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OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

OS DESTEMIDOS  GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO
A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Projeto estabelece regras para concursos federais

 



Agência Câmara Notícias     -     09/01/2013
 

 


Tramita na Câmara o Projeto de Lei 4426/12, do deputado Wellington Fagundes (PR-MT), que unifica as regras para a realização de concursos públicos federais. O texto
proíbe, por exemplo, a realização de concursos para formação de cadastro de
reserva e obriga os organizadores a nomear todos os aprovados dentro do número
de vagas ofertadas.


Pela proposta, somente poderá haver processo seletivo para órgãos federais após
autorização do órgão central do sistema de pessoal civil e com dotação na Lei
Orçamentária Anual. Enquanto os candidatos aprovados em um concurso não forem
convocados, também fica vedada a realização de novo
processo.


O
projeto determina que empresas cujos dirigentes ou administradores tenham sido
condenados por crimes ou contravenções relacionados à realização de concursos
serão impedidas de participar de novos processos por 20
anos.


Outra
novidade prevista no texto é a inscrição realizada exclusivamente por meio
eletrônico. Quanto à taxa, o valor não poderá ser superior a 5% da remuneração
inicial do cargo ou emprego em disputa. Terão direito à isenção da taxa de
inscrição os doadores de sangue que tenham feito, no mínimo, três doações no ano
anterior à data limite para a inscrição e os beneficiários de programas sociais
públicos.


Edital


No
edital, a ser publicado no mínimo 90 dias antes da primeira prova, os
organizadores deverão prever o número de vagas, assim como o conteúdo
programático das questões em cada área de conhecimento.


O
documento deve trazer ainda aspectos como os requisitos para a nomeação dos
aprovados, as condições para a participação de pessoas com deficiência e os
critérios de correção das provas. Para pessoas com deficiência, poderão ser
reservadas de 5% a 20% das vagas.


Ainda
conforme o projeto, o edital tem de especificar a forma de apresentação de
recursos e de solução das controvérsias. Assegura-se a qualquer cidadão o
direito de impugnar os termos do edital por descumprimento da lei até dez dias
úteis antes da primeira prova. O resultado do processo deve ser expedido em até
três dias úteis.


Provas


Caberá
à banca examinadora definir o conteúdo das provas. O texto veda a reprodução
exata de questão constante em concurso anterior. A especificação de fontes
bibliográficas e a inclusão de itens em relação aos quais se verifiquem
controvérsias manifestas também passam a ser proibidas. Caso queira abrir
exceção, a banca deverá indicar o tema previamente no
edital.


Os
locais de aplicação dos testes deverão ter condições adequadas, como a acesso
para pessoas com deficiência e atendimento médico de emergência. A devolução dos
cadernos somente será obrigatória quando o candidato deixar o local antes do
final do horário de exame.


Em
todas as localidades com cem inscrições ou mais será obrigatória a aplicação de
provas, até porque, pelo texto, os candidatos concorrerão às vagas ofertadas
nacionalmente. Fica vedada a classificação por região. Ainda assim, ressalva-se
que o aproveitamento preservará, dentro do possível, a integridade do núcleo
familiar do candidato.


A
proposta também proíbe a realização de prova psicotécnica – que passa a ser
apenas eliminatória – exclusivamente por meio de entrevista e define que títulos
serão unicamente classificatórios. O peso dos títulos será limitado a 10% dos
pontos distribuídos. Provas orais, conforme previsto, terão de ser aplicadas em
locais com acesso público e deverão ser registradas em áudio e
vídeo.


Cada
questão deverá trazer a pontuação atribuída, assim como seu peso sobre o total
da avaliação. Para as perguntas discursivas deve-se divulgar previamente a tábua
de correção a ser utilizada, em que serão identificados:

-
os temas de abordagem obrigatória e a pontuação a eles relativa;

-
os critérios de atribuição de notas para cada questão;

-
as razões para perda de pontos.


Recursos


Na
apresentação de recursos, proíbe-se a adoção de limite mínimo ou máximo. O prazo
de julgamento não poderá exceder a 30 dias, e o da interposição será de, no
mínimo, 10 dias após a aplicação da prova. Caberá à banca examinada a análise
dos questionamentos.


Banca


Os
nomes dos integrantes das bancas que aplicarão provas escritas serão mantidos em
sigilo até a homologação dos resultados. Já examinadores incumbidos da aplicação
de provas orais somente serão identificados no momento do
exame.


Não
poderão inscrever-se em concurso público membros de banca ou qualquer outro
participante de sua organização, bem como cônjuges, companheiros ou parentes
consanguíneos ou afins até o terceiro grau.


Revogação
e anulação


Concursos
públicos somente serão revogados em condições muito específicas, como a extinção
ou declaração de desnecessidade das vagas. Nesse caso, no entanto, o órgão será
proibido de realizar nova seleção pelo período de dois
anos.


Insuficiência
de recursos financeiros, decorrente de “situação excepcional” representa outra
causa válida. Ainda assim, a instituição deverá comprovar que não há alternativa
viável para enfrentar as circunstâncias.



a anulação somente poderá ocorrer após o indiciamento de todos os candidatos
classificados até o limite de vagas em disputa.


Tramitação


O
projeto está apensado ao PL 252/03, do Senado. Os dois projetos e vários outros
apensados têm prioridade e serão analisados pelas comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania
(inclusive quanto ao mérito). Depois, serão votados pelo Plenário

PLANEJAMENTO AUTORIZA PROVIMENTO NO MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

 




MPOG   -     09/01/2013




Brasília – O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão autorizou o provimento de 551
cargos das carreiras de Pesquisa em Ciência e Tecnologia e de Gestão,
Planejamento e Infra-Estrutura em Ciência e Tecnologia, do Quadro de Pessoal do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI. A autorização foi dada por
meio da
Portaria Nº 10,
publicada hoje no Diário Oficial da União.


São
92 cargos de Analista em Ciência e Tecnologia; 84 de Tecnologista; 36 cargos de
Pesquisador; e nove cargos de Técnico. Outros 330 cargos de Assistente de
Ciência e Tecnologia serão destinados para a substituição de trabalhadores
terceirizados que exercem atividades em desacordo com a
legislação.


O
provimento nesses cargos será dos candidatos aprovados em concurso realizado em
dezembro de 2011, autorizado pela Portaria MP nº 553

Legislativo ainda patina na divulgação de salários

 




BSPF -     09/01/2013




O mais refratário dos três poderes à divulgação dos vencimentos dos seus
servidores ainda utiliza subterfúgios para dificultar identificação de eventuais
irregularidades


O entendimento que prevaleceu no Judiciário em 2012 de que os salários do
funcionalismo são públicos é fruto de uma discussão antiga. Desde a tramitação
no Congresso do projeto que originou a Lei de Acesso à Informação, o tema é
motivo para embates de diversos pontos de vista. O primeiro passo no sentido da
transparência foi dado pelo governo federal na regulamentação da Lei de Acesso,
em maio de 2012.


Em seguida, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a publicação da sua folha
de pagamento. Constrangido, o Legislativo se viu obrigado a também divulgar os
vencimentos de seus funcionários. A publicação veio – ainda que a contragosto e
sob algumas limitações. Quem pretende acessar os dados é obrigado a informar
nome, CPF e endereço ao preencher um cadastro.


A
transparência dessas informações é fundamental para o controle da sociedade
sobre os gastos públicos. O Congresso em Foco mostrou que servidores dos três
poderes receberam salários acima do que a Constituição permite. O teto é o
equivalente ao valor pago aos ministros do STF. O limite que era de R$ 26,7 mil
até dezembro passado, subiu este mês para R$ 28 mil.


Mesmo
com a publicação dos salários, é difícil identificar as irregularidades. As duas
Casas legislativas não permitem uma manipulação efetiva dos dados, pois obrigam
o interessado a verificar, nome por nome, a relação dos mais de 25 mil
funcionários e a se identificar a cada consulta.


