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OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

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A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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terça-feira, 7 de junho de 2016

PLANOS ECONÔMICOS. INCORPORAÇÃO. DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO. DESCUMPRIMENTO. INSTAURAÇÃO DE NOVA AÇÃO. A incorporação de reajustes decorrentes do plano econômico Verão

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 14ª REGIÃO PROCESSO: 0000415-22.2015.5.14.0008 CLASSE: RECURSO ORDINÁRIO ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA ORIGEM: 3ª VARA DO TRABALHO DE PORTO VELHO - RO 1ª RECORRENTE: UNIÃO PROCURADORES: MAURÍCIO MACAGNAN DA SILVA E OUTROS 2º RECORRENTE: SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DO ESTADO DE RONDÔNIA - SINDSEF ADVOGADOS: KAROLINE COSTA MONTEIRO E OUTROS 3ª RECORRENTE: FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASA PROCURADORES: BRUNA SARTURI AQUINO E OUTROS 1º RECORRIDO: SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DO ESTADO DE RONDÔNIA - SINDSEF ADVOGADOS: KAROLINE COSTA MONTEIRO E OUTROS 2ª RECORRIDA: UNIÃO PROCURADORES: JORGE DE SOUZA E OUTROS 3ª RECORRIDA: FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASA PROCURADORES: BRUNA SARTURI AQUINO E OUTROS RELATOR: DESEMBARGADOR CARLOS AUGUSTO GOMES LÔBO


RECURSOS OBREIRO. DUPLA INSURGÊNCIA. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA UNIRRECORRIBILIDADE. PRECLUSÃO CONSUMATIVA DO ATO. NÃO CONHECIMENTO. Tendo as reclamadas/recorrentes apresentado recursos ordinários contra a sentença, não pode o reclamante/recorrido, ao contra-arrazoar os apelos patronais, interpor recurso adesivo, mesmo que a sentença lhe seja favorável, pelo simples fato de que caberia a este, no momento da interposição do recurso ordinário obreiro, esgotar todas as insurgências relacionadas às suas pretensões, já que essa duplicidade de irresignações viola o princípio da unirrecorribilidade recursal. Destarte, não se conhece do recurso adesivo obreiro por preclusão consumativa do ato.

TRANSMUDAÇÃO DO REGIME JURÍDICO DE CELETISTA PARA ESTATUTÁRIO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO EM RELAÇÃO AO PERÍODO EM QUE O CONTRATO DE TRABALHO FOI REGIDO PELA CLT. INTELIGÊNCIA DA OJ N. 138 DA SBDI-I Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 1 DO TST. Consoante jurisprudência pacífica do TST, uniformizada pela SBDI-1, mediante a edição da Orientação Jurisprudencial n. 138, ainda que haja transmudação do regime jurídico de celetista para o estatutário, subsiste a competência da Justiça do Trabalho para apreciar demanda envolvendo servidor contratado sob o regime celetista, sendo tal competência restrita ao período em que o pacto laboral foi regido pela CLT. No caso concreto, a pretensão do autor dirige-se ao cumprimento de decisão judicial que condenou as reclamadas à incorporação de percentuais nos vencimentos dos substituídos referentes a planos econômicos do período em que eram regidos pela CLT. Dessa forma, é competente esta Especializada.

PLANOS ECONÔMICOS. INCORPORAÇÃO. DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO. DESCUMPRIMENTO. INSTAURAÇÃO DE NOVA AÇÃO. A incorporação de reajustes decorrentes do plano econômico Verão, reconhecida por decisão judicial transitada em julgado, não pode, por essa razão, ser descumprida pela Administração, ainda que mediante a implantação de novo regime remuneratório ou reestruturação de cargos e salários, em respeito à soberania da coisa julgada, ao Pacto Federativo e à autonomia dos Poderes.

1 RELATÓRIO Trata-se de recursos ordinários interpostos pela UNIÃO (id 6342a42), pelo SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DO ESTADO DE RONDÔNIA - SINDSEF/RO (id 830d214) e pela FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASA (id 08e45ef) e, adesivamente, pelo reclamante (id 3bb451d), todos em face da r. sentença proferida pelo Juízo da 3ª Vara do Trabalho de Porto Velho (id 4a2b5d7), a qual, ao passo em que indeferiu o pedido de antecipação de tutela e rejeitou a preliminar de incompetência absoluta da Justiça do Trabalho, acolheu, em parte, as pretensões do substituto, ora segundo recorrente, reconhecendo a ofensa à coisa julgada e, em consequência, condenou as rés ao cumprimento da obrigação de reincorporar os reajustes salariais de 26,05% nos vencimentos dos substituídos neste processo (Ids 17ceec5, 379e720, 584e604 e dd88e38), que também são os interessados no processo n. 807.1991.003.14.00-0. Condenou as reclamadas, outrossim, em honorários de sucumbência, no importe de 15%, a serem apurados em liquidação de sentença. A insurgência da UNIÃO refere-se a todo o teor da condenação. Suscita as preliminares de inadequação da via eleita e de incompetência material desta Justiça Especializada. No mérito, pugna pela improcedência do pedido e exclusão da condenação em honorários advocatícios. Acrescenta não ter havido supressão dos percentuais determinados por decisão judicial transitada em julgado, mas, tão Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 2 somente, reestruturação da carreira que absorveu todos os planos econômicos, nos termos da Lei n. 11.358/2006. Por fim, aduz que o estabelecimento de nova política remuneratória aos substituídos não implica em descumprimento à decisão judicial, mesmo porque os sucessivos reajustes e reestruturações das carreiras proporcionaram aumentos substanciais acima do índice inflacionário oficial, com recuperação do poder aquisitivo dos trabalhadores. Prequestiona vários dispositivos legais. O SINDSEF, por seu turno, volta-se contra o indeferimento do pedido de tutela antecipada para que as recorridas calculem o índice de 26,05% sobre a integralidade da remuneração dos substituídos, sob pena de multa diária pelo descumprimento, a ser fixada. Pleiteia, subsidiariamente, caso a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional seja concedida após o fechamento da folha de pagamento, que sejam então, adotadas as providências necessárias, suficientes e urgentes para reverter, mediante a edição de folha suplementar A FUNASA, em seu apelo, suscita as preliminares de inadequação da via eleita e de incompetência material desta Justiça Especializada. Busca a reforma da r. sentença para que os valores pagos aos substituídos a título de reposição de perdas inflacionárias sejam absorvidos pelos reajustes remuneratórios subsequentes ao seu deferimento. Em recurso adesivo, o SINDSEF pleiteia a reforma da sentença para que os honorários das parcelas vencidas tenham como incidência o valor da condenação e não da propositura da ação Contrarrazões pelo SINDSEF (Id 50381) e pela UNIÃO (Id 116c89e), ambos pugnando pelo improvimento do apelo adverso. O Ministério Público do Trabalho, oficia pelo conhecimento dos recursos interpostos pelas partes; bem como pelo não provimento do recurso interposto pelo autor e provimento dos recursos interpostos pela UNIÃO e pela FUNASA, para reformar a sentença, julgando improcedentes os pedidos formulados (Id b7761f0). 2 FUNDAMENTOS 2.1 Admissibilidade Conheço dos recursos ordinários da UNIÃO, do SINDSEF e da FUNASA, porquanto evidenciados os pressupostos intrínsecos e extrínsecos dos apelos. Outrossim, conheço das contrarrazões apresentadas pelo SINDSEF e pela UNIÃO, eis que tempestivas e regulares. De ofício, não conheço do recurso adesivo do reclamante (Id 3bb451d), pela preclusão consumativa, além de afronta ao princípio da unirrecorribilidade recursal, pois cabia ao recorrente, quando da interposição de seu apelo principal, apresentar insurgência contra todas as matérias que entendesse pertinentes em sede de recurso ordinário. Assim, não conheço do recurso adesivo, por aplicação da preclusão consumativa, além de afronta ao princípio da unirrecorribilidade recursal. 2.2 Das preliminares 2.2.1 Da inadequação da via eleita Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 3 A UNIÃO e a FUNASA suscitam a preliminar em tela, argumentando que já existe processo de execução sobre o caso, pelo que entendem desnecessário o ajuizamento de nova ação para atribuir efeitos a título executivo judicial. Mencionam os arts. 876 e 877 da CLT, bem como os arts. 475-I e 475-P, do CPC, negados pela admissão da ação autônoma no presente caso. Pugnam pela extinção do processo sem julgamento do mérito, por ausência de interesse processual e impossibilidade de constituição e desenvolvimento regular. Sem razão. Conquanto haja ação autônoma na fase executória, a medida adotada pelo reclamante tem como objetivo imprimir celeridade e eficácia na tutela jurisdicional, há muito reconhecida, e que, de forma repentina, tornou-se ameaçada pela atitude reprovável das rés. Portanto, na hipótese, o desmembramento da reclamação trabalhista não fragiliza o sincretismo processual, como querem fazer crer as rés. Trata-se, na verdade, de medida adotada com o objetivo de evitar o descumprimento dos efeitos da coisa julgada material, por parte das rés. Rejeito. 2.2.2 Da incompetência absoluta da Justiça do Trabalho Reiteram a UNIÃO e a FUNASA a preliminar de incompetência absoluta da Justiça do Trabalho, suscitada em sede de contestação, sustentando, em síntese, ser patente a qualidade estatutária dos substituídos do SINDSEF, porquanto com entrada em vigor da Lei n. 8.112/90, findou-se a relação empregatícia, iniciando novo regime jurídico, qual seja, o estatutário. Sem razão. Resta sedimentado o entendimento, em doutrina e jurisprudência trabalhista, de que, nos casos em que há transmudação de regime, do celetista para o estatutário, a competência desta Especializada permanece quanto aos pleitos decorrentes do contrato de trabalho regido pela CLT. Essa é a jurisprudência uniformizada pela SBDI-I do C. TST, por intermédio da Orientação Jurisprudencial n. 138, "in verbis": Competência residual. Regime jurídico único. Limitação da execução. (nova redação em decorrência da incorporação da Orientação Jurisprudencial n. 249 da SDI-1, DJ 20.4.05). Compete à Justiça do Trabalho julgar pedidos de direitos e vantagens previstos na legislação trabalhista referente a período anterior à Lei n. 8.112/90, mesmo que a ação tenha sido ajuizada após a edição da referida lei. A superveniência de regime estatutário em substituição ao celetista, mesmo após a sentença, limita a execução ao período celetista. (1ª parte - ex-OJ n. 138 da SDI-1 - inserida em 27.11.98; 2ª parte - ex-OJ n. 249 - inserida em 13.3.02) Desse modo, de acordo com jurisprudência pacífica da mais alta Corte Trabalhista, subsiste a competência da Justiça do Trabalho para apreciar o pleito dos substituídos em reclamação trabalhista, porquanto os direitos pretendidos foram adquiridos no período em que os contratos de trabalho dos réus eram regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho. Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 4 Para ilustrar o entendimento remansoso do C. TST nesse sentido, trago à baila alguns julgados ementados daquela Corte:

RECURSO DE REVISTA. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA. SUPERVENIÊNCIA DE REGIME ESTATUTÁRIO EM SUBSTITUIÇÃO AO CELETISTA. De acordo com o Regional, o Município apenas comprovou a publicação da lei instituidora do regime jurídico único estatutário de seus servidores em 26/4/2007, registrando que antes desse período era aplicado o regime celetista. Dessa forma, constata-se que a relação jurídica que ensejou o ajuizamento da presente ação foi uma relação de trabalho regida pela CLT, sendo, portanto, da justiça do trabalho a competência para dirimir a presente controvérsia entre o Município e a reclamante referente ao período anterior a edição da lei instituidora do Regime Jurídico Único. Recurso de revista não conhecido. (...) (Processo: RR - 25400-70.2009.5.21.0008; data de julgamento: 25-8-2010; Relator Ministro: Flávio Portinho Sirangelo; 7ª Turma; data de divulgação: DEJT 3-9-2010 - grifei); RECURSO DE REVISTA. COMPETÊNCIA RESIDUAL - LIMITAÇÃO DA EXECUÇÃO - SUPERVENIÊNCIA DE REGIME ESTATUTÁRIO EM SUBSTITUIÇÃO AO CELETISTA. De acordo com a Orientação Jurisprudencial nº 138 da SBDI-1 desta Corte, -Compete à Justiça do Trabalho julgar pedidos de direitos e vantagens previstos na legislação trabalhista referente a período anterior à Lei n.º 8.112/90, mesmo que a ação tenha sido ajuizada após a edição da referida lei. A superveniência de regime estatutário em substituição ao celetista, mesmo após a sentença, limita a execução ao período celetista. (1ª parte - ex-OJ n.º 138 da SDI-1 - inserida em 27.11.98; 2ª parte - ex-OJ n.º 249 - inserida em 13.03.02)-. Recurso de revista conhecido e provido. (Processo: RR - 64900-91.2007.5.21.0921; data de julgamento: 25-8-2010; Relator Ministro: Renato de Lacerda Paiva; 2ª Turma; data de divulgação: DEJT 3-9-2010); RECURSO DE REVISTA. TRANSMUDAÇÃO DE REGIME. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO (alegação de violação do artigo 37, II, da Constituição da República e divergência jurisprudencial). A exigência de aprovação em concurso para efetivação em cargo público está inserta nos artigos 37, inciso II, da Constituição Federal e 19, §1º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que deixa claro que a efetivação de servidor, ainda que estável em cargo público, não se dá automaticamente, mesmo que se adote o regime jurídico único, sendo imprescindível à submissão e aprovação em concurso público. No caso, tendo a reclamante sido admitida pelo Município-reclamado em data anterior a promulgação da atual Constituição Federal e, não tendo sido previamente aprovada em concurso público, não poderá, sob pena de afronta do artigo 37, inciso II, da Constituição Federal, ter modificado o regime jurídico da relação de emprego. Neste passo, em face da contratação da reclamante pelo Município-reclamado ter se dado em data anterior à vigência da regra proibitiva do artigo 37, inciso II, da Constituição Federal de 1988, de acordo com o entendimento do Pretório Excelso e desta Colenda Corte Superior, não se pode falar em aquisição automática do "status" de servidor estatutário, pelo que, no caso, a competência para julgar a presente lide é, de fato, da Justiça do Trabalho, a teor do artigo 114 da CF/88. Recurso de revista conhecido e provido. (Processo: RR - 3900-17.2001.5.19.0999; data de julgamento: 24-9-2008; Relator Ministro: Renato de Lacerda Paiva; 2ª Turma; data de divulgação: DEJT 13-10-2008);

