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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Professor não é coitado

Professor não é coitado




(15 / 12 / 2007) - Autoria de Cel Araujo - Última Atualização (15 / 12 / 2007)



"Certamente há muito que melhorar, mas é igualmente certo que o nosso professorado não trabalha em

condições infra-estruturais sofríveis. A idéia de um professor acuado pela violência também não se confirma quando

contrastada com a frieza dos dados"O professor brasileiro é um herói. Batalha com afinco contra tudo e todos em prol de

uma educação de qualidade em um país que não se importa com o tema, ensinando em salas hiperlotadas de escolas em

péssimo estado de conservação. Tem de trabalhar em dois ou três lugares, com uma carga horária exaustiva. Ganha

um salário de fome, é constantemente acossado pela indisciplina e desinteresse dos alunos e não conta com o apoio

dos pais, da comunidade, do governo e da sociedade em geral.Se você tem lido a imprensa brasileira nos últimos

vinte anos, provavelmente é assim que você pensa. Permita-me gerar dúvidas.



Segundo a última Sinopse Estatística do Ensino Superior, em 2005 havia 904.000 alunos matriculados em cursos da

área de educação, ou o equivalente a 20% do total de alunos do país. É a área de estudo mais popular, deixando para

trás gerenciamento e administração (704.000) e direito (565.000). Ademais, é uma área que só faz crescer: em 2001,

eram 653.000 alunos – um aumento de quase 40% em apenas quatro anos. No mercado profissional, os

números do professorado também são mastodônticos. Segundo dados da última Pnad tabulados por Simon

Schwartzman, há 2,9 milhões de professores em todo o país. É provavelmente a categoria profissional mais numerosa.

Surge o questionamento: se a carreira de professor é esse inferno que se pinta, por que tantas pessoas optam por ela?

Pior: por que esse interesse aumenta ano a ano? Seria uma categoria que atrai masoquistas? Ou desinformados? A

resposta é mais simples: porque a realidade da carreira de professor é bastante diferente da imagem difundida.

A maioria dos professores trabalha em apenas uma escola. Segundo o Perfil dos Professores Brasileiros, ampla

pesquisa realizada pela Unesco, 58,5% têm apenas um local de trabalho. Os que fazem dupla jornada são pouco

menos de um terço: 32,2%. Só 9%, portanto, trabalham em três escolas ou mais. Sua carga horária também não é das

mais massacrantes: 31% trabalham entre uma e vinte horas em sala de aula por semana, 54% ficam entre 21 e

quarenta horas e o restante trabalha mais de quarenta horas.

Os professores costumam argumentar que seu trabalho se estende para fora da sala de aula, com correção de tarefas,

preparação de aulas etc. Nisso, não são diferentes de todos os outros profissionais liberais – qual o médico que

não estuda fora do consultório ou o advogado que não pesquisa a legislação nos horários fora do escritório?

O que os representantes da categoria não costumam mencionar são as vantagens da profissão: as férias longas, a

estabilidade no emprego e o regime especial de aposentadoria (80% são funcionários públicos) e, sobretudo, a

regulamentação frouxa. No estado de São Paulo, 13% dos professores da rede estadual faltam a cada dia, contra 1%

daqueles da rede privada. Há um amontoado de proteções jurídicas para que essa ausência não redunde em perda

salarial – infelizmente, não conseguimos blindar o aprendizado dos alunos contra as faltas docentes.

Não é correta, também, a idéia de que os professores trabalham em estabelecimentos superlotados. Segundo os

dados oficiais, há 27 alunos por turma no ensino fundamental (de 1ª a 8ª série). A relação só sobe nos três anos do

ensino médio, para 37 alunos por turma – dentro da normalidade, portanto.

Tampouco procede a idéia de que as escolas não tenham as condições mínimas de infra-estrutura para a realização de

aulas. As histórias de escolas de lona ou de lata rendem muito noticiário justamente por serem a exceção, a aberração.

