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Prezado leitor, o Portal do Servidor Publico do Brasil é um BLOG que seleciona e divulga notícias que são publicadas nos jornais e na internet, e que são de interesse dos servidores públicos de todo o Brasil. Todos os artigos e notícias publicados têm caráter meramente informativo e são de responsabilidade de seus autores e fontes, conforme citados nos links ao final de cada texto, não refletindo necessariamente a opinião deste site.

OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

OS DESTEMIDOS  GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO
A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Comissão vota cotas em concurso



Correio Braziliense      -      18/12/2013

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados adiou para hoje a votação do projeto de lei que reserva 20% das vagas em concursos públicos para negros. O PL 6.738/2013 foi encaminhado pelo governo, em novembro, em regime de urgência. O relator e presidente da CDH, deputado Marco Feliciano (PSC-SP), incluiu uma emenda ao texto original que garante cotas também nos cargos comissionados.

A sessão de ontem foi tumultuada quando o deputado Marcos Rogério (PDT-RO) anunciou um voto em separado contra a matéria. Imediatamente, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), acompanhada por outros parlamentares da base do governo, pediu que o texto fosse retirado de pauta para o assunto ser analisado com calma e não correr o risco de ser rejeitado. Após uma breve negociação, Marcos Rogério desistiu do voto em separado, mas a sessão foi encerrada em razão do início dos trabalhos no plenário.

"Conseguimos um acordo. Precisamos agora garantir que o projeto seja aprovado com urgência", disse Benedita. Para Feliciano, o texto pretende acabar com a desigualdade criada por 300 anos de escravidão. "Cerca de 51% da população brasileira é negra, mas se observamos a parcela de classe alta, os negros estão nas piores posições", disse.

O projeto limita a aplicabilidade das cotas ao prazo de 10 anos em concursos públicos do Executivo. Não estende o benefício ao Legislativo e ao Judiciário. Poderá concorrer às vagas o candidato que se autodeclarar preto ou pardo no ato da inscrição. Se for aprovado na CDH, o projeto vai para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois para o plenário da Câmara, antes de ser analisado pelo Senado.

Servidores do Dnit fecham acordo de dois anos para reajuste de 15% nos salários



BSPF      -     18/12/2013

Brasília - Representantes de servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) fecharam acordo de reajuste salarial prevendo aumento médio de 15% distribuído por dois anos, variando a depender da categoria de cada servidor.

O termo de acordo, anunciado hoje (17) pelo Mpog, prevê impacto na folha de pagamentos de 10,3% em 2014 e de 5% no ano seguinte. Também foi definida a criação de um grupo de trabalho cuja atribuição será desenvolver estudos sobre a reestruturação das carreiras e do plano de cargos do órgão, com previsão de instalação de 60 dias.

Esse é o quinto acordo fechado pelo ministério em 2013 com categorias que negociavam desde o ano passado. Os outros foram com representantes de servidores de agências reguladoras, do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Sindicato do Peritos Federais Agrários (SindPFA) e representantes dos empregados públicos anistiados.

Conforme o Mpog, acordos com diversas categorias já foram encerrados com sucesso. A exceção são os agentes da Polícia Federal. Nesse caso, as negociações continuam. A proposta do ministério é fechar reajuste com os mesmos números aplicados ao Dnit. No ano passado, cerca de 250 mil servidores públicos federais encerraram mais de dois meses de greve após negociarem reajuste de 15,8%.

Os servidores do Dnit também entraram em greve na época e, mesmo após a suspensão da paralisação, continuaram negociando o acordo. José Milton Costa, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), explicou que os trabalhadores não aceitaram a proposta de 15,8% do governo e continuaram mobilizados.

Fonte: Agência Brasil

Sindsef realiza seminário com servidores da área de saúde em Ji-paraná

  18 DE DEZEMBRO DE 2013

O Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Rondônia (Sindsef), através de sua diretoria executiva, realizará na cidade de Ji-paraná, amanhã, 19, um seminário com os servidores da área de saúde, da antiga Sucam e ex-território. Segundo o presidente da entidade, Daniel Pereira, espera-se pelo menos 150 pessoas participando do evento.
Serão discutidas nesse seminário questões ligadas aos processos dos 3,17% e 28,86% do pessoal da Funasa, insalubridade (Funasa e Ministério da Saúde) e DDT, com os intoxicados daquele órgão.
Daniel disse que “Além dos processos, vamos elaborar Projeto de Lei Complementar visando à regulamentação de aposentadoria especial para todos os servidores federais e, esse projeto será apresentado pelo senador Acir Gurgascz”, frisou.
O sindicalista disse que pretende trabalhar na elaboração de uma PEC objetivando garantir a indenização por perdas de danos morais e materiais, garantindo ainda tratamento de saúde imediato para todos os servidores da antiga Sucam, intoxicados pelo DDT.
Essa matéria será discutida com as principais lideranças políticas no Senado Federal. Para tanto, já foram realizadas visitas e iniciadas conversas com os senadores Valdir Raupp, Wellington Dias (PT), Aécio Neves (PSDB) e senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
Além disso, a diretoria executiva do sindicato está agendando reuniões com os presidenciáveis Aécio Neves e Eduardo Campos para levar a situação dos servidores intoxicados e com isso, buscar um comprometimento maior dessas lideranças objetivando ajudar os servidores que necessitam de tratamento.
Para Daniel, a intenção da diretoria da entidade é resolver de forma definitiva a questão dos intoxicados, porque a via jurídica é muito morosa e não atende a contento os servidores que necessitam de cuidados urgentes. Muitos servidores já faleceram e nada ainda foi resolvido.
O sindicalista disse que atualmente tramitam três propostas nesse sentido no Congresso Nacional. Dois deles na Câmara dos Deputados sob os cuidados dos parlamentares Perpétua Almeida (Acre) e Zequinha Marinho (PA), além do senador Marcelo Crivela. Todas essas propostas preveem indenização e tratamento de saúde para os intoxicados. Mas, infelizmente, disse Daniel Pereira, todos eles padecem de vícios de origem, por se tratar de matéria financeira que beneficia servidor público, cuja competência é da presidência da república.
A iniciativa do Sindsef visa dar aos servidores intoxicados pelo DDT o mesmo tratamento dado ao soldado da borracha. Com isso, cerca de 60 mil servidores serão atingidos com essa medida em todo o país que tiveram contato com o veneno.
Para participar do evento foi convidada a bancada federal de Rondônia, sendo já confirmada a presença do senador Acir Gurgasz, todos os vereadores da base do serviço público federal, filiados à entidade, como o vereador Airton de Machadinho, Laurencir do PR de Ariquemes, Hélio Arruda de Cujubim, João Correia (PT) de Anari, além da vice-prefeita de Pimenta Bueno, professora Ana Bastos. Confirmada também a presença de um representante dos intoxicados pelo DDT do Acre, Aldo Moura, além dos dirigentes da Condsef, Sérgio Ronaldo e Gilberto Rosa. Ronaldo é também servidor da antiga Sucam e foi eleito no último Congresso da Condsef, 15, como novo Secretário Geral da Condsef, apoiado de forma irrestrita pelos 140 delegados de Rondônia que participaram do evento.
Para Daniel, a vinda de Sérgio Ronaldo, demonstra prestígio da atual diretoria junto a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público.
No XI Congresso da Condsef do último domingo ficou certa a eleição na executiva nacional dos diretores Abson Praxedes (Suplente) e Maria Aparecida (Secretária Jurídica)

Sindicalistas abson praxedes e Maria Aparecida dirigem os trabalhos do congresso da Condisef

Sindicalistas Abson Praxedes e Maria Aparecida dirigiram os trabalhos dos departamentos no congresso da Condsef


Por rodrigo– 16 de dezembro de 2013











No XI Congresso da Condsef realizado em Beberibe-CE no período de 11 a 15 de dezembro, foram discutidas diversas ações sobre a atual situação dos servidores federais e questões ligadas ao seu futuro.



