Logomarca do portal

Logomarca do portal
Prezado leitor, o Portal do Servidor Publico do Brasil é um BLOG que seleciona e divulga notícias que são publicadas nos jornais e na internet, e que são de interesse dos servidores públicos de todo o Brasil. Todos os artigos e notícias publicados têm caráter meramente informativo e são de responsabilidade de seus autores e fontes, conforme citados nos links ao final de cada texto, não refletindo necessariamente a opinião deste site.

OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

OS DESTEMIDOS  GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO
A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

SINDSEF RO

SINDSEF RO
SINDICATO DOS SERVIDORES PUBLICO DE RONDÔNIA

NOTÌCIAS DA CONDSEF

NOTÌCIAS DA CONDSEF
CONDSEF BRASIL

GRUPO DE VENDAS DE IMÓVEL

GRUPO DE VENDAS DE IMÓVEL
QUER COMPRAR OU VENDER É AQUI!!

CAPESAUDE/CAPESESP

CAPESAUDE/CAPESESP
FOMULÁRIOS

Fale com a CAPESESP

Fale com a CAPESESP
ATEDIAMENTO VIRTUAR

SELECIONE SEU IDIOMA AQUI.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Reajuste de servidores


Reajuste de servidores


BSPF     -     12/09/2012   




O relatório de receitas para o Orçamento da União em 2013 deve ser apresentado no dia 10 de outubro – três dias após o primeiro turno das eleições para prefeito e vereador. 


A partir dessa data, devem começar as discussões sobre as propostas de gastos, que incluem investimentos governamentais, no âmbito da Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Foi o que informaram o presidente da comissão, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), e o relator do projeto orçamentário, senador Romero Jucá (PMDB-RR), logo após reunião com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.


Em entrevista à Rádio Senado, Jucá declarou que a reunião teve caráter preparatório, “de nivelamento técnico entre as informações do Congresso e as informações do governo”.


– Discutimos com a ministra as condições para reajustar o Orçamento visando despesas novas, principalmente no que tange aos investimentos – disse ele, acrescentando que saúde, educação e programas sociais estão entre as prioridades.

Reajuste de servidores


Ao ser questionado sobre o reajuste dos servidores públicos federais, que motivou a recente greve de várias categorias, Jucá reiterou que “já há um encaminhamento e um entendimento feito pelo Executivo com o Judiciário e o Legislativo no que diz respeito ao reajuste salarial dos servidores”, referindo-se ao aumento de 15,8% a ser dado nos próximos três anos.


– O que não houve a mais de reajuste vai ter de ser negociado com o governo. As categorias que ficaram de fora terão de procurar o governo para chegar a um entendimento – afirmou o senador.

Fonte: Agência Senado
 

Nova previdência do servidor federal vai mudar regra para 450 mil cargos


Nova previdência do servidor federal vai mudar regra para 450 mil cargos


Djalma Oliveira
Jornal Extra     -    





O fundo complementar de previdência dos servidores federais, programado para entrar em vigor em janeiro de 2013, vai mudar as regras de aposentadoria para cerca de 450 mil cargos públicos federais, que têm salários acima do teto do INSS (hoje de R$ 3.916,20). 


Para quem já ocupa essas funções, a alteração não será obrigatória, apesar de os servidores terem a possibilidade de migrar para o novo regime. 

No entanto, quando se aposentarem ou deixarem o serviço público, a partir do próximo ano, seus substitutos terão que contribuir para o fundo complementar, se quiserem ganhar mais do que o valor máximo pago pela Previdência Social.

O governo tem até o fim de outubro para enviar à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) os estatutos dos fundos de previdência dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
 

Executivo linha-dura


Executivo linha-dura


Priscilla  Oliveira
Correio Braziliense      -     13/09/2012




As categorias de servidores federais que não fecharam acordo com o Ministério do Planejamento devem ficar sem reajuste salarial em 2013, segundo o relator do Orçamento Geral da União, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Ele explicou que o texto enviado está justo e realista e o governo já estimou as despesas de uma forma bastante forte, portanto não há muito espaço para novas despesas com pessoal.

O senador ressalvou que a única forma de conceder reajustes para quem não assinou os acordos é por intermédio do governo. A lei que concede reajuste salarial é privativa do Executivo. É ele que tem que enviar para o Congresso. Não adianta o Legislativo propor essa lei porque seria inconstitucional, afirmou Jucá.

Para os servidores do Judiciário e do Legislativo, contemplados por projetos de aumentos superiores a 15,8% tramitando no Congresso, a possibilidade de conseguir o reajuste também é pequena, segundo o relator.

Jucá prevê a necessidade de ampliar os recursos estimados no projeto do Orçamento, mas não para reajustes salariais. Na primeira reunião com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, o senador defendeu o aumento da receita destinada às áreas de saúde e agricultura, além da previsão de recursos para atender a Lei Kandir, que trata da compensação à renúncia fiscal dos estados exportadores.

O valor do aumento, entretanto, ainda não foi estimado pela Comissão de Orçamento, mas está sendo estudado em conjunto. Queremos um Orçamento mais próximo da realidade, portanto queremos fazê-lo em sintonia com o Executivo, afirmou Jucá.

DAS terá aumento de 25%


DAS terá aumento de 25%


Ana  D’Angelo
Correio Braziliense     -     13/09/2012




Cargos de confiança, utilizados para acomodar indicações políticas, receberão aumento bem acima dos 15,8% reservados à maior parte dos servidores 

O governo não fez questão de divulgar, mas inseriu na proposta de Orçamento encaminhada há duas semanas ao Congresso Nacional previsão de reajuste de até 25% em três anos para as funções e cargos comissionados de livre nomeação nos diversos ministérios e órgãos do Executivo, incluindo os de Direção e Assessoramento Superior (DAS). Existem hoje 87.245 desses postos no Executivo, dos quais 22.084 são de DAS.

