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Prezado leitor, o Portal do Servidor Publico do Brasil é um BLOG que seleciona e divulga notícias que são publicadas nos jornais e na internet, e que são de interesse dos servidores públicos de todo o Brasil. Todos os artigos e notícias publicados têm caráter meramente informativo e são de responsabilidade de seus autores e fontes, conforme citados nos links ao final de cada texto, não refletindo necessariamente a opinião deste site.

OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

OS DESTEMIDOS  GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO
A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Advogados garantem corte de ponto e desconto na remuneração de grevistas da Polícia Federal no Estado do Ceará



AGU - 17/10/2012
A Advocacia-Geral da União (AGU) obteve, no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), decisão que autoriza o desconto no salário pelos dias parados de servidores da Polícia Federal no Estado Ceará. A Justiça acolheu os argumentos dos advogados públicos e garantiu a aplicação dos dispositivos da Lei nº 7.783/89, que disciplina o exercício do direito de greve.
A decisão do TRF5 suspendeu a liminar anterior que impedia o abatimento na remuneração dos funcionários em greve, a pedido do Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Ceará (SINPOF/PE).


Após a concessão da liminar ao Sindicato, a Procuradoria-Regional da União da 5ª Região (PRU5) contestou a decisão explicando que o exercício do direito de greve acarreta a suspensão temporária do contrato de trabalho, conforme a legislação sobre o assunto, por esse motivo, os servidores não têm direito à remuneração dos dias que deixaram de trabalhar.

De acordo com os advogados da União, a liminar priva a Administração dos meios necessários à garantia dos princípios constitucionais da continuidade dos serviços públicos e da eficiência. Além disso, segundos eles, deixar de descontar os dias parados dos servidores em greve incentiva o prosseguimento do movimento.

Segundo a PRU5, a greve vinha prejudicando a emissão de passaportes, prisões em flagrante, operações policiais já iniciadas e em andamento, além da emissão de certidões de antecedentes criminais em regime de urgência.


Ao analisar o caso, a presidência do TRF5 acolheu os argumentos da AGU, entendendo que haveria risco da liminar provocar um efeito multiplicador quanto à proibição do desconto de dias parados para outras categorias de servidores federais em greve.


A PRU5 é unidade da Procuradoria-Geral da União, órgão da AGU.

Plano de fundo para servidores será lançado




João Villaverde

O Estado de S.Paulo - 17/10/2012
BRASÍLIA - A ideia de criar um grande fundo de pensão para os servidores de Estados e municípios caminha a passos largos no governo federal. Antecipado pelo jornal O Estado de S. Paulo em setembro, o "Prev-Federação" será um consórcio público.
O objetivo do governo é aproveitar os marcos da lei 11.107/2005, que prevê a associação de entes federados (Estados e municípios) em um consórcio de propósito específico. No caso, o governo federal vai estimular a criação do grande fundo, e auxiliar com transferência de know how.


Originalmente, o governo federal projetava criar o "Prev-Federação" à imagem e semelhança da Fundação Nacional de Previdência Complementar dos Servidores Federais (Funpresp), e em seguida abrir para a adesão de Estados e municípios. Mas diante do temor de que um eventual calote de uma das partes no futuro resultaria em problemas para a União, o governo federal resolveu incentivar a ideia do consórcio público.
Janela de oportunidade

O governo federal quer aproveitar a janela de oportunidade aberta com a aprovação do Funpresp no Congresso Nacional no início deste ano para começar a contornar o enorme rombo previdenciário acumulado por Estados e municípios. Ao todo, o déficit atuarial dos 26 Estados e Distrito Federal (DF) e dos 50 maiores municípios ultrapassa R$ 1 trilhão.

O objetivo do "Prev-Federação" é o mesmo que impulsionou a aprovação do Funpresp, ou seja, reduzir as despesas do setor público com as aposentadorias e pensões dos servidores e, ao mesmo tempo, criar um grande fundo para aplicações na economia.


Apenas os Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro já contam com um fundo de previdência complementar para seus servidores, a semelhança do Funpresp. Todos os demais Estados, e os municípios, não contam com essa estrutura, e, segundo o governo federal, demonstram interesse em participar do "Prev-Federação", que teria grande escala financeira e, portanto, renderia mais a seus associados. A estimativa dos técnicos do governo é que o universo de servidores do "Prev-Federação" será de 500 mil pessoas, no médio prazo.

Transposição de servidores de RO para a União virou pesadelo, diz Ivo Cassol





Agência Senado - 17/10/2012


O senador Ivo Cassol (PP-RO) afirmou nesta quarta-feira (17) que a luta pela transposição dos servidores do ex-território de Rondônia para os quadros da União “virou pesadelo”. Ele explicou que a União decidiu assumir apenas os servidores do ex-território federal de Rondônia contratados até 1987 e não até 1991 como sugeria.

A Instrução Normativa baixada pelo Ministério do Planejamento para regular a transposição, disse o senador, acaba com a expectativa de que os servidores contratados entre 1987 e 1991 também fossem beneficiados.


Cassol afirmou que integrantes do governo federal estão agindo como “padrastos e madrastas malvados”. Ele informou que a transposição será feita sem que os salários sejam adaptados à realidade remuneratória da União, acresentando que também haverá impasse quanto aos servidores que estão próximos da aposentadoria.


- A transposição foi uma expectativa de dias melhores. Infelizmente virou esse pesadelo constante que vivem os nossos servidores – lamentou.

O senador também demonstrou disposição de “buscar na Justiça” os demais direitos dos ex-servidores que não constam da instrução normativa.

Reintegração barrada





Antonio Temóteo

Correio Braziliense - 17/10/2012



Governo se opõe a projeto para recolocar no serviço público 10 mil pessoas que saíram por demissão voluntária

O Palácio do Planalto prepara barreiras para travar a aprovação do Projeto de Lei nº 4293/2008, em tramitação na Câmara dos Deputados. A proposta, que pretende reincoroporar pelo menos 10 mil ex-servidores federais que aderiram a programas de demissão voluntária a partir de 21 de novembro de 1996, não é vista com bons olhos pelo Executivo. Ainda em debate na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), o texto, que fala em “anistia” dos ex-servidores, precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário do Senado para seguir para a sanção presidencial.


O advogado-geral da União substituto, Fernando Luiz Albuquerque Faria, foi escalado pelo governo para transmitir aos ex-servidores os questionamentos existentes no PL que serão exploradas para engavetá-lo. Durante audiência pública realizada ontem na CFT, Faria afirmou que uma anistia deve ser aprovada para reparar um delito. E no caso das demissões voluntárias, precisaria ser comprovado o vício no consentimento do benefício para ex-servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e de outros órgãos.
O representante do Planalto também pontuou que o governo teria de ser ressarcido dos valores pagos pela demissão voluntária. “Além disso, é necessário analisar a questão orçamentária e financeira, em um momento em que o Executivo prega a austeridade”, disse. Outra ponto de conflito destacado pelo advogado da união foi o artigo 4º do projeto de lei. Uma da partes mais polêmicas do texto sugere excluir vagas de concursos públicos caso os ex-servidores se enquadrarem no perfil procurado.