Outra
dificuldade encontrada é a confiança nos dados publicados. Em setembro, o
Congresso em Foco mostrou que 2.273 servidores receberam em julho mais que o
valor do teto. Em agosto, foram 2.308 funcionários.


No
entanto, a Casa informou apenas o total do salário líquido recebido pelos
funcionários, mas o cálculo para determinar se um vencimento extrapolou o teto
constitucional é feito com base no valor bruto. Em resposta ao
site,
a assessoria de imprensa da Câmara indicou na época documento confirmando que o
conceito de salário líquido da Câmara exclui vários itens da remuneração, como o
tíquete-alimentação.


Situação
idêntica aconteceu no Senado no mesmo período. Levantamento do Congresso em Foco
identificou o pagamento de supersalários a quase um quinto dos servidores da
Casa.

Ao
contrário do Congresso, os órgãos do Judiciário, do Ministério Público e do
Poder Executivopublicam suas folhas sem necessidade de pedir informações
pessoais do cidadão.


Desde
o início da Lei de Acesso à Informação, importantes funcionários do Congresso
resistiram à ideia de publicar salários da categoria na internet, dentre eles a
diretora-geral da Casa, Dóris Marize, que já recebeu
supersalários.


Fonte:
Congresso em Foco

Comissão aprova criação de cargos em tecnologia da informação no TRT-RS

 



 
BSPF -     09/01/2013

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou o Projeto de
Lei 4219/12, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que cria 43 cargos de
provimento efetivo no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, com sede em
Porto Alegre (RS). Pelo texto, serão criados 28 cargos de analista judiciário e
15 cargos de técnico judiciário, todos na área de tecnologia da
informação.


Segundo o TST, a criação dos cargos assegura o cumprimento de resolução do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) que institui, entre outros dispositivos, um
quantitativo mínimo de profissionais de tecnologia da informação e comunicação
para a estrutura do Poder Judiciário.


“Diante
dessa realidade, o setor público buscou incorporar em sua estrutura funcional
servidores capazes de desenvolver trabalhos com o auxílio da tecnologia da
informação e comunicação”, disse o relator, ex-deputado Vicente Selistre
(PSB-RS), ao recomendar a aprovação do projeto.


Tramitação


O
projeto foi aprovado pela Comissão de Trabalho em outubro passado. A proposta
possui caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Finanças e
Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Fonte:
Agência Câmara Notícias

Medida provisória renova até junho contratos de temporários em dois órgãos federais

 



BSPF -     09/01/2013

O Congresso examinará a partir de fevereiro medida provisória que prorroga
contratos de pessoal temporário na esfera do Centro Gestor e Operacional do
Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE). Pelo texto da MP 602/2012, os órgãos ficam
autorizados a manter os temporários até 30 de junho deste ano, limite de prazo
para que sejam substituídos por concursados.

São 37 contratados temporariamente no Censipam e outros 61 no FNDE. Sem a edição da
MP 602, publicada em 28 de dezembro, os órgãos teriam sido obrigados a desligar
todos eles até o último dia do 2012. Na mensagem, o governo alegou como
relevante evitar a descontinuidade dos serviços que os temporários desempenham,
até que sejam nomeados os efetivos.

No
caso do Censipam, havia a previsão de nomeação de novos servidores a partir de
agosto de 2012, com tempo hábil para a transição entre os postos temporários e
os efetivos. Porém, somente em 3 de setembro de 2012 foi publicado o edital do
concurso autorizado pelo Ministério do Planejamento. As provas aconteceram em
novembro e só recentemente saiu o resultado final da seleção.

Em
relação ao FNDE, a mensagem informa que o órgão vem renovando os contratos desde
2002. Houve um concurso em 2007, seguido de evasão de 67% dos servidores
nomeados. Em abril 2012, foi autorizado novo certame, dessa vez para a
contratação de 140 Técnicos e Especialistas em Financiamento e Execução de
Programas e Projetos Educacionais. Com isso, o órgão espera repor os efetivos e
substituir de forma planejada os temporários, depois de constatar que esse grupo
vem exercendo funções que se enquadram como atividades típicas
rotineiras.

A
MP 602/2012 ainda deverá ser lida em Plenário, para que depois sejam designados
os senadores e deputados que vão compor a comissão mista especial que analisará
seu conteúdo, além de verificar se estão sendo atendidos os critérios de
urgência e relevância com a edição do texto.

Fonte:
Agência Senado

Candidata que comprovou existência de cargo vago no quadro da AGU garante nomeação




STJ  -     09/01/2013




A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a nomeação de
uma candidata aprovada para o cargo de Administrador da Advocacia-Geral da União
(AGU). Os ministros entenderam que ela comprovou a existência de cargos vagos e
consideraram ilegal o ato omissivo da Administração de não nomear candidato
aprovado e classificado dentro do número de vagas oferecidas no edital.


A candidata passou em 81º lugar no concurso realizado em 2010. O edital previu a
existência de 49 vagas para administrador, acrescidos dos cargos que vagassem
durante o período de validade do concurso. Ela comprovou a existência de 45
vagas adicionais por vacância e ingressou com mandado de segurança contra ato do
Advogado-Geral da União e do Ministro do Estado Planejamento e Gestão.


O
concurso para administrador da AGU foi homologado em 28 de junho de 2010 e
expirou em 29 de junho de 2012. A candidata sustentou que durante o período de
vigência do edital, foram realizadas mais de 650 cessões para o órgão, sendo
que, desse total, 37 servidores estariam ocupando o lugar para o qual estava
classificada.


Direito
subjetivo


De
acordo com a Seção, a partir da veiculação expressa da necessidade de prover
determinado número de cargos, prevista pelo Edital 1/2010, a nomeação de
candidato aprovado dentro do número de vagas se transforma de mera expectativa
de direito em direito subjetivo.


Mesmo
antes da realização do concurso público, segundo apontou a candidata no mandado
de segurança, a AGU solicitou ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
a ampliação de 50% do número de vagas do edital. E, por meio da Portaria
231/2011, o órgão suspendeu pelo prazo de 90 dias a concessão e prorrogação de
licença para tratar de assuntos particulares.


Após
a homologação do concurso, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
autorizou, por meio da Portaria 350, de 4 de agosto de 2010, a nomeação dos
candidatos aprovados para as 49 vagas previstas no edital para o cargo de
Administrador. Em seguida, foram autorizadas as nomeações de mais 22 candidatos,
totalizando 71 nomeações.


Ocorre
que, durante o período de validade do concurso, houve 45 vacâncias para o cargo
de Administrador, o que garantiu o direito líquido e certo da candidata, a
nomeação e posse. Segundo decisão da STJ, a investidura deve observar a ordem de
classificação e tem reflexos financeiros retroativos à data da interposição do
mandado de segurança.


Argumentos
da AGU


A
AGU sustentou em sua defesa que as vagas criadas ou surgidas no decorrer da
vigência do concurso público gerariam somente mera expectativa de direito ao
candidato aprovado. Além do que o preenchimento delas estaria submetido à
discricionariedade da Administração Pública.


O
Ministério do Planejamento, por sua vez, alegou ilegitimidade passiva para atuar
na causa e ressaltou que caberia a AGU solicitar o preenchimento das vacâncias
que porventura ocorressem, não havendo qualquer tipo de nomeação no âmbito desse
concurso que não fosse atendido. O órgão assinalou ausência de direito líquido e
certo à nomeação, pois a candidata não teria comprovado a existência das vagas.


Jurisprudência

Segundo
o relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, o ministro do Planejamento tem
legitimidade para responder ao mandado de segurança por ser o responsável pela
autorização do provimento de cargos relativos ao concurso em discussão.


No
mérito, ele ressaltou que a Constituição Federal previu duas ordens de direito
ao candidato aprovado em um concurso público: o direito de precedência, dentro
do prazo de validade do concurso, em relação aos candidatos aprovados em
concurso posterior; e o do direito de convocação por ordem descendente de
classificação de todos os aprovados.


