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Prezado leitor, o Portal do Servidor Publico do Brasil é um BLOG que seleciona e divulga notícias que são publicadas nos jornais e na internet, e que são de interesse dos servidores públicos de todo o Brasil. Todos os artigos e notícias publicados têm caráter meramente informativo e são de responsabilidade de seus autores e fontes, conforme citados nos links ao final de cada texto, não refletindo necessariamente a opinião deste site.

OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

OS DESTEMIDOS  GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO
A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Desconto do IR sobre adicional recebido pelo servidor é legal


ALESSANDRA HORTO

O DIA - 13/09/2012

Rio - A Turma Nacional de Uniformização (TNU) dos Juizados Especiais Federais julgou ser legal a incidência de Imposto de Renda (IR) sobre o adicional recebido pelo servidor público em caso de transferência de moradia.

A decisão do juiz federal Alcides Saldanha, relator do processo na TNU, teve como base as recentes sentenças do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que deixaram claro, segundo ele, que “o adicional de transferência possui natureza salarial e, na sua base de cálculo, devem ser computadas todas as verbas de idêntica natureza. Dada a natureza reconhecidamente salarial do adicional de transferência, sobre ele deve incidir Imposto de Renda”.

De acordo com a sentença, “o julgamento deste incidente de uniformização, que reflete o entendimento consolidado da TNU, resultará na devolução à Turma de origem de todos os outros recursos que versem sobre o mesmo objeto a fim de que mantenham ou promovam a adequação do acórdão recorrido à tese jurídica firmada”.

Greve do Incra pode ser suspensa na próxima segunda-feira (17)



Agência Brasil - 13/09/2012

Brasília - A plenária nacional dos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) sugeriu hoje (13) que os servidores do órgão suspendam a greve na próxima segunda-feira (17).

Esta é a estratégia indicada pela Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra (Cnasi) para reabertura de negociações com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog).

A decisão foi tomada visando a uma nova negociação de reestruturação de carreiras com o Mpog. O ministério determinou que só vai negociar com o órgão depois da suspensão da greve.

O Incra está em greve desde 15 de junho. Uma das principais reivindicação dos servidores é a equiparação da carreira com a dos servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O diretor da Cnasi, Rogério Marcos Aguiar, disse que a indicação é para que as superintendências suspendam a greve, mas continuem a mobilização.

“Continuamos em estado de greve, vamos trabalhar com camisas de protestos, fazer atos semanais, dias de paralisação. Cada estado vai decidir o que vai fazer. Vamos nos manter mobilizados”, disse o diretor.

Os servidores recusaram duas propostas feitas pelo governo durante as negociações feitas pela categoria com o Mpog antes do dia 31 de agosto, data limite estabelecida pelo governo federal para estabeler acordos com os servidores federais em greve. Aguiar diz que as ofertas foram “muito ruins”. “Um fiscal agropecuário do Incra ganha um terço do que ganha um do Ministério da Agricultura, queremos uma equiparação” diz.

Na plenária de hoje, a Cnasi solicitou o agendamento de uma reunião com o Mpog para discutir o corte de ponto de 71 servidores da superintendência de Brasília.

De acordo com Reginaldo Marcos Aguiar, diretor da Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra, das 30 superintendências do Incra, 13 ainda estão em greve. Até segunda-feira as regionais deve se posicionar a respeito da suspensão

PLANEJAMENTO ESCLARECE SOBRE REAJUSTES A SERVIDORES COMISSIONADOS


 

MPOG - 13/09/2012


Brasília – O jornal Correio Braziliense desta quinta-feira, 13, publica matéria de capa intitulada “Governo dá até 25% de aumento para os DAS”, em que afirma ser o reajuste “bem superior aos 15,8% dados à maior parte do funcionalismo público”.

O Ministério do Planejamento, em carta à Redação, reconhece o esforço jornalístico do veículo, mas, ao mesmo tempo, faz os seguintes esclarecimentos, para que não haja dúvidas sobre o procedimento:

• O impacto sobre a folha de pagamento referente aos cargos e funções de confiança e gratificações será de 15,8%, mesmo percentual oferecido a todas as categorias que firmaram acordo com o governo – exceção, como sabido, dos docentes de universidades e institutos tecnológicos, área de meio ambiente e militares, que obtiveram reajustes de impacto percentual superior. Vale reiterar que, entre 2003 e 2012, todas as categorias do serviço público federal tiveram aumentos reais.

• Faltou informar aos leitores que o índice máximo de reajuste dos cargos e funções de confiança (25%), será concedido aos níveis que acumularam perda salarial entre 2003 e 2012, as quais variaram de 15,51% a 22,02%.

• Por sua vez, os cargos que receberão os menores percentuais, além de não terem perdas acumuladas entre 2003 e 2012, são ocupados majoritariamente por servidores de carreira que terão, cumulativamente, o mesmo reajuste de 15,8% dado aos das categorias a que pertencem

Greve dos professores termina nas três universidades federais com sede no Paraná


Agência
Brasil     -     13/09/2012




Curitiba
– Os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e da Universidade Federal da Integração
Latino-Americana (Unila) decidiram voltar ao trabalho. O fim da greve foi
aprovado hoje (13) na UFPR e na UTFPR e ontem (12) na Unila. Iniciada no último
dia 17 de maio, a greve nacional já era considerada a mais longa da história da
categoria.


