendações da Procuradoria Geral da República feitas em setembro do ano passado em atenção aos guardas de endemias da antiga Sucam (atual Fundação Nacional de Saúde) que alegam portar problemas de saúde decorrentes da exposição ao DDT, inseticida que no passado foi utilizado no combate à malária. A comissão dos ex-guardas reconhece o acompanhamento feito pela secretaria de saúde. "O Estado tem prestado toda assistência e estamos gratos por isto", disse Aldo Moura, presidente da Comissão DDT e a Luta Pela Vida, que representa as vítimas.Nesta quarta-feira, 18, chegou o primeiro lote de 22 dos 200 exames coletados pelo governo do Estado e realizados no Instituto Evandro Chagas, de Belém (PA). Os resultados serão apresentados e analisados a partir do dia três de março por uma equipe de especialistas da Fundhacre.  O secretário de saúde, Osvaldo Leal, se reuniu nesta quinta-feira, 19, com a comissão dos ex-guardas da antiga Sucam e garantiu que todos os procedimentos poderão ser acompanhados por eles que também podem ajudar a definir as medidas que serão adotadas. "O secretário de Saúde, Osvaldo Leal sempre foi sensível e aberto ao diálogo, atendeu a gente nos momentos mais difíceis", afirmou Aldo durante a reunião.
Também nesta quinta-feira o governador Binho Marques conversou por telefone com a presidência da Funasa e agendou uma reunião com dirigentes da instituição para discutir as próximas ações que serão realizadas com base nas informações desses primeiros resultados.
Outra ação realizada pelo Governo do Estado é a coleta de amostras para exames de todos os homens que trabalharam no combate à malária no Acre entre 1968 e 1995. No total são 380 pessoas. A próxima etapa vai acontecer no Vale do Juruá.
O objetivo da comissão, segundo ele, é garantir primeiramente tratamento de saúde para todas as vítimas. "A medida em que cada exame for analisado, será iniciado o tratamento inclusive para causas não associadas ao DDT", disse Leal que também anunciou que está sendo criado um ambulatório especializado para atender as pessoas que foram expostas ao Inseticida. "Toda terça-feira pela manhã, a partir do dia 03 de março, eles terão atendimento prioritário em um dos ambulatórios da Fundhacre", afirmou.
DDT é a sigla de diclorodifeniltricloretano, inseticida que foi  largamente utilizado no combate ao mosquito anopheles, transmissor da malária, durante décadas no Brasil, especialmente nos Estados da Amazônia.

Atualizado em ( 19-Fev-2009 )