A
antiga jurisprudência do STJ era no sentido de que estes direitos estavam
condicionados ao poder discricionário da Administração, quanto à conveniência e
à oportunidade no chamamento dos aprovados. No entanto, segundo o ministro, essa
orientação evoluiu para que a aprovação em concurso público dentro do número de
vagas previstas no edital convalidasse a mera expectativa em direito subjetivo
do candidato.

Em 2012, no país, 531 servidores foram expulsos

 




O Globo      -      09/01/2013




Rio é mais uma vez o estado com maior número de funcionários banidos da
administração federal


A
Controladoria Geral da União (CGU) informou ontem que 531 servidores foram
expulsos da administração federal em 2012. O levantamento leva em conta os
concursados que foram punidos com demissão, os funcionários comissionados
destituídos e aqueles que tiveram a aposentadoria cassada. No ano anterior, 564
servidores tinham recebido as chamadas punições administrativas
expulsivas.


Valer-se
do cargo em proveito pessoal, improbidade administrativa, abandono do cargo,
recebimento de propina e lesão aos cofres públicos são alguns dos motivos que
levaram a União a punir os servidores. Desde 2003, quando os casos começaram a
ser contabilizados, 4.064 servidores foram expulsos.


Previdência
é pasta que mais expulsa


O
balanço da CGU mostra que, de 2007 a 2012, o Rio foi o estado em que mais
servidores foram punidos (528), seguido por Distrito Federal (368) e São Paulo
(278). Em 2012, o Rio também foi o estado com maior número de expulsos:
111.


O
Ministério da Previdência Social foi a pasta com mais funcionários expulsos
desde 2003: 1.013. Somente no ano passado, foram 129 cassados, destituídos e
demitidos. O Ministério da Justiça é a segunda pasta que mais expulsa
servidores: foram 633 desde 2003. Eles ocupam essas posições no ranking feito
com número absolutos e com números relativos, levando em conta a quantidade de
servidores de cada pasta.


Cada
ministério pode abrir um procedimento próprio para averiguar a possibilidade de
expulsão de servidores, como ocorre na maioria das vezes. A CGU, no entanto,
também pode conduzir o processo.

Beneficiários do Tesouro devem se recadastrar

 




Vera Batista
Correio
Braziliense      -      09/01/2013


A partir de 1º de fevereiro, os servidores federais civis aposentados, os
pensionistas, os anistiados políticos civis e os dependentes deles devem ficar
atentos para não perder o prazo de recadastramento. Do contrário, eles podem ter
o pagamento de benefícios suspenso. As diretrizes para a atualização das
referências de quem recebe proventos do Tesouro Nacional foram publicadas no
Diário Oficial da União, por meio da Portaria nº 8/2013, de autoria do
Ministério do Planejamento. De acordo com dados do Boletim Estatístico de
Pessoal da pasta, entre janeiro e outubro do ano passado, a União desembolsou R$
49,4 bilhões com 631.361 pessoas nessas condições.


Apenas
os aposentados (379.453) receberam R$ 31,3 bilhões. E os 251.908 pensionistas
embolsaram mais de R$ 18 bilhões. Juntos, eles representaram 24,34% dos gastos
da União (R$ 202,9 bilhões) com pessoal, no período.


A
portaria estabelece que “o ato de atualização cadastral exige o comparecimento
pessoal do beneficiário no mês de aniversário e, quando cabível, do
representante legal ou do procurador do representante”.


Em
caso de doença grave ou impossibilidade de locomoção, a comprovação de vida tem
que ser atestada por visita técnica da secretaria, desde que solicitada pelo
beneficiário. Quem estiver fora do país deve encaminhar à sua unidade de
recursos humanos uma declaração emitida por órgão de representação diplomática
ou consular do Brasil no exterior. Os que não comparecerem no período definido
terão mais 30 dias para a atualização. Após a data, o pagamento será
suspenso.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Preencha o formulário curriculum


Preencha o formulário e clique em criar curriculum

Os campos que com o asterisco (*) são obrigatórios, caso algum campo obrigatório não seja preenchido corretamente após você clicar em Criar Currículo abaixo desta mensagem aparecera um retângulo amarelo descrevendo qual campo não foi preenchido corretamente assim que você tiver preenchido todos os campos corretamente o retângulo ira sumir, dai é so clicar novamente em Criar Currículo, caso tenha alguma duvida e so clicar em vídeo aula no menu do topo da pagina e assistir o vídeo la tem tudo detalhado
 

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- Dicas


Dicas

Dicas





Masculino Feminino
Sim Não
Dicas
Dicas
Dicas
Sim Não Dicas

Sim Não Dicas

Dicas
Dicas


http://www.crieseucurriculum.com.br/formulario-modelo-de-curriculum-vitae

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Aplicação especial de inseticidas em saúde pública

Aplicação especial de inseticidas em saúde pública





Mario B. AragãoI; Ronaldo Santos do AmaralII; Milton Moura LimaIII



IEscola Nacional de Saúde Pública, Fiocruz, Caixa Postal, 926, 20010 Rio de Janeiro, Brasil

IISuperintendência de Campanhas de Saúde Pública, Sucam, 70058 Brasília, Brasil

IIIOrganização Panamericana de Saúde, Av. Pedro II, 278, 20941 Rio de Janeiro, Brasil





RESUMO



A aplicação espacial de inseticidas iniciada por Gorgas e Oswaldo Cruz, perdeu importância com o aparecimento do DDT, mas voltou a ser usada com o desenvolvimento dos inseticidas fosforados de baixa toxicidade. Nessa fase, entretanto, o nível tecnológico é diferente. O avião e o helicóptero permitiram a nebulização de inseticidas sob forma de produto técnico e, em seguida, apareceram máquinas portáteis e transportadas em viaturas capazes de realizar essa tarefa. Pouco demorou para que fosse resolvido o problema do tamanho das gotas que, para mosquitos, tem que ser inferior a 20µ. Essas aplicações a ultrabaixo volume (UBV) começaram a ser usadas no Brasil contra Culex quinquefasciatus e seu uso foi incrementado depois da reintrodução, no país, de Aedes aegypti. Uma série de trabalhos experimentais visando a um método de fazer baixar, rapidamente, a densidade desse mosquito foi iniciada pela Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam), em 1984, com a aplicação de Sumitiom (Fenitrotiom) técnico. Em seguida foi experimentada a concentração de 60%, em óleo de soja e, depois, Sumitiom e Malatiom a 40%, com resultados satisfatórios. Na máquina motorizada (Leco) a vazão foi de 127 ml/min com a viatura a 10 km/hora, o que equivale, teoricamente, a uma dose de 300 ml/ha. Em favelas da cidade do Rio de Janeiro essa concentrações deram ótimos resultados, quando aplicadas com máquinas portáteis (Micro-gen) e (Hatsuta) com doses de 12 a 21 ml/casa em áreas íngremes e de 4,5 ml/casa em terrenos planos. Com essas máquinas as aplicações desses inseticidas a 25%, também em favelas, deram resultados razoáveis. Nessas máquinas portáteis há necessidade de conseguir uma modificação que diminua a vazão do inseticida, para melhorar o espectro do tamanho das gotas. Com base na bibliografia disponível sugere-se novos experimentos com concentrações mais baixas de inseticida.


