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OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

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A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Congresso Aprova Aumento Para STF E, Com Isso, Amplia O Teto Salarial De Todos Os Servidores Públicos


BSPF     -     08/11/2018


Aumento de 16,3% em salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal terá efeito cascata


O plenário Senado Federal decidiu no começo da noite desta quarta-feira aumentar em 16,3% os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Com o aumento, os salários passarão dos atuais R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil, a partir do começo do ano que vem.


Mas não são só os ministros do STF que serão beneficiados. O salário deles serve de base de cálculo para a remuneração dos demais magistrados (juízes e desembargadores). Por isso, o aumento custará ao menos R$ 1,7 bilhão para a União no ano que vem, segundo uma nota técnica divulgada nesta quarta-feira pela Consultoria de Orçamento do Senado. Nos Estados, o impacto deve ser ainda maior.


Além disso, os salários do STF também representam o chamado "teto constitucional": nenhum servidor público pode ganhar mais que os ministros. Quando o salário deles sobe, os salários podem ser aumentados também nos demais poderes - Executivo e Legislativo. Neste caso, porém, os aumentos não são automáticos.


O aumento foi aprovado no Senado por 41 votos favoráveis, 16 contrários e uma abstenção.


"O efeito é chamado vinculativo, porque a Constituição determina que que o subsídio dos ministros dos tribunais superiores (STM, STF, STJ, TSE etc) seja de 95% do subsídio do STF, e o mesmo ocorre com outras categorias. Este aumento é automático, e é a isto que se chama de 'efeito cascata'. Há uma hierarquia clara", disse à BBC News Brasil a advogada constitucionalista Vera Chemim.


Nos Tribunais de Justiça dos Estados, o vencimento dos desembargadores é, teoricamente, de 90,2% daquele dos ministros do STF, ou R$ 30,4 mil antes do reajuste. Em alguns Estados, o aumento é automático. Em outros, depende de autorização em lei local.


Há ainda uma outra forma pela qual o reajuste do STF impacta as contas públicas: em várias carreiras, há servidores que ganham mais que o teto constitucional. Seus salários sofrem o chamado "abate teto". Se o teto aumentar, os salários também sobem.


O orçamento de 2019 será feito segundo a regra estabelecida pela chamada PEC do Teto - ou seja, as despesas não podem crescer mais que a inflação do ano anterior. No caso do STF, estima-se que os R$ 2,7 milhões a mais gastos com salários poderão ser cortados de outras áreas - como a TV Justiça, por exemplo. Mas ninguém sabe se o mesmo poderá ser feito nos demais tribunais.


"Para várias carreiras, o teto virou quase que o piso. Haverá efeito cascata no judiciário estadual, em carreiras do Executivo, e tudo isso deverá ser levado em consideração na peça orçamentária. Há que se lembrar que o país está acumulando déficits e aumentando sua dívida há cinco anos", disse à BBC News Brasil, em agosto deste ano, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), que é o relator da área de Judiciário no Orçamento de 2019.


O aumento foi pedido pelos próprios ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiram incluir no Orçamento de 2019 uma autorização para o reajuste salarial em 2019. Em agosto, o presidente Michel Temer fechou um acordo com os ministros em troca do fim do auxílio-moradia.


Mais que os pares europeus


No Brasil, a realidade do salário do STF, mesmo antes do reajuste concedido hoje, já é muito distante da média da população: o salário-base de R$ 33,7 mil do Supremo Tribunal Federal corresponde a 16 vezes a renda média de um trabalhador do país (que era de R$ 2.154 no fim de 2017). Um estudo de 2016 da Comissão Europeia para a Eficiência da Justiça (Cepej, na sigla em francês) mostra que, em 2014, um juiz da Suprema Corte dos países do bloco ganhava 4,5 vezes mais que a renda média de um trabalhador europeu.


Em 2014, um magistrado da Suprema Corte de um país da União Europeia recebia, em média, 65,7 mil euros por ano. Ao câmbio de hoje, o valor equivaleria a cerca de R$ 287 mil - ou R$ 23,9 mil mensais.


Além disso, os dados mais recentes da Comissão Europeia para a Eficiência da Justiça (Cepej) mostram que o Brasil não só paga a seus juízes mais que países europeus, mas o poder judiciário brasileiro também é mais caro que o destes países, considerando o tamanho das nossas economias.


De acordo com um levantamento de 2017 da entidade, em nenhum país europeu o gasto com o judiciário ultrapassou 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2015.


Fonte: Terra

Servidores Querem Sentar Com O Novo Governo Para Negociar Novos Reajustes


Correio Braziliense     -     08/11/2018

Categoria prepara pauta de reivindicações para o novo governo, apreensiva com as eventuais mudanças nas regras da Previdência e com o anunciado enxugamento da máquina pública


Representantes sindicais do funcionalismo federal buscam contato com a equipe de transição do novo governo, levando embaixo do braço a pauta de reivindicações para 2019. Os alvos principais são as eventuais mudanças na Previdência e a Lei do Teto dos Gastos. A estratégia é fazer o corpo a corpo com deputados e senadores, reeleitos e iniciantes.


“Somos técnicos. Queremos conversar e mostrar que não somos inimigos e que o governo precisa de nós. Além de muito conhecimento acumulado em várias áreas, temos a obrigação de alertar o Executivo sobre determinadas ações e desaconselhar economias que acabam trazendo ineficiência”, afirmou Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate).


Para os servidores, sem diálogo, o enfrentamento é certo. “A Lei do Teto dos Gastos (EC 95) funcionou em 2018 porque houve, de forma antecipada, uma aceleração dos restos a pagar de 2017. Isso permitiu aumentar as despesas. O tamanho dos desembolsos serviu de parâmetro. Mas, em 2018, o aumento dos combustíveis puxou a inflação e os gastos com pessoal. Em 2019, o governo estará com a faca no pescoço, engessado do ponto de vista da economia fiscal”, argumentou Marques. De acordo com ele, quem está hoje no serviço público será “protagonista das transformações que levarão ao incremento da eficiência e da produtividade, já que em 2021 o quadro de pessoal estará reduzido em 50%”.