O Palácio do Planalto reservou o percentual maior — os 25% — àqueles que são muitas vezes utilizados para acomodar apadrinhados e indicações políticas. Para os cargos de confiança ocupados mais frequentemente por servidores de carreira e de menores valores, como os DAS-1 e DAS-2, o reajuste foi bem menor, de 5,3% em três anos, ou 1,74% por ano. Também é esse o caso das funções comissionadas, que, a não ser no caso do Banco Central, são exclusivas de concursados.

Os novos valores, que vão vigorar a partir do mês de janeiro de 2013, de 2014 e de 2015, foram inseridos sem alarde no extenso Projeto de Lei 4.369, que prevê reajuste médio de 15,8% para 13 carreiras, entre elas, a do Seguro Social, dos fiscais agropecuários e do Plano Geral de Cargos do Executivo (PGPE).

A menção à elevação dos valores está no meio da mensagem referente ao projeto 4.369 encaminhada ao Congresso. O governo alega que o último reajuste foi em agosto de 2008 e que a revisão é "necessária, notadamente, para a valorização das posições de direção e de gerência intermediária nos órgãos e entidades da administração pública".

Na entrevista coletiva em que anunciou a proposta orçamentária da União para 2013, em 30 de agosto, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, nada mencionou sobre o reajuste dos cargos comissionados que o governo já preparava desde pelo menos 2010. Presente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também nada comentou. Nem mesmo os servidores públicos, sempre atentos, perceberam a inclusão do aumento em um dos projetos de lei.



Defasagem

As gestões do PT elevaram a quantidade de cargos de confiança no governo federal. Desde 2003, o aumento chegou a 27%: de 68.931 no final de 2002 para os 87.245 que existem hoje. Já os DAS cresceram 20%, passando de 18.374 para os atuais 22.084.

O DAS-6, de maior valor, subirá de R$ 11.179,36 para R$ 12.042,60 a partir de janeiro de 2013. Em janeiro de 2015, será de R$ 13.974,20. Todos os Cargos de Natureza Especial (NES), que são, em geral, ocupados por secretários dos ministérios, subirão 25%. Os da estrutura da Presidência da República e dos ministérios passará dos atuais R$ 11.431,88 para R$ 14.289,85 em 2015.

O governo alega que esses valores estão defasados em relação aos salários dos demais servidores e mesmo da iniciativa privada. Por isso, tem dificuldade de atrair profissionais competentes sem vínculo com o serviço público para exercer alguns cargos estratégicos. É o caso do secretário do Tesouro Nacional, o economista Arno Augustin, que tem um DAS-6. Para aumentar sua remuneração atual de R$ 11.179,36 brutos, o governo o contemplou com a participação no Conselho de Administração da Embraer, como representante da União. Recebe em torno de R$ 30 mil por mês para participar de uma reunião mensal.

Nas agências reguladoras e no Banco Central, o governo também concederá reajuste maior para os cargos de livre provimento ocupados por especialistas da iniciativa privada e os apadrinhados. Já os destinados exclusivamente aos servidores das carreiras terão apenas os 5,3% em três anos. Na avaliação do governo, o reajuste é menor para esses últimos porque os servidores de carreira já estão ganhando bem. Alguns, como o DAS-3 e CA III das agências reguladoras subirão 16%.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Historia do Adanil Oliveira Rodrigues


  • DA MALÁRIA À DENGUE, UM VIVA AOS GUERREIROS DA FLORESTA!
    Por Montezuma Cruz, Terça, 11 de Setembro de 2012 às 18:25              
    Antes de se mudar para Jaru (Rondônia), a 228 quilômetros de Porto Velho, Adanil Oliveira Rodrigues, mineiro de Ipanema, passou por Grandes Rios e Barbosa Ferraz (ambas no Paraná). Perguntei-lhe do sanitarista Raul Diniz, lembrando-o pelo teste com a mefloquina no extinto Território Federal. Adanil não apenas recordou a luta da Sucam nos tempos de Diniz, mas o sacrifício de maridos e mulheres para salvar os filhos do ataque da malária.

    Diniz era o responsável pela Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam) no velho Território. Adanil (foto abaixo) depõe: “Mais de 28 anos de labuta que não desejo a ninguém! No inicio o bicho pegava, a malária estava em alta e os guerreiros, digo, soldados do combate, tinham de encarar as áreas endêmicas e o dito cujo adentrava em locais onde o filho chorava e a mãe não ouvia! Geralmente ficávamos fora de casa até 15 dias! E se almoçávamos, muitas vezes dormíamos sem janta. Não que os moradores regulassem o que comer, é que a situação era precária, os migrantes vinham de rincões distantes e com pouco recurso. Dormiam em escolas e até em tulhas ou
    em redes, debaixo de árvores”.Emociona-se: “Cobras e onças rondavam o ambiente, mas a luta valeu, porque derrotamos a malária, combatendo-a com o famoso DDT, que para o Ministério da Saúde não apresentava efeitos colaterais. Hoje (ainda em 2012), vários colegas estão com sequelas! Eu, com cinco e meio por cento de contaminação! Movemos ação contra o governo, porque o DDT é biodegradável, isto é, não sai do sangue e causa vários sintomas. No governo FHC perdemos o direito de aposentarmos aos 25 anos de serviço, por insalubridade. Continuo na ativa no combate à dengue, agora com trabalho mais leve, e mesmo assim ainda nos entristecemos ao ouvir pessoas dizerem que não fazemos nada! Pimenta no olho alheio é refresco! Com fé em Deus, vamos tentar controlar a dengue, o que depende do apoio da população: o trabalho é conscientização e tratamento químico. Vamos pedir a Deus que afaste uma epidemia, pois não se brinca com essa doença que mata e deixa pessoas deficientes!”

