DHIOGO JOSÉ CAETANO É ENTREVISTADO POR VALDECK ALMEIDA DE JESUS
www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=68116
VALDECK: Quando e onde nasceu?
DHIOGO: Nasci em Uruana, interior de Goiás. Na manhã do dia 24 de novembro do ano de 1988, momento de muita alegria para a minha amada família.
VALDECK: Já conhece o restante do Brasil? E outros países?
DHIOGO: Sim, já conheci alguns estados brasileiros, mas o meu sonho é percorrer todo o Brasil e o mundo, levando uma literatura clara e democrática.
VALDECK: Como você começou a escrever? Por quê? Quando foi?
DHIOGO: Desde muito cedo me preocupo com a realidade social, humanitária e educacional do mundo. Diante dos fatos não consigo permanecer calado, busco levar a mensagem dos bestializados, daqueles esquecidos por uma sociedade “injusta e profundamente corrupta”. Portanto iniciei a minha jornada no mundo das letras aos 10 anos de idade, quando ganhei o meu primeiro prêmio na categoria redação juvenil, com o tema “Segurança e cidadania no trânsito”, concurso organizado pelo DENATRAN em setembro de 2002.
VALDECK: Você escreve ficção ou sobre a realidade? Suas obras são mais poesias ou prosa? O que mais você gosta de escrever? Quais os temas?
DHIOGO: Gosto de escrever textos ficcionais que descrevem a realidade e vice-versa. Busco fazer uma miscelânea de temáticas do cotidiano, adoro escrever com alma e expressar a verdade vivenciando no meu dia a dia. Acredito que o escritor é o “senhor do tempo”, ele tem o poder de eternizar fatos, momentos, amor e salvar vidas através da sua arte de transcrever o mundo a partir de versos, prosa, crônicas e belos poemas. Em suma, escrevo em nome da nação humana, pois os dias passaram, a vida passará e nós todos morreremos, mas não podemos deixar que os “devoradores de colarinho branco” façam a raça humana perder a cidadania, a moral social chegando ao fim, onde se espera a morte ou um milagre.
VALDECK: Qual o compromisso que você tem com o leitor, ou você não pensa em quem vai ler seus textos quando está escrevendo?
DHIOGO: Quando vou escrever sempre penso nos meus leitores, procuro pensar como eles pensariam; tentando sempre me aproximar dos meus leitores, pois são eles que alimentam a minha arte de escrever. Como diria a nossa gloriosa escritora e poetiza goiana Cora Coralina: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.
VALDECK: O que mais gosta de escrever?
DHIOGO: Tenho prazer em escrever sobre o mundo, as pessoas e os momentos que as formulam seres humanos bons e ruins. Gosto de eternizar os momentos, sonhos, vidas, amores, sentimentos, memórias, fatos, pessoas etc.
VALDECK: Como nascem seus textos? De onde vem a inspiração? E você escreve em qualquer hora, em qualquer lugar ou tem um ritual, um ambiente?
DHIOGO: Os meus textos nascem de forma simples, o momento e as pessoas me inspiram e a qualquer momento coloco em prática a minha arte de escrever e descrever a realidade e mundo que me circunda.
VALDECK: Qual a obra predileta de sua autoria? Você lembra um trecho?
DHIOGO: Gosto muito do meu poema: Flores do meu jardim, jardim das minhas flores.
...Quantas flores!
No meu jardim, encontro a complexidade do tudo!
É surreal, lindo, natural e simplesmente divino.
Flores do meu jardim, jardim das minhas flores...
VALDECK: Seus textos são escritos com facilidade ou você demora muito produzindo, reescrevendo?
DHIOGO: É interessante a minha forma de escrever, de forma súbita me surge uma nova ideia e rapidamente coloco tudo no papel e, depois, quando vou digitar os mesmos, fico encantado com as palavras escritas nos intervalos do trabalho e na correria do dia a dia. Posso dizer que eu tenho muita facilidade em transcrever as minhas ideias.
VALDECK: Qual foi a obra que demorou mais tempo a escrever? Por quê?
DHIOGO: O meu livro “O medo da morte na Idade Média: Uma visão coletiva do Ocidente”. A demora na construção textual do mesmo se deu devido à própria exigência de um trabalho científico. Para estruturar o mesmo tive que pesquisar e analisar fontes. Na posição de historiador, busquei trabalhar com o critério de veracidade dos fatos, promovendo um confronto entre as fontes analisadas, chegando ao longo de quatro anos em uma problemática coerente e esclarecedora referente ao tema proposto.
