Servidor da Ex. Sucam sofre com Desenervação Crônica causada pelo DDT comprovado laboratorialmente/ Setembro 2010.
Desenervação Crônica nos Pés
Sou servidor contratado na extinta SUCAM, trabalhei com DDT, e hoje
pago caro com a execução desta atividade sem qualquer proteção, ou orientação.
Trabalhávamos com inseticida sem proteção, sem transporte, tudo era a pé, passando
fome, dependendo da boa vontade do morador, quando tinha algo para e nos fornecer
para matar nossa fome; mesmo diante de toda esta dificuldade, trabalhávamos
alegres e satisfeito pois estávamos combatendo a malária e levando saúde aos locais
mais longínquo, dentro da floresta amazônica, em especial ao estado de Rondônia.
Hoje após mais de vinte anos de trabalho, me deparo com vários amigos e
companheiro de trabalho que adentrará na SUCAM, com dezoito anos e hoje ainda
jovem não pode mais trabalhar; tudo leva a contaminação pelo DDT; mas cadê o
reconhecimento, cadê o ministério da saúde, será que não se lembram que estes soldado
estavam combatendo malaria. Será que estes soldados da malaria não são merecedores
de poder envelhecer com saúde?
Falo isso por experiência própria; depois vários anos de trabalho, hoje têm
dores em toda articulação, já passei por vários medico especialista, passando que se
tratava de coluna, reumatismo já fui submetido a vários exames tais como: ressonância,
tomografia e etc. por fim passei por medico neurologista que após exames, constatou
desenervação crônica.
A desnervação é uma das alterações patológicas mais comuns em músculo. Decorre da perda do axônio motor, ou de todo o motoneurônio. Há muitas causas. Pode ocorrer doença do próprio motoneurônio, como na esclerose lateral amiotrófica ou na amiotrofia espinal, trauma medular, compressão da medula espinal por tumores, etc. Ou pode haver lesão do axônio motor nos nervos periféricos; as neuropatias periféricas de qualquer etiologia são causas importantes de desnervação crônica.
A fibra muscular desnervada sofre atrofia simples, com redução de volume por diminuição do número de miofibrilas e organelas. O contorno externo da fibra, que é normalmente poligonal com ângulos arredondados, geralmente torna-se angulado, devido à compressão pelas fibras vizinhas não atróficas. Desnervação crônica de músculo esquelético
DESNERVAÇÃO CRÔNICA
A desnervação é uma das alterações patológicas mais comuns em músculo. Decorre da perda do axônio motor, ou de todo o motoneurônio. Há muitas causas. Pode ocorrer doença do próprio motoneurônio, como na esclerose lateral amiotrófica ou na amiotrofia espinal, trauma medular, compressão da medula espinal por tumores, etc. Ou pode haver lesão do axônio motor nos nervos periféricos; as neuropatias periféricas de qualquer etiologia são causas importantes de desnervação crônica.
A fibra muscular desnervada sofre atrofia simples, com redução de volume por diminuição do número de miofibrilas e organelas. O contorno externo da fibra, que é normalmente poligonal com ângulos arredondados, geralmente torna-se angulado, devido à compressão pelas fibras vizinhas não atróficas.
A maior contribuição da ATPase em biópsias musculares é identificar grupamento de tipos de fibras em músculos cronicamente desnervados.
No músculo normal vimos que a distribuição das fibras dos tipos 1 e 2 no músculo é aleatória, dando um aspecto que vagamente lembra um tabuleiro de xadrêz. Isto ocorre porque as fibras de diferentes unidades motoras estão misturadas.
Que é unidade motora? É o conjunto de um neurônio motor e das fibras musculares por ele inervadas. O tipo da fibra muscular, 1 ou 2 (lenta ou rápida), é determinado pelo neurônio que a inerva. Portanto, todas as fibras inervadas por um neurônio são do mesmo tipo. O tamanho da unidade motora varia com o músculo. É maior em músculos responsáveis por movimentos potentes e grosseiros, como o quadríceps (cerca de 200 fibras por neurônio). É mínima em músculos que executam movimentos finos e altamente regulados como a musculatura extrínseca do globo ocular (cerca de 8 fibras por neurônio).
A ramificação do axônio se dá já no interior do músculo. O axônio motor percorre a distância entre a medula espinal e o músculo praticamente sem se dividir. Depois de penetrar no músculo, isto é, nos fascículos nervosos intramusculares, o axônio sofre ramificações dicotômicas antes de terminar nas placas motoras, uma para cada fibra muscular, e geralmente na região média da fibra (entre origem e inserção).
A unidade motora tem grande reserva funcional. O número de fibras musculares inervadas por um axônio pode aumentar no caso de fibras próximas ficarem desnervadas por degeneração do seu axônio. O axônio pré-terminal sadio de uma fibra vizinha dá origem a um broto novo, que reinerva a fibra desnervada. Com isso, o tamanho da unidade motora pode chegar a cerca de 4 vezes o original (no caso do quadríceps, 800 fibras em vez de 200), dando unidades motoras 'gigantes'. Isto impede a atrofia da fibra e mantém a potência funcional do músculo (dentro de certos limites).