Quase dois mil delegados de base de todo o Brasil, representando 80% do total de servidores da União, disseram sim a um calendário de atividades que aponta um indicativo de greve para a 1ª quinzena de março. Em janeiro, servidores devem lançar a Campanha Salarial 2014 com atividades nos estados. Nos eixos da campanha salarial permanecem bandeiras de luta consideradas fundamentais para avanços no setor público. Estão entre as bandeiras: a luta por uma política salarial permanente; paridade entre ativos, aposentados e pensionistas; definição de data-base; regulamentação da negociação coletiva; diretrizes de plano de carreira; retirada de projetos no Congresso Nacional que prejudicam os trabalhadores públicos; além do cumprimento por parte do governo de acordos e protocolos de intenções firmados em processos de negociação o foram encaminhadas todas as discussões dos grupos que participaram do evento responsável por essa temática.



As discussões da mesa setorial do departamento de saúde da Condsef, durante o congresso foi dirigida pelo sindicalista Abson Praxedes que versou sobre a problemática dos servidores do setor, em particular os intoxicados da Funasa e de servidores da área de saúde que estão desmotivados por falta de reconhecimento e apoio estrutural no seu ambiente de trabalho. Todos os participantes do evento tiveram a oportunidade de fazer uso da palavra para expor suas angústias e as reivindicações foram encaminhadas para a plenária, objetivando sua aprovação.



A sindicalista Maria Aparecida, responsável pelo departamento dos ex-territórios, dirigiu os trabalhos com ampla discussão sobre os temas que envolvem as necessidades dos servidores de vários estados. A partir dessa discussão, os temas puderam ser avaliados em aprovados para no futuro possa servir de base para futura negociação com o governo federal.



terça-feira, 17 de dezembro de 2013

CUT

http://www.cut.org.br/

Haddad afirma que não se intimidará diante de "algumas vozes" nem sacrificará o povo trabalhador

17/12/2013

Em entrevista à RBA e a blogueiros, prefeito de São Paulo fala das ações do seu 1º ano de mandato e diz que vai resgatar a política