“Precisamos saber em que regime de previdência esses ex-servidores seriam enquadrados e se os aposentados seriam desaposentados para voltar ao serviço público. Também há questionamento nos casos em que o servidor não cumpriu os cinco anos necessários para que a estabilidade seja reconhecida. Isso está descrito no artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias”, completa.


Relatoria

Outro sinal que demonstra a indisposição do Planalto em aprovar o projeto foi a ausência do relator da matéria, o deputado André Vargas (PT-PR), na audiência pública. A reportagem procurou o parlamentar para esclarecer por que não participou do debate, mas ele não retornou as ligações. Autor do requerimento para realização das discussões na Comissão de Finanças e Tributação, o deputado Zequinha Marinho (PSC-PA), lamentou a ausência de Vargas.
Entretanto, Marinho e os integrantes da comissão Cleber Verde (PRB-MA) e João Dado (PDT-SP) se comprometeram a se reunir com o relator para tentar sensibilizá-lo para causa e a votar pela aprovação do projeto. De acordo com o integrante Fórum Nacional dos Pdvistas Jorge Wilson Lara Godoy, os programas foram uma enganação. “Não cumpriram a promessa de capacitar os servidores e oferecer linhas de crédito”, lamentou Godoy.


Sem estudo

De acordo com o Ministério do Planejamento, um estudo sobre o impacto financeiro e orçamentário da reintegração de ex-servidores só será feito se o projeto for aprovado e sancionado pela presidente Dilma Roussef. A pasta justificou que não existem números oficiais de quantas pessoas seriam beneficiada se a proposta fosse sancionada.

A nova aposentadoria do funcionalismo

Cristiano Romero

Valor Econômico - 17/10/2012


Com a criação da Fundação de Previdência dos Servidores Públicos (Funpresp), para receber benefício equivalente ao do regime anterior, o funcionário público terá que trabalhar por mais tempo e contribuir com alíquota maior que a prevista no sistema de paridade. Por esse sistema, a União contribuirá para a Funpresp, até o limite de 8,5% do vencimento do servidor, com valor idêntico ao da contribuição dos segurados.
Esta é uma das conclusões de um minucioso e inédito estudo feito pelos economistas Marcelo Abi-Ramia Caetano, Felipe Amaral e Fábio Giambiagi, três especialistas em assuntos previdenciários. O trabalho é um subsídio para a definição das normas que vão regular a Funpresp, bem como para orientação dos futuros participantes do fundo.
A criação do fundo é, sem dúvida, a maior contribuição institucional que o governo Dilma Rousseff deu ao país até agora. A partir dela, a aposentadoria integral deixou de existir no Brasil, embora permaneça em vigor para os funcionários contratados antes da instituição da Funpresp. O fundo regulamenta a reforma previdenciária aprovada em 2003 pelo Congresso.

Se contribuição não superar paridade, benefício será menor
Infelizmente, o estatuto e o regulamento do fundo ainda não foram definidos - a lei que cria a Funpresp foi aprovada em abril e o decreto (7.808) da presidente Dilma que o instituiu é de setembro. Para que o fundo comece a funcionar, é necessário ainda fixar algumas regras.
Pelas normas que passaram a vigora a partir de 2003, o funcionário se aposentava com direito a um benefício definido, equivalente à média dos 80% maiores salários de sua carreira, limitado ao último vencimento. Para ter direito ao benefício, o servidor era obrigado a contribuir com 11% do salário bruto. Nesse sistema, a União era obrigada a recolher o dobro da contribuição do funcionário - 22% - e, na hipótese de haver insuficiência de caixa para pagar o benefício prometido, cobri-lo com recursos do Tesouro.
No novo regime, o funcionário terá direito, como o trabalhador do setor privado, à aposentadoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), limitada ao teto, que hoje está em R$ 3.916,20. Com a Funpresp, o governo complementará a aposentadoria dos servidores por meio de um sistema de contribuição definida. Isto significa que, em tese, assegurado o pagamento até o teto do INSS, o risco referente ao valor complementar recairá inteiramente sobre o servidor.
É por essa razão que as decisões futuras sobre participação na Funpresp serão cruciais. No regime de contribuição definida, o valor do benefício previdenciário reflete uma série de variáveis. Algumas delas, como o tempo de contribuição, a alíquota incidente sobre a renda e a composição da carteira dos ativos, são discricionárias, portanto, dependem do participante. Outras, como a taxa de retorno do patrimônio, estão fora do seu poder de decisão. Dependerão de como se comportará a economia brasileira nas próximas décadas.
Utilizando modelo econométrico, Caetano, Amaral e Giambiagi traçaram cenários para estimar o benefício futuro de participantes da Funpresp. No cenário básico, o funcionário ingressa no serviço público aos 25 anos, com vencimento inicial de R$ 8 mil, crescimento salarial de 2% ao ano, contribuição de 8,5% para a Funpresp e aposentadoria aos 60 anos. As premissas são de que a taxa real anual de remuneração dos ativos será de 5% ao ano, equivalente a uma carteira composta de 70% de ativos livres de risco, com rentabilidade de 4% ao ano, e 30% de ativos de renda variável, com retorno médio de 7,3% ao ano e desvio-padrão de 25% ao ano.
As premissas não foram tiradas do vácuo. Elas refletem o desempenho da economia brasileira nas últimas décadas, já levando em conta a queda recente da taxa de juros (Selic).
Os números mostram que, nesse cenário, o funcionário receberia aposentadoria líquida mensal (descontado o Imposto de Renda) de R$ 8.233,75. O valor é 11% inferior ao que ele perceberia se estivesse em vigor o regime anterior (R$ 9.254,38). Os autores do estudo advertem que esse resultado deve ser olhado com precaução. A principal razão é que a manutenção da regra anterior, que praticamente assegurava a aposentadoria integral, seria pouco provável nos próximos anos, dado o impacto negativo que ela provoca nas contas públicas.
Caetano, Amaral e Giambiagi traçaram cenários alternativos. Num deles, o salário inicial do participante é R$ 13 mil. Noutro, o servidor decide pagar alíquota de 11%, em vez de 8,5%, sobre a parcela do salário que exceder o teto do INSS. Outra premissa alternativa é o servidor se aposentar aos 65 anos. Numa última alternativa, aplicar-se-iam 50% dos recursos, e não 30%, em ativos de risco (ações).


