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OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

OS DESTEMIDOS  GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO
A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Benefícios Cogitados Para Militares Leva A Mobilização De Servidores Civis


Correio Braziliense     -     10/11/2018

A categoria pretende pedir novos aumentos de salário com base na indicação de que integrantes das Forças Armadas teriam correção de 23% em troca de mudanças em regras previdenciárias


Servidores civis do Poder Executivo Federal se preparam para pressionar o futuro governo por novos reajustes salariais. Eles tomaram a iniciativa de generais das Forças Armadas de pedir ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, reajuste de 23%, em troca das mudanças que o governo pretende fazer na Previdência, como parâmetro para pleitear a correção das suas próprias remunerações. “Em 2016, segundo o Boletim Estatístico de Pessoal (BEP), do Ministério do Planejamento, os militares custaram R$ 57 bilhões ao Tesouro. Estimados 23% desse valor, o impacto financeiro seria de R$ 13 bilhões. Atualizados os R$ 57 bilhões, considerados os aumentos de 2017 e de 2018, o reajuste custaria para a União cerca de R$ 15 bilhões”, estimou Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate).


Em 2016, a maioria das categorias do topo da pirâmide do Executivo civil assinou acordo com a ex-presidente Dilma Rousseff, mantido pelo sucessor, Michel Temer, para um aumento salarial de 27,9%, em quatro parcelas, até 2019. No mesmo período, os militares receberam correções diferenciadas, de acordo com a patente, de 24,24% a 48,91%. O soldo dos generais, almirantes e brigadeiros saltou de R$ 11.800 para R$ 14.031 — sem contar as gratificações, que variam com o grau de qualificação, de 12% a 150% do vencimento básico. Pelos dados do Planejamento, as despesas com os militares (ativos, da reserva, reformados e pensionistas) equivaliam a 22,4% de todo o gasto com salários.


Um eventual aceno positivo do presidente eleito aos pleitos da caserna seria imediatamente entendido, na análise de Rudinei Marques, como um incentivo para o funcionalismo. Principalmente para o chamado carreirão, que recebeu 10,8%%, em duas parcelas (2016 e em 2017), sem previsão de novas correções em 2018 e 2019.


Campanha


Os 23% também devem se transformar no ponto de partida das carreiras de Estado, para a campanha salarial de 2020. “Os generais estão certíssimos. Nós vamos também enviar ofício ao governo solicitando reposição inflacionária, seguindo o exemplo deles e dos membros do Judiciário, que receberam mais 16,38% nos contracheques”, afirmou Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef, que representa 80% do funcionalismo).


“É importante destacar que R$ 15 bilhões são quase três vezes o impacto do tão criticado aumento do Judiciário, de R$ 6 bilhões anuais. Ou seja, está provado que o cofre abre se houver conveniência. Nós, da classe dos barnabés, vamos dialogar e reivindicar os nossos direitos, dessa vez com argumentos sólidos e sucesso usados por outras carreiras”, afirmou Silva. Para recompor as perdas salariais, a Condsef quer reajuste de 24% em 2020. “A pressão agora vai ser maior. Vamos observar com lupa as negociações”, reforçou.


Os militares, segundo fontes do governo, não tiraram os 23% da cartola. Fizeram uma troca. Aprovariam as mudanças na Previdência das Forças Armadas desde que, no mesmo projeto, conste uma cláusula de aumento dos ganhos mensais do generalato. Na proposta apresentada a Bolsonaro e seu ministro da Fazenda, Paulo Guedes, admitem ampliação do prazo de permanência (e de contribuição) dos militares na ativa, de 30 para 35 anos; idade mínima para aposentadoria de 55 anos para homens e mulheres; e desconto previdenciário para cabos, soldados, alunos das escolas de formação e pensionistas.


Dilema


O funcionalismo está ansioso para saber como o próximo presidente vai equacionar esse dilema, no pouco tempo que resta até 31 de dezembro de 2018. “Primeiramente, o presidente vai ter que agradar aos generais, sem perder de vista a Emenda Constitucional (EC 95) que estabeleceu o teto de despesas. O segundo passo será incluir esse possível aumento de gastos no Orçamento de 2019, já entregue ao Congresso, e que precisa ser aprovado até o fim do ano. E, depois, explicar como vai remanejar as verbas, indicando a fonte de recursos para o reajuste”, alertou Rudinei Marques.


Roberto Luis Troster, economista da Universidade de São Paulo, previu um quadro sombrio para a economia do país, com aumento da dívida pública e dos índices de desemprego. “Será um tiro no pé do crescimento. Antes de qualquer reparo nas perdas salariais, temos que repor os empregos. Tomara que isso não passe de um gesto sem muita consequência e que o projeto seja engavetado. Do contrário, o deficit nas contas públicos de R$ 139 bilhões vai aumentar”, afirmou Troster. No entender de Nelson Marconi, professor de macroeconomia e finanças públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), não há dúvida de que haverá uma enxurrada de pedidos de aumento salarial em 2019. “Essa é a lógica. As categorias de servidores, agora mais motivadas, vão se preparar para anos sem aumento, o que parece ser a orientação da nova equipe econômica.”