Escrito por: RBA

Em entrevista a um grupo de blogueiros da qual participou a Rede Brasil Atual, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), falou em “resgatar a política” e disse que não irá se intimidar “diante de algumas vozes”, pois isso significaria “sacrificar ainda mais o povo trabalhador”.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista concedida a Eduardo Maretti (RBA), Renato Rovai (revista Fórum), Maria Inês Nassif, (Carta Maior), Paulo Henrique Amorim (Conversa Afiada) e Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania).
Paulo Henrique Amorim – Como o senhor vai fechar a conta do não aumento da tarifa de ônibus?
São duas contas para fechar. Finanças públicas é um assunto árido, mas acho que a gente tem de conversar cada vez mais com a população sobre esse assunto. Porque quando não conversa, achando que a população é incapaz de compreender, você acaba gerando uma situação mais difícil ainda no médio e longo prazo, porque vão lhe faltando os instrumentos necessários para julgar os políticos, as políticas públicas.
Deixa fazer uma referência ao caso da CPMF. O governo Lula foi derrotado pelo PSDB, que fez uma articulação com os bancos e a Fiesp – aliás, o mesmo Paulo Skaf era o garoto-propaganda da (campanha contra a) CPMF. De lá para cá a situação do financiamento da saúde só piorou. E o presidente Lula, quando toca no assunto, diz corretamente: “Pensaram em me prejudicar, mas a saúde foi prejudicada”. Então, quando se está discutindo receita – e tarifa de ônibus é receita, porque é menos subsídio –, quando se discute IPTU progressivo, cobrando mais de quem pode mais, cobrando menos de quem pode menos, você está discutindo a fonte de financiamento de um Estado de bem-estar social que ainda está muito no começo no Brasil. Tem muito para avançar. O brasileiro quer saber de quem vai cobrar, quanto vai cobrar, e qual vai ser o destino do recurso. Se você cobrar de quem tem e destinar a quem não tem, o brasileiro é a favor.
Para mim, um dos efeitos das jornadas de junho é sobre o orçamento público no Brasil. Não tem como escapar desse debate mais. Queremos aprofundar um Estado de bem-estar social que tem tudo para dar certo, melhorando educação, saúde, transporte público, ou vamos nos intimidar diante de algumas vozes e eventualmente sacrificar ainda mais o povo trabalhador. Isso está em discussão no Brasil. É importante discutir. É o modelo de Estado que nós queremos. Queremos o Estado mínimo, acreditando que o mercado vai resolver os problemas da população mais pobre, ou queremos um Estado com protagonismo, que tenha condições de dar resposta às questões sociais?
Paulo Henrique – Mas como o senhor vai fechar a conta? Existe a dificuldade da renegociação da dívida e o IPTU, que está pendente.
Vamos falar dos quatro desafios que São Paulo tem. A primeira é a conta de precatórios, que o Supremo decidiu em março que não pode ser parcelado o pagamento. Em junho, congelamento da tarifa. Agora, a suspensão do IPTU, e por fim passar para 2014 o projeto de renegociação da dívida. São quatro desafios bilionários. Precatório, R$ 18 bilhões. IPTU, R$ 1 bilhão. Dívida, R$ 55 bilhões. Subsídios, R$ 2 bilhões. Para um orçamento de R$ 40 bilhões.
Renato Rovai – A prefeitura tem R$ 8 bilhões em caixa.
Mas a maior parte é de recursos de operação urbana. É carimbado e você só pode usar para investimento em operação urbana. Tem R$ 2,2 bilhões da Operação Urbana Água Espraiada, R$ 500 mil da Operação Água Branca. O remanescente é para pagar 13º e as despesas do mês. As despesas do mês são R$ 3 bilhões. Só três itens de despesa, saúde, educação e pagamento de dívida, dão dois terços do orçamento.
A dívida é de R$ 55 bilhões. Disso, R$ 20 bilhões é o que São Paulo pagou acima da Selic. Quer dizer, enriqueceu a União às custas do endividamento pelo contrato malfeito da época de Fernando Henrique e Pitta. Um contrato pavoroso para 166 municípios do país onde residem 47 milhões de brasileiros.
Passou pela Câmara o projeto (de renegociação da dívida em outras condições). Teve uma chicana enorme. Acharam que era para beneficiar São Paulo. Mas era para beneficiar um quarto da população brasileira. Tanto a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado como a Comissão de Constituição e Justiça aprovaram o texto da Câmara. Basta agora o aval do plenário. São Paulo volta a respirar. Volta a sonhar com dias melhores.
Eduardo Guimarães – Como está a auditoria do sistema de transporte público de São Paulo?
Lançamos um edital de auditoria internacional, estamos recebendo as propostas. Devemos assinar o contrato. Não vou licitar concessão de nenhuma forma de contratação sem estar tudo preto no branco, quanto a gente paga, qual a taxa de retorno que esses empresários têm. Uma situação dessa, você tem de ter clareza de que a sociedade estará convencida da licitação que vamos colocar na rua.
Uma questão que não impacta as contas públicas, mas tem um efeito moral importante, é o combate à corrupção. A controladoria (Controladoria Geral do Município, criada na gestão Haddad) é uma coisa muito importante como exemplo, inclusive, para as outras capitais. Tivemos um impacto de cerca de R$ 40 milhões na arrecadação do ISS. R$ 40 milhões, diante dos bilhões que eu citei, não se contrapõe. Mas do ponto de vista de mostrar para a população o zelo com cada centavo de dinheiro público é importante da perspectiva moral para a cidade. Só de economia de contratos repactuados com fornecedores tivemos R$ 500 milhões. Você tem de atuar em todas as frentes.
Paulo Henrique – E a cobrança de ISS dessas empresas que praticavam suborno? A lista de empresas será colocada em público?
O rombo estimado é entre R$ 200 e 500 milhões. R$ 200 milhões eu diria que já superou. O Ministério Público tem a lista. Ele tem o direito, e até o dever, de divulgar tudo. Que tenho notícia, é o maior caso da história de São Paulo. De patrimônio dos fiscais temos R$ 80 milhões bloqueados. Na minha opinião isso tem de ser revertido ao município. São réus confessos. Não há mais dúvida.
Guimarães – Mas isso pode demorar.
Vai depender do comportamento dos 400 empreendimentos que chamamos a prestar contas. Uma atitude saudável e correta do empreendedor é admitir que aconteceu isso e pagar o que deve.
Paulo Henrique – O senhor falou sobre o Estado de bem-estar social. Quanto dinheiro, de fato, o cidadão pode imaginar que a prefeitura vai poder investir nesse modelo?
Tenho convicção de que o trabalho de saneamento que fizemos em relação ao contrato foi muito importante. Nos rendeu meio bilhão. A atualização da planta genérica de valores do IPTU, a repactuação da dívida, o plano diretor. Essas quatro iniciativas recuperam toda a capacidade de investimento do município de São Paulo como há décadas não se vê. Vamos ter condição de dar respostas efetivas.
Rovai – Agora, essa conversa com a cidade. Ela está lhe parecendo desfavorável neste momento.
Governador é um cargo bom de se ocupar. Ele fica num meio-termo muito confortável. O prefeito está num dia a dia muito desfavorável. Aqui respondo até por segurança pública. As pessoas não têm noção de que Polícia Militar é de responsabilidade do governador. Outro dia me perguntaram por que não faço nada em relação ao Metrô. A confusão é grande, e tudo recai sobre o prefeito. Independente de a responsabilidade ser dele efetivamente.
No caso do presidente, ele também não consegue não responder por economia. Geração de emprego, crescimento da economia, renda. Os presidentes bem avaliados são os que conseguem fazer o país crescer e distribuir renda. Os que não conseguiram isso amargam até hoje uma dificuldade muito grande de transferir votos a seus candidatos. Recebi um telefonema de um dono de muitos meios de comunicação dizendo que não daria trégua à prefeitura e que colocaria todos seus veículos contra o IPTU progressivo. Isso não me foi contado. Isso foi dito. A bem da verdade, eu liguei para saber o que estava acontecendo. Não posso dizer quem foi porque foi uma conversa privada. Não é pouca coisa. Isso também aconteceu na administração Erundina e na gestão Marta. Na administração Serra-Kassab o aumento foi muito maior que este, 45%, e não houve nenhuma ação de inconstitucionalidade.
Rovai – Mas, prefeito, isso não é uma novidade. O histórico de governos progressistas sempre foi ter a mídia contra. Como se faz para dialogar sem passar por esses setores?
Não posso prescindir de dialogar com esses setores. Não tenho dificuldade em admitir que não temos concretamente uma estratégia de comunicação. Temos um sistema de comunicação que responde a todas as perguntas que vêm da imprensa. Mas temos uma dificuldade de diálogo. Não tenha dúvida. Quando desbaratamos a quadrilha do ISS, surgiu o áudio de um dos fiscais presos dizendo que o prefeito sabia. A manchete (da Folha de S.Paulo) foi que “o prefeito sabia” e tinha uma foto minha ao lado.
Rovai – E o senhor deu uma entrevista para a Folha no dia seguinte. Por quê?
Por respeito ao leitor da Folha. Preciso esclarecer para o leitor da Folha que aquilo era equivocado. Pelo amor de Deus. Em vez de estar sendo elogiado por ter criado uma controladoria, ter salvo o patrimônio municipal… Foi inacreditável. Aconteceu uma coisa muito curiosa. Na semana do desbaratamento (da quadrilha) muitos prefeitos estavam pedindo cópias da lei (que criou a Controladoria) porque queriam implementar o modelo nas suas cidades. Depois disso, sumiram.
Paulo Henrique – Prefeito, em quanto tempo os corredores vão resolver o problema do trânsito na cidade e, mais que isso, do transporte público?
A população de São Paulo já está chegando mais cedo ao trabalho. Se fizer uma pesquisa sobre o transporte, vai ver que tem uma alta aprovação. O objetivo não é só mobilidade. A Lei de Incentivo Fiscal da Zona Leste vai levar empregos. Tem um grande conglomerado econômico fazendo sondagens à prefeitura para gerar 50 mil empregos na zona leste. Não é só trazer de Itaquera para o centro, é levar o emprego para Itaquera.
Paulo Henrique – O Arco do Futuro ficou para trás?
Não. De jeito nenhum. Nós resolvemos, antes de fazer uma licitação do Arco Norte, fazer a operação urbana do Arco Tietê.
Eduardo Maretti – Mas são planos que demoram muitas gestões em um país que não tem essa tradição.
Há coisas irreversíveis. Se aprovar o Plano Diretor e a operação urbana, pronto. Plano Diretor e dívida estão bem encaminhados para se resolver em fevereiro. As pessoas não têm ideia do que isso significa para São Paulo. É muita coisa.
Hoje nosso investimento está girando em torno de R$ 3 bilhões e pouco. Nós conseguiríamos, tudo isso resolvido, chegar a dobrar o investimento. Iríamos a algo em torno de R$ 6,5 bilhões, o que daria a São Paulo o mesmo patamar de investimento de Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Há uma capacidade de resposta.
Ninguém faz milagre. São prefeitos que tiveram capacidade de resposta, se elegeram no primeiro turno, e a cidade está em obras. A cidade se transforma. Em Londres e Paris você tem vários empreendimentos em cidades que estão prontas.
Já temos um programa de metas. Não temos de inventar nada. Temos um programa de mobilidade que é o maior da história. Temos 94 quilômetros de corredores com recursos do PAC, temos um plano de investimento em drenagem como nunca se viu, é mais do que tudo que foi feito nos últimos dez anos. Mas estamos com muito mais coisa planejada.