Relatório constata morte de 114 contaminados por DDT


Relatório constata morte de 114 contaminados por DDT

A Gazeta - AC - 31 de outubro.
Em relatório de 33 páginas, produzido depois de 60 dias de investigações, a Comissão de Direitos Humanos da Aleac concluiu que os servidores da extinta Sucam que manipulavam o DDT, inseticida usado no combate ao mosquito da malária, sofreram contaminação e devem ser indenizados por danos materiais e morais. Os dados mostram que 114 pessoas já morreram. Segundo o relatório, as vítimas devem receber pensão mensal vitalícia e 13o salário.
O relatório também defende que os contratos provisórios dos que ainda trabalham em área de risco na Funasa sejam transformados em contratos efetivos e que os demitidos que estiverem contaminados sejam readmitidos, mesmo que através do Plano de Demissão Voluntária.
O relatório foi entregue na sessão de ontem, pelo deputado Walter Prado (PSB), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Aleac, para o presidente da Mesa Diretora, Edvaldo Magalhães (PCdoB). Edvaldo anunciou que vai encaminhar o documento para a Câmara Federal e o Senado, além de outros órgãos federais para que as vítimas da contaminação possam exigir direitos de reparação pelos danos.
Para concluir o relatório, a Comissão ouviu 171 pessoas entre servidores, suas esposas e viúvas em Rio Branco e no interior. O documento traz depoimentos e fotos contundentes de vítimas, algumas mutiladas e paralisadas. O primeiro depoimento é do aposentado Mário Wilson de Oliveira, de 53 anos, considerado o caso mais grave entre os contaminados, que morreu enquanto os deputados faziam o levantamento.   Prado agradece empenho de deputados
O deputado Walter Prado fez questão de agradecer o empenho dos outros deputados que compõem a Comissão de Direitos Humanos: Donald Fernandes (PSDB), Idalina Onofre (PPS), Chico Viga (PT) e Josemir Anute (PR).
O deputado ainda reservou um especial agradecimento para as servidoras da Aleac que fazem assessoria para as comissões: Rosana Cavalcanti, Doricélia Taumaturgo e Evelena Cardoso, assim como o fotógrafo Odair Leal, a quem coube produzir o que Prado considera como prova material dos danos causados pelo DDT aos trabalhadores da Sucam, atualmente a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).   “DDT e a Luta pela Vida” participa de sessão
A sessão foi acompanhada por representantes da comissão “DDT e a Luta Pela Vida”, presidida pelo servidor da Funasa Aldo Moura. De acordo com Antonio Paiva, um dos membros da comissão, desde 1994 morreram 104 servidores, dos quais 43 apresentavam sintomas de contaminação por DDT: problemas neurológicos, derrames e paralisia de membros. “Não tenho dúvidas de que produzimos provas suficientes para afirmar que as mortes desses trabalhadores estão relacionadas com o manuseio de DDT e que muitos ainda estão sofrendo sem assistência do Estado”, declarou o deputado Walter Prado.   “Edvaldo elogia reportagem de A GAZETA e diz que trabalho ainda não terminou”
Ao comentar a conclusão do relatório, o presidente da Aleac, Edvaldo Magalhães, lembrou que o caso das vítimas do DDT entrou na pauta do parlamento graças a uma reportagem aprofundada sobre o problema de autoria do jornalista Silvio Martinello, do jornal “A GAZETA”. Também lembrou que o tema foi abordado pela jornalista Dulcinéia Azevedo, do portal de notícias “Ac24horas.com”. “Agradeço aos deputados que encontraram disposição para produzir este relatório mesmo estando em um período eleitoral e tendo que se afastar de seus municípios; agradeço aos servidores da Casa, sem os quais isso não seria possível e agradeço aos trabalhos jornalísticos dos profissionais que fizeram repercutir a causa dos servidores da Funasa para provocar o debate neste parlamento”, declarou o presidente, mencionando Silvio e Dulcinéia.
Edvaldo lembrou, porém, que o trabalho ainda não terminou. Ele informou que vai encaminhar o relatório para a Comissão da Amazônia da Câmara Federal, ao Ministério Público Federal, à Funasa e ao Governo Estadual. O presidente lembrou que já tratou do tema com o governador Binho Marques (PT), que demonstrou preocupação e interesse em montar uma equipe de especialistas para mergulhar no problema e fazer uma investigação para tornar os casos do Acre um exemplo para o Brasil, já que deve haver muitas outras vítimas na região Amazônica.
O presidente da Aleac também destacou o papel fundamental desempenhado pela comissão de servidores da Funasa, denominada “DDT e a luta pela vida”, que esteve acompanhando os deputados da Comissão de Direitos Humanos nas reuniões e au-diências para apurar o caso. “Sem o trabalho desses companheiros essa questão jamais teria a atenção necessária da sociedade”, destacou Edvaldo.

Deu na Folha: Acre apura 50 mortes por contaminação atribuída ao DDT


 

E-mail: dep.perpetuaalmeida@camara.gov.br


9/21/2008 12:06:28 PM
Deu na Folha: Acre apura 50 mortes por contaminação atribuída ao DDT
Informações foram levantadas pela Assembléia Legislativa do Acre. Casos repercutem negativamente contra a Funasa (extinta Sucam), que não reconhece culpa e se mantém indiferente.
Por: De Fabiano Maisonnave, da Folha de S. Paulo:
Na foto extraída do Blog do deputado Edvaldo Magalhães, imagens dos "mata-mosquitos", combatentes da malária, sem equipamentos de segurança: número de acreanos mortos já soma 50