VALDECK: Concluiu a faculdade? Pretende seguir carreira na literatura?
DHIOGO: Sou graduado em licenciatura plena em história pela Universidade Estadual de Goiás e pós-graduado em memória, literatura e imaginário histórico, mas pretendo viver da literatura e da arte de poematizar o mundo.
VALDECK: Qual o escritor ou artista que mais admira e que tenha servido como fonte de inspiração ou motivação para seu trabalho?
DHIOGO: Não posso citar um escritor, pois se sou o que sou hoje é porque me inspirei em grandes e importantes artistas das letras como: Shakespeare, Affonso Romano de Santa’Ana, Paulo Coelho, Augusto Cury, Bruno Resende, Naha Naga, Chico Xavier, Vinicius de Morais, Cora Coralina, Abílio Pacheco, Claúdia Schiavone, Izabelle Valladares e no ilustríssimo Valdeck Almeida de Jesus, que faz a diferença na literatura contemporânea.
VALDECK: O que você acha imprescindível para um autor escrever bem?
DHIOGO: O autor precisa de forma clara colocar as suas referências, crenças, valores, gostos, sonhos, algo que nasce dentro do ser escritor que busca suas informações no outro e no mundo a sua volta. Um trabalho que sai da individualidade do ser, invadindo a coletiva a sua volta. Mas não podemos esquecer que para o autor escrever bem, ele precisa ler, ler e ler buscando, cada dia mais, aperfeiçoar a arte de escrever.
VALDECK: Você usa o nome verdadeiro nos textos, não gostaria de usar um pseudônimo?
DHIOGO: Gosto de usar os dois, em alguns casos uso o meu pseudônimo (muso lírico), mas gosto de assinar os meus trabalhos com o meu nome verdadeiro.
VALDECK: Como foi a tua infância?
DHIOGO: Minha infância foi marcada por muitas dificuldades de caráter financeiro, social, psicológico. Muitos destes problemas servirão de inspiração para diversos trabalhos os quais descrevo a dor, o medo e sonhos. Mas mesmo com inúmeros problemas esta época foi um dos melhores períodos da minha história.
VALDECK: Você é jovem, gasta mais tempo com diversão ou reserva um tempo para o trabalho artístico?
DHIOGO: Sou um jovem “velho”, gosto de ficar no aconchego da minha casa, cultivar os momentos em família, ler bons livros e reservar grande parte do meu tempo para o aperfeiçoamento do meu trabalho artístico.
VALDECK: Tem um texto que te deu muito prazer ao ver publicado? Quando foi e onde?
DHIOGO: “O Menino do Futuro” é um dos meus primeiros trabalhos, um trabalho que eu coloquei todas as minhas fichas como aposta. E quando o mesmo foi selecionado para o projeto da Nova Coletânea em 2010 (Livre pensar literário, organizado por Bruno Resende), senti que era na literatura o meu lugar, foi um dos dias mais feliz da minha existência.
VALDECK: Você tem outra atividade, além de escritor?
DHIOGO: Sim sou professor, historiador, conselheiro da comunidade e secretário a sete anos de um laboratório de análise clínica e patológica.
VALDECK: Você se preocupa em passar alguma mensagem através dos textos que cria? Qual?
DHIOGO: Utilizo de inúmeras formas para expressar os momentos, a vida, a eternidade. Penso como eles e elas, e transcrevo sonhos, medos, vidas... Mas também analiso a repercussão dos fatos em um futuro distante. E afirmo que nós escritores somos os senhores das letras, as letras de inúmeros senhores são eternizadas em riscos, traços e rabiscos de um presente coletivamente vivido em uma particularidade social, política e geográfica. Mas neste mosaico de ideias, nos interligamos em uma única corrente literária. Trabalho todos os dias, buscando aperfeiçoar a arte de levar os sentimentos através das palavras. Busco conscientizar as pessoas sobre o poder da arte para transformar tudo... Vamos nos unir, esquecer dos dogmas, das linhas teóricas, difundindo a arte do bem viver e a prática de cultivar o nosso planeta. O nosso trabalho é árduo, mas é possível! É hora de pensar, refletir, lembrar... Lembrar das crianças que são violentadas, das nossas florestas quase extintas, dos jovens que não chegam à fase adulta por causa das drogas, da corrupção que devora as inúmeras nações do planeta, do abuso de poder e tantas outras problemáticas encontradas no mundo contemporâneo. Em versos, narro a esperança de uma humanidade que clama por paz. Reflita sobre o legado que recebemos, do uso que dele fazemos e o que faremos no futuro. Pensamos hoje: um mundo justo para todos! Um lugar de paz, igualdade, fraternidade e liberdade.