As contas do próximo governo vão começar pressionadas pelos R$ 6 bilhões do Judiciário e infladas pelos R$ 15 bilhões dos militares, assinalou Marconi. “Dificilmente, o futuro presidente vai segurar os militares, que o apoiaram”, destacou. Para a economia, o efeito “será péssimo”, mas, do ponto de vista político, pode ser um alento. “A responsabilidade, tanto do aumento do pessoal do Judiciário, com perigoso efeito-cascata nos estados, quanto dos militares, que também vai se espalhar de cima para baixo, pode ser transferida para o atual governo. Bolsonaro poderá, então, dizer no futuro que foi rigoroso e não cedeu às pressões”, apontou Marconi.


Por Vera Batista

PL Regulamenta Avaliação De Desempenho Do Servidor


BSPF     -     10/11/2018

Está em análise na Câmara dos Deputados Projeto de Lei Complementar (PLP) 539/18, que pretende regulamentar o procedimento de avaliação periódica de desempenho de servidores públicos estáveis das administrações diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 


De autoria do deputado Giuseppe Vecci (PSDB-GO), o texto informa que o servidor público estável com desempenho insatisfatório em duas avaliações periódicas consecutivas ou em três avaliações alternadas perderá o cargo público. Caberá à unidade de assessoramento jurídico do órgão ou entidade pública realizar o controle prévio da legalidade do processo.


A proposta será analisada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois será submetida ao Plenário.


Fonte: Anasps Congresso

Para Senado, MP Que Adia Aumento De Servidores Pode Ser Suspensa


Agência Brasil     -     10/11/2018
Parecer enviado ao STF diz que MP 849 tem "similaridade" com MP 805



Brasília - Em parecer encaminhado ontem (8) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), informou ser possível a suspensão, devido a irregularidade em sua edição, da Medida Provisória 849/18, que adiou a última parcela do aumento de salário concedido em 2017 a dezenas de carreiras do funcionalismo público.


A MP é alvo de ao menos quatro ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) propostas por entidades de servidores. Foram proponentes a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP); a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Proifes – Federação); a Associação Nacional dos Servidores Públicos da Previdência e da Seguridade Social; e a Associação dos Servidores Federais em Transportes (Asdner).


Segundo análise da Advocacia-Geral do Senado, informou Eunício, a MP 849 “guarda similaridade” com a MP 805, "atraindo a incidência" do parágrafo 10 do Artigo 62 da Constituição, segundo o qual “é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo”.


A MP 805, que adiava duas parcelas do aumento e foi editada ainda em 2017, perdeu validade em abril deste ano sem ter sido votada pelo Congresso. Antes, ela já havia tido sua eficácia suspensa pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski, que concedeu uma liminar (decisão provisória) a pedido do PSOL.


Em agosto, o governo editou a MP 849, adiando de 2019 para 2020 a última parcela do aumento.


Mesmo teor


Na ADI apresentada pela Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social, a entidade alega que as duas MPs possuem o mesmo teor – adiar parcela do aumento – e por isso uma não poderiam ter sido editada no mesmo ano em que a outra perdeu validade.


O parecer do Senado, ao dar suporte para o argumento da associação dos médicos, pode abrir caminho para que Lewandowski conceda liminar mais uma vez, suspendendo os efeitos da MP que adiou o aumento dos servidores.


Nas informações encaminhadas ao STF, Eunício afirma que os próprios parlamentares ainda devem votar se a MP 849 é regular ou não. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também deve dar ao Supremo seu parecer sobre a questão.


Além de peritos-médicos, podem se beneficiar de uma eventual suspensão da MP 849, servidores de carreiras jurídicas, médicas, diplomatas, especialistas do Banco Central e funcionários da Receita Federal, entre outros.

Bolsonaro Avalia Alterar Pensões E Aposentadorias Especiais Do Setor Público

BSPF     -     10/11/2018

A intenção de aprovar mudanças na Previdência ainda neste ano poderá levar o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) a recuperar uma proposta de 2017.


Elaborados por técnicos do Congresso, os textos preveem alterações que não precisam de emendas constitucionais, agilizando a tramitação no Legislativo. Entre os ajustes sugeridos, estão obstáculos a aposentadorias precoces, novos cálculos para pensões e modificações em aposentadorias especiais do setor público.


De acordo com o estudo, seria possível manter cerca de 70% do resultado que seria obtido com a reforma encaminhada pelo presidente Michel Temer para trabalhadores da iniciativa privada. Para servidores, a economia, apesar de não estimada, seria menor.


A proposta vincula valores de aposentadorias mais altos a partir de maior tempo de contribuição, dificultando manter o salário integral. O cálculo poderia ser adotado para servidores que ingressaram na União após 2004. Pensões seriam limitadas a 50% do valor integral, mais 10% por dependente. Seria possível acumular o benefício com a aposentadoria, mas sem ultrapassar três salários mínimos.


Classificada como fonte de “exageros e injustiças”, a falta de regulamentação das aposentadorias especiais a servidores públicos – por risco, atividades expostas a agentes nocivos à saúde e de pessoas com deficiência – também entraria no alvo. O objetivo é evitar interpretações dúbias da lei e dificultar a obtenção judicial dos benefícios.


A alíquota a ser descontada de servidores, entre o índice normal e o suplementar, seria de, no máximo, 22%. Nesse caso, a soma com Imposto de Renda não ultrapassaria 50% da remuneração, de acordo com a justificativa do estudo.


Parte das propostas estaria contida em um projeto de lei que, para ser aprovado, bastaria ter o apoio da maioria dos parlamentares em plenário. Há itens que necessitam de projeto de lei complementar, que passam por dois turnos de votação, a exemplo de ajustes na Constituição (PEC), mas que precisam de menos votos (257).