ABSTRACT



The fumigation of insecticides initiated by Gorgas and Oswaldo Cruz had its importance reduced after the introduction of DDT but is use is being resumed with the development of low toxity organophosphate insecticides. At this time, however, the technological development is different. The airplane and the helicopter allowed the spraying of insecticides under the technical grade form and, after that, machines that could be transported in vehicles to perform this task were developed. Soon after, the problem of the size of the droplets was resolved and these must be smaller than 20µ for mosquitoes. These applications at ultra low volume were initially used in Brazil against Culex quinquefasciatus and its use increased after the reintroduction of Aedes aegypti. A series of experimental trials with the aim to produce a rapid decrease in the density of this insect was initiated in 1984 by Sucam using technical grade Sumithion (Fenitrothion). Subsequently it was tried the concentration of 60% in soybean oil and then Sumithion and Malathion at 40% with good results. With the machine transported in vehicle (Leco) the flow rate was 126 ml/min with the vehicle at a speed of 10 km/hour which, in theory, corresponds to a dose of 300 ml/ha. At the slums of the city of Rio de Janeiro these, concentrations yielded very good results when applied with the aid of portable machines (Microgen and Hatsuta) using doses of 12-20 ml/house in steep areas and 4,5 ml/housein plane areas. With these machines the application of these insecticides in concentration of 25%, also in slums, yelded good results. With the portable machines it is necessary to make modifications to decrease the flow rate of the insecticide to improve the spectrum of sizes of the droplets. Based in the available literature new experiments with lower concentration are suggested.


INTRODUÇÃO



Enquanto na agricultura a aplicação de inseticidas sobre superfícies foi sempre a regra, na saúde pública, até o advento do DDT, predominou a aplicação espacial que consiste em tornar o ar contido numa casa ou em outra estrutura, venenoso ou tóxico para os insetos. É claro que em ambos os casos houve exceções. Em laranjais dos Estados Unidos foi comum cobrir as árvores com uma lona e fazer desprender, em baixo, gás cianídrico. Por sua vez, a aplicação de Inseticidas contra formas jovens de mosquitos visou sempre a superfície da água.



O expurgo das casas foi usado por Gorgas e por Oswaldo Cruz, para o combate à febre amarela e por Carlos Chagas para o controle da malária (49,14,9). Esses três sanitaristas usaram anidrido sulfuroso, obtido com a queima de enxofre, processo que exigia a cobertura das casas com toldos e a proteção dos objetos metálicos. Para o expurgo de quartos, onde seriam isolados enfermos, Oswaldo Cruz usou a queima de piretro.



Deve-se lembrar que, como quase tudo, a queima de substâncias vegetais para eliminar os mosquitos das habitações, já era praticada na antiga China(29).



Durante a campanha contra a febra amarela no Rio de Janeiro, em 1928-29, os inconvenientes do trabalho com gás sulfuroso levaram Barreto & Periassu(2) a estudar novas técnicas.



Em 1928 já havia aparecido, no comércio, um inseticida de uso doméstico chamado "Flit", para ser aplicado por uma bomba manual, conhecida como bomba de flit. Essa técnica foi aplicada no Rio de Janeiro, mas dava um rendimento muito baixo. Passaram, então, a usar compressores portáteis, movidos a motor elétrico e a aplicar o inseticida com pistola de pintura. Como o rendimento ainda não era satisfatório, foram adotados compressores movidos a motor a gasolina e montados sobre chassi de caminhão. Esses compressores trabalhavam com 70 libras de pressão e forneciam ar comprimido para 12 pistolas de pintura. Em pouco tempo formava-se uma verdadeira neblina dentro da edificação e, dessa forma, todos os recantos eram atingidos. Era uma técnica semelhante às atuais aplicações de inseticida a ultrabaixo volume, diferindo apenas na concentração do princípio ativo. A maneira de atingir o inseto é a mesma, gotas que, por serem muito pequenas, ficam flutuando no ar e vão atingir os abrigos dos mosquitos. Os inseticidas usados eram o próprio "Flit" ou misturas, tendo como solvente o querosene e uma ou mais das seguintes substâncias: piretro, xilol, cresol, salicilato de metila e tetra cloreto de carbono.



Essa mesma técnica foi amplamente usada na campanha contra o Anopheles gambiae no Nordeste brasileiro, O inseticida usado era uma mistura de 5% de concentrado de piretro, 10% de tetracloreto de carbono e 85% de querosene ou diesel. Todas as aplicações eram feitas com pistola de pintura. Na zona rural o ar comprimido era fornecido por um compressor portátil, semelhante aos usados, atualmente, na borrifação de paredes. Nas cidades o compressor era movido a motor a gasolina e montado em carroça tracionada por muar. Ligadas a esse compressor, por longas tubulações, funcionavam várias pistolas. Soper & Wilson (49) definiam essas pulverizações como nuvens de gotículas minúsculas, isto é, o mesmo que fazem as modernas máquinas de nebulização.



Seguindo o exemplo de Chagas, diversos sanitaristas controlaram a malária, na África do Sul e na Índia, com pulverizações semanais das habitações (39, 13, 43). Curioso que nenhum deles se refere ao trabalho pioneiro de Chagas (9) que, apenas, recebeu o devido destaque de Soper & Wilson (49).



O aparecimento do DDT muda completamente o sistema de aplicação de inseticidas em saúde pública. Ao invés de visar ao envenenamento de todo o ar contido na habitação, passou-se a aplicar o inseticida nas paredes. De um produto que ficava atuando durante minutos, passou-se a uma substância que permanecia ativa durante meses. Foi a grande revolução da saúde pública. No Brasil, a malária que era controlada em algumas capitais e cidades de importância especial, passou a ser combatida em quase todo território nacional. Em poucos anos o número de casos de malária teve uma redução de 97% (12) e Aedes aegypti foi, pela primeiva vez, erradicado do país (18).



Apesar da aplicação do DDT ser feita exclusivamente em paredes e outras superfícies existentes na casa, dados de captura de mosquitos mostram que ele também tem ação fumigante, isto é, funciona como uma aplicação espacial. A diminuição do número de mosquitos que freqüentam as casas, depois que elas são dedetizadas, observada com Anopheles funestus na África (36) e com os anofelinos do subgênero Kerteszia no Brasil (1), só pode ser resultado da presença de vapores do inseticida na atmosfera da casa.



Em seguida ao DDT, foi desenvolvido outro inseticida para aplicação em superfícies, o BHC, que também diminui o número de mosquitos que entram nas casas. Este, entretanto, foi bastante usado em aplicações espaciais. Misturado com uma substância comburente, era formulado sob forma de pastilhas que, queimadas dentro das edificações, distribuíam o inseticida por todo o volume de ar aí contido. Ripper (42) informa que o DDT também foi aplicado por essa técnica.



Quando do aparecimento dos inseticidas organoclorados, a aplicação de inseticidas por aviões e helicópteros, já estava bem desenvolvida na agricultura e, em menor escala, na aplicação de larvicidas contra mosquitos, principalmente verde-paris nos Estados Unidos (6). Como era de esperar, o DDT e o BHC foram aplicados com aviões e helicópteros. No caso de criadouros a céu aberto, tratava-se de aplicação sobre superfícies, entretanto, no Brasil eles foram aplicados em florestas e, na realidade, eram aplicações mistas. A poeira dos pós secos e as gotículas das pulverizações ficavam flutuando e podiam atingir todos os pontos da floresta. Esses trabalhos executados em Santa Catarina, contra os anofelinos do subgênero Kerteszia, como todos os trabalhos de controle de anofelinos adultos em áreas com vegetação, foram eficientes quando as florestas eram pequenas. Nas matas que cobriam grandes áreas, em poucos dias havia infiltração de mosquitos vindos das partes não tratadas (6,17).



Já em plena era dos organofosforados apareceu um inseticida muito eficiente, o Diclorvós ou DDVP, que era impregnado em uma placa de resina, a chamada "Vapona". Essas placas liberavam vapores do inseticida, lentamente, durante três meses. Em saúde pública, propriamente dita, foram pouco usadas, mas no controle de insetos visando ao conforto da população tiveram êxito. Durante alguns anos foram usadas nas galerias de águas pluviais da cidade do Rio de Janeiro, para controlar Culex quinquefasciatus (16).