VALDECK: Qual sua Religião?
DHIOGO: Não tenho uma religião, mas sou um espiritualista, busco praticar o bem, reforçando a minha fé em Deus o criador de todas as coisas.
VALDECK: Quais seus planos como escritor?
DHIOGO: É uma grande felicitação fazer parte da história da literatura, não pretendo cultivar o ego e sim a arte de expressar em palavras a simplicidade, o verso e o poema que de mim e de todos nós afloram a cada segundo de nossa existência. O meu objetivo é continuar a caminhada em direção do ensinar e aprender, corroborando para a publicação de diversos textos, livros, artigos e poemas; construindo uma caminhada clarividentemente poética. Acostumado estou em não ter reconhecimento na minha terra. Fico triste quando percebo que o meu trabalho só tem crescido em outros estados e até em outros países e nos meios de comunicação da minha cidade não se vê sequer um comentário do mesmo, mas espero que um dia os mesmos valorizem não a mim e sim a literatura.
(*) Valdeck Almeida de Jesus é escritor, poeta e editor, jornalista formado pela Faculdade da Cidade do Salvador. Autor do livro “Memorial do Inferno: A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, já traduzido para o inglês. Seus trabalhos são divulgados no sitewww.galinhapulando.com
Valdeck Almeida de Jesus
Dhiogo José Caetano é natural de Uruana, interior de Goiás; filho de Valdson Caetano Filho e Lucinete José Veloso. Graduado em História pela UEG - Universidade Estadual de Goiás. Tem inúmeros trabalhos e artigos publicados na Web Artigo, Recanto das Letras, Jornal o Povo, Jornal o Dia, Jornal Diário da Manhã, Canto dos Escritores, Overmundo, Cinema é Minha Praia, Poetas Livres, Portal Literal, Sociedades dos Poetas por Vir, Novos Horizontes. Publica poesias nos portais: Revista Factus, Revista Literária e Partes. Tem textos publicados nos livros: Nova Coletânea, Rocco, Abralie, Publicações Iara, Encantos do Brasil II da Mandio Editora, Poesia Encantada III e IV, Novos Poetas 2011 e 2012 da Editora Videira, Prêmio Valdeck Almeida de Jesus 2010 e 2011, Editora Celeiro, Tecido Verbal, Editora Literacidade, Poesia Encanta, Canapé, Litteris, Palavras Sem Fronteiras. É colunista dos blogs: Poetas Brasileiros, Mar de poemas, Sociedade dos Poetas Mortos, Debates Culturais, Tabletes culturais e outros. Ganhador do prêmio Artista Revelação 2011 pela Interarte juntamente com a Academia de Letras de Goiás e prêmio destaque cultura pela Interarte 2012. Seus trabalhos são divulgados no site
www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=68116
VALDECK: Quando e onde nasceu?
DHIOGO: Nasci em Uruana, interior de Goiás. Na manhã do dia 24 de novembro do ano de 1988, momento de muita alegria para a minha amada família.
VALDECK: Já conhece o restante do Brasil? E outros países?
DHIOGO: Sim, já conheci alguns estados brasileiros, mas o meu sonho é percorrer todo o Brasil e o mundo, levando uma literatura clara e democrática.
VALDECK: Como você começou a escrever? Por quê? Quando foi?
DHIOGO: Desde muito cedo me preocupo com a realidade social, humanitária e educacional do mundo. Diante dos fatos não consigo permanecer calado, busco levar a mensagem dos bestializados, daqueles esquecidos por uma sociedade “injusta e profundamente corrupta”. Portanto iniciei a minha jornada no mundo das letras aos 10 anos de idade, quando ganhei o meu primeiro prêmio na categoria redação juvenil, com o tema “Segurança e cidadania no trânsito”, concurso organizado pelo DENATRAN em setembro de 2002.
VALDECK: Você escreve ficção ou sobre a realidade? Suas obras são mais poesias ou prosa? O que mais você gosta de escrever? Quais os temas?