Diante dessa situação, assinalou o presidente do Fonacate, os servidores querem conhecer, o mais rapidamente possível, o teor da reforma administrativa anunciada em junho pelo ministro do Planejamento, Esteves Colnago, a ser entregue ao presidente. “Ele falou num texto mais robusto, sem especificar os pontos, além daqueles que nos preocupam, como redução do salário inicial para R$ 5 mil, alargamento das tabelas e fusão entre carreiras. Nada está claro”, frisou.


Diálogo


Sergio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), concordou que a busca do diálogo vem primeiro. “Nossa ambição não é outra senão dialogar. Estou diariamente no Congresso, com parlamentares, discutindo sobre o caos do teto dos gastos, venda de estatais, extinção e aglutinação de ministérios e projetos antigos de eliminação de cargos. Até hoje, o Planejamento não disse como fará transferência de servidores, se falta mão de obra”, destacou Silva. Ele também não abre mão de negociações de carreiras e de reposição salarial com o próximo governo.


“Somos 80% do serviço público. Não será possível atender a sociedade com o quantitativo reduzido nos próximos anos. O debate é agora. Temos de buscar saídas. Hoje, é até difícil falar sobre produtividade. Fazer mais com menos requer treinamento e qualificação. Esses aspectos precisam ficar claros para a equipe de transição do presidente eleito”, pontuou Silva. Os sindicatos filiados à Condsef vão apresentar, ainda nesta semana, um projeto com as demandas do carreirão.


Membros do Judiciário e do Ministério Público querem interlocução com o novo governo. “A Frente da Magistratura e do Ministério Público (Frentas), a princípio, vai entrar em contato com Onyx Lorenzoni (futuro ministro-chefe da Casa Civil) e com o general Ferreira (Oswaldo Ferreira, futuro ministro da Infraestrutura) para expor a intenção de juízes e procuradores de colaborar com o crescimento do país”, frisou Angelo Costa, presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT).


Costa acredita que algum tipo de reforma da Previdência será aprovado no Congresso, mas não sem uma discussão profunda sobre idade mínima e tempo de contribuição. Os que essas carreiras não abrem mão, porém, é do polêmico reajuste de 16,38%, que eleva o teto remuneratório do serviço público de R$ 33,7 mil para R$ 39,7 mil.


Magistrados e procuradores dizem estar sem reposição inflacionária desde 2005.


Por Vera Batista

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Reposições Salariais Reivindicadas Por Servidores Podem Custar Quase R$ 200 Bilhões Aos Cofres Públicos Nos Próximos Anos


BSPF     -     07/11/2018

As armadilhas que estão no caminho do ajuste fiscal do novo governo

Reposições salariais reivindicadas por servidores podem custar quase R$ 200 bilhões aos cofres públicos nos próximos anos. Somente pleito que pede o mesmo reajuste dado a generais, há 25 anos, reconhecido pelo STF, chega a R$ 17 bilhões

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, promete cortar custos e enxugar a máquina pública. Mas tem à sua espera uma desagradável surpresa em termos de gastos não previstos. Ele precisará encarar, por exemplo, ações judiciais, com mais de 25 anos, por equiparação salarial de servidores, consequência de revisão geral diferenciada de soldos de militares e remunerações de civis. O impacto no orçamento somente desse item era calculado em R$ 5,9 bilhões, “mas o valor está extremamente defasado, e pode triplicar, ultrapassando os R$ 17 bilhões”, disse um especialista em contas públicas.

O problema será a falta de dinheiro para fazer frente à despesa, caso a União perca a ação bilionária. Em última instância, a saída seria aumento de impostos ou mais endividamento. O Anexo V do Orçamento de 2019, que trata de possíveis dívidas trabalhistas, reserva pouco menos de R$ 4 bilhões para diversas contingências, tais como “ações de litígios por reivindicação de atualização salarial ou recomposição de perdas decorrentes de índices utilizados por ocasião dos Planos Econômicos, como as ações de reposição dos 28,8%”, disse o técnico. A dívida com os funcionários, reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2014, vem desde janeiro de 1993, quando a União deu aos oficiais generais reajuste salarial 28,86% superior ao dos servidores civis e demais militares.

A exclusividade para os graduados da caserna violou dispositivo constitucional. “O aumento separou civis de militares. Mas, à época, a determinação era de que a revisão geral da remuneração, sem distinção de índices entre servidores públicos civis e militares, teria de ser sempre na mesma data”, destacou Vladimir Nepomuceno, ex-coordenador da Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento e consultor de entidades sindicais. O número de ações cobrando reajuste de 28,86% se espalhou pela administração federal. Uma delas, específica dos servidores do Banco Central (BC), seria julgada ontem pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas não entrou na pauta. “Não tem volta. Se o Judiciário decidir, a União terá de pagar”, disse Nepomuceno.

Para o economista Gil Castello Branco, da Associação Contas Abertas, o deficit público, previsto em R$ 139 bilhões em 2019, vai dar um salto se isso acontecer. “É um absurdo que algo assim ocorra apenas porque o governo não prestou atenção à lei e permitiu aumento diferenciado. Isso, no fim das contas, será bancado por todos nós, contribuintes”, disse. A briga na Justiça também revela o que muitos servidores não querem admitir. “Declaram corrosão salarial pela inflação, mas essas correções, ao longo do tempo, se transformam em ganhos indiretos que oneram a folha de pagamento”, destacou Castello Branco.

Exemplos não faltam. Outras ações que reivindicam correção salarial — de 11,98%, 14,23%, 15,80%, e a incorporação de quintos — estão sendo analisadas pela Justiça. Se forem atendidas, elas podem custar, juntas, cerca de R$ 200 bilhões aos cofres públicos nos próximos anos. “Os pleitos são resultados de leis mal redigidas e decisões administrativas equivocadas. Elas abrem espaço para reivindicações que incham a folha de pagamento e arrombam as contas públicas”, disse um especialista que não quis se identificar.