Durante a Segunda Guerra Mundial foram desenvolvidas máquinas produtoras de termoneblinas, que depois passaram a ser usadas na aplicação de inseticidas. O antigo Serviço Nacional de Malária fez uma experiência com DDT e com BHC (40), mas não colocou em prática essa técnica. No tempo do Estado da Guanabara, essas máquinas foram usadas no controle de C. quinquefasciatus na cidade do Rio de Janeiro, aplicando Malation. Problemas com o tráfego de veículos, uma vez que a neblina impede a visibilidade, fizeram com que esse método fosse substituído, quando apareceram as máquinas de ultrabaixo volume. Atualmente a Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) da cidade do Rio de Janeiro utiliza máquinas portáteis para eliminar mosquitos em subsolos de edifícios em construção. Nessas máquinas, o inseticida, diluído em óleo mineral (de preferência diesel marítimo) e um cossolvente, se nebuliza ao passar por um tubo aquecido a alta temperatura. Essa técnica, apesar de muito eficiente, não pode ser usada em cidades durante o dia. Além do problema criado para o tráfego, tem aparecido outro pior com as crianças. Em São Paulo e em alguns países da América Central tiveram que parar o trabalho porque as crianças iam brincar dentro da nuvem de inseticida.



Antes de passar às aplicações de inseticida a ultrabaixo volume, deve-se lembrar que os aerossóis usados contra insetos caseiros, tornam-se uma medida de saúde pública, quando aplicados em aviões que fazem vôos internacionais, uma vez que destinam-se a impedir a introdução de vetores inexistentes no país de destino.







APLICAÇÕES DE INSETICIDAS A ULTRABAIXO VOLUME (UBV)



O aparecimento de inseticidas organofosforados de baixa toxicidade abriu campo para uma nova técnica de aplicação, mais econômica e que permite estender o trabalho a grandes áreas rapidamente. São as aplicações de inseticida a baixo e ultrabaixo volume. Sendo que, em saúde pública, praticamente só a última tem sido utilizada.



A UBV é uma técnica nascida em aplicações por via aérea na agricultura. As aplicações convencionais são de baixo rendimento e exigem um grande transporte de água. Isso fez com que, onde possível, fossem substituídas pelas aplicações de pós, os polvilhamentos. O fato dos pós terem pouca aderência, estimulou a volta às pulverizações, primeiro a baixo volume, onde são aplicados de 40 a 100 litros/ha de calda inseticida (30) e depois a ultrabaixo volume que, nas lavouras, varia entre 0,5 e 5 litros/ha geralmente de produto técnico.



O Conselho Nacional de Saúde (11) fornece especificações para a aplicação de alguns produtos a ultrabaixo volume, mas não define esse tipo de aplicação. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (27) considera de ultrabaixo volume, uma aplicação de menos de 4,677 ml/ha (1/2 galão por acre) e de concentrada, uma formulação contendo 20% ou mais de inseticida e de produto técnico (tecnical grade) aquelas com mais de 70%. Ainda segundo Lofgren (27), ultrabaixo volume significa a aplicação de pequenas quantidades de inseticidas líquidos em forma concentrada. Outro requisito dessa técnica é o tamanho das gotículas de inseticida.



Himel & Moore (22) usando na formulação traçadores fluorescentes, em aplicações por via aérea, mostraram que 93% das gotículas que se fixavam nos insetos, tinham menos de 50m de diâmetro. Isso significa que, na floresta onde foi feito o trabalho, 95% das aplicações convencionais contribuíam para a contaminação do ambiente. Esses autores chamam a atenção para a necessidade de se estudar novos métodos de pulverização e o comportamento das partículas na atmosfera, pois, Sayer (45) já havia desenvolvido uma máquina para aplicação terrestre a ultrabaixo volume, para o controle de gafanhotos, que chegava a aplicar 300 ml/ha, mas com gotículas maiores que 40µ e com diâmetro mediano de 69µ Essas aplicações foram feitas com Dieldrim a 20% e alguns anos depois Skoog et al. (48) aplicaram Malatiom técnico, por via aérea, em pastagens. Essa última teve duas finalidades: uma evitar a contaminação dos animais com um inseticida persistente como o Dieldrim e, outra, diminuir o custo de aplicação para compensar o alto preço do inseticida fosforado.



Todos esses trabalhos foram feitos contra gafanhotos e a primeira aplicação de inseticida a ultrabaixo volume, contra mosquitos, teve finalidade bélica. Durante a guerra do Vietnã foram usadas máquinas costais motorizadas, desenvolvidas pelos militares americanos, para controlar os anofelinos transmissores da malária (23). Esse trabalho também relata o emprego de Malatiom a 57%, em aplicações feitas com helicóptero a 715 ml/ha e com avião grande a 560 ml/ha. Esses autores referem essas aplicações como a médio volume, porém, de acordo com a norma americana, que também é adotada na agricultura brasileira (32), elas são a ultrabaixo volume. Essa também foi a primeira aplicação de inseticida fosforado, misturado com solvente, a UBV.



O emprego de máquinas portáteis de aplicação a UBV não é muito mencionado na literatura de saúde pública. Só alguns anos mais tarde, Pant et al. (38) relataram o emprego de máquinas portáteis para aplicar Malatiom a UBV, contra A. aegypti, em pequenas áreas da Tailândia, que não podiam ser atingidas por veículos. Bastante tempo depois, Sánches et al. (44) aplicaram Fenitrotiom, contra A, aegypti, com três tipos de máquinas portáteis. Nesses dois trabalhos as aplicações foram feitas no interior de todos os cômodos das casas. Os resultados foram bons, mas os autores se queixaram da qualidade do equipamento, o que também é mencionado em trabalho recente (3). Além disso, as gotículas eram grandes. A máquina melhor dava um diâmetro mediano de 38µ e foram medidas gotas até com 150µ. Esse trabalho de Sánchez et al. (44) foi o primeiro a repetir 10 vezes a aplicação do inseticida, o que é indispensável no caso de A. aegypti, pois, os ovos existentes nos depósitos vão eclodindo aos poucos (10).



Apesar de, nos Estados Unidos, as máquinas de UBV portáteis não serem populares, a ponto do Center for Disease Control (8) não mencionar esses equipamentos, no Brasil elas têm sido muito úteis. Quando da infestação de Belém por A. aegypti, em 1967, os criadouros situados nos buracos das grandes mangueiras que arborizam as avenidas daquela cidade, foram controlados com aplicações de inseticidas fosforados por máquinas de UBV portáteis e, atualmente, elas estão sendo muito úteis no controle desse mosquito nas favelas do Rio de Janeiro.



O presente artigo visa, principalmente, ao controle de mosquitos, mas não se pode deixar de informar que essas máquinas portáteis proporcionaram a primeira técnica própria para a eliminação dos triatomíneos das habitações. O método convencional de aplicar BHC ou outro inseticida na superfície das paredes, é uma transcrição do sistema utilizado para controlar os anofelinos transmissores da malária, que visa atingir o inseto, quando ele pousa na parede. Para o triatomíneo, entretanto, a parede é um local de passagem quando ele vai se alimentar. O seu local de abrigo são as frestas das paredes ou de outras estruturas, que não são perfeitamente atingidas pela borrifação do pó molhável que é a formulação mais adequada para o caso. Já o jato do aerossol aplicado dentro da casa, contra a parede, tem maior facilidade de penetrar nas frestas e, depois, as gotículas menores que ficam flutuando dentro da casa, podem atingir todos os pontos onde o inseto possa se abrigar. Essa técnica foi desenvolvida na Argentina por Martinez et al. (31) e depois aplicada com êxito, no Brasil, por Sherlock & Muniz (47).



Lofgren (27) chamava a atenção para a dificuldade de obtenção de equipamento portátil adequado. Atualmente, existem máquinas muito boas, tanto importadas, quanto fabricadas no país, entretanto persiste um problema sério. Como o motor tem que trabalhar em alta rotação, o desgaste é muito grande. Mesmo com boa manutenção a duração das máquinas não é satisfatória. Além disso, essas máquinas são projetadas para a lavoura e a experiência acumulada pela Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam), nas favelas do Rio de Janeiro, tem mostrado que é necessário diminuir a vazão do inseticida e o tamanho das gotículas.