Considerando essas premissas, o valor da aposentaria pela Funpresp melhora substancialmente, praticamente igualando-se em alguns casos e superando em outros, sempre quando comparado à regra anterior. Para quem entra no regime com salário de R$ 13 mil, o benefício ficaria um pouco abaixo - R$ 13.792,93, face a R$ 14.214,10. Para quem aumentasse a contribuição para 11%, a aposentadoria seria equivalente: de R$ 9.083,25, diante de R$ 9.254,38. Os que se aposentassem mais tarde receberiam benefício mais alto: R$ 10.611,36, face a R$ 9.882,41. O mesmo ocorreria para os que decidissem adotar um portfólio de investimento mais arriscado - R$ 9.515,45, versus R$ 9.254,38.
O estudo chama a atenção para o caso das mulheres, que mesmo na Funpresp terão direito a condições especiais de aposentadoria, uma falha da lei que criou o fundo. Na simulação feita pelos estudiosos, uma funcionária que se aposentar aos 55 anos terá perda de 21% no valor do benefício, se comparado ao que teria direito na regra antiga (R$ 8.737,63).

Na Funpresp, a conta dos casos especiais será paga por todos os participantes. "Pode-se argumentar que a nova previdência é pior para as mulheres comparativamente à situação pretérita. De modo alternativo, mostra que também é verdadeira a constatação da insuficiência da contribuição feminina no regime anterior para fazer jus ao seu benefício. A conta da baixa idade de aposentadoria - antes paga pelos homens, pelas mulheres das gerações futuras ou pelos que não faziam parte do regime próprio da União - recai agora sobre o próprio participante", diz o estudo.

AGU vê obstáculos para anistia a ex-servidores que aderiram ao PDV




BSPF - 17/10/2012


O advogado-geral da União substituto, Fernando Luiz Albuquerque Faria, ressaltou que uma série de questões jurídicas deverão ser examinadas antes da concessão de anistia aos ex-servidores que participaram de programas de demissão voluntária.


Fernando Luiz participou nesta terça-feira (16) de audiência pública, promovida pela Comissão de Finanças e Tributação, para debater o Projeto de Lei 4293/08, que concede anistia aos ex-servidores da administração pública direta, autárquica e fundacional, exonerados em virtude de adesão, a partir de 21 de novembro de 1996, do Programa de Desligamento Voluntário (PDV).


Entre os questionamentos, de acordo com Fernando Luiz, está o da possibilidade de ter havido ato ilícito. Outro ponto que deverá ser objeto de análise da Advocacia-Geral da União (AGU), é se o projeto de anistia deveria ser de iniciativa do governo federal. Além disso, o advogado indaga se o projeto for aprovado, em qual o regime de previdência vão ingressar e se os aposentados vão poder se desaposentar. Em caso afirmativo, se deverão devolver o valor da aposentadoria.


“Além da Advocacia-Geral da União, que vai fazer uma análise jurídica do projeto, outros órgãos do Executivo também vão analisar o mérito desse projeto de anistia. Também vai ser analisada a oportunidade de conveniência, inclusive o alcance orçamentário e financeiro da anistia”, acrescentou Fernando Luiz.
Cláusulas não cumpridas

Na opinião do autor do projeto 4293/08, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), o PDV deve ser revisto em razão de algumas cláusulas que não terem sido cumpridas.

O representante da Associação Nacional dos Ex-Servidores Públicos Federais, Jorge Wilson Lara Godoy, defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para saber quem saiu ganhando com o PDV. “Nós acreditávamos que iríamos ter uma vida melhor, mas o governo não cumpriu a sua parte”, protestou.
Para o procurador do Trabalho e coordenador da Coordenadoria Nacional de Combate às irregularidades Trabalhistas na Administração Pública/Conap, representante do Ministério Público do Trabalho, Alpiniano do Prado Lopes, o projeto vai corrigir uma injustiça, pois o governo prometeu linhas de financiamento e treinamento para os ex-servidores e não cumpriu. Segundo ele, se uma pessoa não receber treinamento para ser empreendedor certamente fracassará.
Devolução de dinheiro

Lopes salientou que, ao ser reintegrado, o servidor poderá devolver o dinheiro que recebeu do PDV. Ele sugeriu que se estabelecesse um percentual de 10% do salário. O PDV previa a concessão de um salário por ano de trabalho para o servidor que aderisse ao plano.
Lopes ressaltou ainda que todos os servidores são concursados. “Não se está criando nenhum trem da alegria”, afirmou.
Autor do requerimento para realização dos debates, o deputado Zequinha Marinho (PSC-PA) afirmou que se trata de uma causa justa. “Eu e outros parlamentares da comissão vamos trabalhar para sensibilizar o relator. Ele deve estar com o relatório pré-pronto vindo do Palácio do Governo, mas a gente vai fazer o máximo para que ele se sensibilize”, disse.


Fonte: Agência Câmara de Notícias

Frente parlamentar vai defender carreira de médico perito previdenciário

Agência Câmara de Notícias - 17/10/2012
Será lançada hoje, às 16 horas, no auditório Freitas Nobre, a Frente Parlamentar em Defesa do Médico Perito Previdenciário, que pretende discutir no Congresso a reestruturação da carreira. A frente é composta por 234 parlamentares.
De acordo com a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP), a carreira da perícia médica previdenciária foi criada em 2004 para acabar com a terceirização dos serviços médicos previdenciários e reduzir as filas de atendimento do INSS.


Entre 2005 e 2012, foram contratados, por meio de concursos públicos, 4 mil peritos médicos. No entanto, segundo informações da frente parlamentar, ainda há defasagem de mais de mil profissionais.


O deputado Manoel Junior (PMDB-PB), que presidirá a frente parlamentar, afirma que a reestruturação “tornaria a perícia médica do INSS uma carreira de Estado com funções gerenciais e prerrogativas de auditoria médica externa em benefícios por incapacidades, inclusive acidentários, podendo ter uma atuação mais voltada para a gestão previdenciária com foco na prevenção”.

MP investigará divulgação de salários do Senado






Mariana Haubert

Congresso em Foco - 16/10/2012


Denúncia anônima motivou abertura de processo que analisará se a forma encontrada pelo Legislativo para informar vencimentos de servidores burla a Lei de Acesso


A polêmica em torno da forma como o Congresso Nacional está divulgando os salários dos seus servidores já chegou ao Ministério Público. No início de outubro, o órgão abriu uma investigação sobre a forma escolhida pelo Senado para divulgar sua folha salarial.


Tanto o Senado como a Câmara resolveram não publicar a lista completa das remunerações, criando um sistema que obriga que a investigação seja feita especificamente sobre cada funcionário. Além disso, as duas Casas obrigam que a pessoa interessada na informação identifique-se e, depois, informa ao servidor que alguém pediu informações sobre seus vencimentos.


Uma pessoa entrou, então, com denúncia no Ministério Público especificamente sobre o Senado. Na denúncia, a pessoa afirma que o Senado estaria inibindo, com o modelo adotado e com as exigências feitas, o acesso a informações públicas, contrariando o espírito da Lei de Acesso. O caso está nas mãos do procurador da República Felipe Fritz, ainda em fase inicial...

