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A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Greve em universidades federais Docentes de 40 instituições diferentes estão em greve desde 28 de maio.

Greve em universidades federais completa 3 meses com ato em Brasília

Docentes de 40 instituições diferentes estão em greve desde 28 de maio.
Professores fazem protesto em frente ao MEC nesta sexta (28).

Will SoaresDo G1, em São Paulo
Professores e funcionários técnico-administrativos das instituições federais em greve participam de uma protesto em frente à sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília, nesta sexta-feira (28). O ato marca os três meses de duração da paralisação dos docentes de universidades e institutos federais, que começou em 28 de maio. Entre outras reivindicações, eles exigem valorização salarial e melhores condições de trabalho.
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a greve afeta a rotina de 40 unidades de ensino do país - três instituições e 37 universidades federais. Algumas sequer iniciaram o ano letivo devido à falta de verba e estrutura, afirma o sindicato.

Em nota, o MEC informou que os manifestantes foram recebidos pela equipe da Secretaria de Educação Superior. Uma nova reunião foi agendada para a próxima semana (veja abaixo íntegra do posicionamento do MEC).
'Aceitamos o que consideramos justo'
Pelo Facebook, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou, no início da tarde desta sexta, que "o MEC negocia desde o início da greve" com os sindicatos. "Negociamos e aceitamos o que consideramos justo e viável", afirmou ele. "Os secretários continuam recebendo [os professores e funcionários grevistas], sempre sob minha orientação e direção."
O Andes também utilizou a rede social para informar que uma comissão formada por dois representantes do sindicato e dois estudantes foi recebida pela secretária de Ensino Superior do Mec, Dulce Tristão, e outros membros do ministério. Uma nova reunião foi agendada para a quinta-feira (3) na tentativa de resolver o impasse.
Atraso no Sisu
A greve de professores e servidores fez com que as matrículas dos aprovados na edição do segundo semestre do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) fosse adiada, em alguns casos, sem prazo. Estudantes ouvidos em reportagem do Jornal Nacional reclamaram da medida e se disseram inseguros sobre a indefinição. Ao telejornal, o secretário-executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa, afirmou que todas as vagas dos candidatos aprovados no Sisu estão garantidas (assista no vídeo acima).
Professores protestam em frente ao MEC contra falta de investimento na educação do país  (Foto: Divulgação/Anes-SN)Professores protestam em frente ao MEC contra falta de investimento na educação do país (Foto: Divulgação/Anes-SN)
Professores levaram 'sopa de educação' do ministro Janine ao ato (Foto: Divulgação/Anes-SN)Professores levaram inflável para ironizar postura
do ministro Janine (Foto: Divulgação/Anes-SN)
Manifestação
Nesta sexta, cerca de 500 professores participavam da manifestação em frente ao MEC, de acordo com representantes da categoria. Estudantes também estavam presentes e faziam coro ao protesto.
Após a reunião com representantes do MEC, os manifestants devem deixar a sede do ministério e caminha até a tenda montada em frente à Catedral de Brasília.
Reivindicações
Professores e alunos são contra cortes feitos pelo governo federal no orçamento da educação. Segundo o Andes, as instituições sofrem com a redução no número de bolsas, paralisação de obras, cortes na pós-graduação, suspensão de programas e novos projetos e até com a demissão de trabalhadores terceirizados.
"Várias instituições não têm recursos para o pagamento de despesas básicas essenciais como energia elétrica e materiais de limpeza e higiene", afirmou o sindicato por meio de nota divulgada nesta sexta-feira. Os docentes também pedem reajuste salarial, reestruturação da carreira e a garantia da autonomia e do caráter público das universidades.
Além dos professores, trabalhadores técnico-administrativos de 68 instituições públicas de ensino superior também cruzaram os braços em reivindicação a maiores investimentos na área da educação, segundo a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).
Negociações
De acordo com o sindicato dos professores, o diálogo com o MEC para a resolução do impasse pouco evoluiu desde o início da paralisação há três meses. Representantes da categoria afirmam que até o momento não conseguiram se reunir com o ministro da Educação, Renato Janine Riberito, apesar de "inúmeras solicitações".
O MEC condenou a postura do Andes no anúncio da paralisação. "Desde o início já informaram ter data marcada para a greve", disse o ministério em nota à época. "Isto não é diálogo. O diálogo supõe a vontade de ambas as partes de conversar, só recorrendo à greve em último caso", completou.
A pauta dos servidores inclui reajuste salarial de 27,3% e data-base. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão propôs reajuste de 21,3%, a ser pago em quatro anos. A proposta foi considerada insuficiente pela maioria das entidades de servidores federais e acabou rejeitada. O MEC ressalta que os docentes tiveram aumento salarial no começo do ano.

