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Prezado leitor, o Portal do Servidor Publico do Brasil é um BLOG que seleciona e divulga notícias que são publicadas nos jornais e na internet, e que são de interesse dos servidores públicos de todo o Brasil. Todos os artigos e notícias publicados têm caráter meramente informativo e são de responsabilidade de seus autores e fontes, conforme citados nos links ao final de cada texto, não refletindo necessariamente a opinião deste site.

OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

OS DESTEMIDOS  GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO
A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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terça-feira, 15 de agosto de 2017

Militares devem esquecer aumento salarial 2018


Radar On-Line     -     14/08/2017


Comando do Exército recebeu péssimas notícias


Raul Jungmann já avisou ao comandante do Exército, general Eduardo da Costa Villas Bôas, que é praticamente impossível o governo reajustar os salários dos militares em 2018, como estava previsto.


A tesoura também aponta para Marinha e Aeronáutica. O homem forte do Exército está avaliando ir às redes sociais nas próximas horas para botar a boca no trombone.


A situação chegou a tal ponto que até as comemorações do Dia do Soldado, 25 de agosto, correm o risco de cancelamento.

Por Gabriel Mascarenhas

Governo federal inicia segunda etapa do censo para digitalização de serviços públicos

BSPF     -     14/08/2017



Com isso, devem melhorar ações como emissão de passaporte, passe-livre para pessoas com deficiência e alistamento militar


O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP), com apoio da Casa Civil, iniciou a segunda fase do censo para catalogação dos serviços oferecidos pelas instituições públicas. O Censo de Serviços do Governo Federal tem como objetivo levantar informações para ampliar a digitalização e com isso oferecer melhor atendimento ao cidadão.


Em março de 2017 foi realizada a primeira fase da pesquisa com órgãos da Administração Direta (ministérios). Nesta nova fase, a prioridade será o levantamento de serviços oferecidos pelas autarquias, fundações, universidades públicas e institutos federais.


O censo será realizado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), por meio de preenchimento de questionários, que irão identificar os serviços oferecidos, custos de atendimento, perfil dos usuários, tamanho do público-alvo, tempo médio de espera, entre outros.


A iniciativa faz parte da estruturação da Plataforma de Cidadania Digital, instituída em dezembro do ano passado pelo Decreto nº 8.936/2016, que tem o objetivo de ampliar e simplificar o acesso dos cidadãos brasileiros aos serviços públicos. Para isso, o Portal de Serviços do Governo federal está sendo implementado para se tornar o canal único de informações e solicitações eletrônicas.


“A primeira etapa do censo foi concluída com adesão integral dos órgãos da Administração Direta”, explica o secretário de Gestão do MP, Gleisson Rubin. “As informações obtidas nos dão uma fotografia riquíssima da prestação de serviços pelo governo federal, apontando os desafios para a melhoria de qualidade, com ganhos muito significativos de eficiência e simplificação por meio da digitalização de várias etapas desses serviços”.


Segundo o secretário, para completar a pesquisa, será preciso conhecer as informações relativas aos órgãos da Administração Indireta, dentre os quais se encontram prestadores de serviços muito demandados. Já estão em processo de transformação e disponibilização no portal www.servicos.gov.br ações como emissão de passaporte, passe-livre interestadual para pessoas com deficiência e alistamento militar, entre outras.

Economia

Estudos internacionais – realizados no Canadá, Reino Unido, Noruega e Austrália – apontam demonstram que um atendimento presencial custa em média US$ 14. Quando o mesmo serviço é prestado de forma online, o custo é reduzido para US$ 0,39. Isso representa uma economia de 97% aos cofres públicos.


Além de subsidiar o processo de digitalização de serviços públicos, as informações do censo serão utilizadas nas Cartas de Serviços dos órgãos, em cumprimento ao Decreto 9.094/2017. Devem constar na Carta informações como o serviço oferecido pelo órgão; os documentos necessários; o prazo para a prestação do serviço; as formas de acesso ao serviço; entre outras.

Fonte: Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Governo vai reduzir salário inicial do funcionalismo federal

BSPF     -     13/08/2017



Colunista Míriam Leitão adiantou que haverá mudanças na progressão salarial


Além de adiar o reajuste dos servidores para 2019, o pacote que o governo prepara com medidas duras para o funcionalismo mudará a progressão salarial das carreiras. O salário inicial terá redução considerável, com os rendimentos aumentando gradativamente durante o período trabalhado. As informações são da jornalista Míriam Leitão.


Atualmente, em algumas carreiras a remuneração começa já bem elevada, e atinge o teto em pouco tempo. Isso vai mudar. Essa é uma das mudanças estruturais para o funcionalismo que o governo vai divulgar em breve.

Fonte: Gazeta Online

A despesa pública e seus “bois de piranha”

BSPF     -     13/08/2017


“O equacionamento responsável da despesa pública no Brasil reclama uma atenção cuidadosa para todos os principais itens relacionados com os gastos públicos, sem esquecer ou desconsiderar nenhum deles. Com certeza, existe muito trabalho e margem de redução de dispêndios”


“Boi de piranha é uma expressão popular brasileira. Essa expressão designa uma situação onde um bem menor e de pouco valor é sacrificado para que em troca outros bens mais valiosos não sofram dano. Também pode referir ao sacrifício de um indivíduo na tentativa de livrar outro indivíduo (ou organização) de alguma dificuldade. A expressão origina-se do meio pecuarista, em referência a uma situação onde criadores de gado, ao atravessar um rio infestado de piranhas, abateriam um dos touros, já velho e/ou doente, atirando seu corpo, sangrando, ao rio, para atrair os peixes carnívoros enquanto os peões cruzavam o rio com o restante do rebanho”.


Se observado com cuidado o noticiário da grande imprensa (redes de televisão, rádios, jornais e suas projeções no ambiente eletrônico) nos últimos meses, seriam três os mais “pesados” itens nas despesas públicas: a) gastos com a Previdência Social (com um deficit monstruoso e crescente); b) despesas com agentes públicos, notadamente servidores públicos (remunerações, auxílios, benefícios e toda sorte de “privilégios”) e c) a corrupção generalizada (que desvia os recursos que faltam para a prestação adequada de serviços públicos nas áreas de educação, saúde, segurança pública, cultura, lazer, etc).


Esses “elementos” funcionam, ao menos parcialmente, como verdadeiros “bois de piranha”. Embora inegavelmente significativos e carregando graves distorções (os dois primeiros itens, até porque o terceiro é uma distorção em si), como adiante tratado, são utilizados com enorme eficiência midiática para esconder grupos de despesas ou redutores de receitas bem mais relevantes.


O debate em torno das contas da Previdência Social (ou da Seguridade Social, como define a Constituição) não é fácil. Análises realizadas pelo governo, por organizações da sociedade civil e por especialistas apontam para conclusões completamente díspares. Apuram-se déficits e superavits, dependendo dos dados e métodos de contabilização utilizados. Para além do debate em torno dos números da Previdência Social, existem dois elementos que dificultam enormemente a propaganda governamental no sentido da falência das contas previdenciárias. A Desvinculação de Receitas da União (DRU), efetivada por mais de vinte anos, subtraiu vultosos recursos da Seguridade Social para outros fins. A pergunta, então, é inevitável: qual o sentido de desviar recursos de uma área deficitária para outras áreas de atuação do Poder Público?...