Os textos ainda não foram protocolados, o que pode levar à velocidade de aprovação menor do que a pleiteada pelo futuro governo. Caso os projetos recebam apoio da equipe de Bolsonaro, há ainda outro empecilho: a falta de votos no Legislativo, até mesmo de aliados.


Entre parlamentares, dificuldade para apoio


Além do pouco tempo para analisar projetos, há críticas sobre a ausência da fixação de idade mínima para a aposentadoria (exige PEC, barrada pela intervenção no Rio). A crítica é feita pelo deputado federal Beto Mansur (MDB-SP), principal articulador da proposta de Temer, que naufragou no início do ano sem ser apreciada.


— O coração da reforma é a idade mínima. Se tirar isso, não tem por que votar neste ano —critica, salientando que nunca contou com os votos da família Bolsonaro quando projetava o apoio à reforma, no ano passado.


Para o deputado Alberto Fraga (DEM-DF), líder da bancada da bala, as mudanças deverão ser feitas somente pelo novo Congresso, que terá quase metade das cadeiras renovadas. Ele ainda cita outra dificuldade: a fala do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que mencionou “prensa neles”, defendendo pressão sobre o Congresso para agilizar a aprovação.


—Tenho conversado com muitos colegas, ninguém disse que vota as matérias. Ainda mais com o desconforto pela declaração do Guedes — pontua Fraga.


Um dos parlamentares mais ativos na defesa do texto original de Temer também tem dúvidas sobre a viabilidade de alterações em 2018. Nos bastidores, questiona como o futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), irá negociar, já que foi um dos mais ferrenhos opositores da PEC.


— Foi mais radical do que o PT, como vai fazer a interlocução com o Congresso? — provoca.


Nesta quinta-feira (8), o governador eleito do Rio, Wilson Witzel (PSC), esteve com Bolsonaro e disse ter recebido a garantia do futuro presidente de que não defenderá a interrupção da intervenção federal no Estado para que seja possível realizar a votação integral da reforma.


Por Mateus Ferraz


Fonte: Diário Catarinense

Comissão Da MP Que Adia Reajuste De Servidores Deve Ser Instalada Dia 1



BSPF     -     10/11/2018


A instalação da comissão mista que irá examinar a Medida Provisória 849/2018 foi convocada para a segunda-feira (12). A MP, que passou a vigorar a partir de sua publicação em 1º de setembro, adia por um ano o reajuste de diversas carreiras estabelecido pela Lei nº 13.302/2016 para janeiro de 2019. Assim, servidores do Banco Central, da Polícia Federal e da Receita Federal, assim como médicos, professores e diplomatas somente receberiam os 4,5% de reajuste previstos na lei em janeiro de 2020. A MP também cancela alguns aumentos em forma de adicional ou gratificação.


A comissão, que deve eleger seu presidente e seu relator na reunião de instalação, já recebeu 123 emendas de deputados e senadores que pedem a rejeição parcial ou total do texto.


Na mensagem enviada ao Congresso Nacional, o ministro do Planejamento, Esteves Pedro Colnago Jr., informa que a MP alcança 209 mil servidores civis ativos e de 163 mil inativos. Segundo ele, irá propiciar uma economia de R$ 4,7 bilhões para o exercício de 2019, “representando uma contribuição expressiva para a readequação dos gastos públicos”. O Executivo argumenta que a restrição será importante para o equilíbrio das contas públicas.


Segundo a exposição de motivos do ministro do Planejamento ao presidente Michel Temer, os ajustes acordados com os servidores em 2015 durante o governo de Dilma Rousseff levavam em conta uma inflação sempre acima de 5% ao ano. E segundo ele, "atualmente este índice acumula alta de 4,39% nos últimos doze meses até junho de 2018”, o que justificaria a suspensão desses reajustes previamente acertados. A situação de "restrição fiscal e a Emenda Constitucional 95, que estabeleceu o teto de gastos públicos", também foram mencionadas pelo governo em favor da importância da MP.


Fonte: Agência Senado

Órgão Do Cade Recomenda Arquivar De Investigação Sobre Cartel Em Consignados


BSPF     -     10/11/2018

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) recomendou, em despacho nesta sexta-feira (9/11), o arquivamento de seis processos administrativos que investigam infrações à ordem econômica no mercado de crédito consignado.


Estão sendo investigados os bancos Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Caixa Econômica Federal, Banrisul e BRB. As instituições estariam exigindo exclusividade na celebração de contratos com entes públicos para a oferta de crédito consignado aos servidores vinculados.


Todos os processos foram instaurados em 2015. À época, o Tribunal do Cade homologou um Termo de Compromisso de Cessação de Conduta (TCC) com o Banco do Brasil, que investigava a instituição por prática de exclusividade para a oferta de crédito consignado a servidores públicos. O Conselho, então, decidiu apurar se a conduta também estaria sendo praticada por outros bancos.


Mas, segundo a Superintendência-Geral, a exigência de exclusividade não era sistemática em relação aos seis bancos investigados. Às vezes, diz o órgão, a prática era decorrente de exigência legal ou prevista nos editais dos processos licitatórios abertos pelos próprios entes públicos para a contratação das instituições financeiras.