Quintos

Logo depois do reajuste concedido aos generais, em 2003, o então ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, no governo Itamar Franco, lançou o Plano Real. Em 1º de março de 1994, entrou em vigor a Unidade Real de Valor (URV), para a qual foram convertidos todos os preços da economia. Os servidores, porém, alegaram que a conversão dos salários foi feita de forma equivocada e passaram a reivindicar reposição de 11,98%.

Em 1998, medida provisória proibiu a incorporação de quintos de função comissionada (aumentos automáticos a cada cinco anos). Mas, inadvertidamente, outra MP foi editada em 2001 com semelhante objetivo, gerando dubiedade de interpretação, o que possibilitou que alguns funcionários alegassem ter direito aos quintos entre 1998 e 2001. Segundo estimativas do ministro Gilmar Mendes, do STF, caso todos os que pedem incorporação forem atendidos, o impacto financeiro seria de R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões.

Em 2003, no Legislativo, houve revisão geral anual diferenciada e foi criada a Vantagem Pecuniária Individual (VPI), de R$ 59,87, que representava 14,23% para categorias com menores salários. Os demais servidores, porém, revindicam o mesmo percentual, o que pode representar uma fatura adicional de R$ 42 bilhões, nos cálculos do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em 2012, veio outra revisão geral de 15,8%, que motivou nova enxurrada de ações, sob a alegação de que apenas o vencimento básico foi corrigido, sem considerar a VPI. Além disso, os 14,23% do Legislativo passaram, em 2016, a ser reivindicados pelo pessoal do Judiciário. Para eles, a VPI de R$ 59,87 corresponde a 13,23% dos menores vencimentos.

Fonte: Correio Braziliense

Senado Aprova Aumento Para Ministros Do STF; Salário Será De R$ 39,2 Mil Após Sanção


Jornal Extra     -     07/11/2018


O Senado aprovou nesta quarta-feira o aumento de 16,38% no salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O aumento terá impacto bilionário no Orçamento para o presidente eleito, Jair Bolsonaro, e para os novos governadores. A aprovação deve gerar um rombo de R$ 4 bilhões para União e estados, segundo cálculos de técnicos da Câmara.


Como o projeto já foi aprovado na Câmara, em 2016, ele segue para sanção do presidente Michel Temer. A remuneração irá subir de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. O aumento tem efeito cascata, provoca reajustes para magistrados, e faz subir o teto salarial para o funcionalismo — que tem como referência o salário de ministros do STF. A proposta foi aprovada por 41 votos a favor, 16 contrários e uma abstenção.


O Senado aprovou ainda um outro projeto, que reajusta o salário do procurador-geral da República, para o mesmo valor.


O reajuste dos vencimentos dos ministros do STF deve gerar uma despesa extra de R$ 4 bilhões ao ano, contando o impacto nas contas públicas da União e dos estados, devido ao efeito cascata, segundo dados da Consultoria de Orçamento da Câmara.


Apenas para a União, a despesa estimada é de R$ 1,45 bilhão ao ano, sendo R$ 717 milhões no Poder Judiciário, R$ 258 milhões no Ministério Público da União; R$ 250 milhões no Executivo e R$ 220 milhões no Legislativo. Nos estados, que sofrem uma grave crise fiscal, estima-se um efeito anual de R$ 2,6 bilhões.


Os novos valores dos vencimentos dos ministros entrará em vigor na data da sanção do projeto.


O impacto cascata ocorre porque já existem hoje servidores ganhando, no papel, mais que os R$ 33,7 mil mensais permitidos pelo teto atual. Eles são alvo do chamado "abate-teto". Com a aprovação do projeto, haverá servidores que terão um reajuste automático.


Antes da votação, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou que vê com "preocupação" o possível aumento de salário dos ministros STF e disse que o momento não é adequado para o reajuste.


— Estamos numa fase de ou todo mundo tem ou ninguém tem. Nós sabemos que o Judiciário é o mais bem aquinhoado entre os poderes, a gente vê com preocupação e espero que o Parlamento, por sua maioria, decida da melhor maneira possível. Obviamente não é o momento — afirmou Bolsonaro, ao sair de um café da manhã na sede do Comando da Aeronáutica.


Quando o STF aprovou o próprio aumento, em agosto, o presidente Michel Temer fechou um acordo com o Judiciário para incluir o reajuste salarial dos ministros no Orçamento de 2019, em agosto. Para evitar que o aumento impacte ainda mais as contas públicas, os ministros da Corte se comprometeram acabar com o auxílio-moradia.


As duas propostas são de 2015 e estavam na gaveta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) desde 2016. Nesta terça-feira, os senadores aprovaram requerimento de urgência para apreciá-las em plenário.


Relator do projeto na CAE, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), disse que os estados não irão conseguir pagar as contas com o reajuste:


— Como fará o estado falido do Rio de Janeiro? Esse reajuste trará enorme impacto para os nossos estados.


O senador Romero Jucá (MDB-RR) defendeu a aprovação do projeto, disse que o texto é de autoria do Poder Judiciário, e que não fará subir o teto de gastos públicos.


Por Manoel Ventura

Senado Aprova Reajuste Para O Judiciário


Agência Brasil     -     07/11/2018


Salário de ministros de tribunais superiores passará para R$ 39 mil


Brasília - O Senado aprovou nesta quarta-feira (7) projetos de lei que concedem aumento aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao procurador-geral da República. O reajuste altera o subsídio dos 11 integrantes do STF e da atual chefe do Ministério Público Federal, Raquel Dodge, de R$ 33,7 mil para R$ 39 mil e provoca um efeito cascata sobre os funcionários do Judiciário, abrindo caminho também para um possível aumento dos vencimentos dos parlamentares e do presidente da República.


A proposta relativa aos membros do STF teve 41 votos favoráveis, 16 contra, e uma abstenção, após os senadores aprovarem, na tarde de ontem (6), a inclusão do texto na Ordem do Dia de hoje. Já o projeto do salário do procurador-geral da República foi aprovado de forma simbólica pelo plenário.


A votação provocou divergências entre os senadores desde o início do dia, depois que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, manifestou “preocupação” com a possibilidade de reajuste. Segundo Bolsonaro, o momento não é adequado para o aumento.