    Dizia-se em meados dos 1970 que um parente poderia ficar sem o endereço do outro que se mudou para Rondônia, entretanto, se recorresse aos trabalhadores da Sucam iria encontrá-lo com facilidade. Mais rapidamente que os Correios. Os heróis da floresta, esses agentes de saúde sabiam onde localizá-los. Com precisão impressionante.
    Até o final dos anos 1970 a fama pertencia a Ariquemes, pejorativamente conhecida por Aritremis, mas em 1984 Jaru passava à frente nas lamentáveis estatísticas da malária. Alcançava a triste classificação de “campeão mundial da malária”. 74

    Publiquei na edição de 6/2/1984 no Jornal do Brasil a informação do médico Olivar Emmanoel Coutinho da Fonseca, então diretor da Unidade Mista de Saúde daquele município da BR-364, a 280 quilômetros de Porto Velho: de cada quinhentos internamentos, pelo menos trezentos eram motivados por essa doença, campeã das endemias no mundo.

    “É impossível acabar com ela”, desabafava o médico Emannoel Fonseca. Em trabalho conjunto com a Sucam, ele destacava 15 agentes de saúde para conscientizar a população rural – especialmente nos projetos de colonização – sobre os efeitos de drogas à base de quinino e as maneiras de evitar a malária. Quinze por cento dos casos ocorridos em Jaru haviam sido detectados na zona urbana, principalmente entre homens. A situação piorava com a chegada de garimpeiros à Serra Sem Calças, constatava o então secretário de saúde, José Adelino da Silva.

    A equipe dos professores Cláudio Ribeiro e Leônidas Deane, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, voltava para o Rio de Janeiro em julho de 1986. No relatório, escreveram que a incidência de malária em Rondônia assustava “o sanitarista mais imunizado.” Uma menina de apenas seis anos de idade havia sido vítima de dez surtos da doença.
    A angústia dos colonos crescia, na medida em que visitavam a cidade, onde já preocupava a ocorrência de tifo, leishmaniose e hanseníase.

    A 30 quilômetros dali, a malária matava quatro pessoas em Ouro Preto do Oeste. Atacados pelo mosquito anofelino (transmissor da doença) no Distrito de Abunã, um geólogo, um administrador, um motorista e 20 trabalhadores braçais tiveram que paralisar a pesquisa de ouro e cassiterita. Os maiores focos nessa região alastravam-se nos garimpos de Mutumparaná e Paredão.

    A partir de Jaru, a doença era reconhecida não apenas nos relatórios da Saúde Pública, mas despertava o Banco Mundial. Oscar Echeverría, economista dessa instituição, informava a respeito do interesse do banco em apoiar o combate aos focos da doença. Prometia aumentar para 55% a parcela de recursos ao setor de saúde em Rondônia. Explica-se: o banco financiava o Programa Integrado de Desenvolvimento do Noroeste do Brasil (Polonoroeste), que custeava a ferro e a fogo a colonização rondoniense, investindo só em 1984 o montante de 80 bilhões de cruzeiros no mais novo estado brasileiro.

    Para controlar a malária, o banco buscava o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da extinta (e ressuscitada em 2010) Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). Mas essa doença, que não atacava apenas em Jaru, estava por todos os cantos de Rondônia.

    Montezuma Cruz" Para Adanil Oliveira Rodrigues

    Adanil Oliveira Rodrigues"

    Lembro de que os Técnicos do CNPQ vinha de Manaus pensa em um sofrimento era asse pessoal que saia de suas casas estes ficavam meses fora! Lembro me de Dr Nelson e sua equipe eles borrifavam anofelinos com tinta de varias cores e os soltavam em determinado área, e saiam a captura de oito a dez km e os pintados com tinta aparecia! Com isso eles sabiam o raio de ação dos focos e determinavam a forma de combate! Devemos muito a eles e a nossos superiores que com competência souberam como erradicar a malária de nosso município! Amigo Montesuma valeu pelo empenho em mostrar o nosso sofrimento que com fé em Deus resistimos e tivemos o exito em nossos propósitos! Um abração!

Saiu pesquisa registrada no TRE/RO para prefeito de Ji-Paraná

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Saiu pesquisa registrada no TRE/RO para prefeito de Ji-Paraná
Jesualdo Pires (PSB) – 67,4 %

Solange Pereira (PMDB) - 18,2 %

Indecisos – 14,4 %

Margem de erro – 3 para mais ou para menos.

A pesquisa foi feita pela empresa Fonte Real Consultoria e foi encomendada pelo site O rondoniense.
Número de registro TRE/RO: 00076/2012

Proposta cria 82 cargos em TRT sediado no Rio de Janeiro


Proposta cria 82 cargos em TRT sediado no Rio de Janeiro


Agência Câmara de Notícias     





A Câmara analisa o Projeto de Lei 4227/12, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que cria 82 cargos de analista no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 1ª Região, sediado na cidade do Rio de Janeiro (RJ). 

Os funcionários deverão ser especialistas em tecnologia da informação e comunicação.

Segundo a proposta, o TRT enfrenta escassez de servidores para dar suporte técnico à implantação do Processo Judicial Eletrônico, que ocorre atualmente em todas as instâncias da Justiça do Trabalho.


O TST ressalta que os novos cargos também são necessários por causa do aumento da movimentação processual no TRT da 1ª Região, provocada pelo “significativo crescimento econômico” do estado do Rio de Janeiro, com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os investimentos em infraestrutura urbana para a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.


O tribunal argumenta que o maior número de empregos no estado tem repercussão na quantidade de lides trabalhistas e, consequentemente, no acréscimo da carga de trabalho.


De acordo com o projeto, os recursos para a execução da lei virão do Orçamento Geral da União.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Professores da UFF decidiram manter a greve


Professores da UFF decidiram manter a greve


Clarissa  Thomé
O Estado de S. Paulo     -    





Os professores da Universidade Federal Fluminense (UFF) decidiram nesta terça-feira (11) manter a greve, iniciada há quase quatro meses. Durante a assembleia, 134 docentes optaram pela manutenção da paralisação; 55 votaram pela volta às aulas e quatro se abstiveram.

Os professores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro se reúnem ainda esta semana para decidir sobre a greve. As outras duas universidades federais no Estado - a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal do Estado do Rio (UniRio) - já decidiram pelo fim da greve.