Também não foi comprovada, segundo a autarquia, a ocorrência de dominância coletiva devido à inexistência de sistematização da prática e de indícios de conluio tácito. A parcela de mercado alvo de relações exclusivas, quando identificadas, eram limitadas e pontuais, não havendo evidências de risco de fechamento de mercado a rivais, disse a superintendência ao remeter os processos ao Tribunal do Cade com recomendação de arquivamento. Com informações da Assessoria de Imprensa do Cade.


Processos


08700.005761/2015-67
08700.005781/2015-38
08700.005766/2015-90
08700.005770/2015-58
08700.005755/2015-18
08700.005759/2015-98


Fonte: Consultor Jurídico

Abaixo-Assinado Contra Reajuste De Salários Do STF Ultrapassa 2 Milhões De Assinaturas


Congresso em Foco     -     09/11/2018


O abaixo-assinado que pede para que o presidente Michel Temer (MDB) vete o reajuste salarial de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a 2 milhões de assinaturas em dois dias. Criado na quarta-feira (7), quando o aumento foi aprovado no Senado, a petição on-line ultrapassou a marca de 2 milhões na manhã de hoje (sexta, 9). A meta é atingir os 3 milhões de assinaturas.


O abaixo-assinado foi criado pelo partido Novo e, além de pedir assinaturas, o partido também pede mobilização nas redes sociais por meio das hashtags #AumentoNão e #VetaTemer. Há também a convocação para manifestação contra o aumento para o próximo domingo (11), em Brasília. Os salários dos ministros passará de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil, reajuste de 16,38%.


No texto da petição, o partido afirma que o plano dos parlamentares é aumentar o teto remuneratório constitucional para incrementarem os próprios salários e de outras funções públicas. O Novo afirma ainda que o impacto do reajuste nas contas públicas é de R$ 6 bilhões, mas não cita fonte da estimativa. Segundo estudo da consultoria do Senado, o impacto será de pelo menos R$ 5,3 bilhões (leia mais abaixo).


Para passar a valer, Temer tem de sancionar o projeto de lei. Antes das eleições, o presidente chegou a conversar com o ministro Dias Toffoli, que se comprometeu a pautar o auxílio-moradia no Supremo caso o reajuste fosse aprovado no Congresso. Em sua primeira entrevista após assumir a presidência do STF, em setembro, Toffoli afirmou que o Supremo julgaria a questão do auxílio moradia caso o Senado aprovasse o projeto no Senado.


Contudo, estudo da Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado indica que o corte total do auxílio-moradia não seria capaz de compensar o aumento para juízes. Segundo dados obtidos pelo jornal O Globo, o auxílio-moradia de juízes federais custa aproximadamente R$ 333 milhões por ano. O reajuste aprovado custará R$ 717 milhões aos cofres da União.


1%


Em abril deste ano, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) sobre 2017, que mostram que os mais ricos ganham 36 vezes mais do que a metade mais pobre do país.


O seleto grupo de 1% dos brasileiros teve rendimento médio de R$ 27,2 mil em 2017, enquanto a metade mais pobre do país teve rendimento médio de R$ 754. No ano passado, de acordo com o IBGE, o rendimento médio domiciliar mensal real foi de R$ 1.271 per capita.


Impacto


Na quarta-feira (7), pouco antes da aprovação no Senado, a Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle da Casa estimou, em nota técnica, um impacto de pelo menos R$ 5,3 bilhões anuais no orçamento da União, levando-se em conta o “efeito cascata” que o reajuste deve gerar.


A nota técnica indica que, apenas para a União, o impacto fiscal deve ultrapassar R$ 1,7 bilhão. A consultoria do Senado também aponta que o impacto mínimo nos estados é de quase R$ 3,6 bilhões, mas faz a ressalva de que efeito fiscal pode ser ainda maior, uma vez que não foi possível localizar todas as informações para elaborar a estimativa com maior precisão.


Por Isabella Macedo - Repórter - Graduou-se em Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi (UAM-SP). Foi Foca do Curso Estado de Jornalismo, curso de extensão do jornal O Estado de S. Paulo em parceria com a Universidade de Navarra, em 2015. É repórter do Congresso em Foco desde maio de 2017.

“A Decisão É Do Presidente Temer”, Diz Bolsonaro Sobre Reajuste Do STF



BSPF     -     09/11/201

Capitão da reserva disse que não poderia intervir em decisão do Senado porque ainda não é presidente: “Tentam colocar na minha conta”


Em live transmitida pelo Facebook nesta sexta-feira (9/11), o presidente eleito, Jair Bolsonaro, jogou para o presidente Michel Temer a responsabilidade de vetar o reajuste salarial de 16,38% para o Judiciário. Ao lembrar que considera inoportuno esse aumento no atual momento do país, o capitão da reserva ressaltou que não teria poderes para intervir. “Estão tentando colocar na minha conta o reajuste do Judiciário. Mas não sou presidente ainda. A decisão não é minha. É do presidente Temer, se vai sancionar ou vetar”, reagiu.


Segundo Bolsonaro, a intenção daqueles que querem colocar sob sua responsabilidade o reajuste é fazê-lo iniciar o governo “com problemas junto a algumas instituições.” “Se eu fosse o presidente, tomaria a decisão. Mas não sou. A decisão agora está nas mãos do senhor Michel Temer, como estava nas mãos do senhor Eunício Oliveira [presidente do Congresso] a votação desse projeto”, destacou.