Câmara


A matéria foi aprovada pela Câmara dos Deputados, mas tramitava no Congresso desde 2016, depois de ter ficado paralisada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Neste ano, o Supremo aprovou um reajuste de 16% no salário dos ministros da Corte a partir de 2019.


Escolhido como relator de plenário, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) alterou o texto para adequar o reajuste, informando que não haverá efeito retroativo para os anos anteriores.


"É importante registrar às senhoras e senhores que existe um compromisso assumido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal de extinguir o auxílio-moradia hoje pago aos membros do Poder Judiciário, anulando assim o impacto orçamentário", afirmou Fernando Bezerra, ao encaminhar voto favorável ao projeto.


Reações


Antes mesmo da votação, alguns senadores já criticavam a medida. A senadora Regina Sousa (PT-PI), por exemplo, defendeu que a matéria não entrasse em pauta.


"Eu não acredito que este Senado vá votar a favor disso, porque, ao mesmo tempo em que se quer votar reajuste para quem está no andar de cima, no último andar, há um projeto para adiar o reajuste dos servidores para 2020. Que contradição é essa? Não tem para os servidores, não pode ter para os magistrados também. Sem falar no efeito cascata para os Estados", afirmou Regina Sousa.


Após anunciar o resultado, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), esclareceu que os projetos foram colocados em pauta de forma legítima e transparente. Segundo Eunício, a Procuradoria-Geral da República não vai extrapolar a Emenda do Teto dos Gastos, que limita o aumento das despesas públicas durante 20 anos.


Eunício lembrou também que o requerimento de urgência para votação das propostas foi aprovado ontem na presença dos senadores.


Ao defender a aprovação do projeto, o senador Romero Jucá (MDB-RR) disse que o Judiciário é responsável por decidir internamente sobre os gastos. "Estamos votando aqui uma mensagem do Poder Judiciário, que é independente, que tem autonomia orçamentária e financeira."


O ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL) lembrou que tramita na Câmara uma proposta de emenda à Constituição que acaba com o efeito cascata sobre os salários dos magistrados federais a cada reajuste dos ministros do STF. "Com a responsabilidade de quem paralisou esse reajuste desde 2016, eu quero dizer que vou ajudar neste momento a não trincar as relações entre os Poderes e dando um crédito de absoluta confiança ao presidente do STF [Dias Tóffoli] de quem eu ouvi que vai acabar com o auxílio-moradia e retirar outros penduricalhos", afirmou.


Responsabilidade fiscal


Relator do projeto na CAE que havia emitido um parecer contrário ao texto, Ricardo Ferraço (PSDB-ES) disse que a matéria viola a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Constituição, já que não há dotação orçamentária suficiente para o aumento.


"O cálculo feito pela Consultoria do Senado dá conta de que esta matéria impacta as contas nacionais em torno de R$ 6 bilhões. E aí vale perguntar: como fará o estado quebrado e falido do Rio de Janeiro? Como fará o estado quebrado e falido do Rio Grande do Sul e até o de Minas Gerais? Porque existe o efeito cascata. Esse impacto trará aos nossos estados enormes consequências", questionou.


Para Roberto Requião (MDB-PR), o problema está na falta de informações sobre a extensão do reajuste. Ele disse que mandou fazer um levantamento sobre os salários dos juízes e desembargadores do Paraná, estado que tem em torno de 1.150 juízes.


"Seiscentos juízes receberam, em setembro, mais do que R$ 60 mil. Então, isso desarma esta conversa de que [o reajuste] vai ser diminuído porque liquidarão o auxílio-moradia. O auxílio-moradia é irrisório, são R$ 4 mil. Quero dizer a vocês que eu sou daqueles que votariam um bom salário, se eu soubesse qual é o bom salário", disse o senador, informando que mais da metade dos tribunais de Justiça dos estados não revelaram ao STF o salário dos seus juízes.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Senadores Criticam Votação De Reajuste Para Ministros Do STF E Procurador-Geral


Agência Senado     -     07/11/2018

Senadores criticaram a inclusão na pauta do Plenário de dois projetos que preveem reajustes para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e para o procurador-geral da República nesta quarta-feira (7) durante reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Eles informaram que apresentarão um requerimento para que as propostas voltem à análise das comissões temáticas da Casa.


A principal preocupação dos parlamentares é com o chamado “efeito cascata”. Isso porque a remuneração dos ministros do STF é o teto do funcionalismo e, se o aumento for aprovado, poderá abrir caminho ao reajuste para deputados, senadores, vereadores e outros servidores.


— Isso [a inclusão na pauta do Plenário] não foi discutido com nenhum líder. Como vamos justificar o aumento para a população brasileira? A CCJ deveria formalmente perguntar ao presidente do Senado o que o levou a pautar esses dois projetos — criticou Gleisi Hoffmann.


Na prática, com a decisão, os reajustes já podem ser votados no Plenário a partir de hoje. Para isso, o presidente da Casa, Eunício Oliveira, terá de designar um senador para relatar os projetos durante a ordem do dia desta quarta-feira.


Impacto financeiro


O PLC 27/2016 eleva os subsídios mensais dos ministros em 16,38%, dos atuais R$ 33,7 mil para R$ 36,7 mil a partir de 1º de junho de 2016, passando a R$ 39,2 mil a partir de janeiro de 2017. Já o PLC 28/2016 trata de aumento salarial para o procurador-geral da República, com ganhos mensais fixados no mesmo patamar definido para os ministros do STF.


Os dois projetos passaram pela CCJ em 2016 e desde então estavam parados na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde contavam com parecer contrário do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES).


“Estimativa da Consultoria de Orçamento do Senado aponta que a aprovação do PLC 27/2016 poderá gerar um impacto financeiro anual superior a R$ 4,5 bilhões”, argumentou o senador no relatório.


Reguffe (sem partido-DF) e Ana Amélia (PP-RS) também se manifestaram contrariamente aos projetos.