Paulo Henrique – O Rio cresceu para a Barra da Tijuca. É o novo, o moderno. Qual é a sua Barra da Tijuca?
O que vai mudar em São Paulo? A zona leste vai mudar. Vou dar alguns exemplos. Ficando pronto o Rodoanel Leste, os caminhões saem da Avenida Jacu-Pêssego. A Jacu-Pêssego, jutando com o polo de Itaquera, é a zona incentivada da prefeitura. O que queremos é geração de emprego. Você vai ver uma grande transformação física. Conglomerados econômicos, dois ou três, vão investir ali para geração de emprego. Talvez tenhamos uns 100 mil empregos. Você vai ter na zona leste mais proximidade do cidadão com sua vida. Vai ter universidade federal, Fatec, Senac, equipamento cultural. Isso vai acontecer. E já está acontecendo.
O que vai acontecer de mais interessante na cidade? Vamos ocupar o Arco Tietê. A zona norte está numa situação parecida com a da zona leste, mas com uma renda maior. É um pessoal de classe média que tem de vencer o Rio Tietê para chegar ao emprego. Um dos motivos para não ter emprego na zona norte é que você não tem uma avenida que organize a oferta de empregos. Ali vai ter uma avenida, o Apoio Norte. Se nós, além dessa avenida, desativamos a aviação fixa do Campo de Marte, e ali virar uma área para zona norte, tem outra frente para lazer, cultura. O Anhembi também vai ser reformulado.
Paulo Henrique – O senhor está falando de um desenvolvimento econômico à base de serviços.
Não estou falando de indústrias porque São Paulo está ainda vivendo um processo de desindustrialização. Mas São Paulo está vocacionado inclusive para serviços na fronteira. A zona norte, se ligarmos a infovia da Bandeirantes com a infovia da Dutra, terá na Apoio Norte um lugar espetacular para serviços de tecnologia da informação.
Hoje eu estava no Jabaquara entregando para a cidade o que será o primeiro hospital público da minha gestão. Faz oito anos que a cidade não entrega um hospital público. Nós localizamos um hospital privado desativado há cinco anos, desapropriamos o hospital, de 300 leitos, agora estamos com o hospital na mão. Ele está operacional. Tem muita coisa que vai ser entregue até 2016. A SP Cine. As faixas exclusivas, quem sabe os 150 quilômetros de corredores de ônibus. Licito o Hospital de Parelheiros no primeiro semestre do ano que vem.
Quando você levar ao conhecimento público que vamos entregar três hospitais até 2016, e nos oito anteriores não se entregou nenhum, você vai ver que tem uma diferença. Chamavam o Bilhete Único Mensal de “bilhete mensaleiro”. Você faz uma proposta séria para a população, teu opositor vem com essa resposta.
Em onze meses fizemos algo que eles imaginavam que levaríamos anos para fazer. E foram obrigados a reconhecer o mérito da proposta. Já está integrado. Hoje estamos oferecendo para a população mais do que foi prometido. Prometemos o bilhete para o ônibus porque, até pelos ataques, não tínhamos segurança de que haveria integração. Agora está integrado.
Rovai – A adesão ao Bilhete Único Mensal está baixa. Vai haver incentivo para a adesão dos empresários?
Já há. É que o empresário compra o vale-transporte no começo do mês. Como entrou em vigor agora, ele não sabe. Temos um tempo para aculturar o empresário a mudar para o Bilhete Único Mensal. O próprio trabalhador vai cobrar. Depois vamos fazer o bilhete semanal.
Paulo Henrique – O senhor concorda com a decisão do presidente da Câmara de não colocar em votação o aumento do IPTU?
Concordo. É correto. O que ele está dizendo é o seguinte: “Fizemos o nosso trabalho, aprovamos a lei de acordo com a legislação municipal, que determina a revisão da planta.” Agora é uma questão jurídica. Não é política.
Maretti – Não teria sido politicamente melhor que medidas como IPTU e corredores de ônibus fossem paulatinas?
Não. Uma mudança de paradigma, como no transporte público, tem de ser feita assim. Se vai fazendo metro a metro, vai gerando mais reticência do que falar que mudou. E deixar a sociedade nos próximos três anos, ou dez anos, não sei quanto vai levar, debater essa questão. O trânsito de São Paulo é caótico. A velocidade média do carro em São Paulo ainda é maior que a de Manhattan, que tem quatro vezes a extensão do metrô de São Paulo. Mesmo que fizesse dez quilômetros de metrô por ano, não daria conta da demanda. Em cidades com 300, 400 quilômetros de trilhos, continua o trânsito lento.
Rovai – O senhor não perdeu o momento, em junho, de conversar sobre transporte com a cidade?
Acho que aquele levante que aconteceu a partir daquela fatídica quinta-feira aconteceu por causa da extrema violência com que os manifestantes foram tratados (13 de junho). Não teve exatamente a ver com transporte público. Aquele levante que sacudiu o país tem a ver com violência policial. Isso ninguém me tira da cabeça. Inclusive o pêndulo, de quinta (13 de junho) para terça-feira (18), foi da completa violência à completa omissão. Na terça-feira não tinha segurança pública na cidade de São Paulo. Ao lado da prefeitura uma porção de lojistas foram saqueados. A versão fala mais do que o fato.
Começou esse movimento com o reajuste da tarifa. Eu abri as portas da prefeitura para recebê-los (MPL). Houve uma recusa ao diálogo. Eu e o Alckmin fomos defender a candidatura de São Paulo na Expo 2020. Quando eu estava em Paris chegou a solicitação de conversa comigo. Minha resposta foi de que marcaria a reunião assim que chegasse a São Paulo. Não falei não. Voltei e marquei o Conselho da Cidade. Não houve nunca indisposição da prefeitura ao diálogo. Para minha surpresa, em abril dei uma entrevista em que defendi a municipalização da Cide para baratear a tarifa, 60 dias antes. Para minha surpresa, na carta que o MPL envia a Dilma eles pedem a municipalização da Cide. Por que não fui procurado em abril para fazer um movimento pela municipalização da Cide?
Rovai – Por que o senhor foi anunciar com Alckmin no Palácio dos Bandeirantes a redução da tarifa?
Por uma questão de Estado. Eu e o governador recebemos um pedido do ministro da Fazenda. Reajustem em junho para não coincidir com outros reajustes. Estava uma pressão enorme sobre a inflação. Houve um pedido do Guido também para o Sérgio Cabral e para o Eduardo Paes, para adiar o aumento da tarifa. Depois, quando a confusão se estabeleceu, ficou um jogo, aqui e no palácio, de quem ia baixar primeiro e deixar o outro com a brocha na mão. Olha, nós entramos juntos nisso, vamos sair juntos. Fiz o correto para a cidade. Pensando em médio e longo prazo, não pensando em mim. A cidade não estava numa situação que permitisse um tipo de comportamento que colocasse as instituições em jogo.
Mas não era importante refutar a violência?
Coloque-se na situação de um prefeito que vê o prédio da prefeitura sem proteção da Polícia Militar. O sacrifício de um prefeito é tolerável, mas o sacrifício de uma cidade, da normalidade democrática, isso não é tolerável. Tinha gente até apostando em um golpe de Estado. Sou uma pessoa que tem convicções de esquerda e sou amante da liberdade a todo custo. Quando você vê que o edifício institucional está sofrendo fissuras que podem colocar a perder, e se há ruptura institucional, quem vai pagar é o pobre.
Rovai – Na questão da habitação existe um descontentamento entre movimentos que o apoiaram.
São muitos os movimentos de moradia. A maioria tem noção de que estamos fazendo um plano de moradia pra valer. Estamos mobilizando todos os recursos disponíveis. Os prédios do INSS desocupados, da União, estão vindo para a cidade. Tem Minha Casa, Minha Vida. Não acho que eles duvidem da boa fé do governo em buscar esse resultado. Agora, existem grupos que não têm o intuito do acordo. Primeiro, porque querem pautar a demanda. Não dá para ser assim. Forçar a fila. Tem uma fila, que a gente zela para ser respeitada, uma pressão enorme sobre ela. Imagine que os prédios da Caixa, a 60 dias de serem entregues, foram invadidos na zona leste. Como vai lidar com isso? Tem uma pessoa que ficou dois, três anos esperando o prédio ficar pronto. Isso não tem como resolver.
Prefeito, como o senhor avalia seu governo no final deste primeiro ano? O que pretende corrigir?
Estratégia de comunicação é uma coisa que a gente tem de repensar. Não tem dúvida disso. Mas o fenômeno na política é uma coisa que conta muito. E ele está pesando. As pessoas não vão para a essência do que está sendo feito. Ninguém sabe que São Paulo vai ter duas centrais de triagem e coleta seletiva em maio, que vai ter 120 praças com conexão sem fio até junho, que entregamos um hospital hoje e vamos entregar mais dois. E hoje recebemos a notícia de que o MEC vai financiar dez CEUs na cidade de São Paulo. As coisas vão acontecendo.
Para o PT sempre foi difícil se reeleger aqui. A cidade é difícil para nós. Mas a gente tem um plano consistente para chegar bem na reta final. Que é um ano atípico, é. Não dá para comparar com nenhum outro. As pessoas falam de um ano de lua-de-mel. Em março tive uma greve de professores. Não tinha nem tomado posse, praticamente. Uma greve que eu não sabia nem a motivação.
Maretti – As subprefeituras de Kassab eram dominadas por militares, e agora há técnicos. Mas agora a queixa é de que falta política e diálogo nas subprefeituras?
Falta. Mas é uma coisa deliberada. Logo no começo do governo falei que iria fazer em dois tempos a reforma nas subprefeituras. Primeiro vou desmilitarizar. Depois, com a eleição do Conselho Participativo, vou politizar, no bom sentido. Agora tenho pessoas eleitas pela comunidade que vão poder discutir conosco e com o subprefeito em outra base. Têm legitimidade maior. Não dava para migrar de um modelo para o outro. Meu medo era cair na velha discussão de loteamento das subprefeituras. Não tenho nenhuma intenção de lotear as subprefeituras. Preciso delas como apoio. Com a votação e a legitimidade dos conselhos podemos dar mais um passo. Já desmilitarizamos. Vamos tornar o poder civil de fato na subprefeitura.
Maretti – O senhor gosta de política, de fazer política?
O primeiro ano de governo é um ano de planejamento. Você não planeja quatro anos. Para dar certo uma cidade você precisa planejar dez, e executar em quatro aquilo que puder. Se não planejar o longo prazo, será mais um prefeito que passou pela cidade sem deixar marca. Vamos fazer o Plano Diretor, vamos repactuar dívida, vamos fazer muita coisa estrutural. Qual o resultado político disso? Essas conquistas virão. Não tenha dúvida.
Isso vai se traduzir em mudança, em transformação. Na Câmara aprovamos 41 projetos do Executivo. Não é nome de rua. É SPCine, Operação Urbana Água Branca, Lei de Incentivo da Zona Leste, VAI 2. Em todas as áreas da prefeitura apoiamos um projeto importante. E sem toma-lá-dá-cá. Isso é importante, minha relação com os vereadores é totalmente republicana. Quero corresponsabilização. Fiz um governo de coalizão.
Essa política da qual estamos falando eu gosto. Ela precisa ser resgatada. A política está muito, muito desgastada. A gente precisa recuperar o sentido disso. Abdicar da sua vida privada para cuidar disso precisa ter um sentido. Aposto nesse resgate. Abdiquei de coisas na vida para me dedicar a isso.