 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. MUDANÇA DE REGIME JURÍDICO DE TRABALHO. A transposição de regime jurídico de trabalho, de celetista para estatutário, limita a competência da Justiça do Trabalho para julgar estritamente os pedidos relativos ao período em que o empregado era regido pela CLT. Inteligência da Orientação Jurisprudencial 138 da SBDI-1. Incidência da orientação expressa na Súmula 333 desta Corte. (...) (Processo: RR - 406300-59.2001.5.09.0661; data de julgamento: 4-6-2008; Relator Ministro: João Batista Brito Pereira; 5ª Turma; data de publicação:
DJ 20-6-2008); COMPETÊNCIA MATERIAL. JUSTIÇA DO TRABALHO. SERVIDOR PÚBLICO. LIMITAÇÃO. PRESTAÇÕES VINCENDAS. DESVIO DE FUNÇÃO. 1. Hipótese em que se postulam diferenças salariais de desvio de função na Justiça do Trabalho, parcelas vencidas e vincendas, sobrevindo a alteração do regime jurídico dos servidores públicos federais (Lei 8.112/90). 2. Limitação da competência material residual da Justiça do Trabalho para solver os litígios do servidor frente à Administração Pública, enquanto ostenta a qualidade de empregado, isto é, referentes a vantagens estritamente do período celetista. Incidência do art. 114 da Carta Magna Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 5 de 1988, bem assim dos arts. 462 e 87 do CPC. 3. Recurso conhecido e desprovido. (Processo: RR - 384991-56.1997.5.10.5555 data de julgamento: 5-5-1999; Relator Ministro: João Orestes Dalazen; 1ª Turma; data de publicação: DJ 27-8-1999). No caso em análise, a pretensão da entidade sindical substituta dirige-se ao cumprimento de decisão judicial, que condenou as reclamadas à incorporação de percentuais nos vencimentos dos substituídos referentes a plano econômico (Verão) do período em que eram regidos pela CLT. Dessa forma, é competente esta Especializada. Por outro lado, é de se ver que, na hipótese do presente feito, não há mais falar em incompetência da Justiça do Trabalho para execução de parcelas devidas após a implantação do regime jurídico único (Lei n. 8.112/90), porquanto a matéria foi agitada e decidida, expressamente, no processo de conhecimento. Com efeito, a questão relativa à incompetência da Justiça do Trabalho para apreciação do feito, após a edição da Lei n. 8.112/90, foi expressamente rechaçada na sentença (Id 4a2b5d7) Destarte, como a matéria foi, expressamente, tratada na decisão exequenda, só por via de ação rescisória a mesma poderia ser alterada, já que transitou em julgado. Neste sentido, o entendimento do TST: RECURSO -EX OFFICIO- E RECURSO ORDINÁRIO EM AÇÃO RESCISÓRIA. ART. 471, I, DO CPC.
AÇÃO REVISIONAL. DESCABIMENTO. CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE DIFERENÇAS SALARIAIS RELATIVAS AO DENOMINADO PLANO -COLLOR-. EXPRESSA REJEIÇÃO, NA EXECUÇÃO TRABALHISTA, DA LIMITAÇÃO À DATA-BASE OU À TRANSMUDAÇÃO DE REGIME.
1. A condenação ao pagamento de diferenças de salário -stricto sensu- não se funda em relação jurídica continuativa para o efeito sob foco. 2. Relação jurídica continuativa é aquela que não se esgota com a prolação da sentença, mas prossegue, podendo variar quanto aos seus pressupostos de qualidade e quantidade. Exemplos clássicos são as ações de alimentos e aquelas em que se estabelece obrigação indenizatória de trato sucessivo. No processo do trabalho, as sentenças condenatórias ao pagamento dos adicionais de insalubridade e periculosidade: a condenação somente se justifica enquanto perdurar determinada condição. Havendo modificação de circunstância de fato, também resta alterado o direito anteriormente garantido. 3. Posto isto, a questão debatida nestes autos, definitivamente, refoge do âmbito de aplicabilidade do inciso I do art. 471 do CPC, recaindo a pretensão revisional em sentença condenatória da FUNASA, que reconheceu aos substituídos o direito à incidência, nos respectivos salários, do percentual relativo ao IPC de março de 1990, por força de lei negada a limitação das parcelas à data-base ou à mudança de regime jurídico. 4. Somente por ação rescisória e se demonstrado um dos requisitos do art. 485 do CPC, poderia a FUNASA desconstituir o acórdão em que condenada ao pagamento das diferenças salariais. Recursos -ex officio- e ordinário conhecidos e desprovidos. (Processo: RXOF e ROAR - 274100-49.2008.5.14.0000 Data de Julgamento: 1º-3-2011, Relator Ministro: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, Subseção II Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 18-3-2011.); Colho do voto do eminente relator: Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 6 No processo matriz, reclamação trabalhista nº 475-1991-002-14-00-6, a questão relativa à limitação da competência da Justiça do Trabalho em face da transmudação do regime jurídico, foi amplamente debatida, como se constata na leitura da decisão proferida no julgamento do agravo de petição interposto pela Reclamada, nos seguintes termos (fls. 217/218): "-PRELIMINAR DE LIMITAÇÃO DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO E DOS EFEITOS DA EXECUÇÃO AO PERÍODO ANTERIOR À VIGÊNCIA DA LEI Nº 8.112 DE DEZEMBRO DE 1990. Sustenta a agravante que a Justiça do Trabalho é incompetente para executar seus julgados a partir de dezembro de 1990, eis que seus servidores são estatuários, e portanto, regidos pela Lei 8.112/90. Sem razão a agravante. É pacífico o posicionamento adotado, no sentido de que a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar reclamatória trabalhista de servidores públicos, relativas as vantagens advindas, anteriores a constituição do Regime Jurídico Único, com base no art. 114, da Constituição Federal/88. Sobre a matéria, o Min. Maurício Correa, Ac. 2ª Turma do STF, no RE 143.587-3 SP, fez publicar a seguinte redação: 'Em se tratando de causas ajuizadas por servidor público postulando o reconhecimento de direito oriundos de contrato individual de trabalho, em momento anterior à Lei 8.112/90, subsiste a plena competência da Justiça do Trabalho-. Ademais, a sentença de mérito foi omissa quanto a perseguida limitação, motivo pelo qual nesta fase que se encontra o feito, ou seja, executiva, é impossível aplicar a tese, até em respeito à coisa julgada material. Dessa forma, não merece (sic) respaldo as insurgências da agravante, razão pela qual rejeito." O sucessivo recurso de revista interposto, renovando a limitação da competência desta Justiça Especializada (fls. 229/233), foi admitido em face de possível violação às regras dos arts. 109, I e 114 da Carta Magna (fls. 236/239). Esta Corte, no exame do recurso de revista, dele não conheceu, com base no § 2º do art. 896 da CLT e na Súmula 266/TST, uma vez que não indicada qualquer ofensa constitucional quanto ao tema ora debatido (fls. 244/246). Neste contexto, a decisão proferida no julgamento do agravo de petição, afirmando a competência desta Justiça Especializada, transitou em julgado, tornando-se imutável e indiscutível. Assim, somente por meio do manejo de ação rescisória seria possível desconstituir aquele julgado. No mesmo sentido: PROCESSO DE EXECUÇÃO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. LEI 8.112/90 Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 7 A Corte Regional consignou expressamente, que não era possível acolher a preliminar de incompetência absoluta suscitada pelo parquet, afastando, assim, qualquer limitação temporal à condenação, porque e esta reclamação foi ajuizada posteriormente ao advento jurídico único da União e que essa matéria já havia sido julgada em sede de processo de conhecimento, não podendo, portanto, ser rediscutida em sede de processo de execução. Nesse contexto, não se pode concluir que o posicionamento adotado pela decisão proferida no agravo de petição tenha incorrido em afronta ao artigo 114 da Constituição Federal. Recurso de revista não conhecido. ADIANTAMENTO DO PCCS. DIFERENÇAS OUTUBRO 1987 A NOVEMBRO/1988. RECURSO DESFUNDAMENTADO. A reclamada, nas razões do recurso de revista, se limita a alegar que o acórdão recorrido deve ser reformado, porque vai além dos limites da coisa julgada material. Todavia, não se pode prosperar o recurso no particular, porque manifestamente desfundamentado, nos exatos termos do artigo 896, § 2º, da CLT, na medida em que a reclamada não indica violação de preceito da Constituição da República. Recurso de revista não conhecido. LMITAÇÃO TEMPORAL DA CONDENAÇÃO. REGIME JURÍDICO ÚNICO. COISA JULGADA A situação deste autos se reveste de singular peculiaridade, pois não se trata daquelas hipóteses em que o título exequendo é silente sobre a limitação da condenação, de modo a possibilitar ao julgador, a requerimento de parte ou de ofício, reconhecer limitação temporal à data da edição da Lei nº 8.112/90. Neste caso concreto, trata-se de agravo de petição interposto contra decisão proferida em embargos à execução, julgado improcedente, no qual União pretendia ver acolhida, em sede de processo de execução, preliminar de incompetência desta Justiça do Trabalho, arguida pelo Ministério Público do Trabalho, com o objetivo de delimitar a condenação ao advento do regime jurídico único. Esta matéria, entretanto, já havia sido examinada e rejeitada, em sede recurso ordinário, cuja decisão transitou em julgado. Dessarte, a Corte Regional efetivamente, não poderia alterar a decisão recorrida, conforme pretende a reclamada, para limitar a condenação à data da edição da Lei nº 8.112/90, uma vez que o artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal veda, expressamente, a desconstituição da coisa julgada, a não ser por meio dos remédios processuais competentes. Recurso de revista não conhecido. (Processo: RR - 335800-91.2002.5.21.0921 Data de Julgamento: 9-6-2010, Relator Juiz Convocado: Roberto Pessoa, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 6-8-2010) Do acórdão supra, transcrevo o seguinte excerto: A arguição de incompetência absoluta desta Justiça Especializada do Trabalho foi feita pelo Ministério Público do Trabalho, sendo que tal preliminar suscitada pelo "parquet", foi rejeitada pelo acórdão de fls. 126-128 afastando, assim, qualquer limitação temporal à condenação, a qual transitou em julgado. Logo, não pode a recorrente pretender transferir para o judiciário a responsabilidade da prática de ato processual cujo ônus lhe incumbia. Quisesse a reclamada desconstituir o título exequendo, deveria ter se socorrido do remédio processual cabível. Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 8 Neste caso, conforme assevera enfaticamente o acórdão recorrido, a situação destes autos reveste-se de singular peculiaridade, pois, "na presente situação em apreço, como alhures já frisado, a reclamatória foi ajuizada após a instituição do regime jurídico único, tendo a r. decisão exeqüenda rejeitado expressamente a argüição de incompetência, não ensejando qualquer dúvida o comando sentencial, o qual não pode ser modificado no processo de execução, sob pena de ofensa aos limites da coisa julgada" (fl. 242). Assim, não se vislumbra a alegada ofensa ao artigo 114 da Constituição Federal, pois a Corte Regional, efetivamente, não poderia alterar a decisão recorrida, conforme pretende a recorrente para limitar a condenação à data da edição da Lei nº 8.112/90, uma vez que o artigo 5º, inciso XXXVI, da CF veda expressamente a desconstituição da coisa julgada, a não ser por meio dos remédios processuais competentes.
 A propósito, a SBDI-1, em questão similar, recentemente assim se manifestou: "EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA. DECISÃO EMBARGADA PUBLICADA NA VIGÊNCIA DA LEI 11.496/2007. EXECUÇÃO. SENTENÇA EXEQUENDA QUE DEFERE DIFERENÇAS SALARIAIS PARA ALÉM DO PERÍODO DA MUDANÇA DO REGIME. DECISÃO DA TURMA QUE LIMITA AO PERÍODO CELETISTA. IMPOSSIBILIDADE. Noticiado que o título judicial exequendo expressamente determinou que a condenação imposta à reclamada deveria ser apurada até 1º/10/94, não poderia a e. Turma alterar a decisão, para limitar a condenação à data da edição da Lei 8.112/90, uma vez que o artigo 5º, XXXVI, da CF proíbe o desrespeito à coisa julgada. Destaque-se que o entendimento cristalizado na OJ-SBDI-1-TST-138 diz respeito à hipótese em que o título exequendo é silente sobre a questão. Há de se aplicar o mesmo entendimento da parte final da OJ-SBDI-1-TST-262, uma vez que retrata a mesma situação jurídica. Recurso de embargos conhecido e provido."(Processo: E-ED-RR - 307/1990-007-10-00.6 Data de Julgamento: 17-9-2009, Relator Ministro: Horácio Raymundo de Senna Pires, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Divulgação: DEJT 09-10-2009)." Destarte, sob qualquer ângulo que se analise a matéria, não há como acolher a preliminar de incompetência da Justiça do Trabalho, razão por que rejeito a preliminar suscitada. 2.3 Mérito 2.3.1 Dos recursos da UNIÃO e da FUNASA 2.3.1.1 Da determinação para a reincorporação dos Planos Econômicos A pretensão recursal das reclamadas volta-se à reforma integral da r. sentença, que entendeu violados os efeitos da coisa julgada, porquanto desrespeitada decisão transitada em julgado. Não cabe aqui analisar o mérito dos direitos dos autores à incorporação dos reajustes salariais decorrentes dos Planos Verão, Collor e Bresser, porquanto tais questões já restaram soterradas pela coisa julgada material produzida nos autos do processo de n. 807.1991.003.14.00-0, tanto é que, em momento algum, foram questionados tais direitos, limitando-se a afirmar que os referidos percentuais foram absorvidos pela reestruturação da carreira levada a efeito pela Lei n. 11.355/2006. Alegam não ter havido supressão dos percentuais determinados por decisão judicial transitada em julgado, mas, tão somente, reestruturação da carreira que absorveu todos os planos econômicos, nos Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 9 termos da Lei n. 11.355/2006. Questionam, ainda, os cálculos apresentados pelo autor. Por fim, aduzem que o estabelecimento de nova política remuneratória aos substituídos não implica em descumprimento da decisão judicial, mesmo porque os sucessivos reajustes e reestruturações das carreiras proporcionaram aumentos substanciais acima do índice inflacionário oficial, com recuperação do poder aquisitivo dos trabalhadores. Sem razão. Resta incontroverso o fato alegado pelo autor na exordial, qual seja, de que houve supressão do percentual do Plano Econômico deferido mediante decisão judicial transitada em julgado, cabendo analisar, apenas, se os argumentos das reclamadas subsistem em face dessa ocorrência constatada. Pois bem. São comuns na jurisdição deste Tribunal lides em que funcionários pretendem manter certas e específicas rubricas em seus vencimentos, normalmente depois de novo plano de cargos e carreira. No caso do feito, o fundamento alegado pelas rés para retirar o pagamento dos reajustes salariais decorrentes do Plano Verão é a ocorrência de reestruturação das carreiras dos servidores públicos, o que teria absorvido os percentuais, tornando-os insubsistentes. Sobre o mérito da pretensão autoral, assim decidiu o juízo de primeira instância:
DO DIREITO - DO ILEGAL CONGELAMENTO DOS PLANOS ECONÔMICOS Alega o sindicato-autor que, de acordo com as decisões judiciais que determinaram a incorporação do índice de 26,05%, a requerida deveria efetuar o pagamento percentuais calculados sobre salários dos substituídos, refletindo em todas as verbas de natureza salarial. Acrescenta que, por uma interpretação sistemática da legislação de regência e em respeito aos comandos da coisa julgada material havida nos autos n. 807/1991 da 3ª Junta de Conciliação e Julgamento de Porto Velho, conclui-se que os percentuais referentes aos planos econômicos incorporados nos vencimentos dos Substituídos devem ser calculados sobre a integralidade das verbas recebidas mensalmente, incidindo não só sobre o provento básico, mas também sobre os demais valores pagos pela Requerida a título de contraprestação. Ressalta, porém, que ao contrário dos dispositivos legais, bem como da decisão judicial transitada em julgado, desde 2008 as Requeridas passaram a pagar aos substituídos parcelas fixas a título do índice de 26,05%. Junta fichas financeiras que amparam suas alegações. Portanto, relata estar havendo o congelamento dos planos econômicos, e por consequência, descumprimento das decisões judiciais transitadas em julgado e, por conseguinte, requer o deferimento do cálculo do índice de 26,05% sobre a integralidade da remuneração dos substituídos e e forma cumulativa aos demais percentuais de plano econômicos. Lado outro, a FUNASA - 1ª reclamada - se defende aduzindo estarem em discussão os limites de decisões judiciais transitadas em julgado, visto que, ainda que tenham determinado a incorporação da vantagem de 26,05% da URP, esta Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 10 deve se restringir ao período em que vigorou o regime jurídico antigo, pois não existe comando legal ou sentencial que ampare o pagamento da parcela salarial em questão de forma permanentemente parametrizada, ou seja, com incidência do reajuste concedido, em forma de percentual, sobre as parcelas remuneratórias criadas por leis posteriores. Pondera, ainda, que a aplicação permanente de determinados índices sobre todas as parcelas integrantes da remuneração dos servidores, mesmo depois de ocorrerem mudanças significativas na estrutura salarial do funcionalismo, equivaleria a reconhecer-lhes direito adquirido a regime de vencimentos, o que seria repelido pela jurisprudência e feriria frontalmente a moralidade administrativa. Também afirma inexistir ofensa à coisa julgada, uma vez que a partir do momento em que novos índices salariais foram fixados pelo Congresso Nacional, não se poderia acrescentar qualquer parcela, muito menos a URP/89, em nome da suposta preservação da coisa julgada, pois, se existiu esta, foi em relação aos salários vigentes à época em que a decisão fora proferida. Especificamente no que toca ao Acórdão nº 2.161/2005 proferido pelo plenário do TCU relata que este traçou novas diretrizes quanto ao pagamento e/ou inclusão, por força de determinação judicial, de verbas remuneratórios no contracheque dos servidores públicos federais, uniformizando no âmbito da Administração Pública Federal a jurisprudência pacífica dos tribunais superiores, e, com isto, diminuindo de forma legítima e constitucional os gastos com folha de pagamento. Sob outro enfoque, aduz não existir direito adquirido à regime jurídico, ou seja, que uma vantagem obtida sob o regime contratual não pode restar transportada para o regime estatutário, já que a coisa julgada não pode prevalecer após o advento de novo regime jurídico que trouxer nova modelagem remuneratória, desde que garantida a irredutibilidade de vencimentos. Por fim, cita jurisprudência que supostamente amparam sua tese defensiva. Já a União Federal - 2ª reclamada - se defende alegando que não houve discussão na sentença trabalhista acerca da competência para analisar a repercussão do benefício sobre o período estatutário. Cita que o entendimento atual do STF acerca de planos econômicos (URP) é pacífico no sentido de que a determinação do TCU para retirada da parcela que já foi absorvida não ofende à coisa julgada. Traz, ainda, outro fundamento, qual seja, o de que a sentença trabalhista que concedeu a vantagem já exauriu seus efeitos no momento em que a parcela foi incluída em seus vencimentos. Acrescenta que o Plenário do STF firmou entendimento nesse sentido, tendo decidido o tema em sede de repercussão geral e colaciona jurisprudência. Passo à análise. De pronto, as ponderações trazidas à baila pelas rés esbarram na coisa julgada material formada no processo nº 807/91, a qual é intangível e se constitui em um dos princípios norteadores do Estado Democrático de Direito. Inserta tanto no art. 5º, XXXVI da CF quanto no art. 6º da LINDB, inviabiliza interpretações extensivas, pois se permitida a revisão judicial dos casos já decididos e transitados em julgado, os conflitos se eternizaria e, por conseguinte, nenhuma decisão judicial seria efetivada perante o ordenamento jurídico. Assinado eletronicamente.
A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 11 Ademais, ao ser consagrada pela Carta Magna como verdadeira garantia do cidadão, a coisa julgada, não só em seus atributos, como também em seus efeitos (imutabilidade, imperatividade, estabilidade e definitividade) baseia-se na exigência social de equilíbrio e segurança das relações jurídicas, o que não é diferente no processo ora analisado. Cumpri referir que a sentença da reclamatória originária afastou qualquer limitação temporal no que tange à incorporação do índice de 26,05% sobre os salários dos trabalhadores substituídos, o que aliás não faz qualquer distinção se decorrentes de outras demandas judiciais ou não. Nesse contexto, a decisão administrativa do TCU mencionada pelas ré, sem respaldo em alguma decisão judicial específica, ofende a coisa julgada advinda da sentença proferida nos autos do processo nº 807/91, especialmente no que tange à incorporação do reajuste salarial proveniente de Plano Econômico (26,05%), na medida em que a sentença violada não fixou nem impôs limite temporário à aludida incorporação, como se infere da respectiva peça adunada aos autos. Ademais, reforça-se que decisão de cunho administrativo não se sobrepõe à decisão judicial, qualquer que seja a esfera ou instância que a proferir, mormente quando a decisão atacada não tenha limitado os efeitos da incorporação deferida, como se depreende do caso em monta. Portanto, torna-se imperioso, até mesmo em respeito ao cumprimento das decisões que o Judiciário profere, reconhecer a procedência do pedido formulado na peça de abertura, para determinar a reincorporação dos respectivos reajustes salariais nos vencimentos dos substituídos neste processo com base na integralidade da remuneração de cada substituído e de forma cumulativa aos demais percentuais de plano econômicos deferidos em outras ações, que também figuram como substituídos no processo nº 807/91, nas mesmas condições e valores pagos até o mês da desincorporação, inclusive com juros e correção monetária, devendo seus efeitos retroagirem ao mês subsequente à desincorporação, Não há se falar, via de consequência, em perpetuação de pagamento do índice de 26,05%, assim como em coisa julgada relativa ou inconstitucional, mas sim em ofensa à coisa julgada material, ficando, assim, prejudicada a análise perfunctória das demais questões suscitadas pelas reclamadas em sede defensiva (inexistência de direito adquirido, reestruturação de carreira, afronta à decisão do TCU, irredutibilidade salarial, política legislativa, aplicação do art. 471 do CPC, natureza jurídica das reposições de perdas inflacionárias). De qualquer sorte, exponho que a absorção de todos os planos econômicos por alteração legislativa posterior não prospera, quer porque nada consta de modo expresso nesse diapasão, quer porque tais incorporações decorrentes de decisão judicial transitada em julgado tampouco poderiam ser suprimidas por via de lei. Quanto à alegação de que a ausência de direito adquirido à regime jurídico obstaria a procedência da ação em análise, entendo descasada do cenário delineado, pois mesmo após a alteração de regime jurídico estava sendo corretamente aplicado o índice de reajuste no percentual de 26,05%. Ainda que suposta vantagem obtida sob determinado regime contratual anterior não pudesse ser transportada para o regime estatutário, resta incontroverso que continuou a ser cumprida pelas rés, ou seja, permaneceu sendo aplicado espontaneamente o índice correspondente à decisão transitada em julgado até o ano de 2008. A alegação de que a moralidade administrativa seria frontalmente ferida não Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 12 socorre a tese contestatória, pois não se está diante de julgado lesivo ao Estado. Ao contrário, trata-se de um título judicial que está a produzir efeitos futuros, sem limite temporal e que integra o patrimônio dos substituídos. Lembro, ainda, que a Carta Magna protege os direitos subjetivos, através do consagrado artigo 5º, XXXVI: "a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada". Sob outro enfoque, o argumento de que a sentença trabalhista que concedeu a vantagem já exauriu seus efeitos no momento em que a parcela foi incluída nos vencimentos dos servidores não se sustenta no caso ora analisado, pois é justamente questionado o modo como calculado o percentual devido (base de cálculo) - em desobediência à decisão transitada em julgado -. De igual modo, inexiste, sequer, negativa pelas rés quanto à redução em obediência ao TCU. O cerne da discussão é justamente a distorção ocasionada pelo congelamento e se tal comportamento das rés ofenderia a coisa julgada. Ademais, em sentido oposto à manifestação das rés, vantagem pecuniária em percentual certo incorporada aos proventos por força de decisão judicial transitada em julgado não pode ser suprimida ou minorada pelo Tribunal de Contas, pois a situação jurídica coberta pela coisa julgada somente pode ser modificada pela via da ação rescisória, não havendo notícias nos autos de que esta tenha sido aviada. Se não bastasse, apesar da alegação defensiva, entendo que não está pacificado o entendimento do STF quanto ao tema em debate, senão vejamos a ementa que aborda o assunto, inclusive quanto ao debate instalado: "Decisão: Vistos. Cuida-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal em face do Presidente do Tribunal de Contas da União, com o objetivo de anular o Acórdão nº 2.161/2005, com que determinou-se a cessação do pagamento de vantagem deferida por decisão judicial transitada em julgado. Na peça vestibular, o impetrante afirma que: 01 - o Sindicato impetrante atua na condição de substituto processual dos servidores públicos federais ativos e aposentados, além das pensionistas, vinculados ao Ministério da Saúde no Estado do Ceará, os quais tiveram suprimidos de suas respectivas remunerações, as rubricas referentes a planos econômicos oriundas de decisão judicial . 02 conforme evidencia a própria notificação expedida pelo Ministério da Saúde (documento anexo), resta nítida que a supressão da vantagem remuneratória na folha de pagamento dos substituídos decorre de determinação do Tribunal de Contas da União TCU, originária do seu acórdão 2161/2005 proferido por sua composição plenária. 03 de plano afirme-se, que por força da decisão judicial proferida nos autos da Reclamação Trabalhista nº 0184900-07.1991.5.07.0005 [numeração original 1849/1991, distribuída à antiga 5ª. Junta de Conciliação e Julgamento, posteriormente 5ª. Vara do Trabalho de Fortaleza], ajuizada pelo SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL NO ESTADO DO CEARÁ em face da FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASA, restou assegurado em favor dos servidores substituídos o direito ao reajuste vencimental no percentual de 26,05%, correspondente à URP de fevereiro de 1989. 04 mencionada decisão judicial transitou em julgado em 19/05/1994 [certidão anexa], portanto, há mais de 19 (dezenove) anos. Na tentativa de desconstituir a coisa julgada, parte promovida promoveu diversas ações judiciais [duas Ações Rescisórias de nº 0222100-24.1995.5.07.0000 e 0069600-55.2004.5.07.0000; uma Ação de Nulidade de Sentença Inconstitucional nº 0569900-28.2002.5.07.0000 e uma Ação de Modificação nº 0088900-90.2001.5.07.0005], todas elas, contudo, julgadas improcedentes,circunstâncias essas que mantiveram intacta a coisa julgada originária da Reclamação Trabalhista nº nº 0184900-07.1991.5.07.0005 , qual Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 13 seja, o direito dos substituídos ao reajuste no percentual de 26,05%, parcela remuneratória essa que o Tribunal de Contas da União, exortando uma competência inexistente, determina sua exclusão da remuneração dos servidores. 05 não resta dúvida, portanto, que cabível no presente caso a impetração do writ of mandamus com o objetivo de proteger direito líquido e certo dos substituídos que tiveram cessado o pagamento da parcela relativa ao chamado Plano Verão URP,pagas aos servidores substituídos até março/2013 sob a denominação de JUDICIAL TRANS JULG AT (cuja tradução é decisão judicial transitado em julgado ação trabalhista, e, excluída, por ocasião do pagamento remuneratório de abril/2013. 06 - Essa matéria, por diversas oportunidades já foi apreciada e decidida no âmbito dessa Suprema Corte Constitucional, restando pacífico o entendimento de que o Tribunal de Constas da União não possui competência para determinar à Administração Pública, que exclua da remuneração dos servidores públicos federais, parcela a eles deferidas por força de decisão judicial, notadamente quando mencionada esta já transitou em julgado, alcançando a robustez da coisa julgado. (...) Requer que seja deferido o pedido de liminar para suspender os efeitos do ato impugnado, presente o periculum in mora ante a supressão de parcela considerável das remunerações pagas a seus substituídos, servidores do Ministério da Saúde no Estado do Ceará, que possuem natureza alimentar. No mérito, postula que seja concedida a segurança para anular a decisão administrativa acima referida. Documentos juntados por meio eletrônico. Custas recolhidas. Intimada a se manifestar, a União pronunciou-se no sentido da decadência do direito à impetração do writ, e pela ausência dos requisitos autorizadores para concessão da liminar. Defendeu, ainda, a ausência de violação à coisa julgada em relação à determinação de exclusão de parcela oriunda de plano econômico, a inexistência de direito adquirido a regime de vencimentos ante a mudança do regime celetista para o estatutário e a ilegalidade e nulidade da incorporação definitiva dos reajustes decorrentes de planos econômicos por decisão administrativa. É o relatório. Registro que foram juntadas aos autos (i) cópia da petição inicial da Reclamação Trabalhista nº 0184900-07.1991.5.07.0005, proposta em face da Fundação Nacional de Saúde, datada de 12/9/91, em que é possível identificar o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Ceará - Sintsef/ce como autor e (ii) cópia da sentença proferida pelo Juízo da 5ª Junta de Conciliação e Julgamento de Fortaleza, datado de 2/12/91, em que se decidiu: (...) julgar procedente a ação intentada contra a Fundação Nacional de Saúde pelo Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Ceará, em favor dos substituídos relacionados nas folhas 6 a 36 dos autos, para o fim de: a) Condenar a Reclamada a reajustar os vencimentos dos substituídos, a partir de 1º de fevereiro de 1989, no percentual de 26,05%, correspondente à URP de fevereiro de 1989; (...). Juntou-se, também, certidão emitida pela 5ª Junta de Conciliação e Julgamento de Fortaleza, na qual certifica o trânsito em julgado do processo. Nos autos, coloca-se em discussão a existência de direito líquido e certo à perpetuação do pagamento do índice de 26,05% na remuneração paga a título de proventos a servidor público federal beneficiado por decisão judicial transitada em julgado nos autos da Reclamação Trabalhista nº 0184900-07.1991.5.07.0005. O impetrante defende, em síntese, que houve a incorporação das vantagens no patrimônio jurídico de seus substituídos, pois o pagamento foi deferido por decisão judicial com trânsito em julgado, a qual não é passível de ser desconstituída pelo TCU. A decisão do TCU questionada no presente mandamus (Acórdão nº 2161/2005-TCU-Plenário) está assim fundamentada: 9.2.1.1. alterar o sistema Siape a fim de que as rubricas referentes às sentenças judiciais sejam pagas em valores nominais, e não com base na aplicação contínua e automática de percentuais parametrizados sobre todas as parcelas salariais do servidor, lembrando que aquelas rubricas não devem incidir, inclusive, sobre vantagens criadas por novos planos de carreira após o provimento judicial; 9.2.1.2. recalcular, em cada caso, o valor nominal deferido por sentença judicial relativa a planos econômicos, de tal forma que a quantia inicial seja Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 14 apurada, quando possível, na data do provimento jurisdicional, limitando-se essa revisão ao prazo de 5 anos anteriores. Acrescentar ao valor nominal calculado na data da sentença, apenas os reajustes gerais de salário do funcionalismo público federal ocorridos no período e subtrair as sucessivas incorporações decorrentes de novas estruturas remuneratórias criadas por lei, até a absorção integral dessa vantagem; 9.2.1.3. promover o levantamento das quantias indevidamente pagas, tendo por base o período e os critérios mencionados no subitem anterior, a fim de adotar os procedimentos administrativos com vistas ao ressarcimento daquelas importâncias aos cofres do Tesouro Nacional. Por meio da decisão acima destacada, a Corte de Contas considerou ilegal o pagamento de rubricas referentes a planos econômicos oriundas de decisão judicial, tendo determinado ao Ministério da Saúde que cessasse o pagamento da parcela. Afasto inicialmente a alegação de decadência do direito à impetração do presente mandamus, muito embora a decisão da Corte de Contas da União apontada como ato coator consista em Acórdão editado no ano de 2005. Isso porque o ato que deu ensejo à impetração foi praticado em desfavor dos substituídos da ora impetrante após notificação enviada no ano de 2013, quando tomaram ciência inequívoca da decisão do TCU prejudicial ao direito que lhes teria sido garantido por decisão judicial transitada em julgado, uma