Corte de gastos atinge benefícios de servidor público


Correio Braziliense     -     13/08/2017

Além de baixar os salários de início de carreira e adiar reajustes, o governo quer reduzir ou extinguir vantagens concedidas a funcionários, como auxílio-moradia e ajuda de custo para mudança, e agilizar projeto que limita remunerações no serviço público


O governo prepara uma série de medidas que afetarão a vida de concurseiros e de servidores da ativa. Além de adiar de 2018 para 2019 reajustes salariais para diversas categorias e definir os salários iniciais para as carreiras de nível médio e superior, vários benefícios serão revisados para gerar economia aos cofres públicos.


As propostas, que serão anunciadas amanhã, se limitarão ao Poder Executivo. Entretanto, a ideia é de que o Legislativo, o Judiciário, o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União adotem normas semelhantes, já que 80% dos orçamentos se destinam à folha de pessoal.


O assunto foi discutido ontem em reunião do presidente Michel Temer com ministros, no Palácio do Planalto. Técnicos ainda estudam se as propostas serão encaminhadas ao Congresso por meio de projetos de lei ou por medida provisória, que teria eficácia imediata. O adiamento dos reajustes no próximo ano resultará em economia de R$ 9,7 bilhões. As demais medidas têm potencial para reduzir os gastos públicos em R$ 70 bilhões.


A primeira delas é fixar remuneração de entrada no serviço público de R$ 2,8 mil para cargos de nível médio e de R$ 5 mil para postos que exigem ensino superior. A ideia do Executivo é de que as carreiras passem a ter 30 níveis e revisões salariais anuais. Com isso, o servidor chegaria ao topo ao longo de 30 anos. “A regra valerá para os novos concursos em 2018. Os editais publicados não serão afetados”, disse um auxiliar de Temer.


Discrepâncias


Estudos da equipe econômica indicam que o nível de remuneração das carreiras federais está acima dos valores de mercado. Em média, um servidor de nível fundamental ganha 3,5 vezes mais do que um trabalhador do setor privado com a mesma escolaridade. Os de nível médio têm salário 2,8 vezes maior e os de nível superior, 2,1 vezes. Em alguns casos, as discrepâncias são ainda mais gritantes.


Um advogado recém-formado recebe, em média, R$ 4,4 mil no setor privado. Já um advogado da União inicia a carreira com salário de R$ 19,2 mil, 4,3 vezes superior. As diferenças também são semelhantes nas carreiras que compõem o ciclo de gestão. Os economistas, que no setor privado ganham R$ 6,4 mil, os administradores, que têm salário de R$ 4,6 mil, e os contadores, de R$ 4,2 mil, garantem, no setor público, contracheque de R$ 16,9 mil. “Os mais jovens não têm motivação para progredir, não querem assumir cargos e se comprometer”, explica um técnico do Executivo.


Outro problema é a baixa amplitude para a progressão funcional. Muitos servidores chegam aos níveis mais altos da carreira em até 15 anos de trabalho. No caso da Advocacia-Geral da União (AGU), a progressão se dá em até seis anos de serviço e o salário chega a R$ 24,9 mil. Técnicos da equipe econômica argumentam que, mesmo com a fixação de um salário inicial de R$ 5 mil, trabalhadores com essa faixa de renda se enquadram entre os 10% mais ricos da população, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


As mudanças não param por aí. O auxílio-moradia, que chega a engordar os contracheques em até R$ 4,3 mil, será pago por, no máximo, quatro anos, e o valor, reduzido anualmente em 25%, até zerar. Outra regalia que será revisada é a ajuda de custo para mudança. Quando é transferido para outra cidade, o servidor recebe até três salários cheios, sem incidência de Imposto de Renda, tanto na ida quanto na volta. Pela proposta do Executivo, somente um salário será pago quando o servidor se mudar e outro, quando voltar para a cidade em que tem domicílio próprio.


Além dessas medidas, o governo quer desbloquear a tramitação, na Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei nº 6.726, de 2016, que regulamenta o teto constitucional para todos os Poderes. A proposta, já aprovada pelo Senado, está engavetada na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público e aguarda designação de relator. Pelo texto, os rendimentos não poderão exceder o subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal, de R$ 33,7 mil.


Efeitos


O limite será aplicado ao somatório das verbas recebidas pelo servidor, ainda que tenham origem em mais de um cargo, aposentadoria ou pensão, inclusive quando originados de fontes pagadoras distintas. O projeto de lei determina que integram o teto os vencimentos, salários e soldos ou subsídios, verbas de representação, parcelas de equivalência ou isonomia, abonos, prêmios e adicionais, entre outros. No extrateto estão as parcelas de indenização, previstas em lei, não sujeitas aos limites de rendimento e que não se incorporam à remuneração. É o caso da ajuda de custo na mudança de sede e das diárias em viagens.


O especialista em finanças públicas da Tendências Consultoria, Fábio Klein, avalia que parte das medidas é positiva, mas avisa que os efeitos só virão a médio e longo prazos. Para ele, o ideal é que, além de reduzir salários iniciais, nem todas as vagas abertas sejam repostas. “Estão propondo um tratamento mais próximo ao do setor privado. Mas, adiar o reajuste dos servidores é empurrar uma despesa permanente. Não entendo como querem postergar as revisões e elevar a previsão de deficit. Isso precisa ser melhor detalhado”, destacou.


Temer define ajuste fiscal 


A pressão dos partidos do centrão sobre o presidente Michel Temer após bancarem o arquivamento da denúncia contra ele no mês passado, na Câmara dos Deputados, resultará em uma série de trocas de cargos no segundo escalão do governo a partir de amanhã. O Diário Oficial da União deve anunciar demissões como forma de retaliação aos partidos infiéis, como o PSDB, que se dividiu na votação. Os demitidos serão substituídos por integrantes do Centrão, como PP, PR e PSD, que exigem mais espaço no governo após a demonstração de fidelidade.


O assunto foi discutido ontem no Palácio do Planalto, onde, durante a tarde, Temer se encontrou com a equipe econômica para afinar o discurso de revisão da meta fiscal, que também pode ser anunciada nesta segunda-feira. O presidente passou a tarde com os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles; do Planejamento, Dyogo Oliveira; e da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, responsável pela articulação política do governo. Mais cedo, o chefe do Executivo esteve com os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen.


A expectativa de rombo para este ano deve aumentar em R$ 20 bilhões, dos R$ 139 bilhões previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para R$ 159 bilhões, como propõe a Fazenda. A meta para 2018, de R$ 129 bilhões, também deve ser atualizada. A possibilidade de flexibilização tem sido criticada por parte da base política do governo, que se reuniu na semana passada com a equipe econômica. Outra medida discutida é a postergação, para 2019, do reajuste dos salários dos servidores federais.

Por Antonio Temóteo , Alessandra Azevedo , Vera Batista

Servidor com mandato classista em sindicato deve ser mantido na folha de pagamento

Consultor Jurídico     -     13/08/2017



O servidor que assume mandato classista junto ao sindicato deve ser mantido na folha de pagamento e a entidade deve continuar a depositar suas contribuições ao Regime Próprio de Previdência Social. Foi o que decidiu em liminar o juiz federal substituto Renato Borelli, da 20ª Vara Federal do Distrito Federal, ao determinar que a Polícia Federal no DF inclua imediatamente um dirigente sindical na folha de pagamento.


Na ação ordinária, o dirigente sindical pediu o reconhecimento do direito do autor à licença para desempenho de mandato sindical com ressarcimento, além do seu direito à manutenção do vínculo com o Regime Próprio de Previdência Social durante o período dessa licença.