DHIOGO: Gosto de escrever textos ficcionais que descrevem a realidade e vice-versa. Busco fazer uma miscelânea de temáticas do cotidiano, adoro escrever com alma e expressar a verdade vivenciando no meu dia a dia. Acredito que o escritor é o “senhor do tempo”, ele tem o poder de eternizar fatos, momentos, amor e salvar vidas através da sua arte de transcrever o mundo a partir de versos, prosa, crônicas e belos poemas. Em suma, escrevo em nome da nação humana, pois os dias passaram, a vida passará e nós todos morreremos, mas não podemos deixar que os “devoradores de colarinho branco” façam a raça humana perder a cidadania, a moral social chegando ao fim, onde se espera a morte ou um milagre.
VALDECK: Qual o compromisso que você tem com o leitor, ou você não pensa em quem vai ler seus textos quando está escrevendo?
DHIOGO: Quando vou escrever sempre penso nos meus leitores, procuro pensar como eles pensariam; tentando sempre me aproximar dos meus leitores, pois são eles que alimentam a minha arte de escrever. Como diria a nossa gloriosa escritora e poetiza goiana Cora Coralina: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.
VALDECK: O que mais gosta de escrever?
DHIOGO: Tenho prazer em escrever sobre o mundo, as pessoas e os momentos que as formulam seres humanos bons e ruins. Gosto de eternizar os momentos, sonhos, vidas, amores, sentimentos, memórias, fatos, pessoas etc.
VALDECK: Como nascem seus textos? De onde vem a inspiração? E você escreve em qualquer hora, em qualquer lugar ou tem um ritual, um ambiente?
DHIOGO: Os meus textos nascem de forma simples, o momento e as pessoas me inspiram e a qualquer momento coloco em prática a minha arte de escrever e descrever a realidade e mundo que me circunda.
VALDECK: Qual a obra predileta de sua autoria? Você lembra um trecho?
DHIOGO: Gosto muito do meu poema: Flores do meu jardim, jardim das minhas flores.
...Quantas flores!
No meu jardim, encontro a complexidade do tudo!
É surreal, lindo, natural e simplesmente divino.
Flores do meu jardim, jardim das minhas flores...
VALDECK: Seus textos são escritos com facilidade ou você demora muito produzindo, reescrevendo?
DHIOGO: É interessante a minha forma de escrever, de forma súbita me surge uma nova ideia e rapidamente coloco tudo no papel e, depois, quando vou digitar os mesmos, fico encantado com as palavras escritas nos intervalos do trabalho e na correria do dia a dia. Posso dizer que eu tenho muita facilidade em transcrever as minhas ideias.
VALDECK: Qual foi a obra que demorou mais tempo a escrever? Por quê?
DHIOGO: O meu livro “O medo da morte na Idade Média: Uma visão coletiva do Ocidente”. A demora na construção textual do mesmo se deu devido à própria exigência de um trabalho científico. Para estruturar o mesmo tive que pesquisar e analisar fontes. Na posição de historiador, busquei trabalhar com o critério de veracidade dos fatos, promovendo um confronto entre as fontes analisadas, chegando ao longo de quatro anos em uma problemática coerente e esclarecedora referente ao tema proposto.
VALDECK: Concluiu a faculdade? Pretende seguir carreira na literatura?
DHIOGO: Sou graduado em licenciatura plena em história pela Universidade Estadual de Goiás e pós-graduado em memória, literatura e imaginário histórico, mas pretendo viver da literatura e da arte de poematizar o mundo.
VALDECK: Qual o escritor ou artista que mais admira e que tenha servido como fonte de inspiração ou motivação para seu trabalho?
DHIOGO: Não posso citar um escritor, pois se sou o que sou hoje é porque me inspirei em grandes e importantes artistas das letras como: Shakespeare, Affonso Romano de Santa’Ana, Paulo Coelho, Augusto Cury, Bruno Resende, Naha Naga, Chico Xavier, Vinicius de Morais, Cora Coralina, Abílio Pacheco, Claúdia Schiavone, Izabelle Valladares e no ilustríssimo Valdeck Almeida de Jesus, que faz a diferença na literatura contemporânea.
VALDECK: O que você acha imprescindível para um autor escrever bem?
DHIOGO: O autor precisa de forma clara colocar as suas referências, crenças, valores, gostos, sonhos, algo que nasce dentro do ser escritor que busca suas informações no outro e no mundo a sua volta. Um trabalho que sai da individualidade do ser, invadindo a coletiva a sua volta. Mas não podemos esquecer que para o autor escrever bem, ele precisa ler, ler e ler buscando, cada dia mais, aperfeiçoar a arte de escrever.