Levantamento realizado pela Assembléia Legislativa do Acre e do grupo DDT e a Luta pela Vida mostra que, desde 1994, ao menos 50 pessoas morreram devido ao envenenamento pelo inseticida.
O funcionário da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) Dejacir Américo de Souza, 63, é um dos 450 casos de ex-agentes da extinta Sucam (Superintendência de Combate à Malária) com suspeita de contaminação.
Os chamados guardas da malária chegavam a passar seis meses na selva amazônica para combater a doença. Segundo a deputada estadual Idalina Onofre (PPS-AC), da comissão parlamentar que apura os casos de contaminação, diz que eles não receberam nenhum treinamento para lidar com o DDT.
A Funasa diz que não reconhece que tenha havido contaminação, mas que o governo federal se compromete a fornecer o tratamento adequado se houver a comprovação
No plenário da Câmara Municipal, Dejacir Américo de Souza, 63, agarra o microfone com as duas mãos para conter o tremor. É um dos sintomas que o funcionário da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) atribui aos 15 anos em que manipulou DDT, quando viaja pela floresta amazônica por até seis meses combatendo a malária.
Morador de Brasiléia (230 km de Rio Branco), Dejacir é um dos cerca de 450 casos de funcionários da extinta Sucam (Superintendência de Combate à Malária) com suspeita de envenenamento pelo inseticida no Acre. Outros 50 teriam morrido por esse motivo desde 1994, mostra levantamento da Assembléia do Acre e do grupo DDT e a Luta pela Vida, criado por supostas vítimas.
Há 42 anos na ativa, Dejacir entrou no combate à doença em 1967, antes mesmo da Sucam -naquele tempo era a CEM (Campanha de Erradicação de Malária). No depoimento, diz, que foi admitido sem exame médico. "Eles só me perguntaram: "Você sabe nadar, você sabe passar três dias com fome´", afirmou durante a sessão realizada anteontem.
"As pessoas que resistiam são as que tinham sangue no olho. Tinha que estar disposto a passar fome, a passar por cima do que fosse par fazer o trabalho", diz no seu depoimento Raimundo de Souza, outro ex-funcionário da Sucam com suspeita de envenenamento.
Tidos como heróis no Acre, os chamados guarda da malária eram facilmente reconhecidos pelo uniforme bege e o capacete de alumínio. Embrenhados na selva por até seis meses carregando mochilas que chegavam a 45 kg, comiam e dormiam nas casas de seringueiros ou na floresta. Para ilustrar como o lugar era longe, costuma-se dizer no Acre que "nem a Sucam havia chegado".
"Ficava meses na floresta e estava casado com mulher nova. Peguei foi muito chifre, essa é a verdade", brinca o guarda da malária Evilásio Meireles, 56. "Eu só fui conhecer a minha filha quando ela já tinha três meses", conta Dejacir.
Se sobrava empenho no trabalho, falta conhecimento sobre o até hoje controvertido DDT (diclorodifeniltricloroetano), um inseticida altamente eficiente contra mosquitos, mas que já foi banido por vários países, entre os quais os EUA. No Brasil, o governo federal deixou de utilizá-lo em 2002.