Reforma da Previdência não pode quebrar o trabalhador


“O jornal O Globo de hoje bota na minha conta a possibilidade de passar de 11% para 22% a contribuição previdenciária. Isso é um absurdo. Não podemos falar de salvar o Brasil quebrando o trabalhador. O que recebi em Brasília foram projetos para estudar o que se pode aproveitar ali para o ano que vem. Pelo que eu estou vendo, pouca coisa pode ser aproveitada. Nós queremos a reforma da Previdência, mas não podemos começar com a previdência do trabalhador que desconta os 11% do INSS. Tem coisa errada? Tem. Mas a previdência pública é a mais deficitária”.


Com informações do Portal Metrópoles

Ministros Do STF Podem Alcançar Aumento Acumulado De 40% Desde Janeiro De 2013


Jornal Extra     -     09/11/2018


Os salários pagos aos ministros do Supremo Tribunal Federal poderão alcançar um aumento de 40,03%, caso o presidente Michel Temer sancione o projeto de lei aprovado pelo Senado, na última quarta-feira, que oferece reajuste de 16,38% aos magistrados. O percentual vale para o período que começa em janeiro de 2013, quando os vencimentos passaram a ser de R$ 28.059,29. Com a provável sanção, eles passarão a R$ 39.293,32, com um ganho de R$ 11.234,03.


Em 2012, a ex-presidente Dilma Rousseff sancionou lei que determinou o pagamento de aumento, em três parcelas anuais, até 2015. O vencimento chegaria a R$ 30.935,36, em janeiro de 2015, mas uma nova legislação elevou o vencimento a R$ 33.763, a partir do início daquele ano. O valor é pago desde então aos ministros.


A lei sancionada por Dilma, em 2015, determinou também que as propostas de aumentos salariais passariam a ser de responsabilidade do próprio Supremo, respeitadas condições orçamentárias.


Em 2016, o ministro Ricardo Lewandowski enviou o projeto de lei prevendo o aumento até R$ 39.293,32. Mesmo com a crise econômica, o texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Com a mudança da presidência da Corte para a ministra Cármen Lúcia, ficou estabelecido que o texto não seria votado no Senado até a consolidação de uma recuperação fiscal.


De janeiro de 2013 a outubro desde ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que calcula a inflação oficial no país, registrou variação de 41,67%. De janeiro de 2015 (primeiro mês com o atual vencimento) a outubro de 2018, a variação foi de 25,71%, segundo dados do Banco Central (BC).


Por Nelson Lima Neto

Golpe Engana Servidores Ao Prometer Restituição De Contribuições Previdenciárias


Jornal Extra     -     09/11/2018


A Secretaria de Previdência alerta que servidores públicos federais, estaduais e municipais estão sendo alvo de um golpe. Funciona da seguinte forma: o funcionário recebe uma carta pela qual e é informado de que tem direito a restituição de contribuições previdenciárias indevidas. Com dúvidas, a vítima liga para o número informado na mensagem, e um funcionário da suposta instituição pede o depósito de uma taxa para acelerar a liberação dos valores.


Geralmente, as correspondências são enviadas em nome de instituições fictícias, como a “União Nacional dos Servidores Público (sic) Federal (sic)” e a “Federação Nacional de Previdência Privada”. As mensagens costumam explicar que os funcionários receberão os valores por causa de uma intervenção da Secretaria de Previdência, o que teria levado à extinção dos referidos planos de previdência, dando origem à alegada restituição.


O cabeçalho da carta contém números de telefone da cidade de São Paulo. Ao ligar, o servidor é orientado a fazer um depósito bancário, supostamente para acelerar a liberação da restituição.


Após receber denúncias de funcionários públicos sobre o assunto, a Secretaria de Previdência esclarece que todos os serviços e valores a receber — quando realmente existentes — são um direito dos servidores, portanto, disponibilizados de forma gratuita. Nesses casos, não é necessário pagar taxas nem realizar depósitos para garantir restituições ou reembolsos.


Além disso, em nenhuma hipótese a Secretaria de Previdência entra em contato com servidores por meio de cartas ou faz qualquer tipo de cobrança para prestar atendimentos e serviços.


A recomendação para quem receber esse tipo de correspondência é procurar a Polícia Civil para o registro de boletim de ocorrência. Além disso, a secretaria lembra que a população não deve fornecer seus dados pessoais a terceiros, pois essas informações podem ser usadas para fins ilícitos.

Bolsonaro: "Querem Colocar Na Minha Conta Decisões Sobre Previdência"


Agência Brasil     -     09/11/2018


Presidente eleito disse que não fechou nenhuma proposta


Brasília - O presidente eleito Jair Bolsonaro reclamou hoje (9), durante transmissão ao vivo pelas redes sociais, que querem colocar na conta dele decisões sobre a Previdência que não foram tomadas. “O que recebi em Brasília foram projetos”, destacou, afirmando que não fechou ainda nenhuma proposta de reforma.


Ele voltou a negar a ideia de aumentar de 11% para 22% a alíquota do INSS e também fixação mínima de 40 anos para concessão de aposentadoria integral.


“O que estou vendo (sobre as propostas atuais) é que pouca coisa pode ser aproveitada", disse.


Bolsonaro ressaltou que a Previdência do funcionalismo público é a mais deficitária e precisa ser revista. Mais uma vez, ele disse que não quer ver o Brasil “transformado” em uma Grécia - onde os contribuintes tiveram que aumentar o pagamento do desconto linear para 30%, segundo Bolsonaro.