Servidor federal que teve o ponto cortado vai receber salário nesta quarta-feira


Servidor federal que teve o ponto cortado vai receber salário nesta quarta-feira


Djalma Oliveira
Jornal Extra     -     11/09/2012





A União vai pagar nesta quarta-feira, por meio de uma folha suplementar, a primeira metade da devolução do dinheiro dos servidores que tiveram o ponto cortado, durante a greve do funcionalismo federal. 


Ao todo, 11.495 vão receber esse dinheiro, mas 3.379 funcionários do IBGE terão a devolução integral. Essa decisão causou insatisfação entre os sindicatos, que acusam o governo federal de tratar os trabalhadores de maneiras diferentes.

Segundo o Ministério do Planejamento, o pessoal do IBGE receberá o dinheiro em parcela única, porque apresentou rapidamente um cronograma de reposição das horas paradas. Para os demais servidores, metade do dinheiro sairá nesta quarta-feira.


A outra parcela virá depois da aprovação do calendário de compensação dos dias de paralisação.

O valor total da folha de pagamento suplementar que será paga agora é de R$ 13,3 milhões. O Ministério do Planejamento informou que houve funcionários públicos que chegaram a 30 dias de ponto cortado.

Governo pagará 50% dos dias parados aos grevistas


Governo pagará 50% dos dias parados aos grevistas


Vannildo  Mendes
O Estado de S. Paulo     -     12/09/2012




Depois de endurecer com os grevistas do setor público, o governo federal autorizou ontem o pagamento de 50% dos dias descontados de 8.931 servidores grevistas. O desconto alcançou os dias parados entre 15 de julho e 15 de agosto, quando a adesão ao movimento atingiu o pico e o governo anunciou medidas repressivas. O impacto dessa concessão custará R$ 13,3 milhões aos cofres públicos.

A devolução entra hoje na conta de cada servidor e, segundo informou o Ministério do Planejamento, beneficiará apenas categorias que retornaram ao trabalho após assinarem o acordo de reajuste salarial de 15,8%, fatiado em três parcelas. A devolução da outra metade depende da aprovação de uma planilha de reposição das horas não trabalhadas, que cada categoria deve firmar com seu órgão de origem. A primeira a ter a recuperação total dos dias parados foi a dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O cumprimento das planilhas será monitorado pela Controladoria-Geral da União e os que desrespeitarem o compromisso terão o corte do ponto confirmado no contracheque, conforme avisou a ministra Miriam Belchior em instrução aos órgãos públicos atingidos por greves. Cada proposta terá de ser aprovada também pelo Planejamento, que avaliará se ela corresponde à reposição real do que foi perdido. O plano será colocado à disposição na internet e terá seu cumprimento fiscalizado em inspeções rotineiras nas repartições.

Anistia. O rigor do discurso oficial, todavia, não encontra respaldo nos números. Pelos cálculos do próprio governo, 80 mil servidores - ou 350 mil, segundo o comando do movimento - participaram da greve no seu auge, entre julho e agosto, quando foi determinado o corte de ponto de 11.959 pessoas, menos de 15% do total de faltosos. Com a anistia parcial adotada, restam apenas 2.536 servidores com o ponto efetivamente cortado, ou pouco mais de 3% dos que cruzaram os braços, na contabilidade oficial.

Greve no setor público: o que regular?


Greve no setor público: o que regular?


José Pastore
Correio Braziliense      -      12/09/2012



Uma das consequências das últimas greves dos servidores públicos foi a decisão do governo de agilizar a sua regulação. Vários projetos de lei tramitam no Congresso Nacional. Em 2007, quando Dilma Rousseff era chefe da Casa Civil, a Advocacia-Geral da União (AGU) entregou-lhe um projeto sobre o assunto, mas ela engavetou a proposta. Mesmo como presidente eleita, Dilma se manteve complacente com os grevistas ao sancionar a Lei nº 12.505/2011, que anistiou policiais e bombeiros que cruzaram os braços em manifesto confronto com a Constituição Federal que proíbe greve de servidores militares.

Ao que parece, ela mudou de opinião. As últimas greves a irritaram bastante e por isso decidiu solicitar da própria AGU a mesma providencia que lhe foi entregue em 2007 para ser discutida após as eleições municipais. O assunto envolve inúmeras tecnicalidades. Para não cansar o leitor, apresento aqui as principais questões a serem equacionadas em uma lei de greve do setor público.

1. Atividades essenciais — Uma primeira providência é estabelecer o alcance e as regras da greve nas atividades essenciais. Há projetos de lei que nem sequer tocam nessa questão (exemplo: PLS 87, de autoria do senador Paulo Paim PT-RS), enquanto outros abrangem e regulam com rigor mais de 20 atividades essenciais (PLS 710, de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira PSDB-SP).

2. Greves proibidas — Além das atividades essenciais, há as que não admitem nenhum tipo de greve. Isso é assim em todos os países. É uma questão delicada. O Brasil permitirá greve de militares, diplomatas, operadores de usinas elétricas, profissionais de serviços de emergência e outros desse tipo?

3. Manutenção de serviços mínimos — É comum prever-se o anúncio da greve com larga antecipação e a manutenção de serviços mínimos. Quais serão os prazos mínimos? Quais serão os máximos? Haverá distinção para diferentes tipos de atividades? O que vale para um posto do INSS valerá para os hospitais?

4. Resolução das greves — Muitos países sujeitam as greves em serviços essenciais a uma ação do Poder Executivo, por ser mais expedita. Nos Estados Unidos, por exemplo, o presidente Reagan dispensou os 21 mil profissionais que paralisaram o controle de voo em 1981, por se tratar de ameaça à segurança nacional. Qual será a opção do Brasil? Haverá uma divisão de alçada entre os poderes? Haverá lugar para as próprias partes estabelecerem critérios em acordos e convenções coletivas?