VALDECK: Você usa o nome verdadeiro nos textos, não gostaria de usar um pseudônimo?
DHIOGO: Gosto de usar os dois, em alguns casos uso o meu pseudônimo (muso lírico), mas gosto de assinar os meus trabalhos com o meu nome verdadeiro.
VALDECK: Como foi a tua infância?
DHIOGO: Minha infância foi marcada por muitas dificuldades de caráter financeiro, social, psicológico. Muitos destes problemas servirão de inspiração para diversos trabalhos os quais descrevo a dor, o medo e sonhos. Mas mesmo com inúmeros problemas esta época foi um dos melhores períodos da minha história.
VALDECK: Você é jovem, gasta mais tempo com diversão ou reserva um tempo para o trabalho artístico?
DHIOGO: Sou um jovem “velho”, gosto de ficar no aconchego da minha casa, cultivar os momentos em família, ler bons livros e reservar grande parte do meu tempo para o aperfeiçoamento do meu trabalho artístico.
VALDECK: Tem um texto que te deu muito prazer ao ver publicado? Quando foi e onde?
DHIOGO: “O Menino do Futuro” é um dos meus primeiros trabalhos, um trabalho que eu coloquei todas as minhas fichas como aposta. E quando o mesmo foi selecionado para o projeto da Nova Coletânea em 2010 (Livre pensar literário, organizado por Bruno Resende), senti que era na literatura o meu lugar, foi um dos dias mais feliz da minha existência.
VALDECK: Você tem outra atividade, além de escritor?
DHIOGO: Sim sou professor, historiador, conselheiro da comunidade e secretário a sete anos de um laboratório de análise clínica e patológica.
VALDECK: Você se preocupa em passar alguma mensagem através dos textos que cria? Qual?
DHIOGO: Utilizo de inúmeras formas para expressar os momentos, a vida, a eternidade. Penso como eles e elas, e transcrevo sonhos, medos, vidas... Mas também analiso a repercussão dos fatos em um futuro distante. E afirmo que nós escritores somos os senhores das letras, as letras de inúmeros senhores são eternizadas em riscos, traços e rabiscos de um presente coletivamente vivido em uma particularidade social, política e geográfica. Mas neste mosaico de ideias, nos interligamos em uma única corrente literária. Trabalho todos os dias, buscando aperfeiçoar a arte de levar os sentimentos através das palavras. Busco conscientizar as pessoas sobre o poder da arte para transformar tudo... Vamos nos unir, esquecer dos dogmas, das linhas teóricas, difundindo a arte do bem viver e a prática de cultivar o nosso planeta. O nosso trabalho é árduo, mas é possível! É hora de pensar, refletir, lembrar... Lembrar das crianças que são violentadas, das nossas florestas quase extintas, dos jovens que não chegam à fase adulta por causa das drogas, da corrupção que devora as inúmeras nações do planeta, do abuso de poder e tantas outras problemáticas encontradas no mundo contemporâneo. Em versos, narro a esperança de uma humanidade que clama por paz. Reflita sobre o legado que recebemos, do uso que dele fazemos e o que faremos no futuro. Pensamos hoje: um mundo justo para todos! Um lugar de paz, igualdade, fraternidade e liberdade.
VALDECK: Qual sua Religião?
DHIOGO: Não tenho uma religião, mas sou um espiritualista, busco praticar o bem, reforçando a minha fé em Deus o criador de todas as coisas.
VALDECK: Quais seus planos como escritor?
DHIOGO: É uma grande felicitação fazer parte da história da literatura, não pretendo cultivar o ego e sim a arte de expressar em palavras a simplicidade, o verso e o poema que de mim e de todos nós afloram a cada segundo de nossa existência. O meu objetivo é continuar a caminhada em direção do ensinar e aprender, corroborando para a publicação de diversos textos, livros, artigos e poemas; construindo uma caminhada clarividentemente poética. Acostumado estou em não ter reconhecimento na minha terra. Fico triste quando percebo que o meu trabalho só tem crescido em outros estados e até em outros países e nos meios de comunicação da minha cidade não se vê sequer um comentário do mesmo, mas espero que um dia os mesmos valorizem não a mim e sim a literatura.
(*) Valdeck Almeida de Jesus é escritor, poeta e editor, jornalista formado pela Faculdade da Cidade do Salvador. Autor do livro “Memorial do Inferno: A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, já traduzido para o inglês. Seus trabalhos são divulgados no sitewww.galinhapulando.com
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