Rede Brasil Atual

Sindsef



http://www.sindsef-ro.org.br/

Sindsef participa do XI Congresso da Condsef em Beberibe


 
Com a participação de cerca de 150 delegados, o Sindicato dos Servidores Públicos de Rondônia (Sindsef), participa em Beberibe-CE do XI Congresso da Condsef que desde esta quarta-feira até domingo, 15, quase dois mil representantes da base da Confederação de todo o Brasil. A mesa de abertura contou com a presença de entidades e centrais sindicais como Andes, Sinpecpf, CSP-Conlutas e CUT, que compõem o fórum nacional em defesa dos servidores e serviços públicos. Todos destacaram a importância fundamental de construir a unidade que em 2012 foi responsável pela maior greve geral dos servidores federais dos últimos vinte anos. Para 2014 todos concordam que o reforço dessa unidade será essencial para enfrentar as políticas de governo omissas aos problemas que se acumulam no setor público.
Para o presidente do Sindsef, Daniel Pereira, “É preciso que os servidores de todo o país tenha a consciência da união para que possamos enfrentar o governo e forçá-lo a uma negociação mais justa que melhore a vida dos servidores”, frisou.
A abertura do XI Condsef ainda teve aprovação do Regimento Interno e eleição da Comissão Eleitoral. As atividades seguem hoje, 12, com a apresentação das teses inscritas para debate. O Congresso também terá uma mesa que vai reunir a subseção do Dieese na Condsef que vai abordar temas ligados ao orçamento da União e o setor público e uma palestra sobre auditoria cidadã da dívida pública. Estes painéis vão compor um debate sobre conjuntura e os desafios dos trabalhadores para o próximo período.
Delegados eleitos nas bases nos diversos municípios de Rondônia vão participar com poder de voto em vários grupos de estudos no Congresso para apontar o melhor caminho objetivando defender a categoria.
Os próximos dias ainda reservam debates setoriais em grupos de discussão e plenárias de departamento.

Condsef

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Maioria dos servidores do Dnit aceita acordo que garante 15,8% de reajuste e criação de GT para discutir reestruturação de carreiraPDFImprimirE-mail
A Condsef recebeu o resultado das assembleias realizadas em todo o Brasil com servidores do Dnit que aprovaram por maioria a assinatura de acordo que garante 15,8% de reajuste para a categoria. Em janeiro haverá 10,25% de reajuste e o restante será pago em janeiro de 2015. A entidade foi ao Ministério do Planejamento firmar o acordo que assegura ainda a criação de um grupo de trabalho (GT) que deve ser instalado dentro de 60 dias da assinatura do termo e que vai discutir a reestruturação da carreira e da PEC do Dnit, além de outros temas de interesse da categoria. Também pelo acordo está previsto que o GT terá um prazo máximo de 120 dias para conclusão dos debates do GT.
Os servidores do Dnit também estão mobilizados com os demais setores da base da Condsef e de outras 30 entidades que compõem o fórum nacional em defesa dos servidores e serviços públicos. Em janeiro começa a Campanha Salarial 2014 com atividades e mobilizações nos estados. Em fevereiro a expectativa é organizar uma grande marcha a Brasília para marcar a luta pelos eixos da campanha que mantém bandeiras consideradas fundamentais para avanços no setor público.
Em 2014 os servidores vão buscar a antecipação da parcela de reajuste prevista para 2015, baseado em estudos do Dieese que acompanham a evolução da inflação. Também estão entre as bandeiras: a luta por uma política salarial permanente; paridade entre ativos, aposentados e pensionistas; definição de data-base; regulamentação da negociação coletiva; diretrizes de plano de carreira; retirada de projetos no Congresso Nacional que prejudicam os trabalhadores públicos; além do cumprimento por parte do governo de acordos e protocolos de intenções firmados em processos de negociação.