— Se os reajustes fossem limitados à Suprema Corte, não teria impacto tão grande. A questão é o efeito cascata. Isso terá impacto sobre o salário de deputados federais, senadores, deputados estaduais e vereadores de todo o país — apontou Ana Amélia.

Bolsonaro Quer Aprovar Idade Mínima Para Servidores Públicos Ainda Neste Ano


BSPF     -     06/11/201

Jair Bolsonaro (PSL) pretende aprovar a idade mínima para aposentadoria de servidores públicos ainda neste ano. Em entrevistas concedidas, ontem, à Band à TV Aparecida, o presidente eleito afirmou que seria um “grande passo” fixar a idade de 61 anos para que os homens que trabalham no setor público se aposentem, e as servidoras poderiam pedir a aposentadoria aos 56.


REFORMA DA PREVIDÊNCIA


“Eu acho que, com o que está aí (projeto de Reforma da Previdência), é possível fazer acertos de forma gradual e atingir o mesmo objetivo sem colocar em risco os trabalhadores e sem levar pânico à sociedade. Nós vamos fazer alguma reforma. Se não conseguir aprovar alguma coisa esse ano, vamos propor alguma reforma ano que vem. Logo no começo (de 2019)”.


IDADE MÍNIMA PARA SE APOSENTAR


“O grande passo, no meu entender, neste ano, se for possível, é passar para 61 anos o serviço público para o homem e 56 para mulher. E majorar também um ano nas demais carreiras. Acredito que seja um bom começo para a gente entrar no ano que vem já tendo algo de concreto para nos ajudar na economia”.

Fonte: Jornal Extra

Lançado Edital Para Contratação De Plano De Segurança Integrada Para Edifícios Da Esplanada


BSPF     -     06/11/2018

O pregão será realizado no dia 19 de novembro


O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) iniciou processo licitatório para contratar empresa que irá elaborar modelo integrado de Sistema de Segurança Física. No novo modelo serão apontados recursos adequados para a segurança patrimonial – como controle de acesso, circuito fechado de TV, central de monitoramento, alarmes sensoriais, equipe de segurança – dos prédios da Esplanada dos Ministérios, com exceção do Palácio do Planalto e anexos da Presidência da República. O edital está disponível aqui e o pregão será realizado no dia 19 de novembro, pelo Portal de Compras do Governo Federal.


A iniciativa faz parte de projeto de revisão da estratégia de contratação de bens e serviços de portaria, recepção e vigilância. “O objetivo da contratação é adequar os riscos e vulnerabilidades prediais aos recursos de segurança eletrônica e ostensiva, visando reduzir gastos e compartilhar esforços que são comuns aos diversos Ministérios”, explica o secretário de Gestão do MP, Antonio Paulo Vogel.


O fornecedor contratado apresentará análise de risco de cada edifício, com um plano de segurança integrado para os blocos e anexos da Esplanada dos Ministérios. A proposta é estabelecer uma relação custo-benefício equilibrada, de acordo com o nível de risco de segurança e os impactos em cada caso. Com isso, os recursos utilizados serão dimensionados de forma adequada.


Atualmente, os gastos com segurança ostensiva para os prédios e anexos da Esplanada dos Ministérios superam R$ 70 milhões por ano. A economia com a implantação integrada do novo modelo de segurança será estimada após a escolha do vencedor da licitação.


Fonte: Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão

Servidores Da União Recebem 2ª Parcela Do 13º Na Folha De Novembro


O Dia     -     06/11/2018


O Ministério do Planejamento confirmou nesta segunda-feira à Coluna que a segunda parcela do décimo terceiro dos servidores da União será paga na folha deste mês. A maioria dos mais de 1,2 milhão de funcionários (quase 260 mil somente no Estado do Rio) terá o crédito feito no primeiro dia útil de dezembro, ou seja, dia 3 de dezembro.


O pagamento cairá na conta primeiro para quem recebe pelo Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Quem têm portabilidade e é pago por meio de outros bancos terá o dinheiro no dia 4 do mês que vem.


A pasta ressaltou que a segunda parcela sairá com descontos previstos por lei, como contribuição previdenciária e Imposto de Renda na Fonte.


Serão contemplados servidores ativos, aposentados e pensionistas da Administração Direta (como ministérios, secretarias e Advocacia Geral da União); autarquias (Banco Central, Colégio Pedro II e INSS) e fundações (IBGE, Biblioteca Nacional, universidades e outros).


Por Max Leone

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Potencial Para Poupar Com Demissão De Servidores É Considerado Pequeno


DCI     -     06/11/2018

Dos 23,07 mil cargos comissionados, uma parcela de 7.404 pessoas não possui qualquer vínculo com a administração pública, enquanto 15,6 mil são concursados e terão estabilidade garantida


A proposta do próximo governo de enxugar o quadro atual de 1,5 milhão de funcionários federais é avaliada como positiva, mas especialistas alertam que nas repartições públicas, o custo só trocará de lugar, aumentando despesas de previdência dos inativos.


Dos 1,068 milhão de servidores ativos das repartições públicas, 8,8% ou 94.470 possuem idade superior a 60 anos e, devido às dúvidas sobre a reforma da previdência do funcionalismo, são considerados um público potencial para programas de demissão voluntária (PDVs).


Se considerada a média salarial mensal de R$ 7,5 mil no executivo federal, na hipótese de todo esse público potencial aderir ao PDV, a possível economia seria de R$ 9,21 bilhões por ano.


“A adesão deve se dar um público que tenha mais idade. Aqueles que entraram no serviço público antes de 2003 [por exemplo] se aposentam com salário integral. Neste caso, o gasto público só troca de lugar, vai para a previdência. Não vejo ninguém com idade entre 30 ou 40 anos e que tenha um bom salário de R$ 15 mil resolver ir para iniciativa privada”, diz o coordenador de administração do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), Ricardo Balistiero.


Na avaliação do professor de economia do Ibmec-SP, Walter Franco, a continuidade do processo de enxugamento da máquina pública no próximo governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (2019 a 2022) como se anuncia será positivo. “Pela perspectiva política indica uma renovação com pessoas mais alinhadas na busca de um Estado mais enxuto”, afirma o professor.