O juiz concordou com os argumentos do advogado. Para o magistrado, ficou demonstrada a probabilidade do direito pleiteado, bem como o perigo de dano ao resultado útil do processo em caso de demora para a concessão da medida liminar.

“A manutenção do servidor na folha de pagamento mantém a autonomia e a liberdade sindical e preserva, ainda, a segurança necessária no que se refere ao recolhimento da contribuição previdenciária ao respectivo Regime Próprio de Previdência Social, a contagem do tempo de serviço para fins de aposentadoria e os demais direitos decorrentes da relação funcional”. afirma o advogado Rudi Cassel, do escritório Cassel Ruzzarin Santos Rodrigues Advogados, representante do autor da ação.

Após saco de bondades para políticos, governo prepara saco de maldades para servidores

BSPF     -     13/08/2017



Por um lado, farta liberação de recursos e distribuição de cargos entre os aliados, programas de refinanciamento de dívidas para empresários e produtores rurais e recuo na proposta de elevar o Imposto de Renda para quem ganha mais, como os próprios políticos. Por outro, congelamento de salários, adiamento de reajuste, corte de benefícios e fixação de teto salarial para quem está começando a carreira.


Depois do saco de bondades para políticos, às vésperas e após a votação que o livrou da investigação por corrupção no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Michel Temer prepara o anúncio de um pacote de maldades para o servidor público.


A equipe econômica se debruça neste fim de semana nos últimos cálculos para a revisão da meta do deficit fiscal deste ano e de 2018 e na definição de medidas para cortar gastos e aumentar despesas. O resultado desse trabalho deverá ser anunciado no início da próxima semana. Só com o congelamento de salários dos servidores no ano que vem, o governo espera economizar cerca de R$ 10 bilhões.


Servidores atingidos


Ao todo, 253 mil servidores ativos e inativos, além dos militares, devem ser atingidos pelo adiamento dos reajustes, informa o jornalista Vicente Nunes, do Correio Braziliense. A decisão do governo atinge parte significativa da elite dos servidores federais e pode precipitar uma onda de greves e outras manifestações.


Militares, policiais federais, policiais rodoviários federais, diplomatas, integrantes das carreiras jurídicas, como os advogados da Advocacia-Geral da União (AGU), auditores federais, gestores da União e funcionários do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deverão ser atingidos com o congelamento salarial em 2018, antecipa o Correio. Já os policiais civis e militares do Distrito Federal, ainda hoje pagos pela União, não tiveram aumento nem terão reajuste.


“Estão na lista: médicos peritos do INSS, auditores-fiscais e analistas tributários da Receita Federal, auditores-fiscais do Trabalho, analistas e especialistas em Infraestrutura, analistas-técnicos de Políticas Sociais, peritos federais agrários, funcionários do Dnit, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, carreira jurídica, carreira de finanças e controle, CVM, Susep, analistas e técnicos do Banco Central, carreira do ciclo de gestão, carreira de diplomacia, Polícia Civil dos ex-territórios e Suframa”, informa o Correio.


Devem ficar de fora dessa relação os servidores de categorias que fecharam acordo para correção salarial por apenas dois anos, 2016 e 2017. O aumento, nesse período, foi de 10,8% e a última parcela, paga em janeiro deste ano.


O adiamento dos reajustes precisará do aval do Congresso, por meio de projeto de lei, porque os aumentos dessas categorias já foram aprovados pelos parlamentares. No caso do congelamento, o assunto poderá ser tratado por medida provisória.


O governo também planeja fixar o salário inicial dos novos servidores em R$ 5 mil. Benefícios como auxílio-moradia, ajuda de custo em caso de remoção, entre outros, também devem sofrer cortes. A equipe econômica também estuda elevar a alíquota da contribuição previdenciária dos funcionários públicos, de 11% para 14%. Também é estudada a adoção de medidas que atingem a parte mais pobre e vulnerável da população, como a extinção do auxílio reclusão, concedido a famílias de presos.


Reoneração e novo Refis


Para aumentar a receita, o governo prepara nova proposta de reoneração da folha de pagamento de dezenas de setores. A mudança enfrenta resistência significativa no Congresso: a medida provisória que tratava do assunto venceria esta semana. Para evitar que o tributo de julho fosse cobrado das empresas, o Planalto decidiu revogar a MP.


Outro obstáculo que a equipe econômica terá de superar no Congresso é a pressão de deputados sobre o novo programa de parcelamento de dívidas tributárias, o Refis. O relator, Newton Cardoso (PMDB-MG), desfigurou a proposta do Executivo e ampliou as facilidades para os devedores. Ele faz parte do grupo de parlamentares que têm dívidas milionárias com a União.


A receita extraordinária a ser gerada pelo novo Refis é considerada fundamental pelo governo para atingir a meta fiscal de 2017. Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, outro deputado da base governista deve apresentar novo relatório sobre o assunto. As mudanças feitas pelo relator reduzem de R$ 13 bilhões para menos de R$ 500 milhões a arrecadação do governo com o programa este ano.


Entre outras coisas, Newton estabeleceu desconto de até 90% no valor dos juros e de 50% nas multas das dívidas parceladas, acabou com restrições ao uso de créditos fiscais, autorizou empresas em recuperação judicial a participar do programa e dobrou o prazo máximo de parcelamento. O parecer dele foi aprovado por comissão mista, mas precisa ser submetido ao plenário da Câmara antes de seguir para o Senado.


Rombo maior


A equipe econômica precisa definir o quanto antes os ajustes porque o Executivo precisa enviar antes do fim do mês propostas de alteração da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2018. Só então o governo poderá enviar o projeto do orçamento do ano que vem. Técnicos da área econômica alegam que, sem mudanças efetivas em receitas e despesas, o rombo nas contas deste ano saltará de R$ 139 bilhões, em 2017, e R$ 129 bilhões, em 2018, para R$ 159 bilhões em cada ano.


Nesta semana o governo recuou da proposta de elevar a alíquota do Imposto de Renda de contribuintes que recebem mais de R$ 20 mil por mês. Apesar da reação de parlamentares, do empresariado e entidades sindicais, a medida alcançaria apenas 325 mil brasileiros que ganham mais, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre eles, deputados e senadores e ministros do Supremo Tribunal Federal, que recebem R$ 33,7 mil.


Agrado aos parlamentares


Às vésperas da votação do pedido de autorização para que o Supremo Tribunal Federal autorizasse a análise de denúncia contra o presidente Michel Temer, o governo acelerou a liberação de emendas parlamentares, sobretudo entre os aliados, e acertou um programa generoso de parcelamento de dividas do agronegócio, representado no Congresso pela poderosa bancada ruralista, que votou em peso a favor do peemedebista. Temer venceu com o apoio de 263 deputados. Foram registrados 227 votos pelo prosseguimento das investigações.


Em acordo com os parlamentares que representam os produtores rurais, o governo decidiu abrir mão de mais de R$ 10 bilhões em arrecadação nos próximos anos com a edição de uma medida provisória que promove uma espécie de Refis para o agronegócio. A MP reduz a alíquota da contribuição paga por produtores para o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), que auxilia o custeio da aposentadoria dos trabalhadores rurais, subsidiada pela União. Permite que produtores com atraso no pagamento das contribuições previdenciárias acertem as dívidas com descontos nas multas e de forma parcelada.