Políticos faturam com terceirização

Políticos faturam com terceirizaçãoPDFImprimirE-mail
Correio Braziliense
Relações entre parlamentares e firmas contratadas para fornecer mão de obra e serviços a governos alimentam suspeitas sobre setor
Na guerra travada pelas empresas terceirizadas em busca de contratos com órgãos públicos, o alvo são os desembolsos milionários dos governos, que, até 9 de novembro deste ano, somaram R$ 588,212 milhões apenas para serviços de limpeza e conservação e de vigilância no Executivo Federal. Para adicionar ainda mais polêmica nas relações desse setor com o serviço público, chama a atenção o fato de políticos terem ligações com boa parte das firmas. Muitos parlamentares e seus familiares são donos de companhias, e bancadas em favor do lobby dessa categoria empresarial existem no Congresso Nacional e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
A família da deputada distrital Eliana Pedrosa (PPS), por exemplo, é proprietária da empresa Dinâmica, que já embolsou R$ 25,7 milhões nos 11 primeiros meses do ano em contratos com o governo federal. A deputada afirma que se afastou dos negócios desde que foi eleita, em 2002, e nega qualquer ação em benefício da firma. O também deputado distrital Cristiano Araújo (PTB) é sócio de várias empresas, entre elas a Vipasa, de vigilância. Sua assessoria alega que, atualmente, não há nenhum contrato em vigor com a administração pública.
Há firmas que fazem verdadeiras guerrilhas. Acertam combinações e fraudes que oneram o erário público, porque tiram das licitações o caráter concorrencial, que é a base do processo”
Melillo Dinis, especialista em direito público
Outro que tem relações com o setor é o deputado distrital Robério Negreiros Filho (PMDB). O pai dele, Robério Negreiros, é dono da Brasfort, que já faturou R$ 16,7 milhões em vários contratos com o Executivo federal. O parlamentar argumenta que foi apenas empregado da empresa, não possui qualquer vínculo com a companhia e atua como defensor dos diretos dos trabalhadores e pela transparência do setor.
O advogado Pierre Tramontini, da Tramontini Advocacia, alerta que não existe uma lei para regulamentar o lobby, somente propostas para evitar que tal situação fique obscura. Porém, a aprovação depende dos próprios parlamentares e muitos, obviamente, não têm interesse na aprovação dos projetos. “O que mais se vê em termos de irregularidades nas licitação são acordos entre partes distintas”, diz. Isso significa, segundo ele, que, muitas vezes, há conivência de gestores dos órgãos públicos. “A conduta das pessoas é que está errada, não a lei. Contudo, se um agente fere a moralidade, pode responder por improbidade administrativa, cuja punição é aplicação de multa, perda do cargo e suspensão de mandato por contrariar os princípios da administração pública”, esclarece.
Superfaturamento
Como a impunidade é recorrente no país, serve de combustível para as irregularidades em licitações, que abarrotam o Judiciário com suspeitas de contratos superfaturados e de formação de cartel. Com frequência assustadora, empresas fecham as portas e desaparecem, carregando com elas faturas pagas por ministérios, secretarias e autarquias. Foi o que fez, por exemplo, a Adminas, que, em agosto, deixou milhares de pessoas sem salário em seis órgãos federais. Os calotes oneram também os cofres públicos, já que, nesses casos, é responsabilidade dos contratantes honrar os compromissos com os funcionários terceirizados.
Especialistas alertam que a lei que regulamenta as licitações, a 8.666, é antiga, de 1993, e tem muitas brechas que permitem fraudes. Na avaliação do advogado Melillo Dinis, especialista em direito público, não há lei que impeça a corrupção. “A legislação é feita para evitá-la. O que falta aos órgãos públicos é, sobretudo, a capacidade de apurar informações precisas sobre as empresas que vão contratar. Há firmas que fazem verdadeiras guerrilhas. Acertam combinações e fraudes que oneram o erário público, porque tiram das licitações o caráter concorrencial, que é a base do processo”, avalia.
Sócio do escritório Souza, Cescon, Barrieu & Flesch, o advogado Roberto Lima diz que a lei prevê cerca de 30 hipóteses de dispensa e inexigibilidade de licitações, mas enumera, entre as brechas mais utilizadas para fraude, os contratos emergenciais, os convites e a prerrogativa de notória especialização do prestador de serviços. “Como a administração pública falha no seu planejamento, chega a situações de emergência, que também podem ser provocadas. É mais fácil impugnar a licitação e fazer um contrato emergencial”, explica. No caso do direito a fazer três convites, previsto em lei, o gestor pode estar alinhado com as empresas terceirizadas, fazer um acerto no qual a escolhida dê o menor lance e as outras duas, valores maiores.
A demora na fiscalização pelos tribunais de Contas da União, estados e DF é outro problema grave, ressalta Gildásio Pedrosa, especialista da firma Veloso de Melo Advogados. “Contra a má gestão e a desonestidade das pessoas não há quem possa. O que o país precisa é de um sistema de fiscalização eficiente e de punição eficaz”, sugere, ressaltando que os tribunais demoram para avaliar os contratos, e ainda priorizam os de maior valor, deixando os menores mais suscetíveis às irregularidades. “O Estado é inchado, não se consegue chegar a todos os órgãos. E ainda existe uma certa tolerância”, pondera.
Barrar a licitação através de representações nos tribunais também é uma forma de provocar contratos emergenciais e, assim, manter o serviço das empresas de um cartel. “De fato, a lei prevê uma série de amarras, mas o objetivo principal é resguardar o interesse público”, diz Roberto Lima, especialista na Lei de Licitações.
Um edital para contratar serviços de vigilância para todos os órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) descansa solene no Tribunal de Contas do DF (TCDF). Para o secretário-geral do Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (SINDESVDF), Moisés Alves da Consolação, não há motivo para o pregão não ter sido realizado, e todas as representações legítimas já foram feitas e atendidas pela Secretaria de Planejamento do DF. “Hoje, são quatro empresas atuando, enquanto existem 52 aptas a participar da concorrência. E o processo parou porque um cidadão pediu representação. Alguém está ganhando muito dinheiro para impedir a licitação”, suspeita. A assessoria do TCDF diz que “não pode informar as últimas decisões do processo, pois o plenário decidiu pela chancela de sigilo nos autos”.
Anticorrupção
Uma luz no fim do túnel é a chamada Lei Anticorrupção (12.846), que foi aprovada em agosto deste ano e deve entrar em vigor em fevereiro de 2014. Para o advogado Luciano Souza, associado-sênior do escritório Souza, Cescon, Barrieu & Flesch, a nova legislação tira o foco da pessoa física e coloca na jurídica, criando punições severas para as empresas. “As companhias serão multadas em até 20% do faturamento, perderão direitos e bens e poderão ter suas atividades suspensas”, enumera.
Na avaliação de Melillo Dinis, especialista em direito público, a nova legislação aglutina punições previstas nas leis de improbidade administrativa, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Código Civil. “Vai responsabilizar funcionários, donos e até mesmo laranjas dessas firmas, sem considerar se houve dolo ou culpa. Quem for sério vai ter que se adaptar à legislação. Quem não for, vai sofrer as sanções previstas. Quem acha que essa lei não será aplicada, está muito enganado. A pressão da sociedade é muito forte”, destaca.
Para o advogado Fábio Martins Di Jorge, do escritório Peixoto e Cury Advogados, se a nova lei não for processada rapidamente, também não vai adiantar muito.

ELEIÇÃO DA DIRETORIA TRIÊNIO 2014/2016 ENCERRA O XI CONGRESSO DA CONDSEF

ELEIÇÃO DA DIRETORIA TRIÊNIO 2014/2016 ENCERRA O XI CONGRESSO DA CONDSEF

Em 16/12/2013 às 10h09

Após os Delegados debaterem e discutirem intensamente a conjuntura nacional e internacional e as necessidades da categoria,  para a construção de um Plano de Lutas e a Pauta de Reivindicações da categoria e eleger a nova direção da Confederação dos Servidores Federais para o triênio 2014/2016, chegou ao fim o XI Congresso da Condsef.

“Essa é uma oportunidade dos trabalhadores no serviço público federal de planejar as ações e estratégias para o enfrentamento com o governo e assim conseguir o atendimento da pauta de reivindicações da categoria para 2014” explicou o vice-presidente do Sindsep/MA, Raimundo Soares.

Durante todo o sábado foram realizadas as plenárias por departamentos, onde foram debatidas as questões específicas que afligem cada setor dos federais para posteriormente serem incluídas nas Resoluções do XI Congresso da Condsef.