Ele acredita que além de um PDV nas repartições públicas que alcance funcionários mais antigos, há a possibilidade de redução do quadro em estatais que, provavelmente, serão privatizadas. “O funcionário que tiver algum receio com a privatização pode aderir ao PDV”, considerou Walter Franco.


Segundo declarações anteriores à imprensa do futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, entre as propostas já ventiladas estão a extinção de 20 mil dos 23.070 cargos comissionados e um programa de demissão voluntária (PDV), uma continuidade das medidas implantadas pela gestão atual de Michel Temer que eliminou 4.184 cargos comissionados e implantou PDVs nas estatais federais que reduziram 30.135 postos desde 2016.


Em 2018, segundo dados da Secretaria de Estatais (Sest), houve reduções de quadros na Caixa Econômica Federal (-1,4%), Banco do Brasil (-1,44%) e Correios (-2,32%), mas na Petrobras houve uma alta de 0,49%, de 46.471 para 46.701 postos; e um aumento de 1,1% entre as demais empresas estatais, de 162.937 em dezembro de 2017 para 164.724 em junho de 2018.


“Nas empresas estatais, os PDVs têm mais sucesso em adesões porque o funcionário percebe que sua alocação na iniciativa privada é mais fácil. Na repartição pública, dificilmente, o servidor vai o encontrar cargo semelhante [na iniciativa privada] com o mesmo salário do serviço público”, diz o professor do Labfin da Fundação Instituto de Administração (FIA), Marcos Piellusch.


Estabilidade e eficiência 


Na visão de Balistiero, do IMT, a principal dificuldade dos governos reside na rigidez da estabilidade do servidor público concursado. “Eu não conheço nenhum país do mundo em que a dificuldade de se demitir um funcionário é tão grande”, comparou o coordenador.


Em opinião semelhante, Walter Franco, do Ibmec-SP, também sugere que o governo possa ter flexibilidade para contratar e demitir. “A necessidade de redução dos gastos obrigatórios está na pauta do próximo governo”, lembrou o professor de economia.


Já Marcos Piellusch também abordou a necessidade um sistema de realocação interna de pessoal. “Se abre um PDV, recebe-se mais adesões [que o planejado], em seguida tem que abrir concurso público para preencher vagas”, comentou o professor da FIA.


Para Piellusch, há uma dificuldade institucional de se transferir pessoas de uma área para outra no governo. “É preciso uma solução de gestão, não é só reduzir o número de ministérios”, argumentou.
Em outra avaliação, Balisteiro aponta a questão da eficiência. “O Brasil gasta muito com funcionalismo e há ainda a percepção de que se gasta mal. No caso da redução dos ministérios, se não tiver um planejamento, vira um dejavu. O Fernando Collor (1991-1992) fez a mesma coisa”, alertou.


Dúvidas na reestruturação


Da proposta de extinção de 20 mil cargos comissionados dentre os 23.070 existentes, há dúvidas sobre como ficará a alocação de trabalho dos funcionários públicos que estão nestes cargos comissionados, que na prática, voltam para suas posições anteriores.


Do total de comissionados, uma parcela de 7.404 não possui qualquer vínculo com a administração pública, mas os demais 15,6 mil são concursados e possuem estabilidade. “Esse funcionário quando volta a sua posição tem alguém no lugar, ele fica inoperante e recebendo”, avisa Piellusch.


Por Ernani Fagundes

Bolsonaro Diz Que Será 'Grande Passo' Aprovar Neste Ano Nova Idade Mínima Para Aposentadoria



G1     -     05/11/2018
Em entrevista a emissora católica de televisão, Bolsonaro disse ainda que não dá para generalizar idade mínima para todas as carreiras.


Brasília - O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse em entrevista exibida nesta segunda-feira (5) pela TV Aparecida, que já será um "grande passo" se o Congresso aprovar, ainda neste ano, mudança para idade mínima para aposentadoria no serviço público e no privado.


Tramita atualmente na Câmara dos Deputados uma proposta do governo Michel Temer para reforma da Previdência. O projeto prevê idade mínima de aposentadoria de 62 anos para mulheres e 65 para homens (para trabalhadores do setor público e privado), com a regra de transição até 2042. Há exceções, como nos casos de professores, policiais e trabalhadores em condições prejudiciais à saúde;


"O grande passo no meu entender, neste ano, se for possível, passar para 61 anos no serviço público para homem e 56 para mulher e majorar também um ano nas demais carreiras. Acredito que seja um bom começo para a gente entrar o ano que vem já tendo algo de concreto para nos ajudar na economia", disse.


Bolsonaro concedeu a entrevista à emissora católica na última quinta-feira (1º), mas a conversa foi exibida nesta segunda, no início da tarde.


Bolsonaro afirmou também, durante a entrevista, que não dá para generalizar idade mínima. "Fala-se muito em 65 anos. Mas você não pode generalizar isso daí. Tem certas atividades que nem aos 60 é compatível a aposentadoria. Nós devemos manter essas questões. Você vê a expectativa de vida do policial militar no Rio de Janeiro, não tenho o valor exato aqui, mas está abaixo de 60 anos. Então, não é justo botar lá em cima isso daí", disse.


O presidente eleito também afirmou que quer acabar com incorporações."No serviço público, por exemplo, nós devemos acabar com as incorporações", complementou.


Ele disse que, apesar do "desânimo em Brasília" após as eleições, vai tentar aprovar algo da reforma ainda este ano. "Eu tenho experiência do que acontece depois das eleições. Há um desânimo em Brasília. O que eu vou tentar é aprovar alguma coisa na reforma de Previdência", disse.


"Queremos dar um passo, por menor que seja, mas dar um passo na reforma da Previdência, que é necessária", disse.