O tipo da fibra muscular é determinado pelo axônio que a inerva. A fibra muscular mudará de tipo se for reinervada por um axônio do tipo oposto. Isto é, uma fibra rápida passará a lenta se for inervada por um axônio do tipo lento. O tipo histoquímico e as características funcionais da fibra são determinadas por proteínas secretadas pelo terminal nervoso na placa motora, que interagem com genes da fibra muscular. A mudança de tipo implica na síntese de miosina do tipo oposto, e substituição das proteínas antigas por novas. Desta forma, fibras que reagiam fortemente para ATPase no pH básico (tipo 2) passam a reagir fracamente (tipo 1).
Que é grupamento de tipos? É a perda da distribuição casual das fibras dos dois tipos (normalmente 'em tabuleiro de xadrêz'), resultando em aparecimento de grupos maiores de fibras do mesmo tipo. Grandes áreas, até fascículos inteiros, podem ficar constituídas de fibras do mesmo tipo. Isto ocorre porque, por perda de um axônio, as fibras desnervadas são reinervadas pelo axônio vizinho do outro tipo, resultando em troca do tipo histoquímico, e formação de unidades motoras maiores.
Qual a importância do grupamento de tipos? Grupamento de tipos é virtualmente patognomônico de desnervação crônica, permitindo diagnóstico seguro. O mesmo campo, em HE, pode parecer normal, porque as fibras desnervadas e reinervadas não sofrem atrofia. Fibras atróficas anguladas e atrofia em pequenos grupos podem estar ausentes.
Há outro meio de observar unidades motoras 'gigantes'? A eletroneuromiografia (ENMG) é um exame em que os impulsos elétricos originados em nervos e músculos são captados e amplificados por um aparelho, o eletromiógrafo. Na ENMG o tamanho dos potenciais de ação obtidos num músculo (geralmente por inserção de uma agulha) é indício do tamanho da unidade motora. Se a unidade motora é maior, os potenciais de ação também aumentam, indicando desnervação crônica.
http://anatpat.unicamp.br/musdesnerv.html
É comum pacientes serem encaminhados a clinica devido as lesões nervosas periféricas, sendo a EE um
ResponderExcluirrecurso bastante utilizado para o tratamento destas lesões. Por este motivo, o presente trabalho teve como
objetivo o estudo de 2 protocolos de EE (aplicação diária e alteranada) no remodelamento de TC em
músculos previamente desnervados por axoniotmese.
É freqüente músculos desnervados apresentarem proliferação de TC, o que prejudica a função muscular,
pois o aumento da densidade de TC forma uma barreira mecânica que dificulta o suprimento sangüíneo para
as fibras musculares, provocando diminuição dos capilares e atrofia. Além disso, a proliferação de TC faz
com que as fibras colágenas tenham contato mais íntimo umas com as outras, podendo estimular a
formação de ligação cruzada anormal, o que resulta em perda da extensibilidade e aumento na rigidez
tecidual muscular (JÄRVINEN et al., 2002).
O uso da EE em clínicas de fisioterapia tem como objetivo minimizar a atrofia das fibras e também a
proliferação de TC, uma vez que é sabido que o estímulo mecânico impede a proliferação de TC (WILLIAMS
et al. 1988).
Optou-se pelo modelo de EE fásica por ser um método não invasivo e usado com freqüência na clínica.
Apesar do protocolo proposto ser indicado para músculos de contração lenta (FERNANDES et al., 2005), o
músculo G, músculo de contração rápida, também sofreu os efeitos da EE, uma vez que este apresenta, em
sua região profunda, 51% de fibras do tipo I. (DELP e DUAN,1996).
Estudo prévio relata efeitos benéfícos da EE em músculos desnervados, quando aplicada durante 20 dias
(FERNANDES et al., 2003). Assim, teve-se o interesse de analisar se a EE também seria benéfica por
período mais longo (30 dias), quando o músculo já encontra-se reinervado (GORIO et al.,1983).
Quando ocorre desnervação, a força de contração diminui devido atrofia das fibras musculares, com
concomitante aumento de TC e gordura (MOKRUSCH, 2002). No presente estudo, a desnervação provocou
aumento de 25% de TC no grupo D, quando comparado ao grupo C, corroborando os achados de Possebon
4/9
et al. (2001) que também observaram grande quantidade de TC entre as fibras musculares após 30 dias de
desnervação no músculo G de ratos Wistar desnervados.
Ambos protocolos de EE aplicados ao músculo, diário e alterado foram efetivos para diminuir a densidade de
TC, porém somente no grupo EED houve diferença significativa quando comparado com o grupo D. Além
disso, o grupo EED apresentou os mesmos valores de densidade de TC quando comparado ao C.
Resultados similares também foram encontrados em estudo prévio, onde a aplicação de corrente galvânica
diariamente, durante 30 até 150 dias, em músculo desnervado de coelho resultou em maior número de fibras
musculares e menos TC do que os músculos não tratados (Gutmann e Gutmann, 1944).
5. Considerações Finais
Com base nos dados obtidos pode-se concluir que a aplicação de EE em músculos previamente
desnervados é tratamento eficaz para diminuir a proliferação de TC observada após lesão nervosa. Além
disso, o tratamento diário mostrou ser mais efetivo do que o alternado, sugerindo que na prática clinica este
deve ser o tratamento de escolha.