LISTA DE LOCAIS COM PROFESSORES EM GREVE
Abaixo, relação divulgada pelo Andes-SN:

1. Universidade Federal do Acre
2. Universidade Federal do Amazonas
3. Universidade Federal do Amapá
4. Universidade Federal Rural da Amazônia
5. Universidade Federal do Pará
6. Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
7. Universidade Federal do Oeste do Pará
8. Universidade Federal de Rondônia
9. Universidade Federal de Roraima
10. Universidade Federal de Tocantins
11. Instituto Federal do Piauí
12. Universidade Federal Rural do Semiárido
13. Universidade Federal de Alagoas
14. Universidade Federal de Sergipe
15. Universidade Federal da Paraíba
16. Universidade do Vale do São Francisco
17. Universidade Federal da Bahia
18. Universidade do Recôncavo da Bahia
19. Universidade Federal do Oeste da Bahia
20. Universidade Federal do Maranhão
21. Universidade Federal de Campina Grande
22. Universidade Federal do Mato Grosso
23. Universidade Federal de Goiás
24. Universidade Federal da Grande Dourados
25. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
26. Instituto Federal do Mato Grosso
27. Universidade Federal Fluminense
28. Universidade Federal do Rio de Janeiro
29. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
30. Universidade Federal de Lavras
31. Universidade Federal de Santa Catarina
32. Universidade Federal do Cariri
33. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia AfroBrasileira
34. Universidade Federal de Ouro Preto
35. Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais
36. Universidade Federal de Juiz de Fora
37. Universidade Federal do Paraná
38. Universidade Federal do Piauí
39. Universidade Federal do Ceará
40. Universidade Federal do Triângulo Mineiro
LISTA DE LOCAIS COM TÉCNICOS EM GREVE
Abaixo, relação divulgada pela Fasubra:
1. Universidade Federal do Acre
2. Universidade Federal do Amazonas
3. Universidade Federal de Rondônia
4. Universidade Federal do Tocantins
5. Universidade Federal do Pará
6. Universidade Federal do Oeste do Pará
7. Universidade Federal Rural da Amazônia
8. Universidade Federal do Sul e do Sudeste do Pará
9. Universidade Federal do Amapá
10. Universidade Federal do Piauí
11. Universidade Federal da Paraíba
12. Universidade Federal de Campina Grande
13. Universidade Federal do Rio Grande do Norte
14. Universidade Federal Rural do Semi-Árido
15. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
16. Universidade Federal do Cariri
17. Universidade Federal do Ceará
18. Universidade Federal de Alagoas
19. Universidade Federal Rural de Pernambuco
20. Universidade Federal de Pernambuco
21. Universidade Federal da Bahia
22. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
23. Universidade Federal do Oeste da Bahia
24. Universidade Federal do Sul da Bahia
25. Instituto Federal da Bahia
26. Universidade Federal de Sergipe
27. Universidade Federal do Maranhão
28. Universidade de Brasília
29. Universidade Federal de Goiás
30. Instituto Federal de Goiás
31. Instituto Federal Goiano
32. Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
33. Universidade Federal de Mato Grosso
34. Universidade Federal da Grande Dourados
35. Universidade Federal do Espírito Santo
36. Universidade Federal de Juiz de Fora
37. Universidade Federal de Viçosa
38. Universidade Federal de Uberlândia
39. Universidade Federal do Triângulo Mineiro
40. Universidade Federal de Minas Gerais
41. Universidade Federal de Itajubá
42. Instituto Federal de Minas Gerais
43. Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
44. Universidade Federal de São João del-Rei
45. Universidade Federal de Ouro Preto
46. Universidade Federal de Lavras
47. Universidade Federal Fluminense
48. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
49. Universidade Federal do Rio de Janeiro
50. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
51. Universidade Federal do ABC
52. Universidade Federal de São Carlos
53. Universidade Federal de São Paulo
54. Universidade Federal da Integração Latino-Americana
55. Universidade Tecnológica Federal do Paraná
56. Universidade Federal do Pampa
57. Universidade Federal do Paraná
58. Instituto Federal do Paraná
59. Universidade Federal de Santa Catarina
60. Fundação Universidade Federal do Rio Grande
61. Universidade Federal de Pelotas
62. Universidade Federal do Rio Grande do Sul
63. Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
64. Instituto Federal do Rio Grande do Sul
65. Universidade Federal de Santa Maria
66. Universidade Federal da Fronteira Sul
67. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
68. Universidade Federal de Alfenas
Posicionamento do MEC
Veja abaixo íntegra do posicionamento do ministério sobre a greve:

"MEC procura solução para greve e mantém diálogo com entidades

A greve dos servidores federais, iniciada em maio de 2015, preocupa muito o Ministério da Educação, principalmente por conta dos alunos que estão sem aulas. Além disso, o cronograma das instituições fica prejudicado durante o processo e acarreta consequências no planejamento acadêmico.
O MEC sempre se colocou à disposição para dialogar com as entidades e instituições federais. A primeira reunião sobre o assunto, com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), aconteceu em julho de 2014. De fevereiro de 2014 a agosto de 2015, representantes do ministério se reuniram com a entidade 23 vezes para tratar da agenda de reivindicações. A última reunião aconteceu em 21 de agosto de 2015, para dialogar sobre jornada de trabalho.
Além da Fasubra, o MEC também recebeu o Sindicato Nacional dos Docentes da Instituições de Ensino Superior (Andes) em quatro ocasiões de 2015, de março a julho, além de ter dialogado com a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) em oito reuniões no mesmo ano, de janeiro a julho.
É importante para o MEC que as entidades sindicais entendam que o diálogo é feito institucionalmente. O Ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, desde que assumiu a pasta designou membros de sua equipe para acompanhar diariamente as negociações.
O esforço do governo federal tem sido incansável para garantir o diálogo contínuo e a solução para a greve. O MEC e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão têm trabalhado em conjunto para reestabelecer a atividade acadêmica."
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Greve em universidades federais completa 3 meses com ato em Brasília


G1     -    28/08/2015

Docentes de 40 instituições diferentes estão em greve desde 28 de maio.


Professores fazem protesto em frente ao MEC nesta sexta (28).


São Paulo - Professores e funcionários técnico-administrativos das instituições federais em greve participam de uma protesto em frente à sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília, nesta sexta-feira (28). O ato marca os três meses de duração da paralisação dos docentes de universidades e institutos federais, que começou em 28 de maio. Entre outras reivindicações, eles exigem valorização salarial e melhores condições de trabalho.


Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a greve afeta a rotina de 40 unidades de ensino do país - três instituições e 37 universidades federais. Algumas sequer iniciaram o ano letivo devido à falta de verba e estrutura, afirma o sindicato.


Em nota, o MEC informou que os manifestantes foram recebidos pela equipe da Secretaria de Educação Superior. Uma nova reunião foi agendada para a próxima semana (veja abaixo íntegra do posicionamento do MEC).


'Aceitamos o que consideramos justo'


Pelo Facebook, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou, no início da tarde desta sexta, que "o MEC negocia desde o início da greve" com os sindicatos. "Negociamos e aceitamos o que consideramos justo e viável", afirmou ele. "Os secretários continuam recebendo [os professores e funcionários grevistas], sempre sob minha orientação e direção."
O Andes também utilizou a rede social para informar que uma comissão formada por dois representantes do sindicato e dois estudantes foi recebida pela secretária de Ensino Superior do Mec, Dulce Tristão, e outros membros do ministério. Uma nova reunião foi agendada para a quinta-feira (3) na tentativa de resolver o impasse.