Leia mais em MP investigará divulgação de salários do Senado http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/manchetes-anteriores/mp-vai-investigar-forma-de-divulgacao-de-salarios-do-senado/     A polêmica em torno da forma como o Congresso Nacional está divulgando os salários dos seus servidores já chegou ao Ministério Público. No início de outubro, o órgão abriu uma investigação sobre a forma escolhida pelo Senado para divulgar sua folha salarial. Tanto o Senado como a Câmara resolveram não publicar a lista completa das remunerações, criando um sistema que obriga que a investigação seja feita especificamente sobre cada funcionário. Além disso, as duas Casas obrigam que a pessoa interessada na informação identifique-se e, depois, informa ao servidor que alguém pediu informações sobre seus vencimentos. Uma pessoa entrou, então, com denúncia no Ministério Público especificamente sobre o Senado. Na denúncia, a pessoa afirma que o Senado estaria inibindo, com o modelo adotado e com as exigências feitas, o acesso a informações públicas, contrariando o espírito da Lei de Acesso. O caso está nas mãos do procurador da República Felipe Fritz, ainda em fase inicial.


Câmara e Senado exigem CPI para revelar salário de servidor


Para acessar o sistema do Senado, é preciso informar o nome, CPF, endereço completo, email e telefone do interessado. Fica registrado também o número IP do computador usado pelo solicitante. Na Câmara, a situação é a mesma. Além disso, em ambas as Casas, o servidor que teve algum dado verificado é avisado sobre isso. No entanto, a assessoria de imprensa da Câmara não soube explicar se a comunicação é automática ou se o servidor precisa solicitar a lista de todos que o procuraram.


Já no Senado, o servidor que teve seus dados acessados é informado em sua página pessoal na intranet da Casa. Em nota, o Senado alegou que, dessa forma, cumpre a lei e cuida de dar igual direito a pesquisadores e pesquisados. “Se um cidadão pode buscar informação pessoal sobre outro, é direito deste outro cidadão também saber quem é esse interessado”, diz a nota.


Desobediência à lei


Desde a regulamentação da Lei de Acesso pela presidenta Dilma Rousseff, o Legislativo tem sido o poder mais refratário à determinação de dar publicidade à sua folha salarial. O Congresso é a única instituição que exige informações do cidadão para acessar esse tipo de informação. Nos demais poderes, o que está publicado é de livre acesso. “O exercício fundamental nessa questão é comparar. Por que o Executivo e o Judiciário divulgam as mesmas informações de forma livre e por que no Congresso isso é diferente? Quando se procura controlar a informação, ou escondê-la muito é porque ela tem o potencial de causar estragos. Então, qual é exatamente o estrago que eles querem evitar?”, questiona o pesquisador da Fundação Getúlio Vargas e especialista em transparência pública Fabiano Angélico.


Segundo o pesquisador, existe ainda um outro problema em questão. Para ele, o Congresso confundiu dois aspectos da lei: a transparência ativa e passiva. A lei não fala sobre a divulgação de salários, por isso, para Fabiano, nenhum órgão está obrigado a informar quanto paga a seus servidores. Em alguns países esse tipo de informação está disponível mediante solicitação. Talvez teria sido mais coerente e menos vergonhoso para o Congresso anunciar que não publicaria os salários com os nomes”, afirmou Fabiano. Para ele, o cuidado com a segurança dos servidores procede, mas ainda assim é preocupante o que chamou de uma “situação policialesca”. “Embora esteja publicado na internet, é quase como um pedido de acesso. E se for considerado assim, podemos dizer que o Congresso está desobedecendo uma lei que, curiosamente, ele mesmo aprovou”, disse. A lei estabelece que o cidadão se identifique quando faz uma solicitação de informação, mas não quando acessa um banco publicado proativamente pelo órgão.


Constrangimento


Na semana passada, o site Contas Abertas revelou que o funcionário público Weslei Machado foi chamado de “bisbilhoteiro” e “fofoqueiro” por uma servidora do Senado que teve suas informações acessadas por ele. Weslei também trabalha no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele afirmou que acessou as informações quando começaram as discussões sobre o aumento salarial no Judiciário. Ele então quis comparar a remuneração dos servidores do TSE com os de outros poderes e fez a consulta aleatoriamente.


Após realizar a consulta, a servidora entrou em contato e perguntou por que ele estava interessado em sua vida. Para Weslei, o caso desencoraja a população a exercer o seu papel fiscalizatório. Apesar do constrangimento, as duas Casas afirmaram que não pretendem alterar a forma de identificar o cidadão que busca informação.



Dados Abertos
Outro problema encontrado na forma como o Congresso divulga as informações salariais é a não publicação delas em formato aberto, ou seja, que possam ser manipuladas de forma a obter, por exemplo, indicações de erros nas folhas salariais. Nos dois casos é preciso fazer a consulta individualmente, ou seja, só é possível saber o salário de cada um dos mais de 25 mil servidores e parlamentares de forma individual.



Quando ainda não havia a divulgação nominal, ambas as Casas publicaram listas com todas as informações. Quando a justiça derrubou a liminar que possibilitava ao Congresso não publicar os nomes dos servidores, Senado e Câmara recuaram para o modelo atual.


Dessa forma, o levantamento mais amplo que se tem continua sendo o feito pelo Congresso em Foco  a partir de dados que o site obteve das folhas salariais da Câmara num período de 18 meses, entre 2010 e o ano passado. A partir desses dados, foi possível saber que a Câmara pagou mais de R$ 1 milhão de reais nesse intervalo de tempo a apenas 14 de seus servidores. E que a cúpula da Casa ganhou no período uma média de R$ 44 mil mensais, valor que é quase o dobro do teto salarial do funcionalismo, hoje fixado em R$ 26,7 mil.
http://congressoemfoco.uol.com.br/



Tudo sobre supersalários http://congressoemfoco.uol.com.br/category/supersalarios/

Tudo sobre a Lei de Acesso http://congressoemfoco.uol.com.br/category/lei-de-acesso/



Saiba mais sobre o Congresso em Foco (2 minutos em vídeo) http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/saiba-mais-sobre-o-congresso-em-foco/

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Regulamentação para concursos de órgaos federais tramita no Senado






O DIA - 16/10/2012



Rio - Depois que o Estado do Rio de Janeiro e o Distrito Federal regulamentaram os procedimentos para fazer concursos públicos, chegou a vez de as seleções de âmbito federal ganharem regras mais claras também. Tramita no Senado o Projeto de Lei 74/2010 que estabelece normas gerais para a aplicação de concursos de investidura em cargos e empregos públicos pela União, estados e municípios.


O projeto está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Casa e prevê que o prazo entre a publicação do edital e a realização da prova não pode ser inferior a 90 dias ou superior a 120 dias. Além disso, proíbe as seleções que se destinem, exclusivamente, à formação de cadastro de reserva. O projeto impede ainda que sejam feitas outras provas antes do fim da validade do concurso em vigor.