De acordo com dados da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara, o governo empenhou (ou seja, comprometeu-se a pagar) 96,6% das emendas autorizadas ao longo de 2017 nos dois meses anteriores à votação que livrou Temer da investigação – desde a explosão da crise com as delações da JBS). Entre junho e julho, foram empenhados R$ 4,03 bilhões dos R$ 4,17 bilhões comprometidos entre janeiro e 4 de agosto. O governo alega que não há associação entre as emendas e a votação na Câmara porque elas são impositivas e que parlamentares da oposição também foram contemplados.

Fonte: Congresso em Foco

Sindicatos prometem reagir à decisão do governo de adiar reajustes

BSPF     -     12/08/2017



Representantes de categorias não descartam a possibilidade de greves e paralisações


A sinalização do governo de que deve suspender em 2018 os reajuste salariais dos servidores desagrada a categoria e atinge em cheio as carreiras de Estado que fecharam acordos remuneratórios em quatro parcelas até 2019 (5,5%, em 2016, 6,99%, em 2017, 6,65%, em 2018, e 6,31%, em 2019). De acordo com Cláudio Damasceno, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco), as entidades não devem aceitar a medida de braços cruzados. Ele não descarta a possibilidade de greves e paralisações e afirma que a medida será inócua, pois, no futuro, o governo terá de pagar o combinado com atualização monetária. “Tudo pode acontecer se o governo insistir em levar isso adiante”, afirmou.


Na avaliação de Damasceno, a atitude do governo “é uma tentativa de jogar o desarranjo das contas do país nas costas dos servidores públicos”. Para André Perim, presidente da Associação Nacional dos Analistas e Especialistas em Infraestrutura (Aneinfra), o governo falhou ao não abrir o diálogo com os representantes da classe. “Isso não significa que aceitaríamos, mas gera uma chateação, pois tínhamos um acordo”, afirmou.


O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, Carlos Silva, lembrou que, como as negociações já estavam em andamento durante a tramitação da emenda que limita os gastos da União, os reajustes não podem ser incluídos no pacote. “ É um desrespeito. O presidente Temer chegou ao governo falando que acordos eram para ser cumpridos. Agora, dizemos que lei é para ser cumprida. Não podemos aceitar que façam o que quiserem com o funcionalismo”, criticou.


Pelos cálculos do presidente do Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, partindo do princípio de redução de gastos de R$ 11 bilhões, o desembolso crescerá, pelo menos, em R$ 1,6 bilhão. Ele considerou juros de aproximadamente 5% nas indenizações de passivos trabalhistas, equivalentes a R$ 500 milhões, mais os honorários advocatícios de 10%, o que custaria R$ 1,1 bilhão ao governo. “A conta se refere apenas ao custo financeiro de oito carreiras que tiveram as reivindicações salariais encerradas após a aprovação da emenda constitucional que definiu o teto dos gastos”, explicou.


A intenção do governo dividiu especialistas. Para o advogado Rudi Cassel, do escritório Cassel Ruzzarin Santos Rodrigues Advogados, o texto da emenda constitucional que estabeleceu o teto dos gastos deixou claro que os efeitos não podem ser aplicados a atos anteriores. “Todas as carreiras estavam em negociação. E ainda que o reajuste seja parcelado, gera direito no momento da publicação da lei”, garantiu. “Tudo indica que os servidores ganharão a causa, e a conta será paga por quem estiver no poder”, ressaltou.


Já para Max Kolbe, do Kolbe Advogados Associados, não existe direito absoluto e não se pode colocar o servidor acima das necessidades da coletividade. “A pergunta que se faz é em que medida o benefício de algumas categorias vai prejudicar a sociedade. Se o ganho coletivo for maior, vale o congelamento de salários. É possível, plausível e razoável”, destacou.


(Vera Batista , Marlla Sabino)

Fonte: Correio Braziliense

Em 10 anos, 80 mil servidores ingressaram na administração

BSPF     -     12/08/2017


Para equilibrar o rombo fiscal, o governo federal está preparando um programa de demissão voluntária. Esse tipo de medida não era imposta desde o governo Fernando Henrique Cardoso. Além dos aumentos salariais, o funcionalismo público também cresceu em quantidade nos últimos 10 anos: 80 mil servidores ingressaram na administração pública federal.


De acordo com levantamento da Contas Abertas, em 2007, cerca de 526,8 mil pessoas formavam a força de trabalho da União (Executivo, Legislativo e Judiciário). Neste ano, esse quantitativo ativo soma 608,4 mil pessoas. O crescimento aconteceu em apenas uma década.


A maior parcela da força de trabalho está no Ministério da Educação, que possui 291 mil servidores espalhados em administrações, universidades, institutos e fundações federais. Já o Ministério da Saúde tem 66,4 mil funcionários ativos. No ranking o terceiro é o Ministério da Previdência Social, com 34,7 mil servidores.


A Presidência da República, por sua vez, tem 20,1 mil funcionários ativos atualmente. Em 2007, o volume era de apenas 5,7 mil servidores. A grande virada dos números aconteceu de 2014 para 2015. Nesse período a Presidência já somava 9,1 mil servidores e a Advocacia Geral da União-AGU passou a ser vinculada a Presidência. Na lista da Pasta estão incluídos servidores da Vice-Presidência, as Secretarias, ABIN, e IPEA.


Por UF


A maior parcela dos servidores da União está lotada no Rio de Janeiro: são cerca de 98,1 mil funcionários, principalmente em cargos ligados à saúde e educação. O Distrito Federal, que possui a função de capital política e administrativa do governo federal, conta com 96,2 mil servidores. Em terceiro lugar está Minas Gerais, com 55 mil pessoas trabalhando no nível federal.


Mais homens


A quantidade de homens no serviço público federal é 20% maior do que de mulheres. Do total da força de trabalho da União (608,4 mil), 332,3 mil são do sexo masculino. As mulheres somam 276,1 mil funcionários.


Por cargo


A maior parcela dos cargos são ocupados por professores de magistério superior: 83,3 mil. Já os professores de ensino básico tecnológico somam 42,9 mil cargos. No topo da lista ainda estão 32,7 mil assistentes em administração, 22,3 mil técnicos do seguro social e 22,3 mil agentes administrativos.


Por idade


Os servidores entre 31 e 40 anos foram a maioria do funcionalismo público federal: 177,3 mil. Já as pessoas entre 51 e 60 anos são 147,9 mil. Outros 131,4 mil servidores possuem entre 41 e 50 anos. Os funcionário até 30 anos somam 85,7 mil. Servidores com mais de 60 anos são 65,9 mil na administração pública direta.


Fonte: Contas Abertas

Pacote de maldades para servidor pode gerar onda de greves


BSPF     -     12/08/2017


Brasília - O governo de Michel Temer não quis ver o que analistas do mercado financeiro e economistas davam como favas contadas desde o início de 2017. Com a economia em marcha à ré e o excesso de desonerações tributárias, as receitas da União estavam superestimadas, e o cumprimento da meta de deficit fiscal de R$ 139 bilhões neste ano seria missão impossível.


O Palácio do Planalto tapou o sol com a peneira ao endossar, em meados de 2016, negociações salariais com o funcionalismo feitas pela gestão dilmista. Preferiu fechar os olhos para o impacto sobre o Tesouro a comprar briga com as corporações naquele momento. O discurso era que precisava honrar acordos, e os novos gastos caberiam na conta.