"Eles não tiveram nenhum treinamento", diz a deputada estadual Idalina Onofre (PPS-AC), integrante da comissão parlamentar que já colheu cerca de 140 depoimentos em 11 cidades do Estado.
Os depoimentos de Brasiléia revelam mal uso do produto. "Muitas vezes, a mãe da criança vinha com um negócio de piolho, coceira, e eu inocentemente dava banho de DDT naquela criança", lembra Dejacir.
Outro funcionário da extinta Sucam, Antonio dos Reis conta que, ao lavar seus equipamentos nos igarapés, vários peixes morriam. "E automaticamente, a gente comia."
A falta de habilidade com o produto não se restringia aos guardas da malária. O médico da Sucam Edson Chaves costumava colocar DDT num copo de água e beber para mostrar que o inseticida era inofensivo. Hoje, de acordo com a deputada Onofre, ele está entre os suspeitos de intoxicação.
Onofre diz que os casos suspeitos apresentam sintomas parecidos: tremor parecido ao mal de Parkinson, problemas no sistema nervoso e dor nas articulações. Em média, esses funcionários ficaram expostos ao DDT por dez anos.
Dejacir reclama de dor nas mãos, no estômago, na vesícula, na nuca e na cabeça. Diz que sua mulher e sua filha apresentam sintomas semelhantes. Ele acredita que todos estejam contaminados porque sua casa servia de depósito do DDT.
Exames
A comissão registrou apenas seis funcionários que fizeram exame de contaminação -sempre com resultado positivo. Em todos esses casos, os guardas da malária tiveram de pagar do próprio bolso para viajar e fazer o exame em Brasília.
Na sessão de anteontem um guarda da malária contou ter contraído um empréstimo de R$ 8.000 para fazer o exame.
Já outro colega disse que utilizou as passagens ganhas de um deputado para ver a formatura do filho na Paraíba para viajar até o Distrito Federal.
Outro lado
Herdeira dos funcionários da antiga Sucam, a Funasa se comprometeu, na última sexta, em reunião com o Ministério Público Federal, em Rio Branco, a realizar um exame específico em todos os guardas da malária suspeitos de intoxicação pelo DDT.
Representante nacional da Funasa na reunião, o diretor de Recursos Humanos, Adalberto Fulgêncio, disse que não reconhece que tenha havido casos de intoxicação por DDT no Acre, mas que o governo federal se compromete a fornecer o tratamento adequado se houver a comprovação por exame de cromatografia gasosa.
Segundo ele, baseado em casos semelhantes ocorridos em outros Estados do país, há poucas possibilidades de que se trata de intoxicação por DDT.
"Ele [o DDT] não entra pela epiderme nem pela via nasal, tem de ser ingerido", diz Fulgêncio.
Ele afirmou que já foram realizados 119 exames no Adolfo Lutz, e todos resultaram em negativo. Além disso, a Funasa anulou todas as decisões liminares que a obrigavam a pagar despesas por suspeita de intoxicação.