Apesar de bem desenvolvida na agricultura, a ponto da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) fabricar um avião para essa finalidade (o Ipanema), no Brasil não têm sido feitas aplicações de inseticidas a UBV, por via aérea, contra mosquitos. Entretanto, é bom lembrar alguns dados dos Estados Unidos, devido a um certo exagero de parte dos chamados movimentos ecológicos, quanto à questão do uso de inseticidas. Assim é que Gilotra et al. (20) mencionam que só numa epidemia de encefalite, em 1971, foram pulverizados 4,8 milhões de hectares e que, anualmente, são pulverizados nos Estados Unidos cerca de 40 milhões de hectares. Por sua vez, Burgoyne et al. (5) relatam a aplicação, por via aérea, de Paratiom Etílico em Salt Lake City e declaram que era o praguicida de escolha. A dose não era das mais baixas, 112 a 224 g/ha e esse é um dos inseticidas mais violentos. Pior que ele só alguns sistêmicos, mas esses são aplicados no interior do solo.



Bem antes do aparecimento das modernas máquinas de aplicação de inseticidas a UBV, já vinham sendo feitos estudos sobre a influência do tamanho das gotículas do inseticida, na sua eficiência. O principal estímulo a essas pesquisas foi a procura de inseticidas capazes de substituir o piretro, cuja produção tornou-se insuficiente para atender as necessidades militares durante a Segunda Guerra Mundial, pois, no Mediterrâneo e no Extremo Oriente, era necessário proteger as tropas contra as moscas e os mosquitos.



Brescia (4) observou que gotículas de 10m são eficientes, independente da velocidade do vento e que gotículas de 6 a 14m de diâmetro controlam satisfatoriamente Anopheles quadrimaculatus em floresta rala.



Latta et al. (24) já havia calculado, com base na lei de Stoques, que a eficiência de um inseticida para um mosquito pousado era proporcional ao quadrado do diâmetro da gotícula, até o limite de 16µ. Esses mesmos autores, em experiências feitas em túnel de vento, observaram que a eficiência era correlacionada com o produto do quadrado do diâmetro da gotícula, medido em m pela velocidade do vento, em milhas por hora (D2v). Entretanto, isso só era válido quando esse produto estava entre 300 e 1.000.



Mount (33) revê a literatura sobre gotículas de aerossol, confirma o tamanho ótimo para mosquitos entre 11 e 20µ e conclui que uma grande parte das gotículas deveriam ser coletadas pelas asas. Isso porque a amputação delas, logo depois da aplicação do inseticida, diminui a mortalidade. Em seguida, Lofgren et al. (28) borrifando mosquitos com óleo de soja, aplicado com máquina Leco montada sobre viatura e examinando os mosquitos com microscópio eletrônico de varredura verificaram que a maioria das gotículas se depositava nas asas e nas antenas, e que seu diâmetro variava entre 2 e 16m. Essa deposição nas antenas concorda com os resultados a que chegou Spillman (51), com base em cálculo.



Estudos feitos com cartões impregnados com corante, para verificar o alcance das pulverizações a UBV, mostraram que os mosquitos morrem onde esses cartões não registram nenhuma gota. O fato deles não registrarem gotas com menos de 20µ uma indicação de que essas gotículas com diâmetro menor do que 20µ são da maior importância (27). Por outro lado, a DL100 (dose que mata 100% dos insetos expostos) do Malatiom para a espécie usada no ensaio (Aedes taeniorhycus) é de 10mg, que corresponde a uma gota de 25µ. Como as figuras dadas por Lofgren et al. (28) mostram muitas gotículas nas asas e nas antenas, conclui-se que o mosquito recebe uma superdose, o que, por sua vez, sugere a utilização de formulações menos concentradas, no controle desses insetos.



A primeira referência de aplicação a UBV com diluição é a de Holway et al. (23) que, entretanto, não informaram qual foi o solvente utilizado.



Mount & Pierce (35) obtiveram bons resultados com Dibrom (Naled) a 10% em nafta aromática, óleo mineral ou óleo de soja.



Rathburn (41) dá uma relação das formulações de inseticidas, registradas nos Estados Unidos, onde figuram uma de Dibrom a 10% em nafta aromática ou óleo de soja, para ser aplicada a UBV. Esses registros são para mosquitos e outros dípteros, e neles o Malatiom a UBV figura sempre a 91%. No Brasil há um registro de Naled a 85% (19), porém nunca foi usado contra mosquitos. Por sua vez o catálogo da Sumitomo dá uma formulação de Sumitiom (Fenitrotiom) UBV a 40%.



Mais recentemente, a Organização Mundial da Saúde (37) informa que, em aplicações a UBV terrestres ou aéreas, o Malatiom a 40 g/l e o Pirimifós Metílico a 16 g/l, em solução oleosa, são eficientes contra mosquitos. Nessa mesma publicação a OMS declara que, contra o A. taeniorhyncus, uma solução de Malatiom a 10% deu o mesmo resultado que o produto técnico. Por área, as doses de ingrediente ativo foram 41 g/ha e 249 g/ha.



No Brasil, até a entrada da Sucam no assunto, só tinham sido feitas aplicações a UBV, contra mosquitos, usando produto técnico puro.



Em todas as máquinas terrestres de UBV o inseticida é pulverizado por pressão de ar mas, recentemente, a Imperial Chemical Industries desenvolveu uma máquina portátil, onde o fracionamento da formulação é feito por uma descarga elétrica. Na agricultura tem sido bastante experimentada, como pode ser visto no Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro de Entomologia, realizado no Rio de Janeiro em 1986. Os resultados são bons, porém como as gotas são grandes, com um mínimo de 50µ e o alcance é pequeno, não servem para mosquitos. Entretanto, seria desejável um aperfeiçoamento dessa máquina, para emprego em favelas, pois, em virtude de não fazerem barulho, não atrairiam as crianças, como fazem as máquinas portáteis motorizadas.



Uma literatura fornecida pela ICI Brasil S.A. dá conta do desenvolvimento de um equipamento para trabalhar sobre viatura, onde a pulverização eletrostática é auxiliada por pressão de ar.



Com a mesma finalidade de evitar barulho e, também, os gases da combustão da gasolina, a marinha americana vem experimentando máquinas portáteis acionadas por energia elétrica fornecida por pilhas. As partículas são de bom tamanho, mais de 80% com menos de 25µ, mas a dispersão do inseticida é por pressão de ar (21).







A EXPERIÊNCIA DA SUCAM



Antes da Sucam, a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) e a Comlurb vinha aplicando Malatiom técnico a UBV, no controle de C. quinquefasciatus na cidade do Rio de Janeiro, usando máquina Leco de medida de vazão por fluxômetro. Que esses trabalhos dão bons resultados é reconhecido pela população, porém, não se dispõe de nenhum dado técnico publicado. Sabe-se, por informação dos responsáveis pelo serviço, que a vazão de inseticida é de 90 ml/min, com a viatura a uma velocidade média de 20 km/hora e com a pulverização dirigida para o eixo da rua.



A Sucam já vinha aplicando Sumitiom (Fenitrotiom) técnico a UBV, em alguns estados, contra A. aegypti, quando em 1984 chegou para a Diretoria Regional do Rio de Janeiro uma máquina Leco de controle de vazão eletrônico. Nessa ocasião, o Prof. José Moquillasa da Organização Panamericana de Saúde, estava dando um curso sobre aplicação de inseticidas e fez a montagem da máquina. Posteriormente o Eng. Davis Waldron, da fábrica Leco, ministrou um curso sobre essas máquinas, com destaque para a resolução de problemas ocorrentes durante a sua utilização. Com base nesses conhecimentos foi iniciado um trabalho experimental de aplicação de inseticidas a UBV, contra o A. aegypti.