“É necessário que discutamos todos os problemas que afligem nossa categoria para que construamos um Plano de Lutas que realmente contemple o conjunto dos servidores”, disse Manoel Lages, diretor de Comunicação do Sindsep/MA.

Eleição da nova diretoria - Em mais uma demonstração de democracia, garra e compromisso, 1809 delegados foram as urnas para escolher a nova diretoria da Condsef para o triênio 2014/2016.

Após a defesa das teses, foram formadas três chapas que concorreram ao pleito.

A Chapa 1, composta pelos Independentes; Chapa 2, composta pelos integrantes do Psol e Chapa 3, composta pela articulação sindical.

A captação de votos aconteceu das 12 às 15 horas de domingo, logo após aconteceu a apuração dos votos e o anúncio do resultado. Com a maior quantidade de votos apurados, a Chapa 1 pôde indicar Sergio Ronaldo, de Brasília, para ser o novo Secretário Geral da Condsef.

Confira o resultado nominal:

Chapa 1-  1.093

Chapa 2-      121

Chapa 3-      593

Brancos-        02

Escrito por Ricardo Mílan

Servidores do Dnit assinam acordo e garantem reajuste


MPOG     -     17/12/2013


Brasília – O governo e os servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – Dnit – concluíram ontem as negociações e assinaram Termo de Acordo garantindo reajuste em duas parcelas, em janeiro de 2014 e em janeiro de 2005. O impacto na folha de pagamento dos servidores do DNIT será de 10,3% em 2014 e 5% em 2015.

Este é o quinto acordo salarial assinado este ano pela Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento com representantes sindicais das categorias que não haviam concluído as negociações em 2012. Os impactos nas folhas de pagamento dessas categorias foi o mesmo – de 15,8% – concedido no ano passado a 1,77 milhão de servidores, o equivalente a um percentual de 97,5% do total.

O acordo estabelece, além do percentual, a criação de grupo de trabalho, em 60 dias, para o desenvolvimento de estudos sobre a reestruturação das carreiras e do Plano Especial de Cargo, sem compromisso de impacto financeiro.

Negociação Permanente

Em 2013 foram realizados 153 reuniões da Mesa Nacional de Negociação Permanente – MNNP. Desse total, 63 foram com os grupos de trabalho criados por meio dos Termos de Acordo assinados em 2012.

O processo de negociação deste ano envolveu cerca de 30 mil servidores civis – ativos, aposentados e pensionistas – e 1.243 servidores anistiados demitidos no governo Collor,  resultando na assinatura de cinco Termos de Acordos.

As entidades sindicais representativas dos servidores públicos que assinaram acordo foram as seguintes: Sinagências (Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação); Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público); representantes dos Empregados Públicos Anistiados, servidores do DNPM; (Departamento Nacional de Produção Mineral) e do Dnit; além do SindPFA (Sindicato do Peritos Federais Agrários).

Relator quer vincular salários de seis carreiras ao teto do serviço público


BSPF     -     17/12/2013

Parecer, que pode ser votado na quarta-feira, inclui quatro carreiras em PEC que beneficia advogados públicos e procuradores estaduais.

O deputado Mauro Benevides (PMDB-CE), relator da comissão especial criada para analisar a proposta de emeda à Constituição (PEC) que vincula a remuneração dos advogados públicos ao teto do serviço público, vai propor a ampliação das categorias beneficiadas. A PEC 443/09 beneficia os integrantes das carreiras da Advocacia-Geral da União (AGU) e das procuradorias dos estados e do Distrito Federal, estabelecendo que seu maior salário será equivalente a 90,25% (R$ 25.323) do teto, que hoje é de R$ 28.059.

O relatório, cuja votação está marcada para esta quarta-feira (18), estende esse subteto para os defensores públicos, para os delegados da Polícia Civil dos estados, da Polícia Federal e para os procuradores municipais de capitais e de cidades com mais de 500 mil habitantes.

Segundo o relator, o trabalho dos integrantes dessas categorias se assemelha em grau de dificuldade, por isso a remuneração deve ser equivalente.

O texto de Benevides prevê um cronograma para implantação dos novos subsídios: até dois anos para a União e até três anos para estados, Distrito Federal e municípios. O relatório estabelece ainda que a diferença entre os níveis remuneratórios dos integrantes dessas carreiras não poderá ser superior a 10% nem inferior a 5%.

Se for aprovada na comissão especial, a proposta seguirá para o Plenário, onde precisará ser votada em dois turnos. A reunião da comissão está marcada para as 14h30, no Plenário 14.

Fonte: Agência Câmara Notícias

Procuradoria comprova regularidade de teste físico e assegura seleção para policial rodoviário federal

Procuradoria comprova regularidade de teste físico e assegura seleção para policial rodoviário federal


AGU     -     17/12/2013

Atuação da Advocacia-Geral da União (AGU) manteve, na Justiça Federal, o andamento normal do concurso para o cargo de policial do Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF). A forma como foi realizado o teste de impulsão horizontal foi questionada pelo Ministério Público Federal (MPF), que não conseguiu comprovar a irregularidade do procedimento.

O MPF ajuizou ação para que o organizador do concurso, o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), repetisse o exame aos candidatos reprovados nesta fase em piso adequado. Alegou que a aplicação do teste de impulsão horizontal em caixa de areia ocasionou o desequilíbrio e consequente queda de diversos candidatos que tinham se preparado para a prova em superfície rígida, conforme o edital.

Em defesa da legitimidade do exame realizado, a Procuradoria da União no estado de Goiás (PU/GO) rebateu os argumentos do MPF explicando que apenas a aterrisagem dos candidatos ocorreu em caixa de areia. Segundo a unidade, o pouso na área desse tipo de teste é recomendável, pois possibilita a marcação da distância alcançada pelos candidatos e também diminui o risco de lesão, já que amortece o impacto decorrente da queda.

Conforme informações prestadas pela Advocacia-Geral, o teste físico questionado foi realizado em todas as unidades da Federação em uma base construída de concreto fixada no solo, medindo aproximadamente 1 metro quadrado, que serviu de ponto de apoio para a impulsão do candidato.

A PU/GO também argumentou que ao possibilitar aos candidatos a realização de novo teste de impulso horizontal, o Judiciário poderia atentar contra o princípio da isonomia, por conceder nova oportunidade para aos reprovados.

A ação foi analisada pela 6ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiás, que acatou os argumentos da PU/GO e não autorizou a realização de novo teste de impulsão horizontal. O entendimento do juízo era de que a Ação Civil Pública do MPF não demonstrou prejuízos aos candidatos reprovados no teste, uma vez que o salto na caixa de areia deixam marcas mais definidas, tornando objetiva a medição. "Se o objetivo era auferir a impulsão horizontal, partindo o candidato de uma posição inicial `em pé, estático, pés paralelos`, as condições para o salto com a finalidade descrita foram atendidas", registrou a decisão.

Comissão aprova reajuste para servidor público de várias áreas


Jornal da Câmara     -     17/12/2013


A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou o Projeto de Lei 6245/13, do Executivo, que reajusta a remuneração de diversas categorias do serviço público federal. Para os servidores do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), por exemplo, tanto a tabela de vencimentos básicos quanto a gratificação de desempenho serão corrigidas em 10,25% para no ano que vem, e em 5% para 2015.

Para o relator, deputado Roberto Santiago (PSD-SP), a proposta "é de grande valia e relevância, pois faz justiça aos profissionais de todas as carreiras alcançadas". Ainda conforme Santiago, muitas dessas categorias não contam com reajustes há anos e "precisam dessa valoração".