A comissão do Senado deverá promover audiência pública para discutir o projeto de lei. O presidente da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concurseiros (Anpac), Ernani Pimentel, acredita que a aprovação do projeto de lei que tramita no CCJC do Senado deve demorar a acontecer.

No Estado do Rio, a regulamentação criou o prazo de 30 dias entre a publicação do edital e a aplicação da prova, mas permite concurso para formação de cadastro de reserva. Já no Distrito Federal, o prazo entre as duas etapas é de 90 dias e é vedada a realização de certames apenas para cadastro de reserva.

Ação para suspender Fundo de Previdência Complementar







O DIA - 16/10/2012

Rio - Se depender da Federação Nacional das Associações de Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (Fenajossaf), o Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais (Funpresp) não será implantado. A assessoria jurídica da instituição se reúne amanhã com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ayres Brito, para discutir a inconstitucionalidade do fundo.


A Fenajossaf entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin 4.863) contra a Lei 12.618/12, que instituiu o Funpresp por meio de fundações, sendo uma para cada um dos três Poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo). De acordo com a federação, teria havido um desvio no momento da criação do fundo, tornando-o ilegal
Presidente da federação, Joaquim Castrillon explica o embate jurídico: “O Funpresp foi criado por meio de lei ordinária, que exige um quorum na Câmara de 129 votos. No entanto, segundo a Constituição Federal, o fundo deveria ser criado por meio de lei complementar, o que exigiria que o projeto do Funpresp passasse por um quórum de 257 parlamentares especializados”, explica.
Segundo Castrillon, é preciso se rediscutir o fundo para que seja garantida proteção aos servidores públicos. “O governo insiste em fazer a privatização da Previdência, mas é preciso que se faça por meio do dispositivo legal, prevendo garantias para proteger o servidor no caso da quebra do fundo. E é o governo quem tem que arcar com essa responsabilidade”, defende.

SEGEP/MP SELECIONA SERVIDORES PARA TRABALHAR NO SIGEPE E RECEBER GRATIFICAÇÃO




MPOG - 16/10/2012


Brasília – A Secretaria de Gestão Pública do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Segep/MP) publicou hoje o Edital Nº 01/2012, http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/noticias/segep/2012/121016_selecao_gsiste.pdfque abre Processo Seletivo Público Simplificado para a concessão de Gsiste (Gratificação Temporária das Unidades dos Sistemas Estruturadores da Administração Pública Federal) a servidores do Poder Executivo Federal, de nível superior de escolaridade.


O processo seletivo é direcionado somente a servidores civis com cargo de provimento efetivo (concursados), que serão avaliados mediante apresentação de currículo e entrevista.

Atualmente, a Gsiste tem o valor de R$ 2.500 e a partir de 1º janeiro do próximo ano será reajustada em 5%, passando a R$ 2.625, após a aprovação do Projeto de Lei 4.369/2012.



Os selecionados terão exercício na Segep/MP, onde vão participar do Projeto Sigepe.gov (Sistema de Gestão de Pessoas do Governo Federal), nova solução tecnológica que irá substituir o atual Siape (Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos).



Os critérios de seleção e a documentação necessária estão dispostos no edital nos seguintes endereços eletrônicos:www.planejamento.gov.br; www.sipec.gov.br; www.siapenet.gov.br, www.servidor.gov.br.


A documentação deverá ser enviada para o e-mail: sigepe.segep@planejamento.gov.br, até o 31/10/2012.

Polícia Federal encerra greve depois de 69 dias




Valor Econômico - 16/10/2012


Depois de 69 dias de paralisação os policias federais encerraram ontem a greve da categoria, informou a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). A decisão foi tomada depois de decisão favorável de 27 sindicatos regionais. A entidade afirmou que agentes, escrivães e papiloscopistas da PF retomam as atividades hoje.


O presidente da federação, Marcos Wink, espera que "as negociações com o governo sejam retomadas", já que o fim da greve foi um "gesto de boa vontade da categoria". A Fenapef pede reestruturação da carreira de policial federal. "Não queremos reajuste salarial", disse Wink, em referência à rejeição pela categoria do aumento de 15,8% em três anos oferecidos pelo governo ao funcionalismo público.


Os policiais federais também reivindicavam a exoneração do diretor-geral da PF, Leandro Daiello Coimbra.

A Fenapef informou que a paralisação reduziu o número de operações policiais nos últimos meses. Segundo a categoria, ocorreram 33 ações em março, 38 em maio e 25 em julho. Já depois da greve, foram nove em agosto e quatro em setembro. (LM)

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Servidores parados







Vera Batista

Correio Braziliense - 15/10/2012


A maioria dos servidores federais voltou ao trabalho. Os efeitos da greve nacional — considerada a maior dos últimos 10 anos — foram duramente sentidos pela população, embora ainda não exista um balanço consolidado dos prejuízos por parte do governo.
Embora parte significativa das 35 categorias mobilizadas tenha aceitado o reajuste linear de 15,8% dividido em três anos proposto pelo Planalto, oito delas disseram não. Nesse grupo, há os que continuam de braços cruzados e os que ainda tentam convencer governo e Congresso a ampliar os aumentos salariais.

Na avaliação do presidente do Sindicato Nacional de Agências Reguladoras (Sinagências), de João Maria Medeiros de Oliveira, a melhora no cenário internacional permitirá chegar, em 2013, a números próximos aos pedidos. Mas representantes do governo deixam claro que não haverá revisão. “Se for assim, teremos greve ano que vem”, prevê Oliveira.

Sergio Belsito, presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central (Sinal), reclama que o governo não repôs perdas. “A inflação acumulada é de 24%”, diz a presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Rosângela Rassy.



Os agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal continuam em greve e não pensam em voltar enquanto as reivindicações não forem avaliadas pelo governo.

Turma da resistência



Agências reguladoras

Criação da carreira federal, equiparação salarial com carreiras exclusivas de Estado e reestruturação dos cargos dos níveis intermediário e superior.



Banco Central, CVM e Susep

Reposição das perdas com a inflação, equiparação dos salários e dos plano de carreira


Incra

Plano de Carreira e reestruturação do quadro de pessoal

Polícia Federal

Reestruturação da carreira e concurso público


Auditores fiscais da Receita e do Trabalho

Reposição de perdas salariais



Analistas de Infraestrutura

Reenquadramento da carreira no ciclo de gestão, com reajuste em torno de 30%



Judiciário

Reajuste salarial

Governo planeja cotas raciais para serviço público






O Globo - 15/10/2012



Proposta prevê reserva de 30% dos cargos federais nas áreas de educação, trabalho e cultura-comunicação





BRASÍLIA - O governo Dilma Rousseff planeja estender sua política de cotas raciais, já aprovada para as universidades federais, ao serviço público. Uma proposta foi elaborada pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e está sob análise da Casa Civil.