O presidente eleito apelou para a compreensão da sociedade sobre a necessidade de aprovar mudanças no sistema previdenciário. “Todos têm de entender que está difícil”, afirmou. “Não podemos falar em salvar o Brasil, quebrando o Brasil.”


Bolsonaro se reuniu ontem (8), em Brasília, com parlamentares de vários partidos na tentativa de buscar acordos para aprovar a reforma da Previdência. Inicialmente, ele estuda discutir apenas as medidas infraconstitucionais – aquelas que não dependem de mudanças na Constituição -, apressando assim o processo.


Na próxima semana, o presidente eleito retorna a Brasília para mais reuniões. Ele tem conversas marcadas com os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A disposição é para garantir meios de aprovar as medidas consideradas urgentes na
Previdência.


O presidente eleito também lembrou que o reajuste do Judiciário não é responsabilidade dele, mas sim do governo Michel Temer. "Estão botando na minha conta o reajuste do Judiciário para eu começar o governo com problemas. Mas eu só dei a minha opinião. Achei inoportuno. "

Servidores Federais Prometem Reação À Possível Adiamento De Reajuste


O Dia     -     09/11/2018


As categorias do funcionalismo federal que têm reajuste previsto para janeiro de 2019 vão fazer de tudo para barrar qualquer tentativa do governo de transição de adiar o aumento salarial. O presidente Michel Temer editou medida provisória em setembro para postergar os efeitos da lei que garante as correções remuneratórias, e diversas entidades já entraram com ações no Supremo Tribunal Federal (STF). Mas, a princípio, a Corte vai aguardar o Congresso Nacional decidir se torna a MP em lei — por meio de votação — antes de analisar os processos protocolados.


Conforme o Estadão Conteúdo informou ontem, está nos planos da equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro o adiamento dos aumentos das carreiras (com diferentes percentuais), como auditores da Receita, médicos peritos do INSS, policiais rodoviários federais, e outros. E o governo de transição articula a aprovação da MP no Congresso.


Diretor-presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP), Francisco Cardoso disse que a classe não aceitará "descumprimento de acordo" feito com a União. E acrescentou que o Parlamento aprovou, na quarta, reajuste de ministros do STF — o impacto é de R$ 4 bilhões.


"Incongruência"


Cardoso ressaltou que tanto sua categoria quanto as outras vão insistir com as ações que estão no Supremo caso o Congresso aprove a MP que adie os reajustes. "A partir do momento em que o próprio Congresso aprova reajuste para os ministros do STF, que é a carreira no topo da remuneração, é incongruente o discurso de adiar o reajuste das categorias que não estão no topo", criticou.


Relatoria


Assim que foi publicada a MP, em 2 de setembro, a União Nacional dos Auditores e Técnicos de Finanças e Controle e a ANMP deram entrada na Corte. Depois, mais quatro processos foram apresentados por outras classes. A maioria das ações foi para o ministro Ricardo Lewandowski, que já havia sido relator de ação semelhante em 2017, e suspendido o adiamento.


Acordo com Dilma


Todos os reajustes do funcionalismo federal haviam sido acordados pelos representantes das categorias com a então presidente Dilma Rousseff, antes do processo de impeachment ser concretizado pelo Congresso. O presidente Temer acabou tirando as negociações do papel. Mas, depois, voltou atrás: editou a MP em 2016 e, agora, em 2018, para postergar as elevações remuneratórias.


Por Paloma Savedra

Bolsonaro Nega Proposta De Alíquota De 22% Para A Previdência


Agência Brasil     -     09/11/2018


Brasília - O presidente eleito Jair Bolsonaro disse hoje (8), nas redes sociais, que não é da sua equipe a proposta de reforma da Previdência que estabelece um aumento do tempo de contribuição para aposentadoria integral, elevando o prazo para 40 anos. Ele também negou a autoria da criação da alíquota de 22% para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).


“Não são de nossa autoria como tentam atribuir falsamente”, destacou.


Ao longo da semana, em que passou a maior parte dos dias em Brasília, Bolsonaro tratou do assunto com parlamentares, integrantes da equipe de transição e com o próprio presidente Michel Temer. A ideia é tentar garantir a aprovação, ainda este ano, de alguns pontos “possíveis” pelo Congresso Nacional.


O presidente eleito chegou a defender a fixação da idade mínima de 61 anos para os homens e 56 para mulheres. O economista Paulo Guedes, confirmado para o Ministério da Economia, acredita que se houver avanços até dezembro, o futuro governo pode aprofundar outras questões mais polêmicas a partir de 2019, como a que trata da idade mínima.


Em meio a dificuldades pela falta de consenso no Congresso Nacional, Bolsonaro indicou que a negociação passa por buscar a aprovação de medidas que não alterem a Constituição. Assim, fica assegurada, como consequência, a intervenção federal no Rio de Janeiro até 31 de dezembro.


Alterações da Constituição não podem ser feitas durante a decretação de estados de sítio, de defesa ou de intervenção federal.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Reajuste Salarial De 16% Apenas Recompõe Perdas Inflacionárias, Dizem Ministros Do STF


G1     -     08/11/2018

Nesta quarta (7), Senado aprovou aumentar vencimentos dos magistrados do STF de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil. Antes de entrar em vigor, proposta precisa ser sancionada por Michel Temer.