A gestão peemedebista parece não ver que é ilimitada a voracidade de sua base de apoio parlamentar. Não importam os cargos e os bilhões em emendas liberadas, haverá sempre uma pauta-bomba para ser jogada no colo do Executivo.


Assim, a medida provisória da reoneração e a do novo Refis —tão caras ao ajuste fiscal— podem virar pó nas mãos de aliados descontentes. Até mesmo a MP do Funrural, já repleta de benesses a ruralistas e de pesado custo, pode transmutar-se em algo pior no Congresso.


Por lá também não passa, e só Temer não enxerga, aumento de imposto para o andar de cima. Tributar lucros e dividendos ou elevar Imposto de Renda de quem ganham mais de R$ 20 mil, nem pensar.


Temer não anteviu que a tesoura afiada nas despesas poderia paralisar a máquina pública. Não previu sequer que a boa notícia da queda acelerada da inflação poderia frustrar as receitas federais neste ano.


Na segunda (14), o presidente deve anunciar rombos maiores nas contas de 2017 e 2018. Junto, um pacote de maldades para servidores: congelamento de salários, redução de vencimento inicial e corte em benefícios, como auxílio-moradia.


Já dá pra ver greve no horizonte.

Fonte: Folha de S. Paulo

Salário de servidor será congelado


BSPF     -     12/08/2017

Também haverá corte de benefícios como auxílio-moradia e ajuda de custo em casos de remoção


A equipe econômica de Michel Temer está providenciado medidas para cortas gastos e aumentar receitas. A revisão da meta de deficit deste ano e de 2018 está praticamente definida e o governo prevê congelar salários de servidores em 2018 para economizar R$ 9,8 bilhões.Como destaca a Folha de S. Paulo, serão atingidos professores, militares, policiais, auditores da Receita Federal, peritos do INSS, diplomatas e oficiais de chancelaria e carreiras jurídicas. Outras categorias poderão ser incluídas.


O governo também avalia fixar o salário inicial de novos servidores em R$ 5.000 e haverá corte de benefícios como auxílio-moradia e ajuda de custo em casos de remoção.


O governo abortou a estratégia de aumentar o Imposto de Renda, porém, deve rever benefícios tributários para melhorar a arrecadação.O Ministério do Planejamento aguarda o envio da nova proposta de reoneração da folha de pagamento para o Congresso. Nesta semana, o governo decidiu revogar o texto para que o tributo referente a julho não fosse cobrado das empresas.


O Refis é outra alternativa da equipe econômica. O governo tenta reverter as mudanças feitas por comissão da Câmara, que alterou a medida provisória e concedeu mais benefícios do que o planejado.


A previsão era obter R$ 13,8 bilhões, porém, só entraram R$ 3,5 bilhões, e o prazo de adesão vence em 31 de agosto.


Na segunda-feira (14) devem ser anunciadas as metas de deficit e, sem esses recursos, a conta não fecha e ficará difícil cumpri-las. A repotagem destaca que, para 2017, a meta passará de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões. Para 2018, de R$ 129 bilhões também para R$ 159 bilhões.
Fonte: Notícias ao Minuto

Veja os servidores que terão o reajuste adiado de 2018 para 2019

Blog do Vicente     -     11/08/2017

O governo já bateu o martelo e definiu as carreiras do serviço público que terão os aumentos de salário adiados de 2018 para 2019. Estão na lista os militares, os policiais federais, os policiais rodoviários federais, os diplomatas, os integrantes das carreiras jurídicas, como os advogados da AGU, os auditores federais, os gestores da União e os funcionários do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No caso dos policiais civis e militares do Distrito Federal (que são pagos pela União), que não tiveram aumento, ficarão sem reajuste.


O adiamento dos reajustes de salários pegará todas as carreiras da elite do funcionalismo. A perspectiva do governo é de economizar, com a medida, cerca de R$ 10 bilhões em 2018. Não entram na lista os servidores que integram o carreirão, que fecharam acordo para correção dos contracheques por apenas dois anos, 2016 e 2017. Nesse período, o aumento foi de 10,8% e a última parcela, paga em janeiro deste ano.


O adiamento dos reajustes deve ser proposto por meio de projeto de lei, até porque os aumentos foram aprovados pelo Congresso. Um técnico do governo diz que o congelamento dos salários pode ser feito por medida provisória, mas o Palácio do Planalto acredita que o tema deve ter o aval do Legislativo. A polêmica é grande e os servidores já se preparam para invadir a Esplanada dos Ministérios com manifestações e possível greve.


Técnicos da equipe econômica dizem que o adiamento dos aumentos de salários é vital para que o deficit nas contas de 2018 não seja ainda maior do que o que está sendo proposto. A meta atual é de rombo de R$ 129 bilhões no próximo ano. Está praticamente certo que o buraco será de R$ 159 bilhões. Mas poderia chegar a R$ 169 bilhões se os R$ 10 bilhões não fossem economizados.

“A situação das contas públicas é dramática, não há alternativa. Todos têm que dar sua cota de sacrifício”, diz um técnico. Ele ressalta que, neste ano, o rombo passará de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões.

Pacote deve suspender reajuste para servidores

Correio Braziliense     -     11/08/2017



O governo deve anunciar hoje um pacote de medidas com o objetivo de reduzir despesas com o funcionalismo público. Uma das iniciativas é o adiamento dos reajustes salariais de 2018 para 2019, que permitiria uma economia de R$ 10 bilhões no próximo ano. Além disso, o governo pretende limitar o salário de entrada no Executivo para R$ 5 mil e criar vários níveis de remuneração das carreiras como forma de premiar os melhores profissionais com promoções. O objetivo do pacote é tornar a máquina pública mais eficiente a médio e a longo prazos. “Vamos reduzir gastos obrigatórios”, avisou um técnico do governo ao Blog do Vicente.


O crescimento das despesas com a folha de salários é um dos motivos da elevação dos gastos públicos e do fracasso do governo em cumprir as metas fiscais deste ano e do próximo. Por terem se tornado inexequíveis, elas serão alteradas e o anúncio da mudança deverá ser feito na próxima segunda-feira. Para justificar a suspensão dos reajustes, técnicos da equipe econômica argumentam que os aumentos generosos concedidos aos funcionários públicos no ano passado não são compatíveis com um país com mais de 13 milhões de desempregados e que registra queda contínua na arrecadação, devido à economia enfraquecida. Só neste ano, a despesa com pessoal será R$ 26,7 bilhões maior que a de 2016. Até 2019, a conta dos reajustes soma R$ 100 bilhões.


Outra medida que está sendo aventada é a aplicação efetiva do teto constitucional de R$ 33,7 mil no setor público, que não é respeitado graças às inúmeras gratificações que poderiam ser cortadas porque não são despesas obrigatórias. “Se esse teto fosse observado, o governo poderia economizar R$ 22 bilhões por ano”, estimou o estrategista da XP Investimentos, Celson Plácido.


Os gastos com pessoal e com a Previdência corresponderam a 59,3% de todas as despesas do governo no primeiro semestre deste ano, somando R$ 359,1 bilhões. E a folha de salários é a que cresce em ritmo mais acelerado. De janeiro a junho, saltou 11,3% acima da inflação enquanto os benefícios previdenciários cresceram 6,9%, conforme dados do Tesouro Nacional.


Novas metas


Após dois dias de reuniões com a equipe econômica e parlamentares, o presidente Michel Temer não conseguiu bater o martelo sobre as novas metas fiscais de 2017 e de 2018, principalmente, pela falta de consenso sobre um novo aumento de imposto no ano que vem. Em nota conjunta divulgada na tarde de ontem, os ministérios do Planejamento e da Fazenda informaram que as conversas continuarão na próxima segunda-feira e que, assim que houver uma decisão, ela será anunciada “imediatamente”.