Serviço Público – O Caos Vai Se Alastrar Com Risco De Comprometimento Maior No Atendimento À População


BSPF     -     05/11/2018

Quantitativo de servidores federais poderá cair em 50% até 2021. O quadro, atualmente em 633.902 ativos, despencará para 324.540 em três anos. A sociedade pressiona por bons serviços, mas esse número de trabalhadores não vai dar conta do recado, sem reposição mínima de pessoal. O foco das tensões tem como base a ausência de concursos, diante do crescimento da população. Em 1995, éramos 165 milhões de habitantes. Servidores ativos, aposentados e pensionistas eram 1,1 milhão. Em 2018, somos 208,4 milhões e a quantidade de servidores praticamente não se alterou


O discurso de enxugar a máquina pública e de demitir servidores em massa tem um grande apelo para sociedade, cansada dos privilégios embolsados por algumas das classes e da duvidosa contrapartida na qualidade no atendimento. Na prática, porém, até os mais ferrenhos críticos admitem que a responsabilidade pelos problemas mais visíveis não deve recair unicamente nos ombros do funcionalismo. O quantitativo de pessoal despenca a cada dia, enquanto o número de habitantes no país cresce todos os anos. Nos cálculos do Ministério do Planejamento, em três anos, o número de trabalhadores do Poder Executivo vai cair pela metade. Nesse ritmo, não será possível entregar a tão propalada eficiência à população, dizem analistas. Esse será o principal dilema do próximo governo e a solução não passa exclusivamente por um pacote de maldades.


De acordo com o Planejamento (números de agosto), existem 633.902 servidores civis ativos. Desse total, 107.567 recebem abono de permanência (mais concentrados nos ministérios da Saúde, Fazenda e no INSS) – reembolso do desconto à Previdência, de 11% do salário. Além dos 107.567 que já estão aposentados e que continuam auxiliando com suas experiências, poderão ser acrescentadas mais 201.795 pessoas em condições de se aposentar (29.092, até maio de 2019; 32.550, até maio de 2020; e 32.586. até maio de 2021). Somando-se os 107.567 com abono mais os 201.725 prestes a vestir o pijama, em 2021, o quadro de ativos cai 48,80%, para 324.540 servidores.


De acordo com entidades representativas dos servidores, os sucessivos governos economizaram por um lado e desperdiçaram, por outro. Porque, sem prevenção à saúde, segurança e educação, o povo adoece. A doença é cara e trava a economia do país: o cidadão falta ao trabalho e tem queda na produtividade. Segundo estudos do Insper, em parceria com a consultoria Oliver Wyman, a produtividade do brasileiro, em 2018, é pior que a de 1994. O economista Claudio Dedecca, da Unicamp, afirmou que, na contramão do mundo, no Brasil, o ambiente de trabalho é ruim e a relação entre sindicatos de trabalhadores e de patrões é péssima. “Perdeu-se a oportunidade de uma reforma trabalhista focada no aumento de produtividade. Optou-se por criar condições para reduzir os custos com o trabalhador. Há no Brasil uma postura lamentável do governo, dos trabalhadores e dos empresários de só querem ganhar no curto prazo”, criticou Dedecca


Tensões


Os servidores, ao contrário, garantem que o foco das tensões contra o funcionalismo tem como base o fato de que os concursos não acompanharam, há décadas, o crescimento da população. Em 1995, no governo de Fernando Henrique Cardoso, havia 1,1 milhão de servidores (ativos, aposentados e pensionistas) e uma população de 165 milhões de habitantes. Em 2002, ainda na gestão FHC, houve redução de 200 mil cargos, consequência de privatizações, aposentadorias, demissões e falecimentos. O quadro caiu, então, para 900 mil servidores. Em 2010, com Lula, o Brasil retornou 1,1 milhão de servidores e a população saltou para 190 milhões. Em 2014, com Dilma Roussef, éramos 202 milhões, ou 37 milhões a mais que em 1995, mas o número de servidores continuava o mesmo.


Em 2015, havia previsão inicial, não concretizada, de mais 60 mil vagas serem preenchidas por concurso público. Em 2016, novamente, os certames foram cortados do orçamento, mas éramos mais de 207 milhões, sem alteração na quantidade de servidores. Em 2017, o número total de servidores subiu para 1,270 milhão. Os habitantes, para 207,3 milhões. Até setembro de 2018, de acordo com o Painel Estatístico de Pessoal (PEP), do Planejamento, havia um total de 1,276 servidores. No entanto, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população tinha crescido 0,82% em relação a 2017, para 208,4 milhões.


Desafios


Com apenas 324.540 servidores federais, em 2021, o governo não vai oferecer à sociedade o tratamento que ela precisa. Os analistas de mercado, que defendem o Estado mínimo e consideram a máquina pública pesada e ineficiente, diante das estatísticas do Planejamento, admitiram que há muito mais coisa que precisa ser considerada por trás da imagem de vilão atribuída ao servidor. “Efetivamente, não será possível manter o serviço público com a metade do quantitativo, sem novas contratações. No INSS, por exemplo, a previsão é de que cerca de 40% se aposentem já em 2019. É muito preocupante. Esse será o maior desafio, já no início, do próximo governo”, disse Eduardo Rolim, consultor de Orçamento da Câmara dos Deputados.


A falta de servidores no INSS também é muito ruim para as contas públicas. “No caso de uma pessoa com auxílio-doença, quanto mais ela demorar para fazer a revisão, pela longa fila de espera, mais tempo ela demora para ter emprego e vai receber mais parcelas do Estado”, avaliou Rolim. No entanto, ressaltou, também não será preciso ter uma reposição de um para um. Muitas atividades no serviço público foram informatizadas. Rolim citou o setor bancário como exemplo a ser seguido: teve redução de funcionários, com eficiência, mesmo com a população em crescimento.


Rolim ressaltou, ainda, que é fundamental levar em conta os dados fora de contexto usualmente apresentados. Na maioria das vezes, os servidores usam com base de cálculo para o preenchimento de vagas o número de trabalhadores descrito como necessário lá na criação do órgão, em passado distante, o que mascara os fatos. “Quase todos os órgãos têm que atualizar esse levantamento. A demanda hoje é muito diferente. A reposição, creio, não deve ultrapassar os 0,6 ou 0,9 por cada servidor aposentado, afastado ou falecido”, disse Leonardo Rolim.