5. Sanções para os ilícitos — Alguns países preferem usar a lei penal. Outros usam a lei civil. Há ainda os que ficam apenas com a lei trabalhista. Embora a atual Lei de Greve (Lei nº 7.783/1989), estendida ao setor público pelo Supremo Tribunal Federal (STF), preveja o uso de medidas de âmbito trabalhista, penal e civil, elas são raramente implementadas. Mesmo quando a Justiça aplica multas, raramente são recolhidas. O importante aqui é definir quem será responsável pelas ilicitudes: o sindicato, seus diretores ou os filiados?

6. A regulação da negociação coletiva — O Brasil ratificou a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que abre espaço para a negociação coletiva no setor público. Essa negociação tem peculiaridades. Os governantes trabalham com recursos rígidos — definidos em orçamento anual pelo Poder Legislativo. Além disso, são disciplinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe gastar mais do que se arrecada. Ou seja, as margens de concessão de salários e benefícios são muito estreitas. Por sua vez, os limites para avaliação e cobrança de resultados esbarram na questão da estabilidade de emprego. Como equacionar tudo isso para se garantir negociações transparentes e de boa-fé?

Em suma, estamos diante de assunto complexo, mas que precisa ser encaminhado com urgência. Dilma Rousseff adiou a discussão quando podia ter avançado — talvez por falta de apoio do presidente Lula. Agora, ao que tudo indica, ela está disposta a resolver o assunto de uma vez por todas. Se isso ocorrer, terá sido um bom subproduto das últimas greves. É sempre assim, só nos lembramos de pôr a tranca na porta depois de arrombada...

José Pastore - Professor de relações do trabalho da FEA-USP e membro da Academia Paulista de Letras (jpjp@uninet.com.br)

Greves remuneradas


Greves remuneradas


Correio Braziliense     -     12/09/2012




O governo emite sinal contrário a tudo que tinha feito por merecer aplauso da sociedade no tratamento da greve que paralisou por semanas mais de 30 órgãos da administração federal. Prejudicados por não poder contar com os serviços pelos quais pagam ao arcar com pesada carga tributária, milhões de brasileiros acreditaram que nas posições firmes alardeadas pelas autoridades. 

Ninguém deixou de reconhecer o direito de reivindicar melhorias salariais, pelo menos nos casos em que as remunerações guardam algum paralelo com o mercado e a vida real, mas a maioria percebeu excessos, tanto nas pretensões de aumento quanto no abusivo alongamento dos prazos das paralisações. Ficou claro, em muitos casos, que, acobertados por uma legislação excessivamente leniente, líderes grevistas passaram a usar a segurança do emprego público para transformar a pressão legítima em constrangimento da autoridade.

Foi com alento que, esgotados os limites da razoabilidade, o cidadão comum, que por muito menos já teria sido posto na rua, ouviu os ministros da Educação, do Planejamento e da Justiça falarem grosso. Apesar do calendário eleitoral, garantiram não abrir mão do desconto dos dias parados. E, no caso das aulas não dadas, seria exigida a reposição integral do semestre letivo.

Ficou a boa impressão de que estavam sendo levados a sério o dinheiro do contribuinte e a gravidade de deixar a população sem atendimento. A Justiça fez sua parte. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou legal o corte do ponto dos funcionários que não compareceram ao trabalho. Ainda ontem, uma liminar que blindava os contracheques dos policiais federais, obtida por sindicalistas do Paraná, foi suspensa pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). Ela caiu sob a argumentação de que sua concessão punha em risco a ordem pública, por prejudicar a prestação do serviço de segurança e a ordem administrativa pelo efeito multiplicador da liminar concedida.

Tudo em vão. Como o Correio revelou ontem, o governo simplesmente recuou e decidiu abrir mão de descontar os dias parados. Mandou depositar R$ 13,3 milhões nas contas de 8.932 servidores do Executivo, metade do que havia sido deduzido dos vencimentos dos grevistas no período de 15 de julho a 14 de agosto. A outra metade será paga tão logo os sindicatos apresentem cronogramas de reposições. O Ministério do Planejamento, responsável pela liberação dos pagamentos, garante que, se as reposições não forem cumpridas, os descontos poderão ser retomados. Mas, a esta altura, não será fácil convencer o cidadão de que esse corte será mesmo praticado.

O governo parece ter conseguido estancar o atual movimento grevista. Mas o recuo sinaliza que o preço pago pode ser tão ou mais alto quanto os aumentos negados. Na prática, sinaliza perigoso abalo na credibilidade e na capacidade do gestor de pessoal da administração federal de ser duro nas próximas negociações. Pior: passa a certeza de que vale a pena tirar umas férias fora do tempo, já que nada de mau vai acontecer a quem se absteve de comparecer aos serviço e de atender a seu verdadeiro patrão, o contribuinte.

(Visão do Correio)

O preço da greve na Anvisa: duas horas a mais de trabalho por dia e jornada aos sábados


O preço da greve na Anvisa: duas horas a mais de trabalho por dia e jornada aos sábados


Lauro Jardim
Veja - Radar on-line     -     12/09/2012




Superada a onda grevista que paralisou o governo, eis o resultado de quase cinquenta dias de braços cruzados na Anvisa: até o final de fevereiro, os servidores da agência terão de dar expediente aos sábados e trabalhar pelo menos duas horas a mais por dia para repor as horas perdidas.

Além do regime especial de trabalho, a Anvisa preparou uma grande operação emergencial para tentar desafogar os terminais de carga em portos e aeroportos de São Paulo e do Rio de Janeiro (por onde chegam 70% das mercadorias importadas).

Segundo Dirceu Barbano, a liberação de carga e o encaminhamento dos processos de autorização de funcionamento para empresas serão prioridades da agência até que os serviços prejudicados pela greve voltem ao normal.

Auditores na mira


Auditores na mira


Deco Bancillon
Correio Braziliense     -    12/09/2012




A Advocacia-Geral da União (AGU) pretende agir para controlar os prejuízos das mobilizações dos auditores-fiscais da Receita Federal, que pararam ontem em todo o país por 48 horas. O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse que vai apurar as consequências da manifestação e, caso seja constatada interrupção séria do atendimento, a AGU intervirá.