No primeiro semestre de 1984, em três bairros do Rio de Janeiro, foi iniciado um ensaio de aplicação de Sumition técnico com máquina Leco e numa parte mais acidentada de um desses bairros, com máquina portátil Micro-gen. O Sumitiom foi escolhido por ser o único inseticida disponível na Sucam e a utilização do produto técnico puro decorreu da falta de uma experiência anterior. A vazão adotada para a máquina Leco foi de 127 ml/min, com a viatura a 10km/hora, o que corresponde a uma dose de 300 ml/ha, num quarteirão quadrado de 100/m de lado. Com essa vazão e pressão, no compressor, de 3 libras, o DM (diâmetro médio, que corresponde ao diâmetro médio aritmético de Caroll & Bourg (7) das gotículas oscilava em torno de 16µ com mais de 80% das gotas com diâmetro inferior a 20µ.



Não se tem usado o diâmetro mediano porque, em diversos cálculos feitos, ele diferiu menos de 1µ do diâmetro médio. Além disso, o importante é a porcentagem de gotas capazes de aderir ao mosquito, isto é, as que têm menos de 20µ de diâmetro.



A máquina Micro-gen trabalhava com a menor vazão possível e o DM era da ordem de 30µ.



Apenas duas áreas foram tratadas somente com UBV, nas outras houve tratamento focal, que dispensa qualquer medida auxiliar (26). A intenção era verificar uma possível influência na rapidez com que baixa o índice predial, o que não foi observado. Na área da máquina Leco com 12 aplicações semanais, o índice baixou de 8,6% para zero e na da Micro-gen de 33% para 0,5%. Na área testemunha, nesse período de três meses, o índice baixou de 14,8% para 8,7%. Essa diminuição da positividade, devido à presença do guarda, sem nenhum tratamento, é conhecida desde o tempo do Serviço Nacional de Febre Amarela (50). É que as pessoas ficam conhecendo as larvas dos mosquitos e eliminam muitos criadouros.



Em virtude da existência de trabalhos feitos com inseticidas diluídos, montou-se um experimento em que o Sumitiom foi empregado a 60% de produto técnico, volume/volume, usando como solvente o óleo de soja. Essa escolha do óleo de soja deveu-se, unicamente, ao preço pois, na época, era o óleo vegetal mais barato. Nas máquinas portáteis essa diluição foi feita com xilol bruto cedido, gratuitamente, pela Companhia Siderúrgica Nacional.



Nesse experimento, realizado no segundo semestre de 1984, foi incluída a máquina portátil Hatsuta, que é fabricada no país. A vazão mínima dessa máquina é de 35 ml/min. O DM das gotas colhidas com essa vazão foram de 27µ para a Micro-gen e 29µ para a Hatsuta, ambas com a aceleração do motor adotada no trabalho. Na máquina Leco a vazão continuou sendo de 127 ml/min e o DM das gotas esteve em torno de 16µ.



Como a intenção da Sucam na aplicação de UBV, é fazer o índice predial baixar a menos de 1%, a seguir daremos apenas a concentração do inseticida, o índice pré-tratamento e o número de aplicações semanais gastas para atingir essa meta.



Leco, Sumitiom técnico, 15,5%, 8 semanas

Leco, Sumitiom 60%, 8,4%, 3 semanas

Hatsuta, Sumitiom técnico, 13,9%, 3 semanas

Hatsuta, Sumitiom 60%, 15,2%, 5 semanas



Essa maior rapidez com que baixaram os índices nas aplicações com máquinas portáteis, não é surpresa, pois, elas foram feitas em favelas, onde o espaço entre as moradias é tão pequeno que, praticamente, a aplicação é intradomiciliar. Deve-se esclarecer, entretanto, que os aplicadores nunca entraram nas casas. Essa variação no número de semanas que o índice predial leva para baixar, não tem maior significado, pois, ela depende, principalmente, das posturas preexistentes que, aos poucos vão eclodindo, já que a aplicação de inseticidas a UBV é uma medida, fundamentalmente, adulticida.



Esses resultados animaram a diminuir mais a concentração do inseticida e, no início de 1985, foi planejado novo experimento, onde eles foram aplicados também a 40%.



Como o Sumitiom é importado resolveu-se experimentar o Malatiom, cujo primeiro tambor foi obtido graças a uma gentileza do Dr. Paulino Cabral de Melo, da Comlurb. As diluições, como da vez anterior e das seguintes, referem-se a porcentagem de produto técnico volume/volume. O Sumitiom é a 95% e o Malatiom a 91%.



A ordem dos dados, apresentados a seguir, é a seguinte: máquina, inseticida e concentração, índice predial pré-tratamento, número de semanas gastas para fazer o índice baixar a menos de 1% ou índice atingido depois de 12 aplicações semanais.



Leco, Malatiom técnico, 7,8%, 4 semanas Leco, Malatiom 60%, 12,6%, em 12 semanas o índice predial chegou a 1,1%

Leco, Malatiom 40%, 13,6%, em 12 semanas o índice chegou a 1,1%

Leco, Sumitiom 40%, 14,0%, em 12 semanas o índice chegou a 2,9%

Hatsuta, Malatiom técnico, 13,5%, 12 semanas Hatsuta

Malatiom 60%, 18,9%, 12 semanas Hatsuta

Malatiom 40%, 16,3%, 12 semanas

Micro-gen, Sumitiom técnico, 8,1%, 3 semanas

Hatsuta, Sumitiom 60%, 5,0%, 8 semanas

Hatsuta, Sumitiom 40%, 13,2%, 12 semanas



Esses dados mostram que, onde não há problema de forma e tamanho dos quarteirões e, também, de arborização, o método é altamente eficiente. É por isso que, nas aplicações feitas com máquinas portáteis nas favelas, o índice desejado, de menos de 1%, foi sempre alcançado ou no prazo programado ou num menor. A falha verificada na área do Sumitiom a 40% foi provocada, principalmente, pela arborização das ruas e quintais das casas.



Nos trabalhos seguintes não mais se utilizou o xilol como diluente de inseticida, não por questão de eficiência mas porque o xilol danifica certos tipos de pintura. Durante o trabalho não houve nenhuma reclamação, porém, deve-se ter em mente que um prejuízo dado a um morador pode gerar má vontade na população, o que seria danoso para o êxito do trabalho.



Em virtude dos bons resultados obtidos com a vazão da máquina Leco a 127 ml/min e, também, da experiência da Comlurb a 90 ml/min, contra C. quinquefasciatus, foi planejado um experimento usando essa vazão de 90 ml/min, a 10 km/hora e com a mesma pressão de 3 libras no nebulizador. Com essa pressão e vazão, o DM das gotas de inseticida caiu para 15µ com mais de 90% das gotas com menos de 20µ de diâmetro. Esse aumento da porcentagem de gotas capazes de se fixar no mosquito foi, também, levado em conta na decisão de experimentar uma vazão mais baixa, apesar da dose por área, 216 ml/ha, ser inferior à dose mínima recomendada para o Malatiom (11).



A área escolhida foi uma parte do bairro de Jacarepaguá habitada por classe média de bom padrão. As ruas são bem arborizadas e as frentes das casas têm muita vegetação. Existem também, na área, conjuntos de edifícios, os chamados condomínios fechados, todos com árvores e jardins. Além disso, alguns quarteirões são muito irregulares, o que fez com que a dose de inseticida, por unidade de área, fosse muito variável.



As aplicações foram feitas com máquina Leco e as concentrações foram as mesmas da experiência anterior. Os dados, apresentados a seguir, referem-se a inseticida, concentração, índice pré-tratamento e índice encontrado depois de 12 aplicações semanais.



Sumitiom técnico, 8,0%, 3,0%

Sumitiom 60%, 10,5%, 2,8%

Sumitiom 40%, 12,0%, 3,7%

Malatiom técnico, 8,1%, 2,0%

Malatiom 60%, 12,3%, 3,1%

Malatiom 40%, 12,6%, 2,4%



Resultados que realmente não são bons, uma vez que a finalidade do trabalho é fazer o índice predial baixar a menos de 1%. Entretanto, esse experimento teve o mérito de mostrar que áreas com muita arborização não devem ser tratadas, unicamente, com máquinas de UBV montadas sobre viaturas, há necessidade de procurar outra solução. De qualquer forma, parece claro que a concentração do inseticida não teve influência no resultado.