vez que não participaram do processo administrativo em que tomada a decisão ora impugnada. É verdade que a jurisprudência desta Suprema Corte formou-se no sentido de afirmar a impossibilidade de o Tribunal de Contas da União, quando do registro de ato inicial de concessão de aposentadoria, reforma ou pensão, determinar a exclusão de vantagem remuneratória concedida a servidor público por decisão judicial com trânsito em julgado. Nesse sentido, cito precedentes: MS nº 23.665/DF, Relator o Ministro Maurício Corrêa, Plenário, DJ de 20/9/2002, e MS nº 5.009/DF, Relator o Ministro Carlos Velloso, Plenário, DJ de 29/4/2005. O entendimento acima referido, no entanto, está em debate no julgamento do MS nº 23.394/DF, em que se discute decisão do TCU que determinou a suspensão do pagamento de parcela referente à URP nos proventos de aposentadoria de servidor público,incluída na remuneração por força de decisão judicial. A situação foi assim exposta pela Ministra Cármen Lúcia, em decisão monocrática proferida no MS nº 31.348/DF-MC (DJe de 21/5/2012), julgando matéria similar a que se coloca em debate nos autos: 6. Registro que, mais recentemente, este Supremo Tribunal Federal iniciou o julgamento do Mandado de Segurança n. 23.394/DF, impetrado por professores aposentados da Universidade Federal do Piauí, contra decisão do Tribunal de Contas da União que considera ilegal a incorporação do reajuste de 26,05% referente à Unidade de Referência de Preços URP aos proventos. Os Ministros Sepúlveda Pertence, Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa votaram pela concessão da ordem por entenderem que o Tribunal de Contas da União não poderia ter determinado a supressão de parcelas concedidas por decisão judicial transitada em julgado. Os Ministros Marco Aurélio e Ellen Gracie votaram pela denegação da ordem sustentando a inexistência de ofensa à coisa julgada. Ressalto que o Plenário desta Suprema Corte teve sua composição alterada desde o início do julgamento do MS nº 23.394/DF (Sessão de 9/6/2005), o qual encontra-se suspenso em razão do pedido de vista da Ministra Cármen Lúcia. Registro, ainda, que existe a publicação de pauta para julgamento do MS 26.156/DF, também de relatoria da Min. Cármen Lúcia, com matéria idêntica à tratada no MS nº 23.394/DF, oportunidade em os atuais integrantes desta Suprema Corte deliberarão, de forma colegiada, (i) sobre a possibilidade ou não de o Tribunal de Contas da União determinar a exclusão de vantagem remuneratória concedida a servidor público por decisão judicial com trânsito em julgado quando identificar eventual ilegalidade em sua execução e (ii), entendendo possível essa adequação por ordem do TCU, eventual necessidade de adequação da medida em respeito aos princípios da segurança jurídica e da confiança ante a perpetuação de efeitos favoráveis aos administrados. Tenho, portanto, que a análise da legitimidade do ato impugnado nos presentes autos abrange questões pendentes de julgamento no Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 15 Plenário desta Suprema Corte. Conserva-se, no entanto, até o momento, a jurisprudência segundo a qual [v]antagem pecuniária, incorporada aos proventos de aposentadoria de servidor público, por força de decisão judicial transitada em julgado: não pode o Tribunal de Contas, em caso assim, determinar a supressão de tal vantagem, por isso que a situação jurídica coberta pela coisa julgada somente pode ser modificada pela via da ação rescisória (MS 25.009/DF, Rel. Min. Carlos Velloso, Plenário, DJ 29.4.2005). De outra forma, assinalo a existência de decisões monocráticas, em sede de pedido liminar, favoráveis à manutenção do pagamento da parcela remuneratória beneficiados por título judicial. Valho-me dos axiomas de Aleksander Peczenik (On law and reason. Dordrecht-Boston-London: Kluwer, 1989. p. 396 e ss.), quando esse filósofo do Direito anota que não se devem construir asserções impositivas de ônus ou restrições para uma pessoa de modo exclusivo ou singular, a não ser que existam razões fortes para se assumir o contrário (odia sunt restringenda) e que somente semelhanças relevantes entre os casos constituem uma razão suficiente para a conclusão por analogia. É precisamente o que se dá no presente caso e o que autoriza o deferimento do pedido liminar. Com base nessas premissas, justifica-se seja deferido o pedido cautelar para, conforme jurisprudência do STF, suspender os efeitos de decisão do TCU que implique supressão, diminuição ou modificação da forma como vem sendo paga a vantagem a título de incorporação de vantagem remuneratória concedida aos substituídos do impetrante por decisão judicial com trânsito em julgado, bem como a restituição dos valores recebidos até então a esse título. Notifique-se a autoridade coatora para que preste as informações no prazo de lei. Comunique-se aos órgãos responsáveis pelo cumprimento desta decisão. Com ou sem informações, vista à douta Procuradoria-Geral da República para manifestação como custos legis. Ciência à Advocacia-Geral da União, na forma da lei. Publique-se. Int.. Brasília, 27 de junho de 2013. Ministro Dias Toffoli Relator" Documento assinado digitalmente (STF - MS: 32089 DF , Relator: Min. DIAS TOFFOLI, Data de Julgamento: 27/06/2013, Data de Publicação: DJe-148 DIVULG 31/07/2013 PUBLIC 01/08/2013) Por fim, a coisa julgada material faz com que os efeitos produzidos se tornem imutáveis, não podendo a mesma questão ser julgada novamente razão pela qual determino a reincorporação dos respectivos reajustes salariais nos vencimentos dos substituídos (26,05%) neste processo com base na integralidade da remuneração de cada substituído e de forma cumulativa aos demais percentuais de plano econômicos deferidos em outras ações (se houver, pois um não exclui o outro), que também figuram como substituídos no processo nº 807/91, nas mesmas condições e valores pagos até o mês da desincorporação, inclusive com juros e correção monetária, devendo seus efeitos retroagirem ao mês subsequente à desincorporação. As parcelas vencidas deverão ser calculadas no bojo da presente ação e as vincendas a partir do trânsito em julgado desta decisão deverão ser incluídas em folha de pagamento. Adiro, integralmente, ao entendimento do juízo de primeiro grau, acrescentando as seguintes considerações: De início, cumpre asseverar que a decisão proferida pelo Tribunal de Contas da União, por intermédio de sua 2ª Câmara (acórdão n. 3352/2009), a que fazem referências as reclamadas em seus recursos, em nada compromete os efeitos da coisa julgada produzida nos autos de 807.1991.003.14.00-0, porquanto, como é de geral sabença, decisão administrativa não se sobrepõe à decisão judicial, Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 16 independentemente da instância jurisdicional que a proferiu, mesmo porque a sentença proferida nos autos 807.1991.003.14.00-0807.1991.003.14.00-0 (Id 6cb85f9), não limitou os efeitos temporais da aludida incorporação. A alegação de que a Lei n. 11.355/2006 absorveu todos os planos econômicos também não se sustenta. Com efeito, o referido diploma legislativo dispõe sobre a criação do plano geral de cargos do Poder Executivo da União, mas em nenhum de seus preceptivos assere, de forma expressa, que os expurgos inflacionários seriam absorvidos pela reestruturação da carreira e/ou dos cargos. Outrossim, as incorporações decorrentes de decisão judicial, mormente as que se referem a planos econômicos, a meu juízo, não podem ser suprimidas nem mesmo por lei. Ademais, como já sublinhado, a incorporação em destaque decorreu de decisão judicial transitada em julgado, não podendo, por essa razão, ser descumprida pela Administração, ainda que mediante a implantação de novo regime remuneratório ou reestruturação de cargos e salários, em respeito à soberania da coisa julgada, ao Pacto Federativo e à autonomia dos Poderes. Destarte, por ofender a coisa julgada, resta eivada de irregularidade a conduta da União que suprimiu dos vencimentos dos substituídos a incorporação do reajuste salarial decorrente do Plano Verão, razão por que merece pronta revisão judicial, a fim de assegurar o respeito ao cumprimento das decisões do Judiciário, tornando despicienda a análise dos demais fundamentos consignados nos recurso das reclamadas. Pelo exposto, mantenho, no particular, o decisório primário. 2.3.1.2 Do prequestionamento Pugnam a UNIÃO e a FUNASA pela manifestação expressa sobre os arts. 1º, 2º, 5º a 8º, ambos da Lei n. 11.355/2006; Lei n. 11.358/2006; Lei n. 8.112/1990; Lei n. 9.494/97; Decreto-Lei n. 2.335/87; Lei n. 8.437/92; 769, 791, 876 e 877 da CLT; 471-I, 475-I, 475-N, I e parágrafo único; 475-P, I; do CPC; OJ's 138 e 262 da SDI-1, do TST; Súmulas 319, 322 e 329 do TST; e arts. 2º, 5º, XXXV, XXXVI e LV; 37, "caput", XI e XV; 75, "caput", 109, I; e 114, I, da CF/88, para fins de interposição de recurso para a instância superior. A presente decisão patenteou os fundamentos jurídicos que permitiram a compreensão da tese comungada por este órgão julgador na formação do seu convencimento sobre a matéria posta sob sua apreciação, não assistindo, assim, razão às reclamadas em sua insistência em ver declinada de forma particularizada uma análise sobre todos os pontos abordados na lide, pois neste feito já se encontra atendido o quanto previsto na Súmula n. 297 do c. TST. Ademais, quanto ao prequestionamento, o entendimento do TST sedimentou-se na Súmula n. 297, que em seu item I assim dispõe: PREQUESTIONAMENTO - OPORTUNIDADE - CONFIGURAÇÃO - NOVA REDAÇÃO I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. (...) Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 17 Desse modo, considero atendido o prequestionamento invocado. 2.3.2 Do recurso ordinário do reclamante 2.3.2.1 Da antecipação dos efeitos da tutela O reclamante/recorrente insurge-se contra a r. sentença, pleiteando a antecipação dos efeitos da tutela, a fim de que seja determinado, conforme a inicial, que as reclamadas calculem o índice de 26,05%, sobre a integralidade da remuneração dos substituídos, bem como, de forma cumulativa aos demais índices inflacionários, em respeito aos comandos da coisa julgada material havida nos autos n. 807/1991 da 3ª Junta de Conciliação e Julgamento de Porto Velho, sob pena de multa diária pelo descumprimento, a ser fixada. Subsidiariamente, caso a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional seja concedida após o fechamento da folha de pagamento, para que sejam adotadas as providências necessárias, suficientes e urgentes para reverter, mediante a edição de folha suplementar. Pois bem. A antecipação dos efeitos da tutela final constitui faculdade do Órgão Julgador e somente será concedida se presentes os requisitos cobrados pela legislação aplicável à espécie. O instituto em voga recebeu tratamento legal no Código de Processo Civil, o qual, no art. 273, disciplina os requisitos da antecipação de tutela nas obrigações de pagar, e no art. 461 os requisitos para a concessão da antecipação do provimento jurisdicional final nas obrigações de fazer e não fazer. Com efeito, dispõem os preceptivos citados: Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) § 1º Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do seu convencimento. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) § 2º Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) § 3º A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4o e 5o, e 461-A. § 4º A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão fundamentada. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) § 5º Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo até final julgamento. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) § 6º A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 18 pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso. § 7º Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado. Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. § 1º A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) § 2º A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (art. 287). (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) § 3º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) § 4º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) § 5º Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. § 6º O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva. No caso do feito, constitui objeto do pedido de antecipação de tutela, como mencionado, o cumprimento de obrigação de fazer, consubstanciada na determinação que as reclamadas calculem o índice de 26,05%, sobre a integralidade da remuneração dos substituídos, bem como, de forma cumulativa aos demais índices inflacionários, em respeito aos comandos da coisa julgada material havida nos autos n. 807/1991 da 3ª Junta de Conciliação e Julgamento de Porto Velho, sob pena de multa diária pelo descumprimento, a ser fixada, pelo que entendo aplicável o art. 461 e §§ do CPC. De acordo com o que dispõe o "caput" do art. 461 do CPC, em sua parte final, caberá ao magistrado, julgado procedente o pedido, determinar providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento da obrigação, o que não ocorreu no feito. Destarte, dou provimento ao apelo obreiro para, assegurando o resultado prático equivalente ao do adimplemento da obrigação, no caso, determinar que as reclamadas calculem o índice de 26,05%, sobre a integralidade da remuneração dos substituídos, bem como, de forma cumulativa aos demais índices inflacionários, no prazo de 60 (sessenta) dias, sob pena de multa diária de R$250,00, até o limite de R$10.000,00. Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 19 2.3.3 Do recurso da FUNASA 2.3.3.1 Da condenação ao pagamento das custas A FUNASA/recorrente rebela-se contra a r. sentença, que a condenou ao pagamento de custas processuais. Alega que se encontra isenta de recolher custas processuais e emolumentos, e, por via de consequência, também do preparo recursal, por força do disposto no art. 24-A da Lei de n. 9.028/95, no art. 790-A, inciso I da Consolidação das Leis do Trabalho e no art. 1º, incisos IV e VI do Decreto-Lei n. 779/69, que disciplinam o pagamento das custas processuais no âmbito da Justiça do Trabalho. Com razão. A matéria alusiva à isenção das custas está, explicitamente, disciplinada no art. 790-A, inciso I, da CLT, que dispõe que são isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários da assistência judiciária gratuita, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais, que não explorem atividade econômica. A regra é clara. As fundações públicas federais não arcarão com as custas na Justiça do Trabalho. Destarte, dou provimento ao apelo, no particular, para reformando a r. sentença, isentar a FUNASA do valor relativo às custas processuais, nos termos do art. 790-A, inciso I, da CLT. 2.4 Conclusão Dessa forma, conheço dos recursos interpostos. De ofício, não conheço do recurso adesivo do reclamante por violação ao princípio da unirrecorribilidade recursal e pela preclusão consumativa do ato; rejeito as preliminares de inadequação da via eleita e de incompetência absoluta da Justiça do Trabalho, suscitadas pela UNIÃO e pela FUNASA. No mérito, nego provimento ao apelo da UNIÃO; dou provimento ao apelo do SINDSEF para, reformando a r. sentença, determinar que as reclamadas calculem o índice de 26,05%, sobre a integralidade da remuneração dos substituídos, bem como, de forma cumulativa aos demais índices inflacionários, no prazo de 60 (sessenta) dias, sob pena de multa diária de R$250,00, até o limite de R$10.000,00 e dou parcial provimento ao apelo da FUNASA para isentá-la da condenação relacionada às custas processuais, nos termos do art. 790-A, inciso I, da CLT. Quanto ao mais, mantenho hígida a r. sentença hostilizada, por seus próprios e jurídicos fundamentos, inclusive quantos aos valores arbitrados à condenação e às custas processuais. 3 DECISÃO ACORDAM os Magistrados integrantes da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região, à unanimidade, conhecer dos recursos ordinários patronais e obreiro; não conhecer do recurso adesivo obreiro; rejeitar as preliminares suscitadas; no mérito, negar provimento ao apelo da UNIÃO, dar provimento apelo da SINDSEF e dar parcial provimento ao apelo da FUNASA, nos termos do voto do Relator. Sessão de julgamento realizada no dia 25 de maio de 2016. Porto Velho-RO, 25 de maio de 2016. Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 20 CARLOS AUGUSTO GOMES LÔBO DESEMBARGADOR-RELATOR Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CARLOS AUGUSTO GOMES LOBO http://pje.trt14.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16022315164979700000001351754 Número do documento: 16022315164979700000001351754 Num. 9dc725f - Pág. 21