Atraso no Sisu


A greve de professores e servidores fez com que as matrículas dos aprovados na edição do segundo semestre do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) fosse adiada, em alguns casos, sem prazo. Estudantes ouvidos em reportagem do Jornal Nacional reclamaram da medida e se disseram inseguros sobre a indefinição. Ao telejornal, o secretário-executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa, afirmou que todas as vagas dos candidatos aprovados no Sisu estão garantidas


Malária, adversário inesperado na Primeira Guerra Mundial

Malária, adversário inesperado na Primeira Guerra Mundial

Dezembro/2014
André Felipe Cândido da Silva *
Desenho de 1901 do Anopheles maculipennis, transmissor da malária
Desenho de 1901 do mosquito Anopheles maculipennis, transmissor da malária. Fonte: Wikipedia.
O último número do Malaria Journaltraz artigo do pesquisador da Escola de Medicina Tropical de Liverpool e da Universidade de Amsterdam Bernard Brabin sobre o impacto da malária nas tropas da Entente e do Eixo durante a Primeira Guerra Mundial. Brabin reúne as estatísticas disponíveis em diversas fontes sobre a extensão e fatalidade da doença entre os combatentes.
No artigo, intitulado “Malaria’s contribution to World War One – the unexpected adversary”, o autor explica que circunstâncias relacionadas ao conflito favoreceram a disseminação da malária. Elas estiveram relacionadas principalmente à movimentação de contingentes de populações não-imunes por regiões malarígenas e ao surgimento de condições propícias à reprodução dos insetos vetores. Medidas profiláticas como trabalhos de hidrografia sanitária, uso de mosquiteiros, administração de quinina e de controle das anofelinas – os agentes transmissores – nem sempre foram suficientes para deter as epidemias da doença.
Brabin apresenta tabelas detalhadas com dados sobre o número de casos de malária, o porcentual de mortes e o tipo de malária envolvido (se causada por parasitas da espécie vivax, mais branda ou falciparum, mais severa) nas diferentes tropas. Elenca ainda as diversas medidas profiláticas e terapêuticas, adotadas antes e depois da Primeira Guerra no controle da malária. Regiões como a Macedônia, Palestina, Mesopotâmia (correspondente aos atuais territórios do Irã e Iraque), Grécia e Itália foram afetadas por epidemias. Brabin chama atenção para o acervo de conhecimentos disponíveis sobre a doença, mas enfatiza, sobretudo, as controvérsias entre os especialistas e os impasses que ela impôs às lideranças militares, desafiadas que foram por aquele “adversário inesperado”.
O trabalho de Brabin vem se somar a literatura cada vez mais densa sobre as doenças e os serviços de saúde durante a Primeira Guerra, um aspecto importante para o estudo deste conflito que completou cem anos neste 2014 que já está findando. Baixe o artigo em PDF
* André Felipe Cândido da Silva é doutor pela Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz e faz pós-doutorado em História na USP
Leia em HCS-Manguinhos:
2011_numero02Dossiê Malária (abr.-jun. 2011)
Ferrovias, doenças e medicina tropical no Brasil da Primeira República, Benchimol, Jaime Larry and Silva, André Felipe Cândido da (set 2008, vol.15, no.3)
Malária como doença e perspectiva cultural nas viagens de Carlos Chagas e Mário de Andrade à AmazôniaLima, Nísia Trindade and Botelho, André (set 2013, vol.20, no.3, p.745-763.
As representações da malária na obra de João Guimarães RosaLacerda-Queiroz, Norinne, Queiroz Sobrinho, Antônio and Teixeira, Antônio Lúcio (jun 2012, vol.19, no.2).
Um método chamado Pinotti: sal medicamentoso, malária e saúde internacional (1952-1960)Silva, Renato da and Hochman, Gilberto (jun 2011, vol.18, no.2)
Leia também:
E no blog de HCS-Manguinhos:
Malária, maleita, doença e desejoNisia Trindade Lima e André Botelho discutem as visões do médico Carlos Chagas e do poeta Mario de Andrade sobre a moléstia.

VEJA NOSSA HISTÓRICO DOS SERVIDORES DA EX SUCAM-FUNASA/MS DO BRASIL       NESTE LINK ABAIXO



Último combatente da malária no Norte de Minas completa 100 anos''


Foto de Jequitaí Nothicias.''Último combatente da malária no Norte de Minas completa 100 anos''
O aposentado Miguel Ribeiro Leite, o ‘Miguel da Malária’, completa nesta quarta-feira, 100 anos, como o morador mais idoso de Jequitaí, no Norte de Minas, carregando em seu currículo a condição de último ‘erradicador da malária’. Nascido em Morro das Garças em 8 de abril de 1915, passou a morar em Jequitaí desde 1957, depois […]
Miguel Ribeiro fala sobre a missão de erradicar a doença na região 
Miguel Ribeiro fala sobre a missão de erradicar a doença na região
O aposentado Miguel Ribeiro Leite, o ‘Miguel da Malária’, completa nesta quarta-feira, 100 anos, como o morador mais idoso de Jequitaí, no Norte de Minas, carregando em seu currículo a condição de último ‘erradicador da malária’.

