Dois agentes de saúde da Macroregional de Catalão apresentaram contaminação provocada por larvicida
Mais de 80 agentes de Catalão, Davinópolis, Três Ranchos, Ouvidor, Nova Aurora, Cumarí e Campo Alegre fizeram o exame sanguíneo na sede da FUNASA – Fundação Nacional de Saúde, que fica no Bairro São João. Dois apresentaram sinais de contaminação provocada por larvicida.
A medida visa prevenir doença neurológica causada pela contaminação de larvicida organofosforado e piretróide. Os agentes costumam manusear essas substâncias no trabalho de combate e prevenção do Dengue e de outras doenças endêmicas.
Segundo o técnico em laboratório da Secretaria Estadual de Saúde, Edésio Alves Guimarães, a preocupação é em estar monitorando, através do exame, a saúde de todos os profissionais. O trabalho deveria ser feito uma vez ao ano. Na região de Catalão o último controle foi feito há dois anos. “Em função do alto índice de contaminação em algumas cidades de Goiás é que se faz necessária a contínua vigilância”, enfatiza Guimarães.
O laboratorista informa que em Aparecida de Goiânia, o índice de contaminação ficou em 4%. Ele informa ainda que já teve casos em outras regionais de encontrar agentes com contaminação superior aos 12,5%, índice aceito pelo Ministério da Saúde.
Em caso de contaminação o próprio organismo elimina os resíduos após 15 dias sem contato com a substância. Já naqueles casos crônicos em que o agente, por muito tempo manuseou de forma incorreta, vindo a se contaminar, é necessário um tratamento específico.
O exame realizado através de uma técnica desenvolvida pelo Instituto Evandro Chagas de Belém mostrou a contaminação de dois agentes. “Esses profissionais vão ser afastados das atividades e dentro de 30 dias iremos realizar outro exame para acompanhar o quadro”, informa o técnico em endemias da Macro/Catalão, Lamartini Batista de Paiva ao enfatizar que o índice de contaminação é considerado baixo.
Quem trabalha manuseando os produtos demonstra preocupação. “Trabalho na zona rural combatendo o vetor da Chagas e orientando sobre a doença. Temos que fazer pulverização e isso acaba trazendo alguns riscos de contaminação”, argumenta o agente José Batista da Silva, que há 14 anos trabalha como agente de saúde.
O gerente municipal de saúde Juarez Germano informa que além de orientações os agentes recebem todo o Equipamento de Proteção Individual [EPI]. “Distribuímos óculos, máscara, luvas, dentre outros para garantir segurança no trabalho do agente”.
A contaminação causada pelos produtos pode comprometer o funcionamento dos neurônios, provocando sonolência, crises nervosas e convulsões.
Fonte: http://www.catalaonoticias.com.br
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