Fonte: Uol
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O funcionário da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) Dejacir Américo de Souza, 63, é um dos 450 casos de ex-agentes da extinta Sucam (Superintendência de Combate à Malária) com suspeita de contaminação. Os chamados guardas da malária chegavam a passar seis meses na selva amazônica para combater a doença. Segundo a deputada estadual Idalina Onofre (PPS-AC), da comissão parlamentar que apura os casos de contaminação, diz que eles não receberam nenhum treinamento para lidar com o DDT. A Funasa diz que não reconhece que tenha havido contaminação, mas que o governo federal se compromete a fornecer o tratamento adequado se houver a comprovação No plenário da Câmara Municipal, Dejacir Américo de Souza, 63, agarra o microfone com as duas mãos para conter o tremor. É um dos sintomas que o funcionário da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) atribui aos 15 anos em que manipulou DDT, quando viaja pela floresta amazônica por até seis meses combatendo a malária. Morador de Brasiléia (230 km de Rio Branco), Dejacir é um dos cerca de 450 casos de funcionários da extinta Sucam (Superintendência de Combate à Malária) com suspeita de envenenamento pelo inseticida no Acre. Outros 50 teriam morrido por esse motivo desde 1994, mostra levantamento da Assembléia do Acre e do grupo DDT e a Luta pela Vida, criado por supostas vítimas. Há 42 anos na ativa, Dejacir entrou no combate à doença em 1967, antes mesmo da Sucam -naquele tempo era a CEM (Campanha de Erradicação de Malária). No depoimento, diz, que foi admitido sem exame médico. "Eles só me perguntaram: "Você sabe nadar, você sabe passar três dias com fome´", afirmou durante a sessão realizada anteontem. "As pessoas que resistiam são as que tinham sangue no olho. Tinha que estar disposto a passar fome, a passar por cima do que fosse par fazer o trabalho", diz no seu depoimento Raimundo de Souza, outro ex-funcionário da Sucam com suspeita de envenenamento. Tidos como heróis no Acre, os chamados guarda da malária eram facilmente reconhecidos pelo uniforme bege e o capacete de alumínio. Embrenhados na selva por até seis meses carregando mochilas que chegavam a 45 kg, comiam e dormiam nas casas de seringueiros ou na floresta. Para ilustrar como o lugar era longe, costuma-se dizer no Acre que "nem a Sucam havia chegado". "Ficava meses na floresta e estava casado com mulher nova. Peguei foi muito chifre, essa é a verdade", brinca o guarda da malária Evilásio Meireles, 56. "Eu só fui conhecer a minha filha quando ela já tinha três meses", conta Dejacir. Se sobrava empenho no trabalho, falta conhecimento sobre o até hoje controvertido DDT (diclorodifeniltricloroetano), um inseticida altamente eficiente contra mosquitos, mas que já foi banido por vários países, entre os quais os EUA. No Brasil, o governo federal deixou de utilizá-lo em 2002. "Eles não tiveram nenhum treinamento", diz a deputada estadual Idalina Onofre (PPS-AC), integrante da comissão parlamentar que já colheu cerca de 140 depoimentos em 11 cidades do Estado. Os depoimentos de Brasiléia revelam mal uso do produto. "Muitas vezes, a mãe da criança vinha com um negócio de piolho, coceira, e eu inocentemente dava banho de DDT naquela criança", lembra Dejacir. Outro funcionário da extinta Sucam, Antonio dos Reis conta que, ao lavar seus equipamentos nos igarapés, vários peixes morriam. "E automaticamente, a gente comia." A falta de habilidade com o produto não se restringia aos guardas da malária. O médico da Sucam Edson Chaves costumava colocar DDT num copo de água e beber para mostrar que o inseticida era inofensivo. Hoje, de acordo com a deputada Onofre, ele está entre os suspeitos de intoxicação. Onofre diz que os casos suspeitos apresentam sintomas parecidos: tremor parecido ao mal de Parkinson, problemas no sistema nervoso e dor nas articulações. Em média, esses funcionários ficaram expostos ao DDT por dez anos. Dejacir reclama de dor nas mãos, no estômago, na vesícula, na nuca e na cabeça. Diz que sua mulher e sua filha apresentam sintomas semelhantes. Ele acredita que todos estejam contaminados porque sua casa servia de depósito do DDT. Exames A comissão registrou apenas seis funcionários que fizeram exame de contaminação -sempre com resultado positivo. Em todos esses casos, os guardas da malária tiveram de pagar do próprio bolso para viajar e fazer o exame em Brasília. Na sessão de anteontem um guarda da malária contou ter contraído um empréstimo de R$ 8.000 para fazer o exame. Já outro colega disse que utilizou as passagens ganhas de um deputado para ver a formatura do filho na Paraíba para viajar até o Distrito Federal. Outro lado Herdeira dos funcionários da antiga Sucam, a Funasa se comprometeu, na última sexta, em reunião com o Ministério Público Federal, em Rio Branco, a realizar um exame específico em todos os guardas da malária suspeitos de intoxicação pelo DDT. Representante nacional da Funasa na reunião, o diretor de Recursos Humanos, Adalberto Fulgêncio, disse que não reconhece que tenha havido casos de intoxicação por DDT no Acre, mas que o governo federal se compromete a fornecer o tratamento adequado se houver a comprovação por exame de cromatografia gasosa. Segundo ele, baseado em casos semelhantes ocorridos em outros Estados do país, há poucas possibilidades de que se trata de intoxicação por DDT. "Ele [o DDT] não entra pela epiderme nem pela via nasal, tem de ser ingerido", diz Fulgêncio. Ele afirmou que já foram realizados 119 exames no Adolfo Lutz, e todos resultaram em negativo. Além disso, a Funasa anulou todas as decisões liminares que a obrigavam a pagar despesas por suspeita de intoxicação. Fonte: Uol Desenvolvedor: Insist - Informática e Sistemas Ltda - Copyright © 2007 - Todos os direitos reservados
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