Brasília - Os ministros Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmaram nesta quinta-feira (8) que o reajuste de 16,38% nos salários dos integrantes da Corte –aprovado na véspera pelo Senado – representa apenas uma recomposição de perdas inflacionárias, e não um aumento salarial.


Os senadores aprovaram nesta quarta-feira (7) projeto que reajusta de R$ 33,7 mil para mais de R$ 39 mil os subsídios dos ministros do STF. Como os salários dos magistrados da Suprema Corte são o teto do funcionalismo, o aumento irá provocar um efeito dominó nos contracheques da magistratura.


O “efeito cascata” se dá porque os vencimentos do Supremo, segundo a Constituição, servem de teto para o funcionalismo público de todas as esferas. Muitos servidores de Executivo, Legislativo e Judiciário estaduais sofrem um corte no salário por causa dessa regra, o chamado "abate-teto".


Com o aumento dos vencimentos aprovado pelo Congresso, os funcionários públicos que ganham mais do que um ministro do STF (em razão do acúmulo de benefícios, por exemplo) passariam a ter um corte menor. A estimativa é de que o aumento salarial gere, pelo menos, R$ 4 bilhões de despesas extras nas contas públicas.


O presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, defendeu o reajuste na manhã desta quinta durante encontro com presidente de tribunais de Justiça. Na avaliação de Toffoli, o aumento salarial aprovado pelos congressistas é uma recomposição "justa e correta" das perdas inflacionárias do período entre 2009 e 2014.


O presidente do STF pretende acelerar o julgamento que analisará a legalidade do auxílio-moradia pago aos magistrados. A eventual extinção do benefício é uma das alternativas para reduzir o impacto do reajuste aprovado pelo Congresso.


Ao chegar para a sessão desta quinta, o ministro Marco Aurélio Mello defendeu o aumento. "É uma reposição do poder aquisitivo considerado o período entre 2009 e 2014. E era para estar aprovado desde 2016", ponderou o magistrado.


Marco Aurélio concordou que é hora de tratar do auxílio-moradia e afirmou que o benefício, garantido a todos os magistrados em razão de uma liminar do ministro Luiz Fux, não está previsto em lei.


"Eu, por exemplo, sustentarei que há de estar previsto em lei. O administrador público só pode fazer o que está autorizado em lei. O particular não pode fazer tudo, desde que não esteja proibido", enfatizou.


Ele destacou ainda que a lei orgânica da magistratura menciona o auxílio, mas prevê que seja regulamentado, o que não aconteceu neste caso.


Questionado sobre se esse seria o momento adequado para reajustar os vencimentos dos magistrados da Suprema Corte, na medida em que o país está com mais de 10 milhões de desempregados, Marco Aurélio ironizou a ministra Cármen Lúcia.


"Eu admiro o voto de pobreza da ministra Cármen Lúcia", referindo-se ao fato de que a magistrada se manifestou contra o aumento por conta do momento econômico do país.


O general Augusto Heleno, que vai chefiar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Bolsonaro, disse que a aprovação do reajuste traz "preocupação", mas negou que seja considerada uma "derrota" pelo futuro governo.


“Não é derrota. É preocupação. Não considera, tenho certeza que ele [Bolsonaro] não considera derrota. É uma preocupação até pelos gastos que foram anunciados. Mas isso tem que ser muito bem estudado, não dá para fazer essa avaliação aqui. Isso aí ele tem que avaliar, principalmente o doutor Paulo Guedes, para verificar qual impacto”, afirmou.


Nesta quarta (7), indagado sobre a possível votação do reajuste pelo Senado, Bolsonaro respondeu que não seria o momento adequado para aprovar medidas que representassem aumento de gastos.


"Acho que estamos numa que fase todo mundo tem ou ninguém tem. Sabemos que o Judiciário é o mais bem aquinhoado entre os poderes, a gente vê com preocupação... Obviamente que não é o momento (de aumentar gastos)", disse o presidente eleito.


Discussões no Supremo


Em 2015, o então presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei com a proposta de aumento de 16,38%, que foi aprovada na Câmara em 2016 e, desde então, estava parada. Durante a gestão de Cármen Lucia à frente da Corte (entre setembro de 2016 e setembro de 2018), ela foi contra incluir o reajuste no Orçamento em razão da crise fiscal.


Em sessão administrativa em agosto deste ano, a maioria dos integrantes do tribunal (7 votos a 4) decidiu incluir a proposta de aumento salarial no Orçamento de 2019, estipulando uma fonte de recursos para que o Senado aprovasse o reajuste. Votaram contra o aumento, além de Cármen Lucia, os ministros Celso De Mello, Rosa Weber e Edson Fachin.


Ao chegar ao STF nesta quinta, Lewandowski também saiu em defesa do reajuste aprovado pelo Senado.


"O Senado é que decidiu. Nós temos uma defasagem, e ela cobre uma parte dessa desafasagem dos vencimentos dos juízes em relação à inflação", opinou Lewandowski.


O ministro do Supremo não quis comentar a possibilidade de o próprio tribunal extinguir o auxílio-moradia da magistratura.


Derrotada na votação que autorizou incluir o pedido de reajuste salarial na proposta de orçamento do ano que vem, Rosa Weber evitou comentar a decisão do Senado ao ser questionada nesta quinta por jornalistas.


“Acho que, nessas questões institucionais, quem fala pelo tribunal é o presidente", limitou-se a dizer a magistrada.


Já Celso de Mello lembrou que foi contra o aumento: "Eu fui voto vencido no plenário administrativo do Supremo. Fui contra."