A ideia do Palácio do Planalto é anunciar um novo pacote de "políticas afirmativas" ainda este ano. No caso do ingresso no serviço público, a medida valeria para cargos preenchidos por concursos e para os cargos comissionados (de confiança).





De acordo com reportagem publicada ontem pelo jornal "Folha de S.Paulo", a proposta da Seppir prevê a aplicação das cotas em três áreas: educação, trabalho e cultura-comunicação. Ainda não está definido o percentual que seria reservado para os negros, mas a Seppir, segundo a reportagem, defende uma cota de 30%. As áreas jurídica e econômica da Casa Civil ainda avaliam a proposta e a palavra final será de Dilma.





Na área de trabalho, além da reserva no serviço público, o governo também pretende incentivar a iniciativa privada a adotar cotas para negros. Nada seria imposto, mas, se as empresas aceitassem contratar negros para determinadas vagas, poderiam ter compensação financeira.





Oposição critica medida





Na semana passada, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, anunciou que sua pasta criará incentivos para produtores culturais negros, medida que deve ser ampliada no pacote do governo. Há dois meses, o Congresso aprovou a adoção de cotas nas universidades federais, mas outros incentivos, como uma bolsa para o aluno cotista das instituições federais de ensino, também farão parte do pacote.





Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a proposta é preconceituosa porque parte do princípio de que cor define competência e, com isso, subestima os negros:





- Em um concurso, o que deve prevalecer é a competência e a qualificação.





A adoção de cotas para o serviço público dividiu parlamentares governistas e da oposição. O senador José Agripino (RN), líder do DEM no Senado, viu na divulgação do projeto uma forma de interferência nas eleições municipais.





- Essa medida (novas políticas afirmativas) já consta do Estatuto de Igualdade Racial. Divulgá-la agora, às vésperas do segundo turno, tem um objetivo eleitoral, que é o de beneficiar os candidatos do PT. Por que o governo não fez isso antes? - disse Agripino.





O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), contestou as críticas:





- O Brasil está se encontrando com ele mesmo ao resgatar essa dívida histórica. O DEM e o PSDB têm dificuldade para aceitar medidas que beneficiem o povo. Eles são da casa-grande.





Embora o governo seja favorável às cotas, a discussão das medidas sempre gera polêmica interna. No caso das universidades, por exemplo, enquanto a Seppir preferia que pretos e pardos fossem tratados como um único grupo, competindo entre si pelas vagas da subcota racial, o Ministério da Educação defendeu que fossem calculadas separadamente três subcotas, com reserva de vagas distintas para autodeclarados pretos, pardos e índios. O decreto presidencial que será publicado hoje no Diário Oficial da União definirá regras sobre a divisão de subcotas raciais

Salários da área de saúde têm variação de até 524%





ALESSANDRA HORTO

O DIA - 15/10/2012





Médicos do Senado, por exemplo, recebem R$ 20.959. Na Prefeitura do Rio, R$ 3.902




Rio - Quanto vale o médico que trabalha na área pública? Depende do patrão. E, nesse caso, pode achar que vale até R$ 3.902,55, caso da Prefeitura do Rio, ou R$ 20.959,99, exemplo do Senado, uma variação de 437%. A disparidade, evidenciada graças à Lei da Transparência, mostra o quanto a mesma profissão tem diferentes perspectivas remuneratórias. O mesmo acontece com técnicos de enfermagem com os salários que variam de R$ 2.662,09 a R$ 16.622,87 (524%).





Para o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio, Jorge Darze, os números revelam o desrespeito do Poder Executivo com os seus servidores da área da Saúde. “O pior é que não há perspectiva de melhora, pois estão substituindo estatutário por profissional terceirizado, que trabalha para Organizações Sociais ou Fundação de Saúde, no estado”, afirma.





Quem tiver interesse em conhecer a estrutura remuneratória do Legislativo pode acessar www.senado.gov.br e clicar em Transparência. Ou, www.camara.gov.br e ir em Transparência. Outra opção é o site www.servidor.gov.br, buscar Publicações e clicar em Tabelas de Remuneração.





CONFIRA AS REMUNERAÇÕES





SENADO FEDERAL

A estrutura remuneratória básica do médico é de R$ 20.959,99. O valor médio das vantagens pessoais é de R$ 4.300,54. Após descontos obrigatórios, incluindo, corte do teto constitucional, o salário é R$ 17.701,02. Para os técnicos em enfermagem, o valor médio final é R$ 14.198,21.





CÂMARA DOS DEPUTADOS

Médicos têm salário bruto inicial de R$ 14.084,73 e final de R$ 19.522,38. Já os técnicos em enfermagem recebem por mês, inicialmente, R$ 6.697,66 e, no topo da carreira, R$ 14.312,71. Caso o médico ocupe cargo de direção ou assessoria, pode ganhar adicional bruto mensal entre R$ 534,46 e R$ 8.016,94.





EXECUTIVO FEDERAL

Médico da carreira da Previdência, Saúde e Trabalho e do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) — 40 horas: de R$ 5.524,44 a R$ 9.033. Médico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária — 40h: de R$ 8.096,47 a R$ 12.131,50. Médico da Fiocruz — 40h: de R$ 6.833,97 a R$ 14.176,82.





ESTADO DO RIO

Médicos que não atuam em emergências recebem R$ 2.041,04. Não foram informados salários dos técnicos de enfermagem.





PREFEITURA DO RIO

Médicos: de R$ 2.017,12 a R$ 3.902,55. Técnico de enfermagem: de R$ 1.584,59 a R$ 2.662,09.

Corrupção na máquina: governo demitiu quase dois servidores por dia em setembro





Lauro Jardim

Veja - Radar on-line - 15/10/2012



O governo fechou setembro com a marca de 394 servidores expulsos, demitidos ou destituídos da máquina federal por envolvimento em falcatruas diversas. Não é pouca coisa. Segundo a Controladoria-Geral da União, exclusivamente no mês passado, foram 59 exonerados (recorde histórico para setembro), uma impressionante marca de quase dois por dia.





No acumulado do ano, a gestão de Dilma registra a segunda pior marca já obtida desde a edição do primeiro relatório, em 2003: o placar das exonerações alcançado no mês passado só perde para as 433 demissões ocorridas nos primeiros nove meses de 2011.





Os dados da CGU mostram ainda que o Rio de Janeiro, com 77 exonerados, voltou a liderar o ranking da corrupção na máquina federal, deixando São Paulo em segundo lugar, com 43 demitidos, e o Distrito Federal em terceiro, com quarenta.