Reajuste do funcionalismo obedecerá teto de gastos, diz Fazenda


Alexandro Martello
G1     -     06/06/2016


Projeto que limita alta das despesas à inflação vai ser enviada ao Congresso.
Ministro já tinha dito antes que reajuste estava de acordo com regra.


Brasília - O Ministério da Fazenda divulgou nesta segunda-feira (6) nota à imprensa para informar que o reajuste dos servidores públicos, aprovado pela Câmara na semana passada, está sujeito ao limite de gastos públicos que será proposto pelo governo ao Legislativo por meio de Proposta de Emenda Constitucional (PEC).


"O reajuste do funcionalismo estará sujeito ao limite constitucional de gastos. Portanto, não há nenhuma divergência entre o Ministério da Fazenda e o presidente da República em exercício Michel Temer", infromou o Ministério da Fazenda.


A pasta acrescentou que é prerrogativa do Congresso Nacional decidir onde os recursos públicos serão alocados, mas acrescentou que o novo limite constitucional terá que ser respeitado, caso a proposta que institui o teto venha a ser aprovado no Congresso e comece a valer.


O impacto do reajuste aprovado pela Câmara na semana passada, e que beneficia servidores dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e para a Procuradoria-Geral da República, além de militares, é estimado em R$ 52,9 bilhões em três anos (2016, 2017 e 2018).


A aprovação gerou críticas ao governo do presidente em exercício, Michel Temer, que deu apoio ao reajuste, por elevar gastos no momento em quem o governo federal registra rombo nas contas públicas. Além disso, o reajuste contradiz discurso de Temer, que em 24 de maio propôs pacote de medidas para controlar despesas e melhorar a situação fiscal.


Ministro do Planejamento


Também na última semana, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo de Oliveira, já havia informado que os reajustes aprovados pelo Congresso Nacional já estariam enquadrados dentro da nova regra de teto para os gastos públicos - se ela estivesse em vigor.


"Eu diria que é importante denotar que os acordos que foram aprovados já estariam enquadrados na nova regra de limitação da despesa do governo federal que foi anunciada. Crescimento da folha se dará dentro do limite máximo que se daria pela inflação", disse ele na ocasião.


Teto para os gastos públicos


O projeto para estabelecer um teto para os gastos públicos foi anunciado no fim do mês de maio pelo presidente em exercicio Michel Temer - proposta semelhante à que foi feita pela equipe econômica da presidente afastada Dilma Rousseff no que ficou conhecida como “reforma fiscal”.


O presidente em exercício explicou, naquela ocasião, que a proposta prevê que o percentual de alta dos gastos públicos em um ano não poderá ser superior ao da inflação registrada no ano anterior. O objetivo é evitar o crescimento real das despesas (acima da inflação).