Por Mariana Oliveira e Rosanne D'Agostino

Paulo Guedes Quer Restringir Reajuste A Servidor


ISTOÉ DINHEIRO     -     08/11/2018

A equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), pretende ser linha-dura nas negociações de reajuste dos salários dos servidores públicos. A estratégia é conseguir não só o adiamento do reajuste dos servidores de 2019 para 2020, como também restringir aumentos nos anos seguintes do mandato, segundo apuraram o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado).


A intenção é conceder “nada além” do que a legislação obriga. A folha de pessoal é a segunda maior despesa do Orçamento, depois dos benefícios previdenciários, e o item dos gastos obrigatórios onde há margem de manobra para cortes.


O governo de transição articula nos bastidores a aprovação da medida provisória (MP) que adia o reajuste, encaminhada em setembro pelo governo Michel Temer. A aprovação é um dos itens prioritários na agenda de interesse do novo governo com o Congresso. Um integrante da equipe de transição de Bolsonaro informou que os salários de categorias mais elevadas são altos e há espaço para a contenção de gastos nessa rubrica orçamentária.


A prioridade zero da equipe do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, é “cortar, cortar, cortar” as despesas, disse a fonte. Para acelerar o ajuste, o time da transição avança na elaboração de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) com instrumentos para desamarrar o Orçamento das diversas vinculações. O governo só pode dispor livremente de 7,1% das despesas previstas no Orçamento de 2019, o primeiro do próximo presidente.


Gatilhos. A equipe de Bolsonaro também conta como aliados os gatilhos que podem ser acionados em caso de descumprimento do teto de gastos. A emenda constitucional que criou o limitador de despesas prevê uma série de ações a serem adotadas, como a proibição de reajuste salarial, criação de cargos e concessão de novas renúncias. O risco de estouro do teto não é visto como algo tão grave num contexto em que as medidas forem sendo adotadas. O importante, na visão da equipe, é o efeito “econômico” da política que for adotada. 


É nesse cenário que se insere a necessidade de pagamento à Petrobrás do valor devido pela União na revisão do contrato de cessão onerosa de exploração do pré-sal para abrir caminho ao megaleilão que pode render R$ 100 bilhões.


O grupo da transição recebeu informações de que o Tesouro pode ficar com pelo menos R$ 60 bilhões do resultado do leilão, após pagar a Petrobrás. O problema é que o teto de gasto não comporta o pagamento bilionário à estatal, de teria de ser registrado no Orçamento.


A equipe defende que não seja feita nenhuma manobra para escapar do teto, mesmo que para isso ele seja descumprido, o que acionaria os gatilhos, considerados importantes “armas” para o ajuste fiscal.


O leilão na área de telecomunicações (5G de telefonia celular) também é considerado importante fonte de recursos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


(Estadão Conteúdo)

União Não Pode Descontar Em Folha De Pagamento Valores Indevidamente Pagos A Título De VPNI


BSPF     -     08/11/2018

A 1ª Turma do TRF 1ª Região determinou que a União Federal interrompesse imediatamente os descontos na folha de pagamento da autora de valores que foram indevidamente pagos pela Administração a título de Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada (VPNI). Na decisão, o Colegiado entendeu não ser cabível a efetivação de descontos em folha de pagamento para fim de reposição ao erário quando se tratar de verba remuneratória recebida de boa-fé pelo servidor, mesmo que seja indevida ou paga a maior.


Na apelação, a União Federal sustentou que a Lei nº 8.112/90 autoriza expressamente o desconto de valores recebidos indevidamente por servidor público, e, ainda, que o recebimento indevido da rubrica n. 00031 (Complemento de Salário Mínimo), posteriormente transformada na rubrica n. 82601 (VPNI), é hipótese que autoriza a dúvida sobre a boa-fé dos servidores.


Em seu voto, o relator, juiz federal convocado Marcelo Pinheiro, explicou que o excesso de remuneração tende necessariamente a ser absorvido por futuros reajustes ou reestruturação da carreira, pois a VPNI nasce com vocação de se extinguir. “Nenhuma VPNI nasce para ser eterna no sistema de remuneração do servidor. Ela se desvincula inteiramente dos critérios anteriores de reajuste da vantagem, da qual ela se transformou, e passa a ter um critério todo próprio de reajuste, podendo até mesmo chegar à extinção”, disse.


Por essa razão, segundo o magistrado, não há que se falar em reposição ao erário dos valores indevidamente pagos a título VPNI. “É pacífica a orientação jurisprudencial de que não é cabível a efetivação de descontos em folha de pagamento para fim de reposição ao erário, seja nos vencimentos ou proventos do servidor, quando se tratar de verba remuneratória por ele percebida de boa-fé, mesmo que seja indevida ou tenha sido paga a maior, por erro da Administração ou interpretação errônea ou aplicação equivocada da lei”, esclareceu.


O relator concluiu seu voto reforçando que o Superior Tribunal de Justiça (STJ), no julgamento do RE nº 1.244.182/PB, definiu que a interpretação errônea da Administração que resulte em um pagamento indevido ao servidor acaba por criar-lhe uma falsa expectativa de que os valores por ele recebidos são legais e definitivos, daí não ser devido qualquer ressarcimento.


A decisão foi unânime.



Processo nº 0080325-25.2013.4.01.3400/DF
Fonte: Assessoria de Imprensa do TRF1