O relatório mostra ainda que os ministérios da Justiça (88 degolados) se mantém à frente da Previdência (87). Com 59 exonerados, a Educação continua em terceiro lugar. Com os dados de agosto, o governo chega a 3 927 servidores expulsos por irregularidades, desde 2003.

domingo, 14 de outubro de 2012

NOVAS REGRAS PARA CONCURSO DO JUDICIÁRIO


 


Jornal
de Brasília     -     14/10/2012





O onselho Nacional de Justiça (CNJ) está preparando uma nova regulamentação para
a realização de concursos públicos pelo Poder Judiciário: a expectativa é de que
o estabelecimento de normas mais claras reduza significativamente a quantidade
de questionamentos e recursos contra os concursos de ingresso na magistratura
nacional, explica o conselheiro José Lucio Munhoz , presidente da Comissão
Permanente de Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas, responsável pelos
estudos.


A regulamentação atual, feita pela Resolução 75 do CNJ, “traz circunstâncias pouco
explícitas e é omissa em alguns pontos”, comenta Munhoz, ressaltando que a
edição da Resolução 75, ao estabelecer a regra geral para os concursos, foi um
grande avanço. Porém, a experiência mostrou que ela precisa de
aperfeiçoamento.


“Há dúvidas em relação a alguns procedimentos”, afirma. Uma das principais questões
é a definição do papel das instituições contratadas para a realização dos
concursos. “O processo de seleção define o perfil de profissional que se quer.
Hoje são essas instituições que definem o perfil do juiz”, diz Munhoz. “Não vejo
isso com bons olhos”, acrescenta. Para ele, a definição do perfil deve caber às
escolas nacionais da magistratura e aos tribunais.

Dilma vai criar cota para negro no serviço público

 



João Carlos  Magalhães e Natuza Nery
Folha de S. Paulo     -     14/10/2012





Plano, que deve ser lançado em novembro, incluirá cargos
comissionados


Governo também prevê criar incentivos fiscais para empresas privadas fixarem cotas de
vagas de trabalho para negros


BRASÍLIA - O Palácio do Planalto prepara o anúncio para este ano de um amplo pacote de
ações afirmativas que inclui a adoção de cotas para negros no funcionalismo
federal.


A medida, defendida pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff, atingiria tanto
os cargos comissionados quanto os concursados.


O percentual será definido após avaliação das áreas jurídica e econômica da Casa
Civil, já em andamento.


O plano deve ser anunciado no final de novembro, quando se comemora o Dia da
Consciência Negra (dia 20) e estarão resolvidos dois assuntos que dominam o
noticiário: as eleições municipais e o julgamento do
mensalão.


O delineamento do plano nacional de ações afirmativas ocorre dois meses depois de
o governo ter mobilizado sua base no Congresso para aprovar lei que expandiu as
cotas em universidades federais.


A Folha teve acesso às propostas. Elas foram compiladas pela Seppir (Secretaria de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial) e estão distribuídas em três grandes
eixos: trabalho, educação e cultura-comunicação.


A cota no funcionalismo público federal está no primeiro capítulo: propõe piso de
30% para negros nas vagas criadas a partir da aprovação da legislação. Hoje, o
Executivo tem cerca de 574 mil funcionários civis.


No mesmo eixo está a ideia de criar incentivos fiscais para a iniciativa privada
fixar metas de preenchimento de vagas de trabalho por
negros.


Ou seja, o empresário não ficaria obrigado a contratar ninguém, mas seria
financeiramente recompensado se optasse por seguir a política racial do governo
federal.


Outra medida prevê punição para as empresas que comprovadamente discriminem pessoas em
razão da sua cor de pele. Essas firmas seriam vetadas em
licitações.


EDUCAÇÃO
E CULTURA


No campo da cultura, há uma decisão de criar incentivos para produtores culturais
negros. Na semana passada, a ministra Marta Suplicy (Cultura) já anunciou que
serão lançados editais exclusivos para essa parte da
população.


No eixo educação, há ao menos três propostas principais: 1) monitorar a situação de
negros cotistas depois de formados; 2) oferecer aos cotistas, durante a
graduação, auxílio financeiro; 3) reservar a negros parte das bolsas do Ciências
sem Fronteira, programa do governo federal que financia estudos no
exterior.


A implantação de ações afirmativas é uma exigência do Estatuto da Igualdade
Racial, aprovado pelo Congresso em 2010, o último ano do segundo mandato de
Lula.
Segundo
o estatuto, é negro aquele que se diz preto ou pardo -juntas, essas duas
autodefinições compõem mais da metade dos 191 milhões de brasileiros, de acordo
com o Censo de 2010.


ESSENCIAL


O plano é tido no governo como essencial para diminuir a desigualdade gerada por
diferenças de cor e ampliar a queda na concentração de renda na última
década.


Nesse
sentido, o plano, ao usar unicamente critérios raciais, seria mais cirúrgico do
que o sistema de cotas aprovado pelos congressistas em agosto, que reserva
metade das vagas nas federais para alunos egressos de escolas públicas e, apenas
nessa fatia, institui a ocupação prioritária por negros e
índios.


Politicamente,
será um forte aceno da gestão Dilma aos movimentos sociais, com os quais mantém
uma relação distante e, em alguns momentos, conflituosa -como durante a onda de
greves de servidores neste semestre.

Contra o retrocesso


Paulo Tadeu

O Globo     -     14/10/2012



Tema em discussão - Regulamentação do direito de greve do
funcionalismo

O debate em torno do direito de greve dos servidores ocorre num momento em que a
sociedade acabou de enfrentar uma onda de greves no serviço público. No seu
auge, o movimento levou à paralisação de aproximadamente 350 mil funcionários de
26 setores da administração.

Diante desse quadro, o governo decidiu encaminhar a regulação do direito de greve no
setor público.

É importante ressaltar que pesa sobre os servidores públicos um hiato jurídico
deixado pelo Congresso Nacional no que tange a paralisações dos serviços
prestados à sociedade.

O direito de greve, um avanço no processo civilizatório, tem se constituído, nos
últimos dois séculos, num dos mais importantes instrumentos para as conquistas
econômicas e sociais dos trabalhadores.

O Brasil é signatário da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho,
que garante aos servidores públicos o direito de organização, abre espaço para a
negociação e lhes estende o direito de greve. A Constituição de 1988 contemplou
esses direitos aos servidores e determinou que o Congresso regulamentasse o
assunto.

Infelizmente, o Parlamento se omitiu e o tema ficou congelado na pauta parlamentar. O Supremo Tribunal Federal, em 2010, acolheu mandato de injunção e determinou que, na
ausência de legislação específica, fossem aplicadas às greves do setor público
as mesmas regras seguidas pelos trabalhadores do setor privado.

Portanto, é importante ressaltar que já existe o direito de greve dos servidores. O que
falta é a regulamentação. O ponto mais polêmico que veio à tona com a
determinação do STF é a questão do pagamento dos dias parados. Nas greves do
setor privado, este ponto entra na discussão da convenção coletiva, o que não
existe no serviço público.

O tema tem sido tratado com equilíbrio e prevalecido o bom-senso, mas ao Estado
não cabe a omissão. O assunto é complexo e precisa de uma solução definitiva,
que contemple os direitos dos servidores públicos e também os da
sociedade.