Na
próxima segunda-feira (17), o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPR
deve debater e aprovar um novo calendário acadêmico. Ainda não há data definida
para o reinício das aulas. Em razão da greve, as eleições da nova reitoria da
UFPR foram adiadas esta semana pela segunda vez, para os dias 9 e 10 de
outubro.



os professores da UTFPR aprovaram um indicativo de retorno às aulas para o
próximo dia 24. Nas últimas duas semanas, oito dos 12
campi
da UTFPR já haviam encerrado a paralisação. Assim que as aulas forem retomadas,
o Conselho de Graduação e Educação Profissional da UTFPR deve discutir um novo
calendário.


Os
professores da UFPR aprovaram ainda uma sugestão, a ser remetida ao comando
nacional da categoria, para que o início do segundo semestre letivo deste ano
seja adiado, em todo o país, para março de 2013. Eles decidiram não aceitar a
reposição de aulas aos sábados, domingos e feriados ou fora dos turnos
normais.


A
paralisação dos professores das universidades federais vinha enfrentando um
impasse desde o último dia 13 de agosto, quando o governo assinou um acordo com
o Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior
(Proifes).


Desde
então, o governo deu por encerrada a negociação com a
categoria.


O
Proifes aceitou a proposta de reajuste, com percentuais que variam de 25% a 40%.
Já o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior
(Andes-SN) rejeitou o acordo e apresentou uma contraproposta ao governo, que não
reabriu a negociação.

Adams rebate criticas à proposta da Lei Orgânica da AGU


Adams rebate criticas à proposta da Lei Orgânica da AGU


Agência Brasil     -   




Brasília - O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, rebateu hoje as críticas que vêm sendo feitas ao projeto de lei complementar da nova Lei Orgânica da AGU. Segundo ele, existem três criticas que têm sido feitas à proposta: aparelhamento da AGU, perda de autonomia dos advogados da entidade e hierarquização das decisões e normas a serem adotadas pelos advogados públicos.


“O projeto avança substancialmente na defesa ou na constituição de uma reserva legal mais ampla para cargos destinados a advogado público preferencialmente ou exclusivamente. A lei proposta aumenta essa reserva legal em mais de 400%. Portanto, a ideia que se apresentou como uma abertura ao aparelhamento é absolutamente inverossímil, equivocada e eu diria até mentirosa”, argumentou o ministro.


Em relação à suposta perda de autonomia dos advogados no exercício de sua função, Adams explicou que a proposta enviada ao Congresso estabelece uma prerrogativa que não existe na lei atual, ao estabelecer que nenhum advogado será punido ao emitir uma opinião jurídica, exceto por dolo, ou seja, produzir intencionalmente uma opinião falsa que leve o seu consultante a erro grave.


“Esse dispositivo vai garantir que a instituição exerça uma uniformidade de orientação. Nenhum cidadão pode ter no Estado um comportamento errático a partir da fragmentação das suas decisões. O advogado tem que observar a existência de uma orientação da instituição”, disse.


Em relação às criticas de que há uma crise institucional na AGU, o advogado-geral disse que não há nenhuma crise na entidade e que as criticas que têm sido feitas não fazem sentido. “Não há de se falar nem em crise institucional, nem aparelhamento, nem em perda de autonomia. Ao contrário, a lei proposta representa um avanço substancial na organização da instituição”, disse.


Segundo Adams, o projeto de lei complementar encaminhado à Câmara no dia 31 de agosto, que propõe alterações na lei atual e institui a Lei Orgânica da Advocacia-Geral da União, aumenta em 400 % a reserva de cargos a advogados públicos. “A presidenta Dilma Rousseff está procurando fortalecer a própria instituição, garantindo perfil técnico a partir das suas estruturas e organizações e também preservando aqueles espaços que são próprios das escolhas nos processos de sucessão”.


O texto da nova lei, de acordo com Adams, aumenta de 66 para pelo menos 350 cargos na AGU a serem exercidos por advogados públicos. “Estamos reduzindo qualquer espaço de aparelhamento na AGU à medida em que os cargos vão ser ocupados por advogados de carreira”. Segundo ele, a principal demanda sindical era que 100% dos cargos fossem reservados para advogados da entidade.

AGU classifica de 'mentirosa' crítica de que o órgão está sendo aparelhado


AGU classifica de 'mentirosa' crítica de que o órgão está sendo aparelhado


Filipe Coutinho
Folha de S. Paulo     -    12/09/2012





BRASÍLIA - O advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, defendeu nesta quarta-feira (12) os cargos comissionados na advocacia pública e disse que são "superficiais e mentirosas" as críticas feitas por entidades de que o novo projeto de lei dá brechas para a politização e aparelhamento da carreira.


Adams enviou esta semana ao Congresso o projeto de lei com a proposta de uma nova Lei Orgânica para AGU (Advocacia-Geral da União). Para o ministro, o texto garante mais poderes para os advogados de carreira.


"Hoje a lei reserva apenas 66 cargos comissionados de ocupação da carreira, num universo de 611. A lei proposta aumenta essa reserva em mais de 400%, em torno de 350 cargos comissionados serão reservados a advogados públicos", disse Adams.


Essa discussão ocorre porque, em muitos casos, o advogado público é subordinado ao consultor jurídico de ministérios, cuja nomeação fica a cargo do ministro, o que é criticado por entidades da advocacia.


Segundo Adams, é necessário garantir cargos que sejam de livre nomeação, como forma de abrir diálogo entre a burocracia e a sociedade.


"O elemento que compõe o processo direção de Estado é o governo eleito. O servidor público não foi eleito. Ele não tem a legitimidade política da eleição. A reserva legal impede o diálogo necessário da instituição burocrática tem que ter com a sociedade por meio das representações políticas", disse.


O ministro defendeu dispositivo do texto que classifica como "erro grosseiro" o advogado que não seguir a "hierarquia técnica e administrativa", como forma de evitar uma "insegurança jurídica gigantesca". Para entidades, isso fere a autonomia do advogado.


"Não pode, cada advogado, deliberar quais requisitos administrativos ele vai utilizar.


Essa padronização é importante porque todo brasileiro que seja objeto de uma ação não pode ter na procuradoria do Rio um entendimento e outro na de São Paulo. Ele tem que ter uma orientação uniforme. O procurador que não segue essa orientação está de fato cometendo um erro grave", disse Adams.

De acordo com o ministro, a garantia de que não haverá politização é que, quando o advogado contrariar ordens de um ministro de Estado ou alguém indicado por ele, quem vai decidir se houve infração é a AGU, e não o ministério.


CRÍTICAS


Entidades afirmam que o texto enviado pelo governo para regulamentar a advocacia pública dá margem para a "politização" e "retrocesso" da carreira.


Uma das brechas apontadas é que, pelo texto, podem ser membros da AGU mesmo quem não for da carreira, mas exerça função jurídica. "São membros os detentores, no âmbito dos órgãos que integram o Sistema da Advocacia Pública da União, de cargos de natureza especial e em comissão de conteúdo eminentemente jurídico", diz o projeto.


Além disso, o texto coloca como "erro grosseiro" não seguir a "hierarquia técnica e administrativa". Para as entidades, isso pode ferir a independência do advogado público.


Para Marcos Luiz da Silva, presidente da Associação Nacional dos Advogados da União, o texto enviado ao Congresso pode subordinar o advogado público a interesses políticos.


"É um retrocesso. Pela proposta, o advogado passa a se submeter a orientação da chefia, sob pena de ser punido. Se você tem um não-concursado que orienta a atuação do advogado, essa orientação pode não ser favorável ao interesse público", disse.


Segundo Alan Titonelli, presidente do Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal e do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional, o texto da nova lei não pode permitir a "politização de uma função técnica".


"Estamos combatendo a eliminação da discricionariedade técnica que é inata ao advogado. Queremos evitar qualquer tipo de politização de uma função técnica", disse.


A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) é contra a possibilidade de pessoas sem concurso exercerem funções da advocacia pública.


"Não deveria existir cargo comissionado, onde deixa aberta a possibilidade de uma indicação política, que não seria pelo mérito. O texto aponta no sentido de que essas funções podem ser exercidas por advogados que não são da carreira", afirmou Meire Mota Coelho, presidente da comissão nacional de advocacia pública da OAB.

Reajuste de servidores


Reajuste de servidores


BSPF     -     12/09/2012   




O relatório de receitas para o Orçamento da União em 2013 deve ser apresentado no dia 10 de outubro – três dias após o primeiro turno das eleições para prefeito e vereador. 


A partir dessa data, devem começar as discussões sobre as propostas de gastos, que incluem investimentos governamentais, no âmbito da Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Foi o que informaram o presidente da comissão, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), e o relator do projeto orçamentário, senador Romero Jucá (PMDB-RR), logo após reunião com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.


Em entrevista à Rádio Senado, Jucá declarou que a reunião teve caráter preparatório, “de nivelamento técnico entre as informações do Congresso e as informações do governo”.


– Discutimos com a ministra as condições para reajustar o Orçamento visando despesas novas, principalmente no que tange aos investimentos – disse ele, acrescentando que saúde, educação e programas sociais estão entre as prioridades.

Reajuste de servidores


Ao ser questionado sobre o reajuste dos servidores públicos federais, que motivou a recente greve de várias categorias, Jucá reiterou que “já há um encaminhamento e um entendimento feito pelo Executivo com o Judiciário e o Legislativo no que diz respeito ao reajuste salarial dos servidores”, referindo-se ao aumento de 15,8% a ser dado nos próximos três anos.


– O que não houve a mais de reajuste vai ter de ser negociado com o governo. As categorias que ficaram de fora terão de procurar o governo para chegar a um entendimento – afirmou o senador.

Fonte: Agência Senado
 

Nova previdência do servidor federal vai mudar regra para 450 mil cargos


Nova previdência do servidor federal vai mudar regra para 450 mil cargos


Djalma Oliveira
Jornal Extra     -    





O fundo complementar de previdência dos servidores federais, programado para entrar em vigor em janeiro de 2013, vai mudar as regras de aposentadoria para cerca de 450 mil cargos públicos federais, que têm salários acima do teto do INSS (hoje de R$ 3.916,20). 


Para quem já ocupa essas funções, a alteração não será obrigatória, apesar de os servidores terem a possibilidade de migrar para o novo regime. 

No entanto, quando se aposentarem ou deixarem o serviço público, a partir do próximo ano, seus substitutos terão que contribuir para o fundo complementar, se quiserem ganhar mais do que o valor máximo pago pela Previdência Social.

O governo tem até o fim de outubro para enviar à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) os estatutos dos fundos de previdência dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
 

Executivo linha-dura


Executivo linha-dura


Priscilla  Oliveira
Correio Braziliense      -     13/09/2012




As categorias de servidores federais que não fecharam acordo com o Ministério do Planejamento devem ficar sem reajuste salarial em 2013, segundo o relator do Orçamento Geral da União, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Ele explicou que o texto enviado está justo e realista e o governo já estimou as despesas de uma forma bastante forte, portanto não há muito espaço para novas despesas com pessoal.

O senador ressalvou que a única forma de conceder reajustes para quem não assinou os acordos é por intermédio do governo. A lei que concede reajuste salarial é privativa do Executivo. É ele que tem que enviar para o Congresso. Não adianta o Legislativo propor essa lei porque seria inconstitucional, afirmou Jucá.

Para os servidores do Judiciário e do Legislativo, contemplados por projetos de aumentos superiores a 15,8% tramitando no Congresso, a possibilidade de conseguir o reajuste também é pequena, segundo o relator.

Jucá prevê a necessidade de ampliar os recursos estimados no projeto do Orçamento, mas não para reajustes salariais. Na primeira reunião com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, o senador defendeu o aumento da receita destinada às áreas de saúde e agricultura, além da previsão de recursos para atender a Lei Kandir, que trata da compensação à renúncia fiscal dos estados exportadores.

O valor do aumento, entretanto, ainda não foi estimado pela Comissão de Orçamento, mas está sendo estudado em conjunto. Queremos um Orçamento mais próximo da realidade, portanto queremos fazê-lo em sintonia com o Executivo, afirmou Jucá.

DAS terá aumento de 25%


DAS terá aumento de 25%


Ana  D’Angelo
Correio Braziliense     -     13/09/2012




Cargos de confiança, utilizados para acomodar indicações políticas, receberão aumento bem acima dos 15,8% reservados à maior parte dos servidores 

O governo não fez questão de divulgar, mas inseriu na proposta de Orçamento encaminhada há duas semanas ao Congresso Nacional previsão de reajuste de até 25% em três anos para as funções e cargos comissionados de livre nomeação nos diversos ministérios e órgãos do Executivo, incluindo os de Direção e Assessoramento Superior (DAS). Existem hoje 87.245 desses postos no Executivo, dos quais 22.084 são de DAS.

O Palácio do Planalto reservou o percentual maior — os 25% — àqueles que são muitas vezes utilizados para acomodar apadrinhados e indicações políticas. Para os cargos de confiança ocupados mais frequentemente por servidores de carreira e de menores valores, como os DAS-1 e DAS-2, o reajuste foi bem menor, de 5,3% em três anos, ou 1,74% por ano. Também é esse o caso das funções comissionadas, que, a não ser no caso do Banco Central, são exclusivas de concursados.

Os novos valores, que vão vigorar a partir do mês de janeiro de 2013, de 2014 e de 2015, foram inseridos sem alarde no extenso Projeto de Lei 4.369, que prevê reajuste médio de 15,8% para 13 carreiras, entre elas, a do Seguro Social, dos fiscais agropecuários e do Plano Geral de Cargos do Executivo (PGPE).

A menção à elevação dos valores está no meio da mensagem referente ao projeto 4.369 encaminhada ao Congresso. O governo alega que o último reajuste foi em agosto de 2008 e que a revisão é "necessária, notadamente, para a valorização das posições de direção e de gerência intermediária nos órgãos e entidades da administração pública".

Na entrevista coletiva em que anunciou a proposta orçamentária da União para 2013, em 30 de agosto, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, nada mencionou sobre o reajuste dos cargos comissionados que o governo já preparava desde pelo menos 2010. Presente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também nada comentou. Nem mesmo os servidores públicos, sempre atentos, perceberam a inclusão do aumento em um dos projetos de lei.



Defasagem

As gestões do PT elevaram a quantidade de cargos de confiança no governo federal. Desde 2003, o aumento chegou a 27%: de 68.931 no final de 2002 para os 87.245 que existem hoje. Já os DAS cresceram 20%, passando de 18.374 para os atuais 22.084.

O DAS-6, de maior valor, subirá de R$ 11.179,36 para R$ 12.042,60 a partir de janeiro de 2013. Em janeiro de 2015, será de R$ 13.974,20. Todos os Cargos de Natureza Especial (NES), que são, em geral, ocupados por secretários dos ministérios, subirão 25%. Os da estrutura da Presidência da República e dos ministérios passará dos atuais R$ 11.431,88 para R$ 14.289,85 em 2015.

O governo alega que esses valores estão defasados em relação aos salários dos demais servidores e mesmo da iniciativa privada. Por isso, tem dificuldade de atrair profissionais competentes sem vínculo com o serviço público para exercer alguns cargos estratégicos. É o caso do secretário do Tesouro Nacional, o economista Arno Augustin, que tem um DAS-6. Para aumentar sua remuneração atual de R$ 11.179,36 brutos, o governo o contemplou com a participação no Conselho de Administração da Embraer, como representante da União. Recebe em torno de R$ 30 mil por mês para participar de uma reunião mensal.

Nas agências reguladoras e no Banco Central, o governo também concederá reajuste maior para os cargos de livre provimento ocupados por especialistas da iniciativa privada e os apadrinhados. Já os destinados exclusivamente aos servidores das carreiras terão apenas os 5,3% em três anos. Na avaliação do governo, o reajuste é menor para esses últimos porque os servidores de carreira já estão ganhando bem. Alguns, como o DAS-3 e CA III das agências reguladoras subirão 16%.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Historia do Adanil Oliveira Rodrigues


  • DA MALÁRIA À DENGUE, UM VIVA AOS GUERREIROS DA FLORESTA!
    Por Montezuma Cruz, Terça, 11 de Setembro de 2012 às 18:25              
    Antes de se mudar para Jaru (Rondônia), a 228 quilômetros de Porto Velho, Adanil Oliveira Rodrigues, mineiro de Ipanema, passou por Grandes Rios e Barbosa Ferraz (ambas no Paraná). Perguntei-lhe do sanitarista Raul Diniz, lembrando-o pelo teste com a mefloquina no extinto Território Federal. Adanil não apenas recordou a luta da Sucam nos tempos de Diniz, mas o sacrifício de maridos e mulheres para salvar os filhos do ataque da malária.

    Diniz era o responsável pela Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam) no velho Território. Adanil (foto abaixo) depõe: “Mais de 28 anos de labuta que não desejo a ninguém! No inicio o bicho pegava, a malária estava em alta e os guerreiros, digo, soldados do combate, tinham de encarar as áreas endêmicas e o dito cujo adentrava em locais onde o filho chorava e a mãe não ouvia! Geralmente ficávamos fora de casa até 15 dias! E se almoçávamos, muitas vezes dormíamos sem janta. Não que os moradores regulassem o que comer, é que a situação era precária, os migrantes vinham de rincões distantes e com pouco recurso. Dormiam em escolas e até em tulhas ou
    em redes, debaixo de árvores”.Emociona-se: “Cobras e onças rondavam o ambiente, mas a luta valeu, porque derrotamos a malária, combatendo-a com o famoso DDT, que para o Ministério da Saúde não apresentava efeitos colaterais. Hoje (ainda em 2012), vários colegas estão com sequelas! Eu, com cinco e meio por cento de contaminação! Movemos ação contra o governo, porque o DDT é biodegradável, isto é, não sai do sangue e causa vários sintomas. No governo FHC perdemos o direito de aposentarmos aos 25 anos de serviço, por insalubridade. Continuo na ativa no combate à dengue, agora com trabalho mais leve, e mesmo assim ainda nos entristecemos ao ouvir pessoas dizerem que não fazemos nada! Pimenta no olho alheio é refresco! Com fé em Deus, vamos tentar controlar a dengue, o que depende do apoio da população: o trabalho é conscientização e tratamento químico. Vamos pedir a Deus que afaste uma epidemia, pois não se brinca com essa doença que mata e deixa pessoas deficientes!”

    Dizia-se em meados dos 1970 que um parente poderia ficar sem o endereço do outro que se mudou para Rondônia, entretanto, se recorresse aos trabalhadores da Sucam iria encontrá-lo com facilidade. Mais rapidamente que os Correios. Os heróis da floresta, esses agentes de saúde sabiam onde localizá-los. Com precisão impressionante.
    Até o final dos anos 1970 a fama pertencia a Ariquemes, pejorativamente conhecida por Aritremis, mas em 1984 Jaru passava à frente nas lamentáveis estatísticas da malária. Alcançava a triste classificação de “campeão mundial da malária”. 74

    Publiquei na edição de 6/2/1984 no Jornal do Brasil a informação do médico Olivar Emmanoel Coutinho da Fonseca, então diretor da Unidade Mista de Saúde daquele município da BR-364, a 280 quilômetros de Porto Velho: de cada quinhentos internamentos, pelo menos trezentos eram motivados por essa doença, campeã das endemias no mundo.

    “É impossível acabar com ela”, desabafava o médico Emannoel Fonseca. Em trabalho conjunto com a Sucam, ele destacava 15 agentes de saúde para conscientizar a população rural – especialmente nos projetos de colonização – sobre os efeitos de drogas à base de quinino e as maneiras de evitar a malária. Quinze por cento dos casos ocorridos em Jaru haviam sido detectados na zona urbana, principalmente entre homens. A situação piorava com a chegada de garimpeiros à Serra Sem Calças, constatava o então secretário de saúde, José Adelino da Silva.

    A equipe dos professores Cláudio Ribeiro e Leônidas Deane, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, voltava para o Rio de Janeiro em julho de 1986. No relatório, escreveram que a incidência de malária em Rondônia assustava “o sanitarista mais imunizado.” Uma menina de apenas seis anos de idade havia sido vítima de dez surtos da doença.
    A angústia dos colonos crescia, na medida em que visitavam a cidade, onde já preocupava a ocorrência de tifo, leishmaniose e hanseníase.

    A 30 quilômetros dali, a malária matava quatro pessoas em Ouro Preto do Oeste. Atacados pelo mosquito anofelino (transmissor da doença) no Distrito de Abunã, um geólogo, um administrador, um motorista e 20 trabalhadores braçais tiveram que paralisar a pesquisa de ouro e cassiterita. Os maiores focos nessa região alastravam-se nos garimpos de Mutumparaná e Paredão.

    A partir de Jaru, a doença era reconhecida não apenas nos relatórios da Saúde Pública, mas despertava o Banco Mundial. Oscar Echeverría, economista dessa instituição, informava a respeito do interesse do banco em apoiar o combate aos focos da doença. Prometia aumentar para 55% a parcela de recursos ao setor de saúde em Rondônia. Explica-se: o banco financiava o Programa Integrado de Desenvolvimento do Noroeste do Brasil (Polonoroeste), que custeava a ferro e a fogo a colonização rondoniense, investindo só em 1984 o montante de 80 bilhões de cruzeiros no mais novo estado brasileiro.

    Para controlar a malária, o banco buscava o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da extinta (e ressuscitada em 2010) Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). Mas essa doença, que não atacava apenas em Jaru, estava por todos os cantos de Rondônia.

    Montezuma Cruz" Para Adanil Oliveira Rodrigues

    Adanil Oliveira Rodrigues"

    Lembro de que os Técnicos do CNPQ vinha de Manaus pensa em um sofrimento era asse pessoal que saia de suas casas estes ficavam meses fora! Lembro me de Dr Nelson e sua equipe eles borrifavam anofelinos com tinta de varias cores e os soltavam em determinado área, e saiam a captura de oito a dez km e os pintados com tinta aparecia! Com isso eles sabiam o raio de ação dos focos e determinavam a forma de combate! Devemos muito a eles e a nossos superiores que com competência souberam como erradicar a malária de nosso município! Amigo Montesuma valeu pelo empenho em mostrar o nosso sofrimento que com fé em Deus resistimos e tivemos o exito em nossos propósitos! Um abração!

Saiu pesquisa registrada no TRE/RO para prefeito de Ji-Paraná

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Saiu pesquisa registrada no TRE/RO para prefeito de Ji-Paraná
Jesualdo Pires (PSB) – 67,4 %

Solange Pereira (PMDB) - 18,2 %

Indecisos – 14,4 %

Margem de erro – 3 para mais ou para menos.

A pesquisa foi feita pela empresa Fonte Real Consultoria e foi encomendada pelo site O rondoniense.
Número de registro TRE/RO: 00076/2012

Proposta cria 82 cargos em TRT sediado no Rio de Janeiro


Proposta cria 82 cargos em TRT sediado no Rio de Janeiro


Agência Câmara de Notícias     





A Câmara analisa o Projeto de Lei 4227/12, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que cria 82 cargos de analista no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 1ª Região, sediado na cidade do Rio de Janeiro (RJ). 

Os funcionários deverão ser especialistas em tecnologia da informação e comunicação.

Segundo a proposta, o TRT enfrenta escassez de servidores para dar suporte técnico à implantação do Processo Judicial Eletrônico, que ocorre atualmente em todas as instâncias da Justiça do Trabalho.


O TST ressalta que os novos cargos também são necessários por causa do aumento da movimentação processual no TRT da 1ª Região, provocada pelo “significativo crescimento econômico” do estado do Rio de Janeiro, com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os investimentos em infraestrutura urbana para a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.


O tribunal argumenta que o maior número de empregos no estado tem repercussão na quantidade de lides trabalhistas e, consequentemente, no acréscimo da carga de trabalho.


De acordo com o projeto, os recursos para a execução da lei virão do Orçamento Geral da União.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Professores da UFF decidiram manter a greve


Professores da UFF decidiram manter a greve


Clarissa  Thomé
O Estado de S. Paulo     -    





Os professores da Universidade Federal Fluminense (UFF) decidiram nesta terça-feira (11) manter a greve, iniciada há quase quatro meses. Durante a assembleia, 134 docentes optaram pela manutenção da paralisação; 55 votaram pela volta às aulas e quatro se abstiveram.

Os professores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro se reúnem ainda esta semana para decidir sobre a greve. As outras duas universidades federais no Estado - a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal do Estado do Rio (UniRio) - já decidiram pelo fim da greve.

Servidor federal que teve o ponto cortado vai receber salário nesta quarta-feira


Servidor federal que teve o ponto cortado vai receber salário nesta quarta-feira


Djalma Oliveira
Jornal Extra     -     11/09/2012





A União vai pagar nesta quarta-feira, por meio de uma folha suplementar, a primeira metade da devolução do dinheiro dos servidores que tiveram o ponto cortado, durante a greve do funcionalismo federal. 


Ao todo, 11.495 vão receber esse dinheiro, mas 3.379 funcionários do IBGE terão a devolução integral. Essa decisão causou insatisfação entre os sindicatos, que acusam o governo federal de tratar os trabalhadores de maneiras diferentes.

Segundo o Ministério do Planejamento, o pessoal do IBGE receberá o dinheiro em parcela única, porque apresentou rapidamente um cronograma de reposição das horas paradas. Para os demais servidores, metade do dinheiro sairá nesta quarta-feira.


A outra parcela virá depois da aprovação do calendário de compensação dos dias de paralisação.

O valor total da folha de pagamento suplementar que será paga agora é de R$ 13,3 milhões. O Ministério do Planejamento informou que houve funcionários públicos que chegaram a 30 dias de ponto cortado.

Governo pagará 50% dos dias parados aos grevistas


Governo pagará 50% dos dias parados aos grevistas


Vannildo  Mendes
O Estado de S. Paulo     -     12/09/2012




Depois de endurecer com os grevistas do setor público, o governo federal autorizou ontem o pagamento de 50% dos dias descontados de 8.931 servidores grevistas. O desconto alcançou os dias parados entre 15 de julho e 15 de agosto, quando a adesão ao movimento atingiu o pico e o governo anunciou medidas repressivas. O impacto dessa concessão custará R$ 13,3 milhões aos cofres públicos.

A devolução entra hoje na conta de cada servidor e, segundo informou o Ministério do Planejamento, beneficiará apenas categorias que retornaram ao trabalho após assinarem o acordo de reajuste salarial de 15,8%, fatiado em três parcelas. A devolução da outra metade depende da aprovação de uma planilha de reposição das horas não trabalhadas, que cada categoria deve firmar com seu órgão de origem. A primeira a ter a recuperação total dos dias parados foi a dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O cumprimento das planilhas será monitorado pela Controladoria-Geral da União e os que desrespeitarem o compromisso terão o corte do ponto confirmado no contracheque, conforme avisou a ministra Miriam Belchior em instrução aos órgãos públicos atingidos por greves. Cada proposta terá de ser aprovada também pelo Planejamento, que avaliará se ela corresponde à reposição real do que foi perdido. O plano será colocado à disposição na internet e terá seu cumprimento fiscalizado em inspeções rotineiras nas repartições.

Anistia. O rigor do discurso oficial, todavia, não encontra respaldo nos números. Pelos cálculos do próprio governo, 80 mil servidores - ou 350 mil, segundo o comando do movimento - participaram da greve no seu auge, entre julho e agosto, quando foi determinado o corte de ponto de 11.959 pessoas, menos de 15% do total de faltosos. Com a anistia parcial adotada, restam apenas 2.536 servidores com o ponto efetivamente cortado, ou pouco mais de 3% dos que cruzaram os braços, na contabilidade oficial.

Greve no setor público: o que regular?


Greve no setor público: o que regular?


José Pastore
Correio Braziliense      -      12/09/2012



Uma das consequências das últimas greves dos servidores públicos foi a decisão do governo de agilizar a sua regulação. Vários projetos de lei tramitam no Congresso Nacional. Em 2007, quando Dilma Rousseff era chefe da Casa Civil, a Advocacia-Geral da União (AGU) entregou-lhe um projeto sobre o assunto, mas ela engavetou a proposta. Mesmo como presidente eleita, Dilma se manteve complacente com os grevistas ao sancionar a Lei nº 12.505/2011, que anistiou policiais e bombeiros que cruzaram os braços em manifesto confronto com a Constituição Federal que proíbe greve de servidores militares.

Ao que parece, ela mudou de opinião. As últimas greves a irritaram bastante e por isso decidiu solicitar da própria AGU a mesma providencia que lhe foi entregue em 2007 para ser discutida após as eleições municipais. O assunto envolve inúmeras tecnicalidades. Para não cansar o leitor, apresento aqui as principais questões a serem equacionadas em uma lei de greve do setor público.

1. Atividades essenciais — Uma primeira providência é estabelecer o alcance e as regras da greve nas atividades essenciais. Há projetos de lei que nem sequer tocam nessa questão (exemplo: PLS 87, de autoria do senador Paulo Paim PT-RS), enquanto outros abrangem e regulam com rigor mais de 20 atividades essenciais (PLS 710, de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira PSDB-SP).

2. Greves proibidas — Além das atividades essenciais, há as que não admitem nenhum tipo de greve. Isso é assim em todos os países. É uma questão delicada. O Brasil permitirá greve de militares, diplomatas, operadores de usinas elétricas, profissionais de serviços de emergência e outros desse tipo?

3. Manutenção de serviços mínimos — É comum prever-se o anúncio da greve com larga antecipação e a manutenção de serviços mínimos. Quais serão os prazos mínimos? Quais serão os máximos? Haverá distinção para diferentes tipos de atividades? O que vale para um posto do INSS valerá para os hospitais?

4. Resolução das greves — Muitos países sujeitam as greves em serviços essenciais a uma ação do Poder Executivo, por ser mais expedita. Nos Estados Unidos, por exemplo, o presidente Reagan dispensou os 21 mil profissionais que paralisaram o controle de voo em 1981, por se tratar de ameaça à segurança nacional. Qual será a opção do Brasil? Haverá uma divisão de alçada entre os poderes? Haverá lugar para as próprias partes estabelecerem critérios em acordos e convenções coletivas?

5. Sanções para os ilícitos — Alguns países preferem usar a lei penal. Outros usam a lei civil. Há ainda os que ficam apenas com a lei trabalhista. Embora a atual Lei de Greve (Lei nº 7.783/1989), estendida ao setor público pelo Supremo Tribunal Federal (STF), preveja o uso de medidas de âmbito trabalhista, penal e civil, elas são raramente implementadas. Mesmo quando a Justiça aplica multas, raramente são recolhidas. O importante aqui é definir quem será responsável pelas ilicitudes: o sindicato, seus diretores ou os filiados?

6. A regulação da negociação coletiva — O Brasil ratificou a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que abre espaço para a negociação coletiva no setor público. Essa negociação tem peculiaridades. Os governantes trabalham com recursos rígidos — definidos em orçamento anual pelo Poder Legislativo. Além disso, são disciplinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe gastar mais do que se arrecada. Ou seja, as margens de concessão de salários e benefícios são muito estreitas. Por sua vez, os limites para avaliação e cobrança de resultados esbarram na questão da estabilidade de emprego. Como equacionar tudo isso para se garantir negociações transparentes e de boa-fé?

Em suma, estamos diante de assunto complexo, mas que precisa ser encaminhado com urgência. Dilma Rousseff adiou a discussão quando podia ter avançado — talvez por falta de apoio do presidente Lula. Agora, ao que tudo indica, ela está disposta a resolver o assunto de uma vez por todas. Se isso ocorrer, terá sido um bom subproduto das últimas greves. É sempre assim, só nos lembramos de pôr a tranca na porta depois de arrombada...

José Pastore - Professor de relações do trabalho da FEA-USP e membro da Academia Paulista de Letras (jpjp@uninet.com.br)

Greves remuneradas


Greves remuneradas


Correio Braziliense     -     12/09/2012




O governo emite sinal contrário a tudo que tinha feito por merecer aplauso da sociedade no tratamento da greve que paralisou por semanas mais de 30 órgãos da administração federal. Prejudicados por não poder contar com os serviços pelos quais pagam ao arcar com pesada carga tributária, milhões de brasileiros acreditaram que nas posições firmes alardeadas pelas autoridades. 

Ninguém deixou de reconhecer o direito de reivindicar melhorias salariais, pelo menos nos casos em que as remunerações guardam algum paralelo com o mercado e a vida real, mas a maioria percebeu excessos, tanto nas pretensões de aumento quanto no abusivo alongamento dos prazos das paralisações. Ficou claro, em muitos casos, que, acobertados por uma legislação excessivamente leniente, líderes grevistas passaram a usar a segurança do emprego público para transformar a pressão legítima em constrangimento da autoridade.

Foi com alento que, esgotados os limites da razoabilidade, o cidadão comum, que por muito menos já teria sido posto na rua, ouviu os ministros da Educação, do Planejamento e da Justiça falarem grosso. Apesar do calendário eleitoral, garantiram não abrir mão do desconto dos dias parados. E, no caso das aulas não dadas, seria exigida a reposição integral do semestre letivo.

Ficou a boa impressão de que estavam sendo levados a sério o dinheiro do contribuinte e a gravidade de deixar a população sem atendimento. A Justiça fez sua parte. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou legal o corte do ponto dos funcionários que não compareceram ao trabalho. Ainda ontem, uma liminar que blindava os contracheques dos policiais federais, obtida por sindicalistas do Paraná, foi suspensa pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). Ela caiu sob a argumentação de que sua concessão punha em risco a ordem pública, por prejudicar a prestação do serviço de segurança e a ordem administrativa pelo efeito multiplicador da liminar concedida.

Tudo em vão. Como o Correio revelou ontem, o governo simplesmente recuou e decidiu abrir mão de descontar os dias parados. Mandou depositar R$ 13,3 milhões nas contas de 8.932 servidores do Executivo, metade do que havia sido deduzido dos vencimentos dos grevistas no período de 15 de julho a 14 de agosto. A outra metade será paga tão logo os sindicatos apresentem cronogramas de reposições. O Ministério do Planejamento, responsável pela liberação dos pagamentos, garante que, se as reposições não forem cumpridas, os descontos poderão ser retomados. Mas, a esta altura, não será fácil convencer o cidadão de que esse corte será mesmo praticado.

O governo parece ter conseguido estancar o atual movimento grevista. Mas o recuo sinaliza que o preço pago pode ser tão ou mais alto quanto os aumentos negados. Na prática, sinaliza perigoso abalo na credibilidade e na capacidade do gestor de pessoal da administração federal de ser duro nas próximas negociações. Pior: passa a certeza de que vale a pena tirar umas férias fora do tempo, já que nada de mau vai acontecer a quem se absteve de comparecer aos serviço e de atender a seu verdadeiro patrão, o contribuinte.

(Visão do Correio)