Uma vez que o Congresso Nacional aprove a PEC, informou o Ministério da Fazenda, a aplicação mínima constitucional em educação e saúde passa a ser a calculada segundo a regra constante da proposta de emenda constitucional.


O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Carlos Hamilton, explicou que o gasto com Saúde e Educação poderá crescer acima da inflação, mas somente caso outras áreas gastem abaixo do limite - abrindo assim um espaço.



Segundo ele, o teto da inflação para o aumento dos gastos públicos vale para o orçamento como um todo. Então, é possível que uma área gaste mais, mas para isso é preciso cortar em outra.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Reajuste do funcionalismo estará sujeito a limite constitucional, diz ministério


Agência Brasil     -     06/06/2016


O Ministério da Fazenda divulgou nota hoje (6) para esclarecer que o reajuste do funcionalismo estará sujeito ao limite constitucional de gastos. A nota destaca também que não há nenhuma divergência entre o Ministério da Fazenda e o presidente interino Michel Temer sobre o tema.


O ministério lembra que o governo já anunciou que vai propor ao Congresso Nacional emenda constitucional que limitará, pela primeira vez, o crescimento do gasto público e proporcionará o necessário ajuste estrutural das contas públicas.


“Essa Proposta de Emenda à Constituição (PEC) adotará os valores considerados no Orçamento deste ano e definirá que não haverá crescimento real, ou seja, esses valores serão reajustados com base na inflação medida no ano anterior”, diz a nota.


De acordo com o Ministério da Fazenda, é prerrogativa do Congresso Nacional decidir onde os recursos públicos serão alocados, respeitando esse novo limite constitucional, caso a PEC seja aprovada.


Argumentação


No último dia 2, o ministro do Planejamento, Dyogo Henrique de Oliveira, informou que os reajustes a servidores públicos de 16 categorias aprovados pela Câmara dos Deputados são necessários para evitar uma “crise de funcionamento do serviço público".



Segundo ele e o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, os aumentos estavam dentro do planejado para as contas públicas, inclusive com efeito menor do que o projetado para a inflação, tanto a registrada até 2015 como a projetada para os anos seguintes.

Reajustes provocam primeiro atrito no governo Temer


R7     -     06/06/2016


Câmara aprovou aumento de salário para servidores no dia em que o desemprego bateu recorde


A decisão do presidente em exercício Michel Temer de autorizar, na semana passada, os reajustes salariais para diferentes categorias de servidores públicos abriu a primeira divergência entre a equipe econômica e os articuladores políticos do PMDB.


No Ministério da Fazenda, o entendimento é que não pode haver elevação de gastos, mesmo que seja para evitar desgastes ou pacificar relações, como defendem caciques políticos do PMDB.


Para a equipe econômica, que têm a missão de imprimir o corte mais duro e socialmente penoso da história nas contas públicas do Brasil, é "incompreensível" que o governo em exercício faça a opção política de abrir concessões, aumentando os gastos em bilhões de reais, para beneficiar o funcionalismo público, parcela privilegiada de trabalhadores. A sinalização é contraditória. Indica que o sacrifício inerente ao ajuste fiscal não será para todos.


Causou mais descontentamento ainda o fato de esse apoio não avaliar a conjuntura no mercado de trabalho: o incentivo do governo ao reajuste dos servidores, que têm estabilidade no emprego, ocorreu na mesma semana em IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que há 11,4 milhões de brasileiros desempregados na iniciativa privada, um número recorde.


Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, a Fazenda sequer foi envolvida em discussões oficiais sobre o tema. A decisão veio do Planalto. Um procedimento bem diferente ao adotado no trato de outras questões, igualmente sensíveis aos cofres públicos, como a negociação da dívida dos Estados e municípios e a fixação do déficit de R$ 170,5 bilhões, cujas reuniões sempre incluíram representantes da Fazenda e do Planejamento.


Internamente, na Fazenda, o sentimento é de que decisões políticas unilaterais, do próprio governo, podem atropelar e dificultar o ajuste fiscal, que, por si só, já é complexo e tende a sofrer resistência do Congresso e da população em geral.


Parte da equipe econômica, inclusive, rebate os argumentos de que o governo deu em favor do reajuste. Diz ser fato que o reajuste já estava acertado, que ficou abaixo da inflação e que já estava contabilizado no déficit projetado pelo governo anterior, de R$ 96 bilhões. Também alega ser fato que a despesa extra, de quase R$ 60 bilhões, será diluída no tempo e não aplicada de uma vez só, neste ano. Mas nenhum dos argumentos considera o essencial: é hora de cortar, não de elevar despesas, ainda mais quando elas incentivam novas despesas.


O reajuste para servidores da União tem efeito cascata nos Estados e municípios, onde os benefícios são atrelados a ganhos federais. Os aumentos precisam ser aprovados pelos Legislativos, mas é quase certo que, se passar no Congresso, vai chegar ao funcionalismo estadual e municipal no pior dos momentos - quando não suportam pagar salários e aposentadorias.


Há um complicador adicional. O reajuste também beneficiará inativos do serviço público. Ficará mais complicado explicar a necessidade da reforma da Previdência, cujos impactos recaem principalmente sobre os trabalhadores da iniciativa privada.


Fragilidade


Economistas que vinham dando voto de confiança ao novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ficaram preocupados com a postura do governo. Para José Márcio Camargo, economista-chefe da Opus Investimentos, foi um sinal de fraqueza da equipe econômica: "Ou uma ou duas. Ou Meirelles foi consultado e aceitou o argumento político em favor do reajuste ou ele foi atropelado: de um jeito ou de outro, é péssimo para o ajuste."


Marcos Lisboa, presidente do Insper e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, considerou o sinal muito ruim.



— A situação das contas públicos é gravíssima e o governo parece não ter entendido o tamanho do problema quando cede para este ou aquele grupo de pressão. Hoje é para os juízes, para os militares. E amanhã? Vai ser para quem?

Relator apresenta na quarta parecer sobre estabilidade para servidor sem concurso



Agência Câmara Notícias     -     06/06/2016



Proposta em análise na Câmara concede estabilidade ao trabalhador celetista que entrou na Administração Pública até 1990


A comissão especial que analisa a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 518/10, que concede estabilidade ao servidor público não concursado, reúne-se nesta quarta-feira (8) para apresentação do parecer do relator, deputado Átila Lins (PSD-AM). A apresentação do relatório estava prevista para o último dia 31, mas foi adiada.


Átila Lins recomenda a aprovação da PEC. Confira a íntegra do parecer.


A proposta em análise na comissão, de autoria do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), concede estabilidade ao servidor público não concursado em exercício na data de início da vigência do Regime Jurídico dos Servidores da União (Lei 8.112/90). Essa legislação entrou em vigor no dia 12 de dezembro de 1990.


O texto beneficia os funcionários de todos os poderes, nos três âmbitos das administrações direta e indireta (federal, estadual e municipal), admitidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.452/43).


Atualmente, a garantia de estabilidade para servidores sem concurso é válida somente para aqueles que estavam em atividade em 5 outubro de 1988 – data da promulgação da Constituição – e ocupavam o cargo há pelo menos cinco anos.



A reunião está marcada para as 14h30, em plenário a definir.

Governo se queixa de ‘sede’ de funcionalismo por autonomia


Radar On-line     -     06/06/2016




Aliados de Michel Temer estão reclamando da sede que diversas categorias do funcionalismo têm demonstrado.


Dizem que, da Defensoria Pública, passando pela AGU, CGU e PF, todos querem ser o Ministério Público Federal.



Em outras palavras: querem mandar no próprio orçamento, ter total autonomia e não ser subordinados a ninguém que não seja da carreira, escolhido por eles mesmos em lista tríplice.

Funcionalismo: entidades farão pressão sobre governo


Paloma Savedra
O Dia     -     06/06/2016


Com 36 sindicatos e 850 mil funcionários, Condsef articula para conseguir a sanção das propostas de Michel Temer


Rio - Após a aprovação de 14 projetos que garantem reajuste para o funcionalismo público federal, na quinta-feira, pela Câmara dos Deputados, e mediante a sinalização positiva do Senado, entidades que representam as categorias contempladas prometem manter pressão sobre o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB). A Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) — que reúne 36 sindicatos e representa cerca de 850 mil funcionários do Executivo Federal — já articula para conseguir a sanção das propostas por Temer.


O plenário da Câmara aprovou, em tempo recorde, a reestruturação de carreiras do Judiciário Federal, dos militares das Forças Armadas, Legislativo e Executivo federais. Apenas o Projeto de Lei 7922/14, que contempla a Defensoria Pública da União (DPU), ficou de fora, a pedido da própria instituição, que aponta inconstitucionalidades em alguns dispositivos.


Mesmo dizendo “não reconhecer a legitimidade do governo Temer”, a Condsef, que é filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), ressalta que isso não impede a entidade de tentar negociar suas demandas com a União, sobretudo quando estas são favoráveis aos servidores. “Nossa posição é de não reconhecer um governo que não foi eleito pelo voto popular”, diz o secretário de Administração da Condsef, Josemilton Costa (foto).


Votação a jato


Pouco depois da aprovação dos reajustes de servidores federais, o presidente interino Michel Temer elogiou a rápida votação dos projetos. Ele afirmou que o aumento do funcionalismo foi ajustado no governo Dilma, quando todos os funcionários ansiavam pela reestruturação. Temer agradeceu o empenho e o ritmo de atividades do Parlamento nas matérias.


O pacificador


Por trás da satisfação de Temer na aprovação dos reajustes, há um objetivo: pacificar a relação do governo com várias categorias de servidores. “É um aumento desejado há muito tempo e discreto, que quase não cobre a inflação.É útil para o governo e para trabalhadores. Sem dúvida, a aprovação levou em conta o cálculo político e o cálculo econômico”.


De olho na Câmara


Além da pressão que fará no Senado e no Executivo, a Condsef ressalta que continuará com as atenções voltadas para a Câmara, a fim de impedir a aprovação do Projeto de Lei Complementar 257/2016. A proposta trata de renegociação da dívidas dos estados com a União, exigindo contrapartidas dos estados que atingem o funcionalismo público.


Reajuste em xeque



Segundo Josemilton Costa, da Condsef, a renegociação pode resultar em não concessão de aumento a servidores estaduais, entre outras medidas. “Há orientação votar reajustes para distensionar o movimento de servidores, mas não vai conseguir. Vamos transferir a pressão para impedir o avanço do PL 257/16, que destrói o serviço público”, diz.

Entidades analisam redução de percentual de reajuste dos planos da Geap


BSPF     -     05/06/2016


Em reunião na Geap, nesta quinta-feira (2), com membros do Conselho Administrativo (Conad), entre eles o presidente, Irineu Messias de Araújo, e o vice-presidente do Conselho, Luiz Carlos Braga, com participação da vice-presidente de Aposentadorias e Pensões da ANFIP, Misma Rosa Suhett, e representantes da Anasps (servidores da Previdência e da Seg. Social), Anpprev (procuradores da Previdência Social), Fenadados (Trabalhadores em empresas de Processamento de Dados ) e Condsef (servidores públicos federais), foi deliberado que o presidente do Conad emitirá uma resolução, ad referendum do Conselho, reduzindo o percentual de aumento dos planos de 37,55% para 20%, podendo, se aprovada pelos demais membros, vigorar a partir do próximo mês.

A redução do reajuste exigirá como contrapartida a diminuição dos custos administrativos e assistenciais, para que haja viabilidade administrativa da Geap. A medida também evitará a evasão dos assistidos, já que, desde novembro de 2015, quando o índice de 37,55% foi anunciado, 23 mil pessoas saíram do plano.


Fonte: Anfip

Condsef marca plenária nacional para o dia 10 de junho



Jornal Extra     -     05/06/2016



A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) espera servidores de todo o país para sua plenária nacional marcada para o dia 10 de junho (sexta-feira). A confederação representa a maior parte dos trabalhadores civis do Executivo da União. Na mesma data, a representação organiza um movimento nacional com paralisação de atividades em defesa da democracia e das pautas que preveem reajustes salariais.


O funcionalismo federal se organiza para pressionar o Senado de olho nas votações das propostas de aumento. O encontro acontecerá no auditório do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindsep-DF).

Em 15 anos, funcionalismo federal ganhou 300 mil servidores, e folha aumentou R$ 198 bilhões

Jornal Extra     -     05/06/2016




O crescimento desordenado das despesas federais por conta das remunerações pagas ao funcionalismo nos últimos anos fica escancarado ao compararmos os gastos da União entre 2000 e 2015. Com base nos números do Boletim Estatístico de Pessoal, elaborado pelo Ministério do Planejamento, nota-se um aumento de R$ 198,2 bilhões nas despesas com os trabalhadores (veja o quadro abaixo). A expansão é observada, também, no total de cadastrados na folha de pagamento: o governo ganhou mais 302.302 funcionários, e o país fechou 2015 com mais de 2,1 milhões de servidores públicos federais, com um gasto anual de R$ 256,4 bilhões.