O Congresso Nacional não pode se omitir e tem obrigação de aprofundar as
discussões sobre um tema que envolve inúmeras tecnicalidades, dada a natureza
dos serviços públicos, em especial os considerados essenciais. As discussões
devem ser norteadas, contudo, pelo pressuposto de que a greve no setor público é
um direito constitucional. Não podemos pensar em retirar o direito de greve da
sociedade moderna como se ele fosse um tumor maligno.

É preciso estabelecer uma legislação equilibrada, profissional e sem retaliações
aos profissionais. Qualquer ação diferente disso e que vise à criminalização do
movimento tem que ser descartada sob pena de vivermos retrocessos civilizatórios
e democráticos.

Paulo
Tadeu é deputado federal (PT-DF).



Estabelecer limites

 




O Globo     -     14/10/2012


Tema em discussão - Regulamentação do direito de greve do
funcionalismo

O direito de greve é uma conquista inatacável dos trabalhadores nos países
democráticos.

Esse princípio se estende também aos servidores públicos, como estabelecido em 1988
pela Constituição que repôs o Brasil na trilha da normalidade institucional.
Mas, inscrito o dispositivo na Carta, os legisladores não o regulamentaram. Um
vácuo jurídico que só foi corrigido, parcialmente, em 1989, quando as greves no
setor privado passaram a ser regidas pela Lei 7.783.

Deixados de fora dessa legislação específica, os servidores se beneficiaram da
conveniente leniência de governos e partidos, entre eles o PT, de que sindicatos
do setor são aliados de primeira hora. Em 2007, em razão dos seguidos abusos
decorrentes de paralisações em repartições públicas, inclusive aquelas que
prestam serviços essenciais à população, o Supremo Tribunal Federal estendeu ao
funcionalismo os efeitos das normas de greve do setor privado.

Foi uma providencial, mas limitada trava nos movimentos de interrupção do trabalho
estimulados por corporações sindicais que, principalmente a partir de 2003, agem
como condôminos do poder.

A intervenção do STF apenas impôs alguns limites dentro do hiato jurídico
decorrente da falta de regulamentação do direito de greve no funcionalismo. Não
resolve totalmente a questão. Especificidades inconciliáveis diferem o trabalho
em empresas privadas daquele prestado por órgãos do poder
público.


As onsequências de greves no setor público recaem invariavelmente sobre os ombros
da sociedade (cujos impostos pagam os salários dos funcionários), e, o que só
agrava a questão, com sacrifícios maiores entre a população de mais baixa
renda.

Quando
um médico deixa de atender um paciente num hospital das redes oficiais, ou
quando um professor deixa de dar aulas em colégios federais, estaduais ou
municipais, ou ainda quando um policial abandona o compromisso com a segurança
pública, os direitos de todos os cidadãos são violentados.

Há ainda outras diferenças entre fazer greve no setor privado e paralisar serviços
públicos.

Nas empresas, o empregado que deixa de trabalhar em defesa de seus direitos
arrisca-se a sofrer as consequências de seus atos - como demissão ou corte de
ponto. Faz parte do jogo de forças entre patrões e
trabalhadores.

Já os servidores públicos, com o emprego assegurado pela estabilidade, podem parar
sem o fantasma da perda de emprego e, por renitente leniência dos governos, sem
que de seus vencimentos sejam descontados os dias parados. E, talvez o aspecto
mais grave, sem que sejam responsabilizados por interromperem serviços
essenciais.

As abusivas greves que recentemente atingiram repartições em todo o país levaram o
Planalto a, enfim, considerar a necessidade de tratar em legislação específica,
pela regulamentação, a greve no funcionalismo público. Já passa da hora de
fazê-lo

Confusão dos diabos


 

Eliane Cantanhêde

Folha
de S. Paulo     -     14/10/2012





BRASÍLIA - Um funcionário do Senado "roubou" o número de um CPF alheio, bisbilhotou os salários de oito colegas e foi pego pelo CPU do seu computador, gerando uma
confusão dos diabos e a ameaça de processo de demissão.

Para que o servidor foi escarafunchar os salários de colegas? Para exercitar
sentimentos da alma, como inveja, ciúme, competição?

Ou para repassar a agiotas, por exemplo? Vá se saber.

Abrir os salários dos diferentes cargos e funções, nos três Poderes e nas três esferas
da administração, com a possibilidade de cortes específicos, como desvio de
padrão, excessos ou acumulações malandras, tudo bem. Mas a exposição
indiscriminada de salários, pessoa a pessoa, não apenas cria constrangimentos
como atiça um emaranhado de interesses comerciais, não raro
escusos.

A exposição sem critério de salários começa a gerar uma indústria paralela de
dados para imobiliárias, agências de viagens, doleiros e serviços de mil e uma
utilidades, deturpando uma intenção original correta: garantir o acesso da
população a informações sobre desvios e excessos de salários que ela paga a
servidores que -o termo já diz tudo- são públicos.

Em vez disso, todos, sem exceção, estão expostos à visitação pública e aos
sentimentos e ações mais adversos. Imagine, na sua empresa e na sua família, o
colega da mesa ao lado tendo acesso ao seu contracheque, o cunhado descobrindo
que você ganha o dobro e o vizinho deleitando-se ao saber que seu salário é
metade do dele.

O colega, de rabo de olho, ruminando no trabalho: "O que ele tem que eu não tenho?
Ele ganha mais por que é alto e eu sou baixo, ou porque é magro e eu sou
gordo?"


Transparência
é fundamental, mas generalizações costumam ser perigosas e o direito à
privacidade é um princípio universal. Pelo menos, deveria ser.

Contratação pelo setor público cai 25% entre janeiro e maio deste ano


 


Correio
Braziliense     -     14/10/2012





Apesar dos mais de 60 concursos feitos e em andamento para 2012, o número de servidores
contratados entre janeiro e maio diminuiu em relação ao ano passado, segundo
dados do Boletim Estatístico de Pessoal — levantamento divulgado pelo Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP).


O boletim de junho de 2011, com dados relativos ao mês anterior, mostra que 11.455
pessoas haviam ingressado no serviço público por meio de concursos. No mesmo
período deste ano, o número caiu para 8.583 — de acordo com o último boletim
divulgado —, uma redução de 25%.


Para
a diretora-executiva da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos
(Anpac), Maria Thereza Sombra, uma série de fatores comprometeu a dinâmica das
contratações.


O
prazo de validade dos concursos costuma ser de dois anos, prorrogáveis por mais
dois. A diretora explica que, em 2011, houve redução dos certames, e que a
maioria dos concursos desse ano foi feita ainda no primeiro
semestre.


“Não
houve tempo hábil para chamar todo mundo e, com as eleições municipais, tudo
ficou parado”, explica. A estimativa de Sombra é de que até o fim do ano, no
entanto, muitos candidatos sejam convocados