A expectativa é que a meta deste ano, que é de deficit de até R$ 139 bilhões, seja ampliada para algo entre R$ 155 bilhões e R$ 159 bilhões. A equipe econômica defendeu também o aumento da meta fiscal de 2018, que é de um rombo de R$ 129 bilhões, para R$ 160 bilhões. Mas as contas preliminares indicam que existe um buraco extra de R$ 30 bilhões para ser coberto, já descontando a economia com o adiamento dos reajustes dos servidores.


Na reunião de ontem quando foi cogitado aumento de impostos para cobrir o rombo adicional, o clima ficou tenso. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), protestou. Ele disse entender a preocupação da equipe econômica com a avaliação do mercado financeiro, mas frisou que aumento da carga tributária não terá apoio do Congresso Nacional.


A mudança da meta é reflexo da constante frustração de receita do governo devido à fraca recuperação da economia, mas a preocupação no mercado financeiro é crescente. A economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, reconheceu que a crise fiscal é preocupante, mas disse que o mercado reconhece o esforço do governo de tentar cumprir a meta. “Enquanto houver a expectativa de que as reformas são possíveis, o mercado conseguirá digerir a mudança nas metas. Mas, se não houver mais essa perspectiva, a confiança voltará ao quadro do pré- impeachment”, alertou.


O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, demonstrou preocupação com as divergências entre a equipe econômica e o Congresso. “ Por estar refém da classe política depois da denúncia feita contra ele, Temer não vai conseguir obter tão facilmente o que deseja, especialmente a um ano da eleição. A ideia de um desmonte do governo está se acelerando e me pergunto até quando a equipe econômica vai aguentar a situação. Parece que a classe política ainda não tem percepção da crise fiscal em que estamos”, destacou.


Flávio Serrano, economista sênior do Banco Haitong, lembrou que os analistas já esperavam a mudança das metas fiscais, mas assinalou que, se os novos objetivos forem piores do que os resultados de anos anteriores, o risco Brasil tende a subir. Ontem, o contrato de swap de default de crédito (CDS) de cinco anos, que mede a preocupação sos investidores, subiu 2,7% e atingiu 204,9 pontos. “A equipe econômica tem uma posição de maior austeridade com os gastos. Mas o Brasil está em situação fiscal péssima e o aumento de impostos, infelizmente, é a único meio de sair desse do buraco”, avaliou.


R$ 26,7 bilhões

Acréscimo da folha de pagamento da União neste ano, em relação a 2016

Servidores de carreira são indicados para diretoria no BC


Agência Brasil     -     11/08/2017


O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, indicou dois servidores de carreira da instituição para ocupar cargos de diretor. Em nota, o BC diz que Goldfajn apresentou ao presidente da República, Michel Temer, os nomes de Maurício Costa de Moura e de Paulo Sérgio Neves de Souza para ocupar os cargos de diretor de Administração e de diretor de Fiscalização, respectivamente.


O servidor Maurício Moura ocupa desde 2015 o cargo de chefe do Gabinete do Presidente. Paulo Sérgio de Souza ocupa desde agosto de 2015 a chefia do Departamento de Supervisão Bancária . Os servidores ainda precisam ser sabatinados e aprovados pelo Senado Federal para ocupar os cargos.


Segundo o BC, o diretor Anthero de Moraes Meirelles deixará o cargo, a pedido, após 10 anos na Diretoria Colegiada, onde ocupou as diretorias de Administração (2007 a 2011), de Regulação (fevereiro a abril de 2015) e de Fiscalização (2011 a 2017).


Também a pedido, o diretor Luiz Edson Feltrim deixará o cargo após cinco anos na Diretoria Colegiada, onde ocupou as diretorias de Relacionamento Institucional e Cidadania (2012 a 2016) e de Administração (desde 2015), e após 43 anos de carreira no BC.

“Em nome do Banco Central, o Presidente Ilan Goldfajn agradece aos Diretores Anthero Meirelles e Luiz Edson Feltrim pelos relevantes serviços prestados ao Banco Central e, especialmente, à Diretoria Colegiada”, encerra a nota do BC.

Governo deve adiar reajuste de servidores de 2018 para 2019


G1     -     10/08/2017


Estimativa é de uma economia de gastos de quase R$ 10 bilhões no ano que vem. Governo também pode propor salário inicial de R$ 5 mil, dizem interlocutores da área econômica.


O governo deve adiar do início de 2018 para o começo de 2019 o reajuste dos servidores do Executivo, informaram ao G1 interlocutores da área econômica. A economia estimada no próximo ano com a medida é de R$ 9,7 bilhões.


Além disso, devem ser anunciadas novas ações para conter as chamadas despesas obrigatórias. Uma é a criação de um limite de R$ 5 mil para o salário inicial de novos servidores do Executivo, valor que depois subiria gradativamente, conforme fique fixado em concurso público.


Está em estudo, ainda, o corte do auxílio-moradia pago a servidores públicos.


Com essas medidas, o governo visa diminuir os gastos e buscar cumprimento das metas fiscais em um momento de forte alta do rombo nas contas públicas e de dificuldades com a arrecadação, que está abaixo da esperada.


Os gastos com servidores são a segunda maior despesa da União, perdendo apenas para os gastos com as aposentadorias - que são fruto de uma reforma, em análise no Congresso Nacional. E as novas medidas, se adotadas, não serão as primeiras com o objetivo de reduzir essa conta.


PDV e jornada reduzida


Recentemente, o governo informou que editará uma medida provisória para criar o PDV dos servidores do Poder Executivo. De acordo com o Ministério do Planejamento, quem aderir terá direito a receber 1,25 salário para cada ano trabalhado.


Além do PDV, informou o governo, está sendo preparada uma proposta de implementação da jornada de trabalho reduzida. A redução vai permitir que, ao invés de 8 horas diárias e 40 horas semanais, os servidores possam optar por:


Trabalhar 6 horas diárias e 30 semanais;


Trabalhar 4 horas diárias e 20 semanais.


Os gastos da União com o pagamento de servidores aumentaram nos últimos três anos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).


Em 2014, por exemplo, o governo gastou R$ 222,37 bilhões (3,8% do PIB) com pagamento do funcionalismo. O valor passou para R$ 238,49 bilhões em 2015 (o equivalente a 4% do PIB) e para R$ 257,87 bilhões em 2016, o equivalente a 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB).


Desde o início da crise, o governo vem reduzindo a autorização de concursos. Entretanto, as restrições orçamentárias não impediram o presidente Michel Temer de sancionar a lei que reajusta o salário de oito categorias do serviço público.


Ao todo, 68.149 pessoas serão beneficiadas pelo aumento, entre servidores da ativa, aposentados e pensionistas. O texto original previa um impacto em 2017 de R$ 3,7 bilhões e de R$ 10,91 bilhões até 2019.


Meta fiscal


A frustração da arrecadação deve levar o governo a rever a meta fiscal de 2017 e 2018. A expectativa era que o governo anunciasse as novas metas nesta quinta, após uma reunião de Temer com a equipe econômica.


Ao final do encontro, porém, foi anunciado que não houve definição sobre a mudança das metas e que o assunto voltará a ser debatido na próxima segunda-feira.