No segundo semestre de 1985, a direção da Sucam solicitou um experimento na concentração de 50%, que lhe pareceu mais prudente do que 40%. Aproveitou-se esse trabalho para duas inovações, experimentar a concentração de 25% na máquina Hatsuta e aplicar com máquina Leco dose por unidade de área. Apesar dos resultados terem sido bons, essa última prática não é aconselhável, porque obriga a regular a pressão do nebulizador cada vez que a vazão é alterada. Isso torna-se necessário porque, com o aumento da vazão, as gotas ficam maiores, a não ser que se aumente a pressão do nebulizador. Por exemplo: com 189 ml/min e 3 libras, que é a pressão com que a máquina vem regulada da fábrica, o DM sobe para 20µ e a porcentagem de gotas com menos de 20µ baixa para 65%. Como na máquina Leco, de controle eletrônico, a mudança de pressão implica em afrouxar e reapertar parafusos, considera-se mais prudente não recomendar esse sistema para a rotina.



Para verificar a dose de inseticida necessária, com base na área a ser tratada, media-se, numa planta em escala, a periferia e a área do quarteirão maior, no conjunto a ser tratado com uma determinada dose. É claro que os quarteirões menores recebiam dose maior, porém, como a concentração era de 50%, havia segurança. Nos mais pequenos foi também medida a periferia e a área, e nenhum deles recebeu dose dupla, que corresponderia a um tratamento normal com produto técnico. A dose adotada para ambos os inseticidas foi de 300 ml/ha, uma vez que é a dose determinada pelo Conselho Nacional de Saúde (11) para o Sumitiom. A dose para o Malatiom pode variar entre 300 e 1.000 ml/ha. porém, a intenção era comparar os dois inseticidas em condições idênticas.



Para verificar se depois da nebulização ainda permaneciam mosquitos adultos vivos, colocou-se armadilhas de pneu em casas onde existiam criadouros. Esses pneus eram colocados no dia seguinte à nebulização e retirados na véspera da aplicação seguinte. Apesar de não terem aparecido posturas em nenhum deles, o resultado é prematuro, pois, o seu número foi pequeno. É necessário repetir o experimento com um número muito maior de armadilhas.



Esse ensaio foi feito no bairro de Irajá, que é formado, principalmente, por casas, com raros edifícios. Para cada inseticida aplicado a 300 ml/ha foi feita uma repetição com a vazão de 127 ml/min, que é a vazão utilizada, rotineiramente, com a viatura da máquina Leco a 10km/ha. Teoricamente, o primeiro método corresponderia a uma aplicação a 300 ml/ha nos quarteirões maiores e mais do que isso nos menores. Já no segundo, os quarteirões de um hectare receberiam essa dose e os maiores menos do que isso. Os resultados mostraram, entretanto, que essa dose maior ou menor não influiu nos índices-obtidos.



Com as máquinas portáteis não é válido calcular a dose por unidade de área, pois, ela vai depender do relevo do terreno e do espaço entre as moradias. Foi por isso que nas áreas íngremes o gasto de inseticida variou entre 12 e 21 ml/casa, enquanto que numa favela situada num terreno plano, esse gasto foi de 4,5 ml/casa.



No presente ensaio o Malatiom foi empregado sob forma de Citiom, que é o mesmo inseticida a 91%, porém desodorizado.



Os dados abaixo referem-se a tipo de máquina, inseticida e concentração, dose por área ou vazão por minuto, índice predial pré-tratamento, número de aplicações necessárias para fazer esse índice baixar a menos de l% ou índice encontrado depois de 12 aplicações semanais.



Leco, Citiom técnico, 300ml/ha, 12,3%, 3,0%

Leco, Citiom técnico, 127 ml/min, 15,0%, 1,2%

Leco, Citiom 50%, 300 ml/ha, 14,6%, 8 aplicações

Leco, Citiom 50%, 127 ml/min, 19,6%, 12 aplicações

Leco, Sumitiom técnico, 300ml/ha, 10,7%, 8 aplicações

Leco, Sumitiom técnico, 127 ml/min, 10,9%, 4 aplicações

Leco, Sumitiom 50%, 300 ml/ha, 13,6%, 8 aplicações

Leco, Sumitiom 50%, 127 ml/min,9,5%, 12 aplicações

Hatsuta, Citiom 25%, 50 ml/min, 12,7%, 1,0%

Hatsuta, Sumitiom 25%, 50 ml/min, 12,9%, 2,4%



Ao final das 12 semanas, em que durou esse experimento, o índice predial da área testemunha havia baixado de 13,7% para 10,6%.



Nesse bairro não há arborização capaz de interceptar a nuvem de inseticida, nem grandes irregularidades nos quarteirões capazes de fazer com que algumas áreas não fossem atingidas pela pulverização. A inconsistência dos resultados decorre do fato da aplicação de inseticida a UBV ser uma medida adulticida. As posturas já existentes, nos depósitos, vão eclodindo aos poucos e a questão de se esgotarem ou não, depende em parte das chuvas, que aumentam o nível da água dos depósitos e, também, do acaso, pois, como é bem conhecido, os ovos de A. aegypti podem levar muito tempo para eclodir (46, 18). Os dados obtidos permitem, entretanto, algumas conclusões.



A questão de se calcular a dose por unidade de área, apesar de mais racional, não parece oferecer vantagem, pois, ora o resultado foi melhor, ora foi pior.



A concentração de 50% na máquina Leco ainda parece excessiva, pois, tanto com o Citiom a 50%, quanto com o Sumitiom a 50%, o índice predial chegou a menos de 1% com 8 aplicações. Este fato está de acordo com a bibliografia já mencionada (37). Por outro lado, com o Citiom técnico a 300 ml/ha, o índice não desceu abaixo de 3,0%.



Não ficou bem claro o comportamento da concentração de 25% nas máquinas portáteis Hatsuta. Essas máquinas são muito eficientes em favelas e os índices alcançados, 1,0% para o Citiom e 2,4% para o Sumitiom, não foram animadores. Como é vantajoso trabalhar com concentrações baixas, não só devido à economia como, também, à menor exposição dos aplicadores e moradores ao inseticida, é interessante insistir no assunto. Dois objetivos devem ser procurados: um, conseguir da fábrica uma diminuição da vazão, para melhorar o espetro das gotas e, outro, fazer a aplicação mais lentamente para aumentar a dose por unidade de área.



Tanto esse experimento, como os anteriores, não mostraram nenhuma vantagem de um inseticida sobre outro, apesar do Sumitiom ser considerado um inseticida mais potente que o Malatiom.



No total, os experimentos mostraram que não é fácil obter o desiderato da Sucam de baixar, consistentemente, o índice predial a menos de 1%, com 12 aplicações semanais de inseticida a UBV. Entretanto, índice inferior a 5%, que é considerado o limiar que permite a transmissão da febre amarela, sempre foi conseguido e, na maioria das vezes, com 8 aplicações. O problema torna-se, portanto, político, manter apenas uma situação onde não possa haver transmissão de febre amarela, com umas 10 ou, no máximo, 12 aplicações de UBV ou tentar atingir um índice sempre inferior a 1%, aumentando o número de aplicações semanais. Em virtude dessa manutenção da positividade ser resultante dos ovos existentes nos depósitos, poder-se-ia pensar em aumentar a periodicidade das aplicações para quinzenais ou mensais. E necessário, entretanto, ter em conta que um prazo maior do que uma semana permitiria que os adultos eclodidos, durante esse período, fizessem novas posturas, pois no verão do Rio de Janeiro, o ciclo de ovo a pupa pode durar menos de uma semana (25).