O decreto 7.777 nos permite isso, afirmou, em referência à norma que autoriza a substituição dos auditores por servidores estaduais e municipais ou temporários. Adams disse que, por ora, ainda não viu motivos para tomar essa medida, considerada extrema pelo governo.

Os dirigentes sindicais que representam os servidores do Judiciário devem discutir hoje, em reunião, alternativas para alterar o projeto de lei do governo encaminhado ao Congresso prevendo reajuste médio de 15,8%. Apesar de terem voltado ao trabalho, os sindicatos dos servidores nos esatdos e no DF rejeitaram a proposta.

Jean Loiola, da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União (Fenajude), explica que a proposta foi aceita pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, e pelo procurador-geral da República (no caso dos servidores do MPU), sem o aval da categoria.

Servidor deve recolher Imposto de Renda sobre adicional de transferência


Servidor deve recolher Imposto de Renda sobre adicional de transferência


Consultor Jurídico     -     12/09/2012




Incide Imposto de Renda sobre o adicional recebido por servidor público no caso de transferência de moradia, em face de sua natureza remuneratória. Assim decidiu a Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais, reunida na sede da Seção Judiciária do Paraná, em Curitiba (PR), no dia 11 de setembro.

A TNU julgou incidente de uniformização apresentado pela Fazenda Nacional contra acórdão da Turma Recursal da Seção Judiciária do Paraná que confirmou a sentença determinou a devolução dos valores retidos a título de Imposto de Renda incidente sobre adicional de transferência, férias indenizadas e o respectivo terço constitucional.

Pelo acórdão, nos termos do artigo 469 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), é devido ao empregado o adicional de transferência quando é deslocado da cidade em que está prestando serviço para outra, tendo, por isso, natureza indenizatória, uma vez que visa ressarcir o empregado das despesas com a transferência de localidade. O texto cita também o Código Tributário Nacional, ao concluir que, por não representarem renda ou acréscimo patrimonial, os valores recebidos a esse título não se sujeitariam à incidência de imposto de renda.

Acontece que a tese acolhida pelo acórdão recorrido — não incidência do Imposto de Renda sobre o adicional de transferência — conflita com o entendimento dominante no Superior Tribunal de Justiça de que “a indenização que acarreta acréscimo patrimonial configura fato gerador do imposto de renda e, como tal, ficará sujeita à tributação, a não ser que o crédito tributário esteja excluído por isenção legal".

As decisões do STJ deixam claro ainda que “o adicional de transferência possui natureza salarial e, na sua base de cálculo, devem ser computadas todas as verbas de idêntica natureza, consoante a firme jurisprudência do TST. Dada a natureza reconhecidamente salarial do adicional de transferência, sobre ele deve incidir imposto de renda”.

Nesse sentido, o juiz federal Alcides Saldanha, relator do processo na TNU, decidiu pelo provimento do incidente de uniformização apresentado pela Fazenda Nacional, para reiterar a tese de que incide Imposto de Renda sobre o adicional de transferência, em face de sua natureza remuneratória. Com informações da Assesoria de Imprensa do Conselho da Justiça Federal.

Projeto concede anistia a servidores do STJ


Projeto concede anistia a servidores do STJ


Agência Câmara de Notícias     -     12/09/2012



A Câmara analisa o Projeto de Lei 3806/12, do deputado Policarpo (PT-DF), que concede anistia aos servidores do Superior Tribunal de Justiça que participaram de greve ou movimento reivindicatório realizados de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2011.

Pela proposta, em até trinta dias após a publicação da lei, o servidor beneficiado que sofreu corte remuneratório deverá ter restituída a remuneração descontada. O Projeto assegura ainda o cômputo do período como tempo de serviço e contribuição, para todos os efeitos.

“Esta proposição pacifica um episódio do conturbado e insipiente tratamento dado pelos administradores públicos ao contexto da greve no serviço público”, afirma o autor.

Policarpo ressalta ainda que a discussão que se propõe no projeto não é nova e foi objeto de projetos anteriores, aprovados pela Câmara, a exemplo das propostas que originaram a Lei 11.282/06, que anistiou os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

Tramitação
A matéria tramita em caráter conclusivo e será examinada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

CONVOCAÇÃO PARA UMA ASSEMBLEIA NO DIA 14/09 DE 2012, AS 15 :00 HORAS


Receita para 48 horas


Receita para 48 horas


Correio Braziliense     -     11/09/2012




Os auditores fiscais da Receita Federal param de trabalhar hoje e amanhã. A categoria não aceitou o reajuste de 15,8%, em três anos, oferecido pelo governo, nem admite abrir mão da reestruturação da carreira. Durante dois dias, os funcionários da zona secundária (que trabalham com arrecadação de impostos) vão cruzar os braços e não comparecerão ao trabalho.

 A operação não afetará embarques e desembarques de pessoas ou cargas. Essa é a sexta vez que esses servidores param, segundo Pedro Delarue, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional).

"Esse será o primeiro passo. Depois, continuamos com a operação-padrão (fiscalização minuciosa em portos, aeroportos e aduanas) e crédito zero (não registro de cobrança de tributos). O objetivo não é fazer queda de braço ou mostrar quem é mais forte. Queremos negociar de igual para igual", ressaltou Delarue. Ele culpa o governo pela continuação da greve, que começou em 18 de junho.

 "O governo é um péssimo negociador. Desde o ano passado, nos enrola com as mesmas desculpas de crise internacional e orçamento curto. São duas rodadas sem proposta e agora apresenta-se um tudo ou nada de última hora", reclamou.

Apesar de o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA 2013) já ter sido entregue ao Congresso, em 31 de agosto, os auditores fiscais continuarão tentando convencer o governo e pressionando o Congresso. O Executivo, segundo Delarue já concordou em reduzir a tabela de padrões. Trata-se de uma reestruturação sem custos imediatos. A carreira de auditor é composta de 13 patamares. Poderá passar para nove.