De acordo com o Blog do João Borges, o governo já chegou à conclusão de que não há escapatória e será necessária a revisão das metas deste ano e de 2018.


Para 2017, a meta já é de déficit (despesas maiores que receitas) de até R$ 139 bilhões. Para 2018, o teto para o rombo nas contas públicas é de R$ 129 bilhões.

O governo vai propor novos valores, que só terão validade se forem aprovados pelo Congresso.

(Por Alexandro Martello)

Pacotão do servidor deve sair nesta sexta, antes da meta fiscal

Blog do Vicente     -     10/08/2017



Numa tentativa de mostrar que não está apenas preocupado em aumentar impostos para fechar as contas, o governo deve anunciar, nesta sexta-feira, um pacotão que vai atingir em cheio os servidores públicos. As medidas serão apresentadas com o objetivo de reduzir as despesas do Executivo.


Além do adiamento dos reajustes dos servidores de 2018 para 2019, o que poderá resultar em uma economia entre R$ 9 bilhões e R$ 11 bilhões, o governo anunciará a eliminação de cargos não ocupados, vai limitar o salário de entrada no serviço público para R$ 5 mil e criar vários níveis de remuneração das carreiras, como forma de premiar os melhores profissionais com promoções.


A equipe econômica alega que o pacotão contém medidas não só para reduzir as despesas de curto prazo. A meta é tornar a máquina pública, que hoje está inchada e é caríssima, mais eficiente a médio e a longo prazos. “Vamos reduzir gastos obrigatórios”, avisa um técnico.


Reação


Os servidores já estão em polvorosa, programando manifestações contra o governo. Os sindicatos que representam as categorias alegam que não aceitarão o adiamento dos reajustes, uma vez que tudo foi acordado com o Ministério do Planejamento e aprovado pelo Congresso.


Os servidores dizem que reconhecem o momento difícil pela qual passa a economia, mas asseguram que têm direito aos aumentos salariais, que, na verdade, só repõem perdas que acumularam ao longo dos últimos anos. Não seria justo, segundo eles, verem um compromisso sendo jogado no lixo.


O governo alega que não há saída. Todos devem dar a cota de sacrifício. Em 2019, quando se espera uma retomada mais forte da economia e o crescimento das receitas, será mais fácil retomar o pagamento dos reajustes salariais. “Não se está suspendendo os aumentos de salários, apenas estamos propondo o adiamento por um ano”, afirma um técnico.

O pacotão dos servidores está dentro das negociações para a mudança nas metas fiscais neste ano e em 2017. O rombo de 2017 pode passar de R$ 139 bilhões para até R$ 159 bilhões. E, o de 2018, de R$ 129 bilhões para até R$ 150 bilhões.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

REFLEXÃO SOBRE O ENCONTRO DA AMIZADE Por: Abson Praxedes

REFLEXÃO SOBRE O ENCONTRO DA AMIZADE
Por: Abson Praxedes
1 – O ENCONTRO DA AMIZADE EX-SUCAM DE ONTEM:
O COMEÇO – Olá família ex-sucam! Inicialmente um papo com vocês. Em 1986, na cidade de Jaru/Ro, no mês de julho, com um simples torneio de futebol num dia de domingo, dava início um movimento que originou o Encontro da Amizade, e de lá para cá foram realizadas 28 edições anuais. Muitos daqueles que iniciaram e vivenciaram essa caminhada, já não estão mais conosco. No princípio, o evento tinha o caráter competitivo, e ao passar do tempo, verificou-se tratar-se de um encontro anual onde se rever amigos e fazer novas amizades passou a ser mais importante.
COMO ERA A PARTICIPAÇÃO DOS MUNICIPIOS? – O evento já foi realizado ao longo de todo o estado, de Guajará a Vilhena, inclusive nos municípios da BR 429, Alvorada e Costa Marques. Nos anos 80 e 90, as delegações municipais se deslocavam comumente em ônibus comercial ou patrocinado por políticos ou prefeituras. Embora os ônibus não fossem nada confortáveis na época, para os participantes a festa já começava ali, pois em eram viagens longas e começa ali um verdadeiro estreitamente de amizades. Mesmo com algumas dificuldades, o que se via, era uma disposição fantástica de todos para participarem dos encontros. E convém lembrar que nesse começo, poucos dispunham de veículos próprios e se utilizavam destes para irem aos eventos, normalmente eram viagens em coletivos.
CONDIÇAO FINANCEIRA DOS PARTICIPANTES – Até os anos 80, a maioria dos servidores eram recém contratados, e poucos dispunham de bens e patrimônio que lhe prendessem, ao ponto de causar alguma preocupação em se ausentar por alguns dias e não poderem participar do evento.
ANOS 80 E 90 – HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO: Os municípios organizadores do evento, faziam um grande esforço para recepcionarem as delegações, e em alguns casos a alimentação era gratuita. A hospedagem era em colégios nas férias escolares e todos levavam colhões que lotavam os bagageiros dos ônibus. Tudo era motivo de festa e uma verdadeira confraternização.
DECADENCIA DO ENCONTRO – O QUE ESTÁ HAVENDO? Precisamente de 2010 para cá, verifica-se um desanimo de participação. Contudo, é uma chama que muitos não querem que seja apagada, e com insistência destes, o encontro tem sobrevivido. E a pergunta que se faz, e: O que está havendo pelo desinteresse de muitos participantes? Será o fato de que hoje a grande maioria são possuidores de bens: veículos, sítios, fazendas, chácaras, comércios, ou até mesmo compromissos com a família, igreja, estudos, etc; e com isso, já não dispõem de tempo para vivenciar esse momento?  Como já foi dito, antes a grande maioria não dispunha de bens que gerassem preocupação em se ausentarem alguns dias para participarem. Por mais que se busque alguma justificativa da ausência na atualidade; o certo é que nada é maior do que você rever amigos que ao longo de décadas de convivência no trabalho, se tornaram verdadeiros irmãos. Pior ainda, às vezes temos reencontrado alguns desses amigos e irmãos em seus velórios, pois já não dispomos de tempo para esse reencontro em vida. Eis uma boa razão para refletirmos e nos esforçarmos para esse encontro, diga-se de passagem, ambiente totalmente familiar. Será o bem material ou outra situação, mais importante do que uma amizade construída em várias décadas?
2 – O ENCONTRO DA AMIZADE DO SINDSEF DE HOJE: Com o passar dos anos, em razão do desanimo nas participações. As lideranças desportistas de 2012 para cá, discutiu abertamente entre si e com dirigentes do Sindsef a possibilidade de estender o evento com a participação de todos os servidores federais base da entidade, e finalmente de forma direta o Sindsef abraça a causa e realizará neste ano de 2017 o I ENCONTRO DA AMIZADE DO SINDSEF, envolvendo toda a categoria dos servidores federais. A grande importância dessa participação, não está apenas no olhar de uma simples confraternização ou promoção de atividades desportivas e culturais, e sim, numa necessidade de cada vez mais intensificar um processo de interação entre essa categoria, objetivando assim um fortalecimento da base sindical para o enfrentamento das investidas do governo na sede em retirar ou negar direitos, e que só através de movimentos de lutas consegue-se buscar ou defender. Desde que comecei a frequentar o ambiente nacional como membro da Condsef no ano de 2011, tenho provocado as lideranças nacionais representantes das entidades de base, o porquê que de nosso segmento do serviço público não ter representação política no Congresso Nacional, e infelizmente, esse assunto tem sido dito ao vento, pois não se verificar nenhuma iniciativa nesse sentido. Esse comportamento tem sido um erro fatal, pois se fossemos organizados, poderíamos ter uma significante representação no congresso nacional, e com um verdadeiro conhecimento de causa, poder fazer o enfrentamento na defesa dessa categoria. Sendo assim, um evento dessa natureza, poderá oportunizar uma reflexão para essa necessidade. Entretanto, o objetivo central desse encontro da família Sindsef, é propiciar o reencontro e o fazer novas amizades, concomitantemente, promover saúde e bem-estar aos participantes, resultando em qualidade de vida. Outro aspecto que produz o evento, apesar de estar num momento de descontração, é a interação de experiências bem-sucedidas no âmbito do trabalho, o que certamente resultará no aprimoramento da qualidade do serviço prestado à sociedade.
ENCONTRO DA AMIZADE DO SINDSEF 2017 – O evento deste ano, será realizado em Porto Velho, na sede campestre da entidade no período de 16 a 19/08. O local está recebendo toda a estrutura necessária e estará pronto para recepcionar os participantes. A acomodação da hospedagem continua na modalidade de CAMPING e a alimentação será subsidiada pelo SINDSEF, cabendo ao participante a despesa diária de R$ 20,00 (vinte reais) para o café, almoço e janta. Devendo os participantes trazerem os materiais de camping, pratos e talheres. Tradicionalmente, o evento é realizado no mês de julho nas férias escolares, uma vez que as crianças tem sido um público cada vez mais presente. Espera-se na próxima oportunidade ser realizado no período apropriado.  Informamos que os ofícios para as autoridades e dirigentes dos órgãos solicitando a liberação dos interessados em participar do evento, já foram  envidados.
ESPERAMOS VOCE PARA O EVENTO – Com essa reflexão, esperamos que você retorne a participar, e possa rever os amigos e ampliar seu leque de amizades com outros servidores que participarão pela primeira vez.
 A CHAMA PARA CONTINUIDADE DO EVENTO PODE CONTINUAR ACESA. DEPENDE DE VOCE! PROCURE A COORDENAÇÃO DA DELEGAÇÃO MUNICIPAL E INSCREVA-SE PARA DISPUTAR MODALIDADES OU COMO SIMPLES PARTICIPANTE.