Nascido em Morro das Garças em 8 de abril de 1915, passou a morar em Jequitaí desde 1957, depois de uma longa temporada em Lassance e outras cidades afetadas pela Malária. No último domingo, Miguel foi homenageado em Jequitaí, em evento organizado por familiares e amigos, com missa em ação de graças e depois almoço que reuniu mais de 100 pessoas. É um dos principais moradores da cidade.

Além de erradicador da malária, Miguel também tem um currículo invejável: tropeiro, que seguiu as mesmas trilhas descritas por Guimarães Rosa na obra literária ‘Grande Sertão Veredas’, além de garimpeiro, onde buscava no leito do rio Jequitaí as pedras preciosas comuns na bacia hidrográfica.

Miguel da Malária também atuou como ‘boia-fria’, seja no corte de cana de açúcar e colheita do café, para manter os seus oito filhos. A sua filha Maria Helena conta que a peneira do garimpo representa o grande sonho do pai, atrás da riqueza com os diamantes. Porém, o principal equipamento sempre foi a bomba borrificadora contra a malária.

Com uma saúde invejável para quem tem 100 anos, Miguel tem problemas apenas na audição. Ouve pouco e por isso, conta sempre com a ajuda das filhas ou netas para entender o que estão falando. Não perde o senso de humor e se sente feliz em receber os amigos em sua casa, na área central de Jequitaí. Fala com orgulho da dificuldade que existia para combater a malária, anos atrás, quando os próprios agentes de saúde corriam risco de serem contaminados. “Fui designado para combater a malária em diversas localidades, principalmente Lassance e depois Jequitaí. Aqui cheguei e não sai mais”, relata o aposentado.

A sua família é formada por oito filhos, 14 netos e agora um bisneto. Tem gente que mora em Jequitaí, Pirapora, Belo Horizonte e Montes Claros. A sua neta-sobrinha Renata, que reside na capital mineira e se formou em jornalismo, não esconde o orgulho pela história de vida de Miguel. Fez questão de sair com todos os tios, primos e sobrinhos para registrar em fotos o grande momento do avô.

O advogado Joaquim Cordeiro fez questão de sair de Montes Claros em seu Fusca 1972, devidamente turbinado, para percorrer os 93 quilômetros até Jequitaí e abraçar o seu amigo, que entrou na sua vida de forma incomum: o jovem foi atuar como contador em Jequitaí e depois de alguns anos, decidiu dar um passo maior e ser advogado. Queria tentar o vestibular de Direito na então Fundação Norte Mineira de Ensino Superior (FUNM), atual Unimontes. Mas não tinha dinheiro para pagar sequer a taxa do vestibular. Relatou ao agente da Sucam esta sua frustração.

Passados alguns dias, recebeu a visita de Miguel, que o pediu para viajar até Montes Claros. Miguel sacou o pagamento no banco e deu ao jovem amigo o valor da taxa de inscrição no vestibular. “Devo minha profissão a Miguel, pois se não fosse ele não teria realizado meu sonho. Vim abraçar ele em gratidão a tudo que já fez por mim. É um pai exemplar, formou uma família digna e tem um histórico de vida que orgulha a todos que o conhecem”, comenta Cordeiro.

A médica geriatra Ariane Maria Gonzaga Durante, do Centro Especializado de Saúde do Idoso do Hospital Universitário, que acompanha o quadro de saúde de Miguel da Malária, afirma que é raro uma pessoa chegar aos 100 anos de idade e por isto, acatando o convite do paciente, fez questão de participar da festa. Ela lembra que nos Estados Unidos, existem mais de 100 mil pessoas centenárias, enquanto no Brasil, os dados estatísticos do IBGE mostram que apenas 10 mil pessoas chegam a esta faixa etária. No caso de Miguel, ela lembra que ele apresentou um problema pulmonar, já resolvido, mas tem uma saúde de qualidade para os 100 anos.