O montante pago no ano passado sofrerá um acréscimo em 2016. Segundo uma projeção divulgada pelo próprio Planejamento, até dezembro, serão gastos R$ 258,8 bilhões, incluindo o 13º salário, por conta dos reajustes já aprovados pela Câmara dos Deputados e que passarão pelo Senado nas próximas semanas. O Planejamento explicou que o impacto dos aumentos fará com que a folha chegue a...



Ação popular quer barrar aumento para servidores

Brasil 247     -     04/06/2016




O advogado Carlos Alexandre Klomfahs entrou com ação popular na Justiça Federal de São Paulo com o objetivo de barrar o reajuste para servidores públicos federais aprovado pela Câmara, em uma articulação do presidente interino, Michel Temer (PMDB); o Legislativo aprovou 14 projetos de reajustes de servidores de várias carreiras públicas federais; só o aumento dos servidores do Executivo terá um impacto de cerca de R$ 14,9 bilhões até 2019; na ação, o advogado citou a crise econômica para convencer a Justiça a barrar o reajuste


O advogado Carlos Alexandre Klomfahs entrou com ação popular na Justiça Federal de São Paulo com o objetivo de barrar o reajuste para servidores públicos federais aprovado pela Câmara dos Deputados, em uma articulação do presidente interino, Michel Temer (PMDB). A Câmara aprovou 14 projetos de reajustes de servidores de várias carreiras públicas federais. O reajuste médio concedido foi de 21,5%, divididos em quatro anos. Quase todas as propostas precisam passar pelo Senado.


A advogado citou a crise econômica para tentar convencer a Justiça a barrar o reajuste. “O que se pede é a anulação do ato administrativo e a suspensão em razão do momento econômico que se passa. Não é razoável nem proporcional um aumento de despesa – ainda que prevista no orçamento – primeiro pela instabilidade política que repercute diretamente na economia e segundo porque, enquanto o reajuste dos trabalhadores foi de 11,6% o reajuste dos Poderes da República alcançará cifra de 10,7% a 55%!!!!”, alegou, conforme relato do blog do Fausto Macedo (veja aqui)


De acordo com o projeto aprovado, os ministros do STF terão seus subsídios aumentados dos atuais R$ 33.763 para R$ 39.293. O montante é considerado o teto do funcionalismo público. Junto com os demais servidores do Judiciário, o impacto é de mais de R$ 6 bilhões até 2019.


O aumento salarial dos servidores do Poder Executivo terá um impacto de cerca de R$ 14,9 bilhões até 2019. Os reajustes dos servidores das Forças Armadas (R$ 14 bilhões) e da área da Educação (R$ 14,9) também terão impacto significativo em quatro anos. O reajustes servidores do Tribunal de Contas da União (TCU) deverá gerar um impacto de quase R$ 320 milhões até 2019. Alguns projetos, como o dos reajustes da Câmara e do Senado não trazem previsão do impacto.


Segundo a ação do advogado, “como é fato notório e independe de provas, nos temos do artigo 374, I, do Código de Processo Civil, o país passa por um reajuste de contas para se adequar as metas fiscais e ao ajuste econômico imposto pelas leis nacionais e pelo mercado internacional, objetivando o retorno do crescimento, que vem decrescendo desde 2008”.



"A Câmara dos Deputados então, ao largo de toda essa reestruturação fiscal e econômica destoou grandemente dos princípios da razoabilidade, moralidade e da proporcionalidade, ferindo de morte princípios constitucionais e possibilitando ação popular que vise impedir violação de princípios constitucionais", diz o texto.

Novos cargos federais geram debate


BSPF     -     04/06/2016


Governo interino nega despesas extras


A aprovação da proposta, pela Câmara dos Deputados, para criação de 14 mil cargos federais gerou manifestações contraditórias na sexta-feira. A medida foi incluída em um dos projetos de lei de reajuste de salários votados pelo plenário em sessão que terminou na madrugada de quinta-feira.


Enquanto o líder o PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), disse que o Senado irá revisar a pauta-bomba aprovada pelos parlamentares, o Ministério do Planejamento divulgou nota esclarecendo que a criação de novos cargos não gera aumento de despesas.


Batalha de respostas


Segundo Rossi, caso o Senado não barre a medida, o presidente interino Michel Temer (PMDB) irá vetar a proposta. O parlamentar admitiu que o projeto não foi percebido pelos deputados e sequer foi detectada pela assessoria parlamentar antes de ser aprovada.


Essa proposta não tem justificativa, não foi discutida, será revisada no Senado ou, em última instância, o presidente Temer a vetará disse o deputado após participar de um evento em Ribeirão Preto (SP).


Já de acordo com texto elaborado pelo ministro Dyogo Oliveira após encontro com o presidente interino, o artigo 149 do Projeto de Lei 4.253 2015 ´é claríssimo´.


´A criação de cargos a que se referem os artigos 3º, art. 42, 43 e 47 ocorrerá sem aumento de despesa, pela compensação entre os valores correspondentes à totalidade da remuneração dos cargos vagos extintos e os valores correspondentes à totalidade da remuneração dos cargos e das funções criadas´.


O Planejamento informa, ainda, que os cargos remanejados serão mantidos vagos, respeitando a legislação orçamentária, que impede a realização de concursos este ano. ´Esta medida deve ser mantida em 2017´, diz.


O ministro reiterou que o reajuste dos servidores recompõe parcialmente as perdas provocadas pela inflação e que essa recomposição foi diluída em até quatro anos nas medidas aprovadas pela Câmara. ´Entrarão em vigor a partir de agosto deste ano com impacto orçamentário de R$ 7 bilhões. Esse valor já estava previsto no Orçamento Geral da União de 2016, além de contabilizado no déficit previsto de R$ 96 bilhões pelo governo anterior´, afirmou.



Fonte: Jornal A Notícia

O pacote salarial e as armadilhas


BSPF     -     04/06/2016


O governo interino do presidente Michel Temer e a base política que o sustenta no Congresso Nacional sofrem forte desgaste neste início de junho por causa da aprovação do pacote de reposição salarial de servidores públicos federais, com destaque para o Judiciário.


Ideólogos de esquerda e de direita juntaram suas vozes para críticas contundentes. Massacraram mais os parlamentares do que o Executivo. O lulopetismo alveja com toda a veemência o governo Temer. Os liberais cobram coerência de Temer, mergulhado no comando da grave crise com R$ 170 bilhões de rombo nas contas públicas.


A polêmica matéria comporta várias leituras. A primeira: no geral, a reposição é justa e resulta de amplo acordo. Trata-se, na realidade, de reposição salarial de categorias há anos com os salários congelados. A segunda: os recursos estão previstos no orçamento de 2016. Terceira: a reposição do Judiciário vem sendo tratada pelo governo da presidente afastada Dilma Rousseff e sua base parlamentar desde 2014. Quarta: Dilma e seus líderes no parlamento assumiram compromisso de aprovação.


Os petistas reagiram porque apostavam no ajuste fiscal e queriam a rejeição dos projetos. Neste caso, dezenas de categorias de servidores com salários estrangulados deflagrariam sucessivas greves, inviabilizando o atual governo. A pauta-bomba foi deixada com estopim aceso por Dilma Rousseff e está explodindo no colo de Michel Temer.


A aprovação tem, assim, dois efeitos imediatos: faz justiça aos servidores com salários congelados, esvaziando movimentos grevistas; e neutraliza no Congresso qualquer proposta de aumento de impostos.



Fonte: Jornal de Santa Catarina (Moacir Pereira)

Plenário aprova reajuste para 197 mil servidores


BSPF     -     04/06/2016


Os aumentos serão de 11,5% de agosto de 2016 a janeiro de 2017


O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (2), o Projeto de Lei 4250/15, do Executivo, que reajusta a remuneração de várias carreiras do Executivo. A matéria será votada ainda pelo Senado.


O reajuste alcançará um total de 197.535 servidores civis ativos e 397.958 aposentados e pensionistas, com um custo de R$ 1,07 bilhão em 2016, de R$ 4,5 bilhões em 2017, R$ 4,55 bilhões em 2018 e R$ 4,66 bilhões em 2019.


Serão beneficiados com aumentos de 11,5% de agosto de 2016 a janeiro de 2017 servidores de carreiras de:


Ciência e Tecnologia;
Tecnologia Militar;
Previdenciária do Plano de Classificação de Cargos;
Seguridade Social e do Trabalho;
fiscalização federal agropecuária;
defesa aérea e controle de tráfego aéreo;
Seguro Social;
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM);
carreiras do Departamento de Polícia Rodoviária Federal;
Secretaria de Patrimônio da União;
pessoal do Ministério do Meio Ambiente, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes;
especialista em Meio Ambiente;
Previdência, Saúde e Trabalho;
Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur);
Plano Geral de Cargos do Poder Executivo;
agentes de Saúde Pública e Combate a Endemias;
Hospital das Forças Armadas;
Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Fundação Nacional do Índio (Funai);
Pesquisa e Investigação Biomédica em Saúde Pública;
Ministério da Fazenda;
Imprensa Nacional;
auditor fiscal federal agropecuário;
empregos públicos do Hospital das Forças Armadas (HFA);
Plano de Classificação de Cargos dos Ex-Territórios Federais.



Fonte: Agência Câmara Notícias

Reajuste para servidores fica abaixo da inflação

BSPF     -     04/06/2016



Projetos seguem agora para o Senado e já estavam previstos em orçamento


Os projetos de lei (PL´s) que trazem reajustes abaixo da inflação para a maioria dos servidores do Executivo foram aprovados na madrugada desta quinta-feira pela Câmara dos Deputados. Esses PL´s são fruto de acordos firmados entre servidores e governo ainda em agosto de 2015 e que aguardavam votação no Congresso Nacional desde o final do ano passado. O processo de negociações que garantiu reajustes inclusive abaixo do necessário, pois não repõem a inflação de um período de dois anos, só foi possível com muita pressão e luta dos servidores federais.


De modo geral, para a maioria do Executivo, os acordos preveem reajuste de 10,8% dividido em dois anos (ago/2016 e jan/2017) e mudanças na regra da média da gratificação para fins de aposentadoria que serão escalonadas em três etapas entre 2017 e 2019. Todos estão previstos em orçamento e seguem agora para o Senado onde a Condsef vai continuar acompanhando e pressionando por sua aprovação.


É importante que a sociedade compreenda que a maioria desses projetos não traz impactos negativos para economia brasileira. Há anos, a relação entre despesa de pessoal e Receita Corrente Líquida da União está perfeitamente controlada e muito abaixo do que recomenda a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e estava em 37,1% em 2015. Em 1995 essa relação era de 54,46%. Desde que foi criada, a LRF recomenda que este percentual não ultrapasse o limite prudencial que é de cerca de 51%. A série histórica mostra que esse limite sempre foi respeitado e esteve abaixo dos 40% nos últimos dez anos. Portanto, os servidores e os serviços públicos não são o grande problema do desequilíbrio das contas públicas.


Dívida pública


É mais que urgente que a sociedade passe a exigir explicações a respeito de quanto pagamos para garantir a amortização e pagamento de juros de uma dívida pública da qual muito pouco sabemos. Só em 2014, a dívida levou 45,1% de nosso orçamento total, o que representa quase R$1 trilhão. Não são investimentos públicos, nem a previdência social os vilões do orçamento. É a dívida pública que consome quase metade de nossos recursos. O mínimo que se espera é que uma auditoria ocorra para garantir que estamos arcando com uma dívida legítima. No Equador, onde houve o processo de auditoria, cerca de 70% da dívida daquele país foi reduzida. Na Grécia a população chegou a dar aval para que o governo promovesse a auditoria e muito foi esclarecido a respeito do que era cobrado da sociedade de forma indevida.


O Brasil perde muitas possibilidades de investir de fato em políticas públicas eficientes porque há gargalos que fazem com que nossos recursos sejam transferidos para poucos que lucram com essa política de pagamento de juros e amortizações da dívida. Essa caixa preta precisa ser aberta. Além disso, vale lembrar que no ano passado deixamos de arrecadar quase R$500 bilhões com outro problema que precisa ser atacado: a sonegação fiscal. Portanto, não podemos permitir que a sociedade encare o servidor como vilão de um cenário onde o que falta é investimento para garantir serviços de qualidade a uma população que paga impostos que o Estado tem a obrigação de assegurar.


O país conta com o mesmo número de servidores públicos que contava há vinte anos. Enquanto isso, a população cresceu junto com as necessidades de aprimoramento dos serviços públicos. É preciso cobrar dos governos investimentos adequados e que priorizem políticas públicas. A política que propõe o Estado Mínimo, e parece ser uma prioridade deste governo interino, mostrou em poucas semanas que não se compromete com avanços em direitos para a população. Ao contrário, impõe a retirada de direitos para garantir mais e mais recursos para uma minoria privilegiada que só tem aumentado seus lucros enquanto a crise achata a maioria da população.