"O governo sinalizou isso tardiamente. Sei que é difícil ultrapassar a barreira dos 15,8%. Neste momento, abrimos mão dos 5%, em 2013, e continuaremos lutando. Uma hora, alguém vai ter que ceder. Só o futuro dirá quem", enfatizou. (VB)

 Judiciário volta ao trabalho

Um a um, os sindicatos estaduais que representam os servidores do Judiciário Federal paralisados retornaram às atividades e aceitaram o percentual de 15,8 % oferecido pelo governo entre 2013 e 2015, colocando um ponto final no movimento da categoria.

 O último estado a abandonar a greve foi Alagoas, onde os servidores ficaram de braços cruzados até a última sexta-feira. Apesar de encerrada a greve, a assessoria de imprensa da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe) afirma que os servidores não estão satisfeitos com o percentual, que não repõe a inflação entre 2006 e 2012, ano em que o Judiciário recebeu o último reajuste.

O coordenador de comunicação da Fenajufe, Jean Loiola, explica, que, com o projeto de lei que estabelece o reajuste para o Congresso, a greve se tornou inviável. “Não houve uma discussão com os servidores. O governo dialogou diretamente com o Supremo Tribunal Federal e os presidentes dos tribunais. Se os nossos interlocutores institucionais”, diz Loiola.

Governo inicia amanhã pagamento dos dias cortados a grevistas


Governo inicia amanhã pagamento dos dias cortados a grevistas


Folha de S. Paulo     -     11/09/2012




BRASÍLIA - O governo federal deve iniciar amanhã o pagamento de 50% do salário a servidores que tiveram o ponto cortado enquanto estavam em greve entre os dias 15 de julho e 15 de agosto.

Esse pagamento era previsto no acordo feito entre governo e servidores pelo fim da greve --a outra metade será paga após a reposição dos dias não trabalhados.

De acordo com o Ministério do Planejamento, os servidores devem apresentar, também a partir de amanhã, um calendário para a reposição dos dias de greve. Cada órgão terá um sistema próprio, conforme suas necessidades.

O ministério não soube informar quantos serão abrangidos pelo pagamento nem qual será o impacto financeiro nas contas do governo.

Cerca de 11 mil servidores tiveram o ponto cortado, mas apenas depois de o Planejamento concluir a folha de pagamento será possível saber quantos assinaram o acordo pelo fim da greve.

O movimento grevista dos servidores públicos afetou mais de 60% do quadro de trabalhadores do Poder Executivo federal, segundo a Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal). Balanço feito pela confederação na época apontava que mais de 40 categorias aderiram.

Proposta prevê aumento salarial para diplomatas e outros servidores

Proposta prevê aumento salarial para diplomatas e outros servidores






Agência Câmara de Notícias



A Câmara analisa o Projeto de Lei 4371/12, do Poder Executivo, que reajusta os salários de várias carreiras de servidores civis federais. São beneficiados pela proposta os diplomatas, os procuradores federais, os defensores públicos da União, os agentes de inteligência e os delegados de Polícia Federal, entre outros. O aumento será de 15,8%, parcelados em três anos.





O texto faz parte de um pacote de propostas enviadas pelo governo ao Congresso com o objetivo de rever salários do funcionalismo. O aumento foi definido em acordos fechados com diversos sindicatos, representantes de 1,7 milhão de servidores. O número é formado por 349 mil docentes e técnico-administrativos das universidades e institutos federais; 697,8 mil servidores civis e 646,6 mil militares.





Os reajustes previstos especificamente no PL 4371/12 terão impacto orçamentário de R$ 624,9 milhões em 2013; de R$ 1 bilhão em 2014; e de R$ 1,6 bilhão em 2015 e nos anos seguintes.





Segundo a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que assina o projeto, as medidas buscam suprir a demanda dos órgãos por pessoal especializado e, ao mesmo tempo, valorizar seus salários. “O objetivo é atrair e reter profissionais de alto nível de qualificação, além de instituir um serviço público profissionalizado, responsável, eficiente e democrático”, afirma a ministra.





Pagamento em subsídio

Conforme o projeto, a partir de 1º de janeiro de 2013, os oficiais de chancelaria, os assistentes de chancelaria e os fiscais federais agropecuários passam a ser remunerados exclusivamente por subsídio, fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória.





“A remuneração por subsídio é uma forma de dar aos servidores do serviço exterior brasileiro tratamento isonômico. Desde 2008, tal arquitetura remuneratória já se aplica à carreira de diplomata”, explica Miriam Belchior.





No caso dos fiscais agropecuários, o pagamento por meio de subsídio, segundo a ministra, traz simplicidade e transparência ao sistema remuneratório. A medida, continua Miriam, também garante isonomia, pois deixam de existir grupos dentro das carreiras com salários diferenciados, em função de adicionais incorporados que já foram extintos.





As outras carreiras contempladas na proposta já são remuneradas por subsídio.





Tramitação

O projeto, que tramita em caráter conclusivo e em regime de prioridade, será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.









Postado por Siqueira às 16:37 Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut

Lições da greve dos servidores federais



Zé Maria



Congresso em Foco - 10/09/2012

















“A greve impôs uma derrota política importante ao governo. Mostrou que é o descaso que caracteriza a atitude do governo para com a educação, a saúde, e os serviços públicos”





Estamos chegando ao final da maior greve no serviço público federal, pelo menos desde 2003. Foram mais de três meses de paralisação que, tendo como núcleo central os professores federais, estendeu-se para dezenas de outros segmentos, criando um ar de greve geral do funcionalismo. Registre-se a atitude aguerrida dos estudantes das universidades que também paralisaram suas atividades, apoiando os trabalhadores e apresentando suas próprias reivindicações.



No momento em que escrevo este artigo, a maioria dos setores já voltou ao trabalho e os comandos de greve dos professores das universidades e institutos federais discutem com a categoria o retorno ao trabalho ou a continuidade da greve no setor.





As concessões feitas pelo governo ficaram muito aquém do que era a reivindicação dos grevistas. Os mais de 10 bilhões de reais ao ano, conquistados no orçamento dos próximos três anos para melhorar o salário dos servidores são uma conquista, sem dúvida. Mas é preciso registrar que, para muitos setores, o reajuste conquistado nem sequer repõe a perda inflacionária do período considerado – 2011 a 2015. No caso dos professores federais, a situação é ainda mais grave.