Os servidores exonerados, demitidos ou dispensados do serviço por motivação política durante o governo do ex-presidente Collor de Mello (entre março de 1990 e setembro de 1992) e reintegrados ao trabalho receberão o mesmo índice de correção concedido ao DNPM - 10,25% a partir de janeiro de 2014, e 5% a partir da mesma data do ano seguinte.

HFA - Técnicos de nível intermediário e auxiliar das áreas de saúde e administrativa do Hospital das Forças Armadas também recebem correção dos salários. Segundo a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a alteração tem por objetivo igualar o vencimento desses profissionais aos recebidos pelos servidores do Plano Geral do Executivo.

Funai - O texto também traz uma correção da tabela com os valores da gratificação de desempenho dos servidores de nível auxiliar, classe especial, da Fundação Nacional do Índio (Funai). Pela justificativa do Executivo, a Lei 11.907/09, que reestruturou as carreiras do órgão, trouxe quantitativos errados para a categoria.

Exames - O projeto ainda autoriza a União, assim como suas autarquias e fundações, a celebrar convênio com operadoras de plano de assistência à saúde, na modalidade de autogestão, para a realização dos exames médicos periódicos dos servidores federais. Esses exames periódicos são exigidos pela Lei 8.112/90, que não menciona essa possibilidade.

Tramitação - Com trâmite em regime de prioridade e caráter conclusivo, o texto segue para as comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Greve vai parar até 60% do serviço



STEPHANIE TONDO
O DIA     -     17/12/2013

Regra faz parte do novo projeto do senador Romero Jucá , do PMDB-RR, que vai entrar em votação amanhã

Rio - Em caso de greve, até 60% dos servidores devem continuar trabalhando. A regra faz parte do novo projeto do senador Romero Jucá (foto), do PMDB-RR, que vai entrar em votação amanhã. Após negociações com representantes das centrais sindicais, o autor do texto aceitou fazer mudanças na proposta.

Entre as sugestões que já foram acolhidas está a redução de 80% para 60% do percentual mínimo de funcionamento dos serviços considerados essenciais durante as paralisações. Fazem parte desse grupo as emergências de hospitais, abastecimento de água e energia, coleta de lixo, defesa civil e controle de tráfego aéreo.

Já as demais categorias devem ter 40% da prestação do serviço preservado durante a greve. No projeto original do senador, esse percentual era de 50%.

Outra mudança importante se refere ao intervalo mínimo entre o comunicado de greve e a sua deflagração, que passou de 15 para 10 dias. O tempo para formalizar a paralisação pedido pelos sindicatos era de 72 horas, mas o senador não cedeu para evitar transtornos à população.

No caso de paralisação de policiais, o texto passou a liberar o porte de armas no trajeto entre o local de manifestação e a casa do agente. Nunca durante os atos. Jucá se reúne hoje novamente com as centrais para a rodada final de negociações e ajustes.

Pressa em aprovar

Secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público (Condsef), Josemilton Costa afirma que o senador quer aprovar o projeto às pressas, sem discutir com os trabalhadores. “Passaram 25 anos e o governo não regulamentou o direito de greve do servidor. Agora quer aprovar da noite para o dia. A ideia é limitar as greves no ano que vem, quando teremos eleições e Copa do Mundo”, critica.

Política pública perde milhões para plano de saúde do STJ



Vinícius Sassine
O Globo      -      17/12/2013


Senador retirou verba de quatro programas, incluindo a defensoria 

Um rearranjo na proposta do orçamento da União para 2014 retirou R$ 22,5 milhões destinados a infraestrutura, assistência jurídica ao cidadão, atendimento a crianças e apoio a mulheres em situação de violência para turbinar os repasses à assistência médica e odontológica dos servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A retirada do dinheiro para as políticas públicas — historicamente, com uma baixa previsão orçamentária — foi feita pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e confirmada em seu relatório, na última quinta-feira, 12.

Na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, Ferraço é o relator setorial que cuida das previsões de recursos para os tribunais superiores, como o STJ. A mudança no destino dos R$ 22,5 milhões foi decidida por meio de um adendo, elaborado após a fase das emendas. O Orçamento deve ser aprovado hoje.

Para turbinar o plano de saúde dos servidores do STJ, que já contava com R$ 38,9 milhões, previstos na proposta original, o senador retirou dinheiro de basicamente quatro programas.

AO TODO, R$ 27,5 MILHÕES A MENOS

A Defensoria Pública da União ficou sem R$ 10 milhões para investir em assistência jurídica ao cidadão. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, por sua vez, perdeu R$ 4,5 milhões que seriam usados na construção, reforma e ampliação de unidades de atendimento especializado a crianças e adolescentes. E a Secretaria de Políticas para as Mulheres, também vinculada à Presidência, ficou sem R$ 3 milhões para atendimento a mulheres em situação de violência.

Já a participação da União na implantação de um terminal de granéis líquidos no Espírito Santo perdeu R$ 10 milhões.

As perdas somam R$ 27,5 milhões. Desse montante, R$ 22,5 milhões foram direcionados para assistência em saúde dos servidores do STJ. O pedido para turbinar os repasses partiu de uma emenda apresentada pelo senador Eunício de Oliveira (PMDB-CE) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com um valor previsto de R$ 25,5 milhões.

Inicialmente, Ferraço aceitou acrescentar R$ 3 milhões. Depois, ele conta ter recebido uma ligação do ministro Francisco Falcão com pedido por mais recursos para assistência médica dos servidores. Falcão é ministro do STJ e também corregedor nacional de Justiça.

— Recebi um telefonema do ministro Falcão, que não conheço pessoalmente. Ele se mostrou preocupado com o plano de saúde dos funcionários do STJ e disse que, por não ser beneficiário do plano, se sentia à vontade para fazer o pedido. Diante do comprometimento do plano, mudei de ideia e incluí os novos valores — afirma Ferraço.

Reportagem do GLOBO publicada ontem revelou que a o Supremo Tribunal Federal (STF) infla a quantidade de beneficiários do plano de saúde do órgão — o STF-Med — para receber um maior aporte de recursos da União. Nos últimos quatro anos, o STF informou à Secretaria de Orçamento Federal, vinculada ao Ministério do Planejamento, a existência de até 6,7 mil titulares, dependentes e agregados do plano. São, na verdade, 4,2 mil.

O número só foi corrigido para o Orçamento de 2014, mas, ainda assim, um acordo entre STF e SOF garantiu a mesma previsão de recursos para assistência médica: R$ 14,5 milhões.

No caso do STJ, a última prestação de contas disponível, referente aos gastos de 2012, aponta uma diferença menor — proporcionalmente — entre a quantidade de beneficiários prevista e a efetivamente beneficiada com repasses da União. No ano passado, estava previsto o atendimento a 11,4 mil servidores e dependentes. A execução ficou em 10,3 mil.

O STJ afirmou ao GLOBO, por meio da assessoria de imprensa, que não fez "ingerência" no trâmite do Orçamento da União no Congresso nem fez qualquer "acordo" com o Senado. "Todos os destaques ao Orçamento foram rejeitados, recompondo, na prática, a proposta originária da comissão", disse a assessoria. Ainda conforme o STJ, a destinação de dinheiro para assistência médica em 2013 foi o dobro do que está previsto para 2014.

O tribunal sustentou ainda que a meta física de beneficiários do plano de saúde se manteve bem próxima do que foi atendido ao longo deste ano. "A meta de 2013 para a ação prevê 11.435 beneficiários, estando em novembro com 11.124. A diferença decorre de vacâncias, variação no crescimento vegetativo e alteração da condição de dependentes (maioridade, óbitos, etc)".