Emerson Casali, especialista em relações do trabalho e diretor da CBPI Institucional, também concorda que “esse talvez seja o maior desafio para o próximo governo”. “Vai ser complicado tocar qualquer projeto com uma quantidade tão pequena de servidores, em 2021. A impressão é de que a nova gestão vai esticar o prazo, criar um diferencial para conter a onda de aposentadorias, no intuito de evitar que o atendimento seja prejudicado”, reforçou. Se não tiver sucesso assim, a saída, disse Casali, vai ser aumentar a automação e a terceirização, “tendo em vista que será impossível fazer uma recontratação em massa, sem ultrapassar o teto dos gastos”.


Tramita no Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 139/2015), que pretende extinguir o abono de permanência. Na época, vários foram os motivos que levaram a edição da PEC pelo Executivo. A recessão econômica brasileira, com a desaceleração do crescimento da China, agravada pela queda de braço entre o governo de Dilma Rousseff e o Congresso Nacional, liderado por Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, em conjunto com o embate político da recém-criada Operação Lava Jato. Foi então que o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, propôs a PEC, sob o pretexto de enxugar a máquina pública. “Na situação atual, o fim do abono não prospera”, disse Emerson Casali.


Paulo César Régis de Souza, vice-presidente executivo da Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social (Anasps) há anos denuncia o caos no INSS. Para ele, o INSS Digital, no qual o beneficiário marca consultas e atendimento pela internet, seria razoável, não fossem as brechas e a previsão de contratação de mão de obra terceirizada para suprir os aposentados. “Isso vai abrir as portas da corrupção. Não adianta criar um superministério da Justiça e da Segurança Pública, para fora da administração, e deixar que terceirizados com salários miseráveis acessem dados sigilosos e, assim, se exponham aos corruptores”, disse Souza.


Ele denunciou que, embora o órgão ainda não tenha declarado, a intenção é repor concursados com estagiários, que virão do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), com ganhos mensais aproximados de R$ 800. “O controle, dessa forma, fica totalmente prejudicado. O tiro vai sair pela culatra, e agravado pelo fato de que, mesmo os concursados do INSS – cerca de 70% com formação superior –, quando chegam no órgão, não têm mais treinamento. Outras carreiras podem ter, mas lá isso acabou. O treinamento é no balcão, no dia a dia. Imagine como será o atendimento desse pessoal sem qualificação. A sociedade é que vai pagar o preço disso tudo”, denunciou Régis de Souza.


Sem milagre


No entender de Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate), o caos anunciado comprova a necessidade de revisão da lei do teto dos gastos. “Não tem como fazer milagre. Mesmo se aposentando, o pessoal continua na folha de pagamento. O limite da expansão das despesas por duas décadas engessa o orçamento. Não abre margem para contratações. O novo governo vai ter que repensar essa alternativa, sob pena de inviabilizar o serviço público”, destacou Marques. A manutenção dos servidores agora em abono permanência também não vai funcionar, disse ele.


“São pessoas, na maioria, com mais de 60 anos. A máquina tem que ser renovada. Chegará uma hora em que o novo presidente tem que parar de bravatas e dizer a que veio. Atendimento eficiente à população não se resolve por decreto, sem pessoal qualificado”, assinalou o presidente do Fonacate. Para Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o caos está claramente instalado, tendo em vista as reclamações constantes da sociedade, e tende a piorar. “Com essa reforma da Previdência que retira direitos, as pessoas querem sair para não perder os que já têm. O serviço público vai ficando mais e mais esvaziado”, destacou Silva.


Pela conjuntura que se avizinha, “devido às restrições aos concursos até 2020, o serviço público federal pode entrar em um apagão geral antes de 2021”, no entender do secretário-geral da Condsef. A entidade convocou uma reunião do conselho deliberativo, em 8 de novembro, para tratar de diversos assuntos. “Vamos fazer análises e estudos, com o objetivo de descobrir o que fazer para tentar evitar o caos, agravado pelo contexto de aglutinação de órgãos. Com uma redução de quase 50% no pessoal, não tem governo que consiga manter a máquina funcionando”, reiterou Silva.


Fonte: Blog do Servidor

Governo Federal Expulsa 435 Funcionários Públicos Nos Primeiros Nove Meses Do Ano


Jornal Extra     -     05/11/2018

Nos três trimestres deste ano, 435 funcionários públicos foram expulsos de órgãos e autarquias do governo federal, segundo dados da Controladoria-Geral da União (CGU), a maioria por corrupção (64% do total). O número total superou toda a série história iniciada em 2003, considerando o período de janeiro a setembro. No ano passado, por exemplo, foram 355 desligamentos. Em 2018, portanto, a alta foi de 28,4% em relação a 2017. Até então, o recorde tinha sido em 2015 (415 punições) nos primeiros nove meses do ano.


Ao todo, já houve este ano 361 demissões de servidores efetivos, 54 cassações de aposentadorias e 20 destituições de cargos comissionados. Os dados, porém, não incluem os empregados de empresas como Petrobras, Correios e Caixa Econômica Federal.


Segundo a CGU, atos relacionados à corrupção foram responsáveis por 279 expulsões. Já abandono de função, falta de assiduidade ou acumulação ilícita de cargos motivaram 116 desligamentos. Houve ainda afastamentos por negligência e a participação em gerência ou administração de sociedade privada.


Desde 2003, mais de sete mil expulsos


Ainda de acordo com o órgão, desde 2003, foram expulsos 7.149 funcionários federais. Desse universo total, foram 5.956 demissões; 603 cassações de aposentadorias e 590 afastamentos de funções comissionadas. O maior número de punições aconteceu no Rio (1.279 casos), no Distrito Federal (844) e em São Paulo (801).


As áreas mais prejudicadas foram o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, que absorveu o INSS, o Ministério da Educação e o Ministério da Segurança Pública, que assumiu órgãos relacionados ao combate à criminalidade que eram vinculados ao Ministério da Justiça.


Considerando-se o número de penalidades aplicadas a cada grupo de mil trabalhadores, os estados com maior número de expulsões, nos últimos cinco anos, foram Amazonas (10,3), Mato Grosso (8,2) e São Paulo (8,9).