Mais de 90% de nossas escolas de ensino fundamental têm banheiro, água encanada e esgoto, e 87% contam com

eletricidade. Quase um terço tem quadra esportiva, e 42% dispõem de computadores. Certamente há muito que

melhorar, mas é igualmente certo que o nosso professorado não trabalha em condições infra-estruturais sofríveis.

A idéia de um professor acuado pela violência também não se confirma quando contrastada com a frieza dos dados.

Questionário respondido pelos professores quando da aplicação do Saeb, o teste do ensino básico, revela que apenas

3% deles haviam visto, em toda a sua carreira, alunos com armas de fogo, que só 5,4% dos professores já foram

ameaçados e 0,7% sofreu agressão de aluno. São incidentes lamentáveis e que devem ser punidos com todo o rigor da

lei. Essa quantidade de problemas, porém, está longe de indicar uma epidemia de violência tomando conta das

nossas escolas. Finalmente, a questão crucial: o salário.

Há uma idéia encravada na mente do brasileiro de que professor ganha pouco, uma mixaria. É verdade que o

professor brasileiro tem um salário absoluto baixo – o que se explica pelo fato de ele ser brasileiro, não

professor. Somos um país pobre, com uma massa salarial baixa. O professor tem um contracheque de valor baixo,

assim como médicos, carteiros, bancários, jornalistas e todas as demais categorias profissionais do país, com exceção

de congressistas (e suas amantes). Quando estudos econométricos comparam o salário dos professores com o das

outras carreiras, levando em consideração a jornada laboral e as características pessoais dos trabalhadores, não há

diferença para a categoria dos docentes.

Ou seja, os professores ganham aquilo que é compatível com a sua formação e o seu trabalho, e ganhariam valor

semelhante se optassem por outra carreira. Quando se leva em conta a diferença de férias e aposentadoria, o salário

do professor é mais alto do que o do restante. Estudo recente de Samuel Pessôa e Fernando de Holanda, da FGV,

também mostrou que o salário do professor de escola pública é mais alto do que aquele recebido por seu colega de

escola particular. Achados semelhantes emergem quando se compara o professor brasileiro com aquele de outros

países. Enquanto aqui ele ganha o equivalente a 1,5 vez a renda média do país, a média dos países da OCDE (que têm

a melhor educação do planeta) é de 1,3.

Na América do Sul, os países com qualidade de ensino melhor que a brasileira têm professores que recebem

menos: 0,85 na Argentina, 0,75 no Uruguai e 1,25 no Chile. Esses são dados um pouco defasados, de 2005. É provável

que atualmente o quadro seja ainda melhor, pois os estudos sobre o tema mostram que os rendimentos dos professores

vêm aumentando, à medida que mais deles têm diploma universitário. Segundo os dados da última Pnad colhidos por



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Schwartzman, houve um aumento de 20% nos rendimentos dos professores da rede estadual e de 16% nos da rede

municipal apenas entre 2005 e 2006.

Apesar de todos esses dados estarem amplamente disponíveis, perdura a visão de que o professor é um coitado e/ou

um herói, fazendo esforços hercúleos para carregar o pobre aluno ladeira acima. Longe de ser uma questão apenas

semântica ou psicológica, essa caracterização do professor é extremamente daninha para o progresso do nosso ensino,

porque ela emperra toda e qualquer agenda de mudança. A literatura empírica aponta que há muito que professores,

diretores e gestores públicos podem fazer para obter melhorias substanciais no aprendizado de nossos alunos, mas é

quase impossível ter qualquer discussão produtiva nesse sentido no Brasil, pois, antes de mais nada, seria necessário

"recuperar a dignidade do magistério", "dar condições mínimas de trabalho aos professores" etc.

A mitificação do nosso professor impede que o vejamos como ele é: um profissional, adulto, consciente de suas

decisões e potencialidades, inserido em uma categoria profissional que, como todas as outras, abriga muita gente

competente, muita gente incompetente e muitos outros medíocres e que, portanto, deve receber não apenas

encorajamento e defesa condescendentes, mas também cobranças e críticas construtivas e avaliações objetivas de seus

méritos e falhas. Só assim melhoraremos o desempenho das nossas escolas e daremos um futuro ao país.

Rev. Veja – 19 Dez 07



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