Com informações da Condsef

Ao contrário do que dizem, servidores do Judiciário tiveram aumentos nos últimos anos



Jornal Extra     -     04/06/2016



A versão dos servidores do Judiciáo federal de que suas defasagens salariais são decorrentes da falta de aumentos em uma década não é verdadeira. Dados do próprio Ministério do Planejamento comprovam que houve, sim, cinco reajuste entre 2005 e 2015



Texto aprovado pela Câmara dos Deputados escondia criação de 14 mil cargos no Executivo


Jornal Extra     -     04/06/2016



Na contramão dos especialistas, que são categóricos em dizer a União precisa cortar custos com pessoal, a Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada de ontem, a criação de 14.419 cargos no Executivo.


A proposta estava escondida no projeto de lei que concedeu reajustes aos servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus. São mais de quatro mil cargos apenas para técnicos administrativos em Educação. O Planejamento não informou se as vagas serão preenchidas por concurso público, se o texto passar no Senado.


Governo defende medida, e economia pode ser zero



O Ministério do Planejamento tentou justificar a criação dos 14 mil novos cargos, alegando que isso compensaria a extinção de outros equivalentes. Seria como trocar seis por meia dúzia. Semanas antes, porém, a promessa era cortar de quatro mil cargos comissionados e diminuir os gastos.

Ministério do Planejamento: Criação de cargos não aumentou despesas


BSPF     -     03/06/2016


Ao contrário de notícias veiculadas pela imprensa nesta sexta-feira (3), o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão esclarece que:



1 – Não houve criação de novos cargos na administração federal, que gerasse aumento de despesas. O que houve foi a compensação com a extinção de outros cargos equivalentes.


2 – O Projeto de Lei 4.253 2015, em seu artigo 149 é claríssimo: “A criação de cargos a que se referem os artigos 3º, art. 42, 43 e 47 ocorrerá sem aumento de despesa, pela compensação entre os valores correspondentes à totalidade da remuneração dos cargos vagos extintos e os valores correspondentes à totalidade da remuneração dos cargos e das funções criadas”.


3 – Todos os cargos remanejados serão mantidos vagos uma vez que a legislação orçamentária impede a realização de concursos este ano e que esta medida deve ser mantida em 2017. Esclarecendo-se mais uma vez que não haverá aumento de despesa.


4 – Por sua vez, a recomposição parcial das perdas provocadas pela inflação a categorias do funcionalismo do governo federal foi diluída em até quatro anos nas medidas aprovadas pela Câmara dos Deputados. Entrarão em vigor a partir de agosto deste ano com impacto orçamentário de R$ 7 bilhões. Esse valor já estava previsto no Orçamento Geral da União de 2016, além de contabilizado no déficit previsto de R$ 96 bilhões pelo governo anterior.


5 – Os servidores do Judiciário estavam sem reajuste nos vencimentos básicos, há nove anos. O governo vetou recentemente aumento aprovado pelo Congresso de até 70%. Portanto, muito maior que o acordado entre os servidores e o governo: de 16% a 40%, que serão aplicados nos próximos cinco anos. Mesmo estes aumentos também são inferiores à inflação do período.


Com informações do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Aprovado pagamento de honorário advocatício para advogados da União


Agência Câmara Notícias     -     03/06/2016



Os deputados retiraram do texto, para tramitar em um projeto de lei autônomo, os artigos que permitiam aos advogados exercerem advocacia privada em conjunto com o cargo público


O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (2), o Projeto de Lei 4254/15, do Executivo, que reajusta a remuneração de várias categorias e disciplina o pagamento de honorários advocatícios para os advogados da União. A matéria ainda será votada pelo Senado.


Previsto no novo Código de Processo Civil (CPC), o pagamento de honorários advocatícios pelo ganho de causa a favor da União será composto pelos honorários de sucumbência fixados nas ações; 100% dos encargos legais sobre créditos de autarquias e fundações e até 75% do encargo legal dos demais débitos.


Segundo o governo, para os meses de agosto a dezembro deste ano, o rateio entre os servidores dará cerca de R$ 3 mil ao mês, cálculo efetuado de acordo com os montantes das causas encerradas no primeiro semestre de 2015.


Os honorários serão pagos aos integrantes das carreiras de Advogado da União, de Procurador Federal, de Procurador da Fazenda Nacional e de Procurador do Banco Central do Brasil, assim como aos ocupantes dos cargos integrantes de quadros suplementares em extinção da área jurídica.


O impacto orçamentário do pagamento dos honorários será de R$ 123 milhões em 2016. Nos próximos anos, dependerá dos honorários fixados pelo juiz nas causas ganhas pela União.


Já o subsídio dos advogados da União, reajustado em 21,25% em quatro anos, terá impacto de R$ 113,7 milhões para 2016, R$ 483,5 milhões em 2017, R$ 719,6 milhões em 2018, e R$ 954 milhões em 2019.


Aposentados


Uma novidade no pagamento dos honorários foi a aprovação de emenda do deputado Lucas Vergílio (SD-GO) que estende o pagamento aos aposentados, contrariamente ao que previa o texto original.


Para o autor da emenda, o valor total a ser despendido pela União não alterará, provocando apenas uma diminuição do valor individual a ser recebido por cada servidor da ativa.


Advocacia privada


Devido a discordâncias que poderiam impedir a aprovação do projeto, os deputados retiraram do texto, para tramitar em um projeto de lei autônomo, os artigos que permitiam aos advogados exercerem advocacia privada em conjunto com o cargo público.


Prerrogativas


O projeto define ainda prerrogativas dos ocupantes desses cargos da área jurídica, assemelhadas a de juízes e procuradores. Por essas prerrogativas, eles não poderão ser presos ou responsabilizados pelo descumprimento de determinação judicial no exercício de suas funções; poderão ser presos ou detidos somente por ordem escrita do juízo criminal competente; terão prisão especial e cumprirão pena em dependência separada após sentença condenatória transitada em julgado; e terão o mesmo tratamento protocolar reservado aos magistrados.


Outras carreiras


O projeto prevê o aumento de subsídio (27,94% em quatro anos) de diversas outras carreiras, como: especialista do Banco Central do Brasil, analista da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), analista técnico da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e carreiras de gestão governamental.


Também tiveram a remuneração reajustada os cargos das carreiras da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da área penitenciária federal, do plano especial de cargos do Departamento de Polícia Federal, do plano de carreiras e cargos da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).


O custo desses reajustes será de R$ 203,3 milhões em 2016, de R$ 972,8 milhões em 2017, R$ 1,16 bilhão em 2018 e de R$ 1,59 bilhão em 2019, beneficiando 20.746 servidores civis ativos e 21.078 aposentados e pensionistas.

Governo nega despesa adicional com criação de novos cargos

Agência Brasil     -     03/06/2016



O Ministério do Planejamento informou hoje (3) que os mais de 14 mil novos cargos na administração federal, aprovados pela Câmara dos Deputados, a serem criados junto com a aprovação de reajustes de servidores públicos, não resultarão em custos adicionais ao governo.


Segundo o ministério, a criação dos novos cargos será compensada pela extinção de outros que se encontram vagos. O projeto de lei aprovado na Câmara, e que segue agora para o Senado, prevê a extinção de 15.994 cargos.


As mudanças não eliminam a possibilidade de despesas futuras, com o eventual preenchimento das vagas em aberto.



Em nota, o Ministério do Planejamento acrescentou que a atual legislação orçamentária veta a realização de concursos públicos este ano e que, por isso, os cargos vagos não resultarão em novas despesas a curto prazo.

Sem alarde, Câmara cria 14.419 cargos federais


Blog Reinaldo Azevedo     -     03/06/2016


Isso corresponde a quase quatro vezes o número que o governo pretende cortar


Trem da alegria - Sem fazer alarde, a Câmara aprovou a criação de 14.419 cargos federais — quase quatro vezes os 4.000 postos comissionados que Michel Temer prometeu ceifar neste ano. A autorização passou batida até por deputados. Ela estava no projeto de lei que concedeu aumento a servidores da Suframa, aprovado em meio aos reajustes salariais que trarão impacto de R$ 58 bilhões às contas públicas. Além de passar pelo Senado, será necessário realizar concursos para preencher os postos.


Tudo e todos


Dentre os cargos aprovados, a maior parcela é de técnicos administrativos em educação — são 4.732. Há, inclusive, 52 postos no Instituto Brasileiro de Museus e 516 analistas para o Comando do Exército.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Reajuste de servidor não inclui várias categorias e deve crescer


Ribamar Oliveira
Valor Econômico     -     03/06/2016


O custo dos reajustes salariais dos servidores da União será maior do que o anunciado ontem pelo governo. A razão disso é que muitas categorias de funcionários ficaram fora dos 14 projetos de lei aprovados na noite de quarta-feira pela Câmara dos Deputados. Entre essas categorias estão algumas daquelas com maior poder de pressão, como os auditores e analistas da Receita Federal, os diplomatas, os delegados e agentes da Polícia Federal, os médicos do quadro do INSS e os analistas e técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).


Os projetos de lei que concedem reajuste a essas categorias sequer foram enviados pelo governo ao Congresso, uma vez que os acordos salariais com a maior parte desses servidores foram fechados no dia 11 de maio, às véspera do afastamento da presidente Dilma Rousseff. "Esses acordos ainda serão avaliados pelo governo", anunciou ontem o ministro interino do Planejamento, Dyogo de Oliveira. O problema é que não há recursos no Orçamento deste ano para atender a todos os aumentos.


Dyogo informou que o custo dos reajuste salariais dos servidores aprovados pela Câmara é de R$ 7 bilhões neste ano, R$ 19,4 bilhões em 2017 e R$ 26,5 bilhões em 2018, o que totaliza R$ 52,9 bilhões nos três anos. Ele afirmou que "a aprovação desses acordos está em linha com o ajuste fiscal, com a contenção das despesas e com o que o governo está propondo, que é a regra para o crescimento da despesa, limitada pela inflação".


A lei orçamentária deste ano, no entanto, estimou o custo dos reajustes salariais dos servidores em R$ 8,09 bilhões. O Ministério do Planejamento explicou que os R$ 7 bilhões informados por Dyogo de Oliveira referem-se aos acordos já aprovados pela Câmara. Existiria, portanto, um "saldo" de R$ 1 bilhão (R$ 8,09 bilhões menos R$ 7 bilhões) que poderá ser usado, se o governo decidir conceder aumento para as categorias que assinaram acordos de última hora.


O projeto de lei que o governo Michel Temer encaminhou ao Congresso, no dia 23 de maio, com a proposta de alteração da meta fiscal deste ano, também mudou o dispositivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que proibia a inclusão no Orçamento de despesa resultante de projetos de aumento de servidores que tivessem sua tramitação iniciada depois da publicação da própria LDO. O projeto listou as categorias de servidores que assinaram acordo salariais de última hora e que poderiam ser contemplados com aumento.


A assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento informou ao Valor que apenas três categorias que assinaram acordo no fim de março poderão, após avaliação da área econômica, receber reajuste ainda este ano. Elas são os médicos do INSS, os auditores e analistas-tributários da Receita Federal e os auditores e fiscais do Ministério do Trabalho. Para conceder os aumentos, o governo contaria com o "saldo" existente na lei orçamentária. As demais categorias, de acordo com a assessoria do Planejamento, assinaram acordo que já previam aumento salarial apenas em janeiro do próximo ano, com reajuste maior, de 12,9%.


O governo esclareceu ontem que o aumento salarial dos servidores do Judiciário, do Ministério Público da União (MPU), do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Defensoria Pública da União (DPU) terá validade a partir de julho deste ano. O governo alega que a data do início do pagamento constou do acordo que foi fechado com essas categorias de servidores. Para os funcionários do Executivo, no entanto, o aumento será pago a partir de primeiro de agosto.


Se o reajuste para as categorias que não estão incluídas nos 14 projetos aprovados pela Câmara ficar mesmo para janeiro de 2017, o total da despesa com pessoal da União no próximo ano certamente será superior à variação da inflação, na comparação com o gasto de 2016. Isso dificultará ainda mais o cumprimento do teto para a despesa total da União, que é o centro da política fiscal do governo Temer.



(Colaboraram Andrea Jubé, Leticia Casado e Bruno Peres)

Servidores da AGU criticam Adams e Cardozo

Radar On-line     -     03/06/2016




Nesta quinta-feira, quando foram para cima do novo AGU, Fábio Medina, os servidores da advocacia-geral da União aproveitaram para também espinafrar os antigos chefes da pasta: Luís Inácio Adams e José Eduardo Cardozo.


Dizem que o primeiro deixou a classe abandonada, sem lutar por seus reajustes, e o segundo só queria saber da defesa de Dilma Rousseff.


Por isso, querem agora que Medina faça o diabo para conseguir que o Congresso aprove um projeto que os permita atuar na advocacia privada paralelamente ao serviço na AGU.
Depois de ouvir as reclamações dos servidores, Medina criou um fórum permanente para discutir as demandas da classe.


Os advogados estão insatisfeitos com os salários que variam de 17 mil a 22 mil reais, isso sem contar os benefícios como plano de saúde e auxílio-alimentação.


Para os advogados públicos, é vital poder atuar também na advocacia privada.
Eles garantem que isso não vai afetar a produtividade deles, pois os casos próprios só serão tratados fora do horário do serviço público.


Difícil vai ser convencer os deputados sobre isso.