Pacote deve suspender reajuste para servidores

Correio Braziliense     -     11/08/2017



O governo deve anunciar hoje um pacote de medidas com o objetivo de reduzir despesas com o funcionalismo público. Uma das iniciativas é o adiamento dos reajustes salariais de 2018 para 2019, que permitiria uma economia de R$ 10 bilhões no próximo ano. Além disso, o governo pretende limitar o salário de entrada no Executivo para R$ 5 mil e criar vários níveis de remuneração das carreiras como forma de premiar os melhores profissionais com promoções. O objetivo do pacote é tornar a máquina pública mais eficiente a médio e a longo prazos. “Vamos reduzir gastos obrigatórios”, avisou um técnico do governo ao Blog do Vicente.


O crescimento das despesas com a folha de salários é um dos motivos da elevação dos gastos públicos e do fracasso do governo em cumprir as metas fiscais deste ano e do próximo. Por terem se tornado inexequíveis, elas serão alteradas e o anúncio da mudança deverá ser feito na próxima segunda-feira. Para justificar a suspensão dos reajustes, técnicos da equipe econômica argumentam que os aumentos generosos concedidos aos funcionários públicos no ano passado não são compatíveis com um país com mais de 13 milhões de desempregados e que registra queda contínua na arrecadação, devido à economia enfraquecida. Só neste ano, a despesa com pessoal será R$ 26,7 bilhões maior que a de 2016. Até 2019, a conta dos reajustes soma R$ 100 bilhões.


Outra medida que está sendo aventada é a aplicação efetiva do teto constitucional de R$ 33,7 mil no setor público, que não é respeitado graças às inúmeras gratificações que poderiam ser cortadas porque não são despesas obrigatórias. “Se esse teto fosse observado, o governo poderia economizar R$ 22 bilhões por ano”, estimou o estrategista da XP Investimentos, Celson Plácido.


Os gastos com pessoal e com a Previdência corresponderam a 59,3% de todas as despesas do governo no primeiro semestre deste ano, somando R$ 359,1 bilhões. E a folha de salários é a que cresce em ritmo mais acelerado. De janeiro a junho, saltou 11,3% acima da inflação enquanto os benefícios previdenciários cresceram 6,9%, conforme dados do Tesouro Nacional.


Novas metas


Após dois dias de reuniões com a equipe econômica e parlamentares, o presidente Michel Temer não conseguiu bater o martelo sobre as novas metas fiscais de 2017 e de 2018, principalmente, pela falta de consenso sobre um novo aumento de imposto no ano que vem. Em nota conjunta divulgada na tarde de ontem, os ministérios do Planejamento e da Fazenda informaram que as conversas continuarão na próxima segunda-feira e que, assim que houver uma decisão, ela será anunciada “imediatamente”.


A expectativa é que a meta deste ano, que é de deficit de até R$ 139 bilhões, seja ampliada para algo entre R$ 155 bilhões e R$ 159 bilhões. A equipe econômica defendeu também o aumento da meta fiscal de 2018, que é de um rombo de R$ 129 bilhões, para R$ 160 bilhões. Mas as contas preliminares indicam que existe um buraco extra de R$ 30 bilhões para ser coberto, já descontando a economia com o adiamento dos reajustes dos servidores.


Na reunião de ontem quando foi cogitado aumento de impostos para cobrir o rombo adicional, o clima ficou tenso. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), protestou. Ele disse entender a preocupação da equipe econômica com a avaliação do mercado financeiro, mas frisou que aumento da carga tributária não terá apoio do Congresso Nacional.


A mudança da meta é reflexo da constante frustração de receita do governo devido à fraca recuperação da economia, mas a preocupação no mercado financeiro é crescente. A economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, reconheceu que a crise fiscal é preocupante, mas disse que o mercado reconhece o esforço do governo de tentar cumprir a meta. “Enquanto houver a expectativa de que as reformas são possíveis, o mercado conseguirá digerir a mudança nas metas. Mas, se não houver mais essa perspectiva, a confiança voltará ao quadro do pré- impeachment”, alertou.


O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, demonstrou preocupação com as divergências entre a equipe econômica e o Congresso. “ Por estar refém da classe política depois da denúncia feita contra ele, Temer não vai conseguir obter tão facilmente o que deseja, especialmente a um ano da eleição. A ideia de um desmonte do governo está se acelerando e me pergunto até quando a equipe econômica vai aguentar a situação. Parece que a classe política ainda não tem percepção da crise fiscal em que estamos”, destacou.


Flávio Serrano, economista sênior do Banco Haitong, lembrou que os analistas já esperavam a mudança das metas fiscais, mas assinalou que, se os novos objetivos forem piores do que os resultados de anos anteriores, o risco Brasil tende a subir. Ontem, o contrato de swap de default de crédito (CDS) de cinco anos, que mede a preocupação sos investidores, subiu 2,7% e atingiu 204,9 pontos. “A equipe econômica tem uma posição de maior austeridade com os gastos. Mas o Brasil está em situação fiscal péssima e o aumento de impostos, infelizmente, é a único meio de sair desse do buraco”, avaliou.


R$ 26,7 bilhões

Acréscimo da folha de pagamento da União neste ano, em relação a 2016