O governo quer promover um verdadeiro desmonte do plano de carreira dos docentes, impondo critérios que reforçam o conceito produtivista na educação, como se educar fosse uma mercadoria qualquer. Um verdadeiro crime contra a educação pública, que levou o setor a não assinar acordo com o governo e seguir a luta para impedir que este descalabro venha a se concretizar.





Assim, vemos que o movimento no seu conjunto, por muito forte que tenha sido – e o foi – não teve forças para impor ao governo o atendimento pleno de suas reivindicações. O que, sim, valoriza a conquista alcançada é o contexto em que ela se deu: a situação em que ocorreu a greve estava marcada pela ofensiva do governo no Congresso Nacional para aprovar um projeto de lei que congelaria o salário dos servidores por dez anos.





O resultado da greve, visto por esta ótica, expressa o profundo descompromisso do governo Dilma com o serviço público e com a valorização dos servidores. O argumento da falta de recursos não resiste a cinco minutos de leitura de qualquer órgão da grande imprensa. Encontram-se ali profusões de notícias sobre o repasse de recursos públicos para grandes grupos industriais, que já ultrapassou em muito a marca dos 100 bilhões de reais (redução do IPI, desoneração da folha de salários, financiamento com juros de “pai para filho” do BNDES, etc). Só para os bancos e grandes especuladores está previsto, no orçamento deste ano, o repasse de cerca de um trilhão de reais como pagamento da dívida pública.





E nada disso se destina a garantir o emprego dos trabalhadores do setor privado, como reza a cantilena oficial. Fosse o caso de garantir o emprego neste setor – que, aliás, segue demitindo e muito –, o que deveria ser feito é a adoção pelo governo de uma medida legal que impedisse as demissões, por um período determinado que seja. O governo dispõe de condições políticas e de instrumentos jurídicos para fazê-lo. Falta vontade política. Como faltou vontade política também para dialogar com os servidores, para ouvir as reivindicações da categoria. Sobrou arrogância e truculência com determinação de desconto dos dias parados, medidas autorizando a substituição de grevistas, etc.





Mas seria um equivoco muito grande se a análise desta greve e suas consequências ficassem nesta primeira leitura superficial da questão.





A greve impôs uma derrota política importante ao governo. Afrontou a propaganda oficial – que reza que a prioridade do governo é o povo – e conseguiu estabelecer um diálogo com amplos setores da população. Mostrou que, na verdade, é o descaso que caracteriza a atitude deste governo para com a educação, a saúde, e os serviços públicos que são tão necessários ao povo brasileiro.



Que sua rapidez e determinação expressas no socorro às empresas e na garantia do lucro dos bancos é tudo que falta quando o caso é de dialogar com os trabalhadores e atender suas reivindicações. Esse feito político gerou um desgaste grande no governo – vide pesquisas de opinião sobre o governo Dilma publicadas semana passada – e foi o que o obrigou a negociar com os grevistas e atender, ainda que muito parcialmente, suas reivindicações. É certo que o que foi concedido não era o que os servidores queriam. Mas tampouco era o que o governo queria dar.





Assim, a greve dos servidores obteve uma vitória política importante. Contribuiu para desgastar, desmistificar a propaganda oficial com que o governo busca sistematicamente enganar o povo brasileiro. Enfraquece o governo para os próximos embates.





Mas, para dentro do movimento é que vamos encontrar conseqüências ainda mais importantes. Qualquer trabalhador com mediana experiência de vida sabe que o recurso à greve é importante para pressionar seu empregador a atender suas reivindicações. Esta convicção vinha se enfraquecendo em setores da categoria. Foram muitas derrotas sofridas frente aos governos do PT nos últimos anos.



Em muitos momentos, nem negociação houve. Esta greve muda radicalmente este cenário. O governo começou, em maio, dizendo que não haveria negociação nem concessão a nenhum setor, que cortaria o ponto dos grevistas. Depois, foi obrigado a anunciar que daria aumento aos professores federais e aos militares. Terminou como vimos. Grande parte do segredo desse resultado – além da forte disposição de luta dos servidores – foi a unidade construída entre as várias organizações que possibilitou a unificação da greve no tempo, em que pese as diferentes pautas de cada setor.





Esta conclusão é muito importante. Primeiro, porque vai ser referência e vai animar a construção das lutas futuras do funcionalismo federal. Em segundo lugar, porque mostra o enfraquecimento, entre as organizações dos servidores federais, da influência da central sindical que, antes, era quase que completamente hegemônica no setor – a CUT. Esta central, durante todos estes anos, desde a posse de Lula em 2003, foi e segue sendo um instrumento do governo para desarticular e fragmentar a luta do funcionalismo, tornando-o presa fácil das políticas do governo do PT. Não há como olhar para esta greve sem ver que isto está mudando.





Tudo isso deve alentar a continuidade do esforço para a construção da unidade para a luta, que tem contado inclusive com entidades cutistas, pois mostra que é possível vencer obstáculos que antes pareciam intransponíveis. E deve levar ao fortalecimento da perspectiva de construção de uma alternativa de organização de todos os trabalhadores brasileiros, que preserve sua independência frente aos governos e aos patrões.





E há ainda um terceiro fator a reforçar a importância das lições da greve do funcionalismo. O exemplo dado necessariamente se incorpora ao imaginário dos demais trabalhadores brasileiros. E muitos deles estão vindo aí. Está começando a campanha salarial dos metalúrgicos de alguns estados, como São Paulo e Minas Gerais, dos bancários em todo o país, dos petroleiros, dos trabalhadores dos Correios, a luta contra as demissões nas montadoras de veículos, as lutas dos movimentos populares por moradia, contra os despejos… O segundo semestre, para alem das eleições, promete.







Zé Maria : Presidente nacional do PSTU, é dirigente sindical metalúrgico e integra a Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas