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OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

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A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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sexta-feira, 12 de abril de 2019

Bolsonaro Extinguirá 13 Mil Cargos Considerados Obsoletos


Blog do Vicente     -     11/04/2019


A esplanada dos Ministérios está em polvorosa. Entre as 18 medidas anunciadas hoje pelo presidente Jair Bolsonaro como prioritárias para governo está a extinção de 13 mil cargos abertos e que vierem a ficar vagos na administração federal.


Segundo o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Wagner Lenhart, são funções que se tornaram obsoletas. O decreto deve ser publicado nesta sexta-feira, 12 de abril. 



Consultado pelo Blog, Lenhart explicou que entre os cargos extintos estão os de jardineiro, mestre de lancha, atendente bilíngue, operador de máquinas agrícolas, artífice de artes gráficas e auxiliar de enfermagem. 



Do total de cargos que serão extintos, 12.315 já estão desocupados e serão suprimidos imediatamente. Essas funções eram, em grande parte, ocupadas por servidores de nível intermediário ou auxiliar. Existem, ainda, 916 servidores ocupando alguns desses cargos na administração. Nesses casos, a extinção ocorrerá quando os funcionários se aposentarem. 



“A função de jardineiro é passível de terceirização. Não se faz mais concursos para auxiliar de enfermagem. Hoje, são contratados técnicos de enfermagem”, exemplifica o secretário. 



Ministério da Saúde 



O órgão mais afetado pela extinção de cargos será o Ministério da Saúde, com 11.420. Na Pasta, serão extintos cargos vagos de agente de saúde pública, auxiliar de enfermagem e guarda de endemias. “Agente de saúde pública e guarda de endemias desempenham atividades que passaram a ser exercidas pelos estados”, explica Lenhart. Ele ressalta ainda que outras rodadas de “limpeza” de cargos virão. A meta do governo é ter uma estrutura de cargos mais enxuta. 



Para o secretário, a extinção moderniza e adequa o quadro de pessoal da administração pública à atual necessidade dos órgãos e à realidade do trabalho contemporâneo. Também evita contratações que possam trazer ônus desnecessário à União no futuro.


Concursos 



Sobre concursos, Lenhart é enfático: não está prevista nenhuma seleção para este ano. Certames para a contratação de pessoal somente em casos excepcionais. A tendência é de o governo fechar o maior número possível de vagas de pessoas que vierem a se aposentar. 



O secretário acredita que o momento é de reforçar a modernização da máquina pública a partir da extinção de cargos obsoletos, de cargos cujas atividades agora são passíveis de execução por outros entes federativos ou por terceirização. Hoje, existem mais de 700 mil cargos efetivos. Destes, cerca de 250 mil estão vagos, e, portanto, poderiam vir a ser providos. 



“Ao depurar esta base e retirar cargos que não condizem com a realidade atual da força de trabalho federal, estamos evitando contratações desnecessárias, desperdício de recursos, e também sinalizando aos administradores dos órgãos que o caminho a ser seguido deve, necessariamente, estar atrelado à realidade do trabalho público na sociedade contemporânea”, frisa Lenhart. 



Funções comissionadas 



Em janeiro, o Ministério da Economia fechou 2.900 vagas (demitiu pessoas e fechou vagas). Em março, o governo anunciou a extinção de 21 mil funções comissionadas, ocupadas por servidores públicos. Nesse bolo, estão 190 DAS, cargos ocupados por por pessoas de fora do governo.


Essas 21 funções comissionadas serão extintas em três etapas. A primeira, se deu em março. A segunda, está programada para junho. A terceira, para setembro. O governo quer reduzir a todo custos os gastos com pessoal que, neste ano, vão superar os R$ 326 bilhões.

É Devida Pensão Por Morte Em União Estável De Companheiro Não Designado Nos Assentamentos Funcionais Do Ex-Servidor


BSPF     -     11/04/2019


A 1ª Turma do Tribunal Regional Federal 1ª Região (TRF1) negou provimento à apelação interposta pela União e manteve a concessão da pensão por morte a uma mulher que mantinha união estável com falecido servidor público.


A União, em seu recurso, argumenta que o pedido não está de acordo com a alínea “c”, do inciso I, do art. 217 da Lei nº 8.112/90, que exige como requisitos para prova da qualidade de companheiro a designação e a comprovação da união estável como entidade familiar; sendo que o primeiro requisito – expressa designação do companheiro – não foi devidamente cumprido.


Quanto à demandante, seu relacionamento com o ex-servidor público foi comprovado por testemunhas no processo. De acordo com os autos, ficou provada, ainda, a dependência econômica “direta e exclusiva da autora em relação ao instituidor”.


O relator, desembargador federal Jamil Rosa de Jesus Oliveira, em seu voto, referiu-se à Súmula 51/2010 da Advocacia-Geral da União (AGU) que determina que a falta de prévia designação da (o) companheira (o) como beneficiária (o) da pensão vitalícia de que trata o art. 217, inciso i, alínea "c", da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, não impede a concessão desse benefício se a união estável restar devidamente comprovada por meios idôneos de prova.


Assim sendo, o Colegiado, acompanhando o voto do relator, negou provimento à apelação, manteve a sentença recorrida.


Processo: 0017429-23.2011.4.01.3300/BA


Fonte: Assessoria de Imprensa do TRF1

Governo Encaminha Ao Congresso Projeto De Autonomia Do Banco Central



Agência Brasil     -     11/04/2019


Brasília - O governo federal apresentou hoje (11) um projeto de lei complementar de autonomia do Banco Central (BC), que será encaminhado ao Congresso nos próximos dias. A medida faz parte das ações propostas para os 100 dias de governo e foi um dos compromissos defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral, de “seguir o modelo vigente em economias avançadas”.


“A independência do BC é uma ferramenta muito importante usada pelas principais nações para dar tranquilidade a esse fundamental setor, que é a economia, que mexe com a vida de todos nós”, disse o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.


De acordo com o Palácio do Planalto, o processo de estabilização econômica, iniciado em 1994 com o Plano Real, demonstra os benefícios decorrentes da estabilidade monetária e redução dos juros. Para o governo, tudo isso fornece as bases para o aumento da produtividade, da eficiência na economia e, em última instância, do crescimento sustentável.


“Para assegurar que o Banco Central continue desempenhando esse papel de maneira robusta e com segurança jurídica, mostra-se necessário consagrar em lei a situação de fato hoje existente, na qual a autoridade monetária goza de autonomia operacional e técnica para cumprir as metas de inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)”, diz o documento que justifica o projeto.


A autonomia do Banco Central já era matéria de projeto no Congresso Nacional, proposto pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em 2003, e defendida pelo ex-presidente da instituição Ilan Goldfajn. O ministro da Casa Civil disse que conversou com Maia antes de apresentar o novo projeto. A expectativa é que os projetos existentes na Câmara sejam apensados para agilizar a tramitação da nova medida apresentada hoje.


Onyx explicou que, sendo enviado pelo Executivo, o projeto garante a constitucionalidade e previne questionamentos jurídicos ao corrigir o vício de iniciativa, já que a transformação da estrutura do governo federal é privativa do presidente da República.


De acordo com Onyx, os projetos são semelhantes e houve o cuidado do governo em formular uma proposta que se alinhasse aos termos apresentados anteriormente pelo presidente da Câmara. “Interessa ao Parlamento e ao país que a gente tenha um guardião da moeda, um guardião da economia brasileira que proteja, independente de quem está no governo, a moeda brasileira”, disse Onyx.


A autonomia do Banco Central é garantida com a perda do status de ministro do presidente do BC e mandato fixo para o presidente e diretores da instituição, não coincidente com o mandato do presidente da República. Pela singularidade do Banco Central, no projeto, algumas garantias são conferidas aos seus dirigentes, como mandato de quatro anos, com possibilidade de recondução por mais quatro, e proteção jurídica conferida para que se dê de fato a autonomia que garanta a integridade da instituição.

Ministro Da Defesa Pede Apoio À Reestruturação Das Carreiras Militares


Agência Senado     -     11/04/2019



A proposta de reestruturação das carreiras e pensões dos militares (PL 1.645/2019) encaminhada pelo governo ao Congresso é "superavitária, auto-sustentável e fiscalmente responsável", disse nesta quinta-feira (11) o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).


O ministro defendeu a reestruturação da carreira — que aumenta o soldo dos militares — de críticas por ter sido enviada pelo governo juntamente com a proposta de reforma da Previdência dos integrantes das Forças Armadas.


O general abordou alguns dos pontos principais da reforma, como o aumento do tempo de serviço de 30 para 35 anos, fazendo com que o limite de idade para que um militar seja transferido para a inatividade também seja aumentado em todos os postos da carreira. Ele ainda mencionou o reajuste nas alíquotas previdenciárias, de 11% para 14%, e o fato das contribuições serem universalizadas, incluindo também as pensionistas. Além disso, a reforma da Previdência torna mais rígidas as regras para a inclusão de dependentes e tem outras diretrizes visando o aumento das receitas, com a redução de efetivos e a substituição de militares por temporários.


— O projeto foi costurado desde 2016 em parceria com o Ministério da Economia. Com as receitas extras que incluímos e o corte nas despesas, nos primeiros anos o superávit será de R$ 2 bilhões. Em 10 anos o superávit passará de R$ 10 bilhões, e em 20 anos será de mais de R$ 23 bilhões, porque este superávit crescerá a cada ano — afirmou.


O general lamentou pela medida provisória 2.215-10, editada em 2001, que reestruturou a carreira das Forças Armadas. Segundo ele, a MP fez com que coronéis que passaram para a reserva depois de 2001, por exemplo, passassem a ganhar 30% a menos que seus colegas que foram para a reserva antes da edição da MP.


— [A MP] nos afetou e nos afeta muito até hoje, por ter subtraído os principais direitos adquiridos da categoria — declarou, enumerando, entre as perdas, a promoção automática dos militares que passam para a reserva, os adicionais por tempo de serviço e o auxílio-moradia.


Soldos defasados


O ministro também comparou os proventos recebidos na carreira militar com os de outras carreiras do Poder Executivo. Os números apontam uma grande defasagem aos militares de nível superior, se comparados com carreiras também de nível superior na Policia Federal, na Receita Federal, no Itamaraty ou mesmo de gestores no âmbito do Ministério do Planejamento e de outras pastas.


— Isso também é consequência da MP 2.215 e de recomposições insuficientes nos anos posteriores. Por isso é importante que o Congresso Nacional esteja atento para a reestruturação da carreira militar. Também é nossa missão estarmos atentos para a pirâmide de baixo, os soldados, os alunos. 45% do efetivo recebe menos que dois salários mínimos, e somados aos cabos, o quadro é que 58% dos militares ganham no máximo quatro salários mínimos — afirmou.


O senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) pediu a Fernando Azevedo e Silva que reforce as assessorias parlamentares, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado, subsidiando os parlamentares com dados pormenorizados quanto à defasagem salarial da categoria. Para o senador, esse esforço é relevante visando a aprovação do projeto de reestruturação dos militares.

Policiais Federais Articulam Reforma Previdenciária Igual À Proposta Dos Militares


O Dia     -     11/04/2019

Agentes da PF, PRF e Depen entregam hoje, à líder do governo, emendas que alteram a PEC 6


Rio - Os agentes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), peritos, policiais federais e rodoviários federais querem uma reforma previdenciária da categoria igual à que foi proposta aos militares das Forças Armadas. Para isso, vão entregar, nesta quinta-feira, à líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), emendas à PEC 6 — que muda a previdência de servidores civis e trabalhadores privados. Os aditivos serão levados pela parlamentar à Comissão Especial, que será instalada após o encerramento dos trabalhos da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).


Hasselmann se colocou ontem como interlocutora do grupo, logo após uma mobilização que os agentes fizeram na Câmara. Representantes da classe acusaram o presidente Jair Bolsonaro de "traidor", devido, segundo eles, ao "tratamento diferenciado" dispensado aos militares da Aeronáutica, Exército e Marinha. O argumento deles é que a área de Segurança Pública tem as mesmas condições de trabalho e também deve ser olhada com atenção.


À líder do governo, o presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), André Gutierrez, alegou que o sentimento de "traição" é porque servidores da Segurança apoiaram Bolsonaro nas eleições. Hasselmann se comprometeu a receber demandas do grupo, que vai se reunir às 15h de hoje para definir as emendas.


Presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), Deolindo Carniel ressaltou que os argumentos do governo para a elaboração da reforma voltada aos militares também se encaixam para policiais, como a ausência de adicionais de insalubridade e noturno, além da falta de horas extras.


Transição e pensão


Carniel pontuou que os agentes pedirão a mesma regra de transição proposta às Forças Armadas: pedágio de 17% da quantidade de anos que faltam para a aposentadoria. Também vão apresentar emenda que muda exigências da PEC 6 para concessão de pensão.


Cabe lembrar que a reforma dos civis garante a integralidade às carreiras da Segurança que entraram no setor público até o fim de 2013. Mas para atingir esse direito, os agentes terão que ficar mais tempo trabalhando.


Articulação na Comissão Especial


A Comissão Especial será o alvo de todas as categorias do setor público que pretendem articular por mudanças na PEC 6. Além dos servidores da Segurança Pública, funcionários de outras carreiras, como auditores da Receita Federal e do Ministério do Trabalho, acreditam em um "poder de fogo" maior com os parlamentares que vão integrar o colegiado.


Dali, o projeto vai ao plenário da Câmara Federal para seguir ao Senado. E entre as mudanças defendidas pelos representantes do setor público estão a extinção dos dispositivos da proposta que preveem alíquota de contribuição previdenciária progressiva, ou seja, de acordo com a faixa salarial, começando com 7,5% de desconto alcançando até 22%.


Por Paloma Savedra

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Marinho Diz Que É A Chance De Ajustar Previdência Sem Avançar Em Direitos Adquiridos



BSPF     -     11/04/2019


O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse nesta quarta-feira (10) que o Brasil terá agora a última oportunidade de fazer um ajuste no sistema previdenciário sem avançar nos direitos adquiridos de mais de 30 milhões de brasileiros. A afirmação foi feita durante instalação da comissão destinada a acompanhar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 que modifica o sistema de previdência social, em tramitação na Câmara.


Composta por nove membros titulares e igual número de suplentes, a comissão é presidida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA) e tem como relator o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).


— O que nos motivou a apresentar o projeto é para que o sistema fosse justo e sustentável, ao contrário da forma como ele se encontra hoje. Nós temos um sistema previdenciário que é injusto porque poucos ganham muito e muitos ganham pouco, e é insustentável do ponto de vista fiscal — disse Marinho.


O secretário explicou que a ideia do projeto é que, ao longo de um período de transição, funcionários públicos federais, que ganham um pouco mais do que a média da população, vão ter as mesmas regras tanto na questão de critérios de admissibilidade para a aposentadoria como para o recebimento do benefício.


— Tanto no regime geral como no regime próprio, todos se aposentarão com o teto de cinco mil e oitocentos e pouco reais e com o piso do salário mínimo – observou.


Aposentados e pensionistas


Em relação ao perfil dos beneficiários do INSS, Marinho disse que há aproximadamente 30 milhões de aposentados e pensionistas no regime próprio. Cerca de 66,5% recebem até um salário mínimo e 16,9% recebem até dois salários. O contingente de brasileiros que ganham até dois salários mínimos é de 83,4%.


— Essa é a realidade do nosso sistema previdenciário do país. A União pretende, no regime previdenciário e assistencial, economizar R$ 1,1 trilhão. Caso as medidas sejam aprovadas em sua integralidade, teremos R$ 329 bilhões nos próximos dez anos, em favor dos estados; e R$ 170 bilhões em favor dos municípios — estimou.


Marinho disse que no Brasil há 71,3 milhões de pessoas potencialmente beneficiárias do INSS, o que inclui celetistas, autônomos, microempresários e trabalhadores intermitentes que estão na ativa e ainda irão se aposentar. Aqueles que estão no topo da pirâmide vão contribuir 14 vezes mais do que quem está na base, tendo em vista a regra da proporcionalidade, afirmou.


Fraudes


Em relação ao combate à fraudes, Marinho lembrou que há mais de 60 dias tramita no Congresso a Medida Provisória (MP) 871/2019, que trata especificamente do tema.


— Nós esperamos R$ 9,8 bilhões no primeiro ano, como resultado de implementação dessa MP — disse.



Marinho apontou a fragilidade do sistema previdenciário e informou que, dos R$ 712 bilhões de reais que o governo despendeu com assistência em 2018, cerca de R$ 98 bilhões estavam relacionados à judicialização.


— Ou seja, foi fruto de ações judiciais em função da fragilidade do sistema. Essa situação é atacada frontalmente pela MP, que tenta corrigir uma série de impropriedades na nossa legislação e preencher vácuos jurisdicionais.


Marinho ressaltou que o sistema previdenciário é deficitário, conforme atesta o próprio Tribunal de Contas da União (TCU), ao contrário do que sustentam instituições que adotam metodologias distintas, não reconhecidas pelo governo.


— O nosso deficit, em 2018, é de R$ 265 bilhões de reais. A gente pode até discutir o tamanho do deficit, mas hoje há um consenso de que ele existe e há o desequilíbrio fiscal. Essa rubrica orçamentaria, ao lado da questão da dívida pública, é o elemento que mais pressiona tanto o Orçamento federal como o orçamento dos estados e municípios - esclareceu.


Rural


Atualmente, disse Marinho, 53% dos brasileiros aposentam-se aos por tempo de serviço aos 65 anos e meio. Ele disse que é preciso separar a assistência da Previdência Social, tendo em vista que os mais pobres aposentam-se dez anos depois dos mais ricos.


O secretário apontou desencontro de dados entre os beneficiários da Previdência no meio rural. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa que 16% da população mora no meio rural, mas o governo registra mais de 33% de aposentados no regime geral, garantiu.


— Há fragilidade do cadastro para verificação de quem efetivamente tem direito a ser segurado especial. Não está tendo rigidez necessária. Quem tem direito tem que ser alcançado, mas quem não tem direito também está sendo alcançado. Na MP 871 mudamos a forma de convalidação do tempo por sindicatos e passamos a uma declaração do próprio trabalhador rural, que vai definir o tempo que efetivamente passou na atividade rural. A ideia é que possamos tornar o cadastro livre de fraude. Na PEC fizemos mais três alterações, propondo aumento de 55 para 60 anos na idade da mulher, o aumento do tempo de contribuição de 15 para 20 anos, e o limite mínimo de contribuição por ano, que passa a ser de R$ 600,00 — explicou.


BPC


Marinho também explicou as mudanças apresentadas pelo governo em relação ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). O benefício de um salário mínimo mensal é pago à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê-la provida por sua família.


As regras de pagamento continuariam as mesmas para as pessoas com deficiência — algo em torno de 2,5 milhões de beneficiários. Aos idosos, o governo propõe o pagamento de R$ 400,00 a partir dos 60 anos. O valor integral do benefício seria pago a partir dos 70 anos.



— O BPC tem a particularidade de duas clientelas distintas. Propusemos a antecipação para os idosos e o governo deverá investir até R$ 18 bilhões para atender em torno de um milhão de pessoas — afirmou.


Marinho explicou que o Benefício de Prestação Continuada não entra no cálculo do deficit previdenciário, visto que é suportado pela contribuição do sistema social, e não apenas pela Previdência.


Militares


No caso dos militares, Marinho explicou que houve aumento do tempo de contribuição de 30 para 35 anos, e na taxa de permanência, a depender do posto.


— Um general, por exemplo, vai sair aos 70 anos de idade, e a cada gradação de posto há acréscimo de tempo, o que vai permitir que o suboficial, que normalmente se reformava abaixo dos 50 anos, fique praticamente até os 58 anos de idade. Aumenta bastante o tempo de permanência da tropa dentro das Forças Armadas. Há também a cobrança às pensionistas e aos cabos e soldados — hoje isentos — da alíquota, que vai subir de 7,5 para 10,5%, acrescido de um plano de saúde que é pago pelos militares, que vai para 14%, média em que os servidores civis são remunerados — esclareceu.


Em contrapartida, ressaltou Marinho, foi oferecido aos militares um projeto de reestruturação das carreiras das Forças Armadas, que vai custar em torno de R$ 85 bilhões, e o saldo seria de R$ 10,5 bilhões, ao longo de dez anos.


Capitalização


Em relação à capitalização, a PEC 6/2019 define que o tema será tratado em projeto de lei complementar futuro, o qual estabelecerá uma espécie de “colchão social”, para que nenhum brasileiro receba menos de um salário mínimo, mesmo no sistema de capitalização, a qual não será de adesão obrigatória, mas de livre escolha pelo trabalhador, disse Marinho.

A possibilidade de contribuição patronal e de trabalhadores, dos entes federativos e do servidor, vedada a transferência de recursos públicos, também está prevista em lei complementar, bem como os benefícios de idade avançada, maternidade, incapacidade temporária ou permanente, morte e risco de longevidade do segurado, explicou o secretário.

Cobrança de dívidas

Em março, disse Marinho, o governo apresentou projeto de lei que instrumentaliza a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional para que ela possa trabalhar na recuperação de dívidas contra grandes devedores — acima de R$ 15 milhões — e fazer tratativas de cunho administrativo, sem necessidade de judicialização, com devedores de dívidas de menor valor.

— O nosso perfil da dívida previdenciária é hoje em torno de R$ 500 bilhões, que a gente pode dividir grosseiramente em três partes. A primeira, está ajuizada em torno de R$ 170 bilhões. Há uma recuperação anual na ordem de seis a oito bilhões, em função do próprio trâmite judicial. Um terço está em processo de negociação ou ajuizamento, e o terço remanescente é irrecuperável porque é fruto de passivos de empresas que já faliram. As mais famosas são as grandes companhias aéreas do passado, alguns bancos e grandes lojas de magazines — explicou.

Marinho disse que o projeto de reforma previdenciária leva em consideração a preservação dos direitos adquiridos e “uma máxima estabelecida que aqueles que têm a maior capacidade contributiva contribuirão com mais, e aqueles com menor capacidade contribuirão com menos, mas todos vão contribuir”.

Questão demográfica

O secretário disse ainda que a questão demográfica impacta diretamente a questão previdenciária. Na década de 80, o país saiu da média de 4,1 filhos por casal para a situação atual de 1,7, que sequer repõe a população ao longo dos próximos anos, explicou.

— Isso significa que nós vamos ter um envelhecimento maior da população ao longo do tempo, e um aumento da sobrevida, que é justamente o que interessa para o cálculo atuarial. Há uma discussão na sociedade de que é necessário trabalhar com expectativas de vida diferentes em função das regiões do país, onde elas são diferentes. Só que esse dado, para efeitos previdenciários, não é o mais importante. O que nos interessa é a sobrevida. A partir dos 65 anos de idade, que é a idade de aposentadoria, a população, em média, vive hoje 18 anos e quatro meses a mais. Em 2060 deve chegar a 21 anos e dois meses. Isso é uniforme em todo o território nacional. A diferença de sobrevida do Nordeste para o Sul é de seis meses. A expectativa de vida é impactada por outros fatores, como mortalidade infantil, falta de saneamento básico e violência, que não afetam as pessoas que conseguem chegar aos 65 anos - considerou.

O Brasil tem hoje 13,3% da população idosa, que atingirá 42,6% em 2060, fruto da questão demográfica e do aumento da expectativa de vida, disse Marinho. O deficit da Previdência pode atingir 294 bilhões, com acréscimo de R$ 30 bilhões por ano, apenas em função do pagamento de novas aposentadorias, disse.

Responsabilidade previdenciária

Marinho destacou que a PEC 6/2019 também prevê a criação de uma Lei de Responsabilidade Previdenciária, a qual estabelece que os estados e municípios deverão adequar-se à realidade em determinado período, sob pena de não receberem repasses. Também permitirá aos fundos previdenciários dos estados fazer correção de débito atuarial com acréscimo de alíquotas, evitando o remanejamento de recursos para esse fim, em prejuízo da educação, saúde e infraestrutura.

A partir da votação da PEC, o prazo máximo de parcelamento do Refis será de 60 meses, e não mais de 240 ou 360 meses, “para evitar a roda viva feita pelos devedores contumazes”, segundo Marinho.

Discussão

Durante o debate com o secretário especial da Previdência, o senador Otto Alencar explicou que a comissão do Senado pretende discutir a reforma previdenciária “ponto por ponto” em diversas audiências públicas. Disse ainda, ser fundamental “compatibilizar o aspecto fiscal com o social” em um país com tantas desigualdades como o Brasil.

— Não haverá interferências da comissão nas decisões da Câmara. O que vai acontecer é o acompanhamento dos estudos preliminares que estão sendo feitos lá para, quando chegar ao Senado, termos consciência do que está acontecendo — esclareceu.
Otto Alencar defendeu a manutenção do BPC nos moldes atuais e sugeriu ao governo fazer um cruzamento de dados com as declarações de imposto de renda como forma de combater fraudes no pagamento do benefício. O senador ressaltou ainda que muitos cidades do interior do Nordeste dependem mais dos repasses da Previdência do que do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Tasso Jereissati sugeriu a Marinho a adesão opcional ao BPC, por meio da qual o beneficiário escolheria receber R$ 400,00 aos 60 anos de idade, ou aguardar pelo pagamento integral quando alcançasse 70 anos.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) defendeu a necessidade da reforma, mas ressaltou que a parcela mais desprotegida da população precisa contar com a ajuda do governo para a sua sobrevivência.

— O governo deveria flexibilizar na questão do BPC e do rural, na alteração da idade da mulher do campo e do tempo de contribuição. Tem muita dificuldade para a população mais pobre do país. Se o governo flexibilizar alguns pontos, teremos uma Previdência mais compatível com o país — considerou.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) avaliou que as mulheres estão sendo duplamente penalizadas com a reforma da Previdência, tendo em vista o aumento do tempo da contribuição em cinco anos, e da idade de aposentadoria em dois anos.

O senador Cid Gomes (PDT-CE), por sua vez, criticou a reforma da Previdência, que classificou de “remendo em câmara de ar velha e ultrapassada, que é o nosso modelo de repartição, tratando de parametrizações de tempo de contribuição, idade mínima e percentuais de contribuição”.

— Isso vai adiar a necessidade de se alterar e mexer de novo as parametrizações, pois a população tem ampliado o tempo de sobrevida em função da medicina e até melhoramentos genéticos. Preocupa-me dar crédito de confiança a um governo profundamente ideológico, com ministros exóticos que têm preconceitos e posições muito claras em relação à visão da economia. Hoje, o deficit no regime geral de Previdência Social é muito em função de remendos no modelo de repartição - afirmou.

Cid Gomes defendeu a taxação sobre lucros e dividendos, bem como a implantação de um novo modelo de Previdência e a tributação dos bancos, que registram “lucros exorbitantes e recordes em todos os anos”, segundo o senador.

— O poder econômico dos bancos sustenta o poder político. Precisamos mudar o sistema de Previdência, mas temos que mudar de fato, do modelo de repartição para o modelo de capitalização — afirmou.

Já o senador Eduardo Braga (MDB-AM) disse que “há certezas e muitas dúvidas" em relação à reforma da Previdência.

— O Brasil precisa de uma reforma que tenha aspectos fiscais e sociais. Há que se ter uma rede de proteção social. É importante que o Brasil tenha consciência disso — concluiu.

Fonte: Agência Senado

Em Ato Na Câmara, Policiais Federais Acusam Bolsonaro De Traição


O Dia     -     10/04/2019


Grupo que representa a categoria conversou com a líder do governo, Joice Hasselmann (PSL-SP), e pediu que União dê aos policiais o mesmo tratamento dado às Forças Armadas


Em mobilização realizada nesta quarta-feira, na Câmara dos Deputados, em Brasília, policiais federais acusaram o presidente Jair Bolsonaro de "traição", e pediram que a União dê à categoria o mesmo tratamento dispensado aos militares das Forças Armadas na Reforma da Previdência.


A manifestação surtiu efeito: a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), se aproximou do grupo na tentativa de 'apagar o incêndio', e se comprometeu a receber as demandas da categoria.


Em vídeo gravado pelos agentes, Hasselmann aparece ouvindo os representantes dos policiais. No encontro, a parlamentar também se colocou como interlocutora da classe junto ao governo.
Com os ânimos de alguns agentes acalorados, o presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), André Gutierrez, diz à Hasselman: "O texto que veio foi decepcionante para nós, que ajudamos a eleger ele. Bolsonaro traidor é em função do texto que veio".


Gutierrez diz que as associações vão definir as emendas das categorias para entregá-las à deputada. O objetivo é que os aditivos ao texto sejam levados pela líder do governo aos integrantes da Comissão Especial da Câmara — a última por onde a PEC vai passar antes de ir ao plenário da Casa.


Condições especiais


Em seu discurso, a classe ressalta que apoiou em peso a eleição de Bolsonaro, mas que foi esquecida pelo governo na PEC 6, da Reforma da Previdência dos servidores e trabalhadores civis, pois, segundo os agentes, as condições especiais de suas funções não foram levadas em conta na proposta.


Deolindo Carniel, presidente da FenaPRF, estava no local e disse que a mobilização da categoria não vai parar. Entre os pontos da reforma previdenciária criticados pelos policiais estão as regras de pensão e a transição para a aposentadoria.


Carniel argumentou que a justificativa do governo para o que chamou de "tratamento diferenciado" aos militares se encaixam também para policiais — civis e federais. Ele cita a ausência dos adicionais de insalubridade e noturno, bem como de horas extras.


Por Paloma Savedra

Aprovado Projeto Que Define Regras De Remuneração De Terceirizados Do Senado



Agência Senado     -     10/04/2019



O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (10) um projeto de resolução (PRS 35/2019) que prevê novas regras para a contratação dos colaboradores terceirizados do Senado. O texto estabelece três critérios para definir a remuneração dos prestadores de serviços: valor médio de mercado; piso fixado em convenção coletiva; e valor fixado mediante justificativa baseada nas especificidades da Casa. A proposição autoriza que terceirizados do Senado recebam salários acima do piso fixado em Convenção Coletiva de Trabalho. Aprovado de forma unânime, o projeto agora segue para promulgação.


O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), ao apresentar o relatório em Plenário, afirmou que o projeto não contempla aumento de despesa, já que há previsão orçamentária para os contratos dos terceirizados. Ele apresentou apenas uma emenda redacional e apontou que, por outro lado, haveria redução salarial se o Senado seguisse orientação do Tribunal de Contas da União (TCU), publicada em acórdão em dezembro de 2018.


Na decisão, o TCU determina que o Senado “se abstenha de prorrogar o contrato” firmado após uma licitação ocorrida no ano passado. O ministro Bruno Dantas, que relatou o assunto no TCU, concluiu que há “significativa discrepância” entre salários pagos a terceirizados do Senado em comparação com outras contratações da administração pública.


Em pronunciamento no Plenário no dia 2 de abril, o presidente Davi Alcolumbre comentou a decisão do TCU. Ele explicou que o órgão de controle determinou a demissão de 1.600 ascensoristas, motoristas, serventes, copeiras e garçons terceirizados, que teriam sido contratados com vencimentos 30% acima da média da convenção coletiva. A resolução aprovada nesta quarta, porém, evita essas demissões.


Os senadores Marcos Rogério (DEM-RO), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Paulo Paim (PT-RS) manifestaram apoio aos terceirizados do Senado. Contarato disse que pauta seu mandato para trabalhar por mais igualdade, mais justiça e melhor distribuição de renda e oportunidades. Paim presidiu uma audiência pública sobre o tema na terça-feira (9). Na ocasião, ele disse que é preciso apontar caminhos para impedir demissões ou diminuição de vencimentos.


Respeito


O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, destacou o fato de que muitos senadores se envolveram diretamente no assunto, reconheceu a “angústia” que os terceirizados viveram nos últimos tempos e elogiou o entendimento entre os líderes partidários para a construção do projeto. Segundo o presidente, foi possível construir um caminho dentro da legalidade. Ele acrescentou que o Senado nunca pretendeu demitir, mas havia uma orientação dos órgãos de controle nesse sentido.


O presidente disse também que o projeto garante a autonomia e a independência do Senado para contratar mão-de-obra terceirizada de acordo com a realidade da Casa. Conforme explicou Davi, a resolução ainda atende às orientações do TCU, às demandas de qualidade e segurança e se adapta aos recursos disponíveis.


— Essa resolução permite tratar de forma digna aqueles colaboradores que tanto nos ajudam, além de evitar muitas demissões. Não podemos permitir que aqueles que ganham os menores salários sejam os prejudicados. Essa resolução é uma medida de respeito — declarou o presidente.


Critérios


O projeto estabelece critérios para a contratação de terceirizados com salários mais altos. Entre eles, “melhor qualificação dos empregados”; “necessidade de preservação da cultura organizacional” do Senado; “segurança no ambiente parlamentar”; e “experiência dos prestadores de serviço”. De acordo com o texto, o primeiro-secretário da Casa pode analisar “outros aspectos” que justifiquem o valor da remuneração. O projeto prevê ainda que os atuais terceirizados podem ser mantidos no Senado “com o pagamento dos valores atualmente praticados nas planilhas de custos”. O texto permite a prorrogação dos contratos de terceirização até o limite de 60 meses.


O PRS é de autoria da Comissão Diretora do Senado. De acordo com o presidente Davi, a proposta “visa proporcionar maior adequação da legislação relativa a licitações à realidade interna do Senado”. Na justificativa do projeto, Davi argumenta que “a contratação imediata de novos profissionais apenas sob a avaliação do menor valor do salário” colocaria em risco “a regular continuidade dos serviços e a segurança dos agentes públicos e demais pessoas que frequentam esta Casa”.


O presidente acentua ainda que “o Senado não se sujeita aos normativos específicos emanados do Poder Executivo”. Para ele, a experiência e os investimentos em qualificação e treinamento dos terceirizados “se perdem caso não se promovam incentivos à sua permanência”.

Advocacia-Geral Garante Continuidade De Concurso Da Polícia Rodoviária Federal



BSPF     -     10/04/2019

A Advocacia-Geral da União (AGU) garantiu a continuidade do concurso público para Polícia Rodoviária Federal que visa preencher 500 postos vagos na instituição. O certame fora suspenso no decorrer de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal para que as provas de aptidão física e o curso de formação fossem adaptadas às pessoas com deficiências. No entanto, os advogados da União demonstraram que a pretensão do MPF, ao estabelecer critérios de seleção distintos, implicaria quebra de isonomia do concurso. 


As provas de capacidade física já haviam sido realizadas quando a União foi intimada da decisão proferida pelo TRF4 que, após agravo interposto pelo MPF, concedeu liminar suspendendo o processo seletivo. A decisão determinava que a administração deveria avaliar cada caso de patologia e promover as adaptações necessárias a partir da indicação dos candidatos com deficiência aprovados nas fases anteriores. 


Em seu pedido de reconsideração, no entanto, a Procuradoria-Regional da União na 4ª Região – unidade da AGU que atuou no caso – lembrou que a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei nº 4.657/1942) prevê o afastamento de decisões judiciais que causem danos desproporcionais e em prejuízo ao interesse público, como no caso em questão, que teria como consequência tornar necessário refazer as provas de aptidão já aplicadas e adaptar o curso de formação, além do prejuízo ao atendimento da população, que ficaria mais tempo sem poder contar com os serviços da polícia. 


Déficit


Os advogados da União explicaram que a medida atrasa o atendimento da demanda da corporação, que atualmente sofre com um déficit de mais de três mil cargos vagos, além dos prejuízos para a segurança pública com a interrupção do concurso por prazo indeterminado. Segundo documentos apresentados pela procuradoria, a previsão é que surjam, este ano, mais de duas mil vacâncias em razão de aposentadoria. 


A procuradoria também demonstrou a impossibilidade de sequer estabelecer um cronograma para o concurso nos moldes pretendidos pelo MPF, já que a realização dos exames de aptidão física seria condicionada à adaptação dos testes solicitada por cada um dos candidatos com deficiência. 


Com a ajuda de informações da banca examinadora, a AGU também alertou que o custo para o refazer as provas seria de no mínimo R$ 1,3 milhão, sem contar, é claro, os custos das adaptações para a realização das provas físicas – que são imprevisíveis, pois seriam especificadas pelos candidatos.


Isonomia 


Por fim, os advogados da União salientaram que, tanto com base na Lei nº 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão) quanto na jurisprudência do STF, a igualdade está assegurada com a reserva de vagas e a possibilidade de acesso. Já as provas e critérios de aprovação devem ser os mesmos para todos os candidatos, não podendo haver distinção entre eles quanto ao conteúdo, a correção das provas ou critérios de aprovação. 


“O conceito de adaptação razoável prevista na Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, incorporada ao ordenamento pátrio pelo Decreto nº 6.949/2009 com status de norma constitucional (§3º do art. 5º da CF), não pode acarretar ônus desproporcional e indevido, bem como lesar a isonomia entre os participantes do certame”, argumentou a procuradoria no pedido de reconsideração.


Por fim, a AGU argumentou que o próprio resultado dos exames de aptidão física, já realizados, comprova que idênticos critérios para todos os candidatos não são discriminatórios. Conforme os dados apresentados, de um universo de cento e vinte e três (123) candidatos que se declararam com deficiência, setenta e três foram aprovados sem qualquer adaptação, sendo que apresentavam as mesmas deficiências dos demais cinquenta 50 reprovados.


O TRF4 concordou com as ponderações da União e revogou a liminar inicialmente deferida. "Como bem destacou a União, a definição de critérios físicos mínimos não constitui uma discriminação gratuita ou fortuita, mas de discrímen legal e constitucional, que considera as peculiaridades do cargo e de suas atribuições", reconheceu trecho da decisão do desembargador federal Rogério Favreto.


Ref.: AI 5008267-57.2019.4.04.0000 – TRF4.


Fonte: Assessoria de Imprensa da AGU

Parados: Greves De Funcionários Públicos Aumentam 93% Em Seis Anos


Metrópoles     -     10/04/2019

Somente em 2018, servidores ficaram 47 mil horas parados. Eles brigam por aumento de salário e de benefícios, tendo êxito em 60% dos casos


Nos últimos seis anos, a insatisfação de servidores públicos com o funcionalismo aumentou. O termômetro para a rusga entre empregados e patrão é a quantidade de greves que os trabalhadores desencadearam. Levantamento do Metrópoles, em série histórica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revela que, entre 2012 e o ano passado, as paralisações anuais aumentaram 93,3% na comparação com o período anterior. Elas saltaram de 409 para 791, ou seja, 2,1 greves por dia.


Em 2018, o Dieese registrou 718 greves nos três níveis administrativos do funcionalismo público e mais 73 em empresas estatais. Ao todo, os funcionários públicos ficaram 47 mil horas parados — o equivalente a 1.958 dias.


“Reivindicações relacionadas ao reajuste dos salários e dos pisos salariais foram as mais frequentes nas pautas das greves do funcionalismo público (56%). Em seguida, estão as exigências da melhoria das condições de trabalho, de segurança e de higiene, assim como a implementação, alteração ou cumprimento do PCS, ambas presentes em 28% das greves”, destaca o documento.


A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) atribui o aumento das greves à postura do governo em relação às reivindicações dos trabalhadores. “As greves se intensificaram por falta de negociação. É uma demonstração da insatisfação do conjunto do funcionalismo com a ausência do diálogo. Mostra o enfraquecimento das carreiras”, reclama o secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo da Silva.


Cabo de guerra favorável ao servidor


Entre as conclusões do relatório, é que no ano passado 54% das greves encerraram-se no mesmo dia em que foram deflagradas. Em contrapartida, quase 20% se prolongaram por mais de 10 dias. Em mais de 60% dos movimentos grevistas, os servidores tiveram êxito no...