Em plenos trabalhos de elaboração da proposta do Orçamento de 2012, o governo federal vem sendo pressionado pelos servidores públicos a conceder reajustes e reestruturações de carreiras cujos impactos nas contas públicas, somados, chegam a R$ 40 bilhões no ano que vem.
"Não tem R$ 40 bilhões para os servidores", disse o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva. Ele observou que todas as melhorias salariais negociadas nos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva somaram R$ 38 bilhões.
Embora ainda não saiba se haverá recursos para reajustes no ano que vem, ele já vem negociando com os sindicatos. A expectativa dos servidores é que em 2012 a política de pessoal não seja tão rigorosa quanto a deste ano, que limitou a R$ 850 milhões o aumento com a folha.
"Há acertos que não foram cumpridos", disse Sérgio Ronaldo Silva, da executiva da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
Ele disse que o governo teria se comprometido, por exemplo, a estender a 88 mil servidores de nível superior o reajuste de 78% dado em 2010 a apenas cinco categorias: engenheiros, arquitetos, estatísticos, economistas e geólogos. Só nisso o gasto público aumentaria R$ 4 bilhões, segundo estimativas preliminares do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
"Há um compromisso de dialogar, mas eles sabem que é para o médio prazo", confirmou o secretário de Recursos Humanos. Ou seja, é possível estender o reajuste, mas não de uma vez e não necessariamente para todos.
Está marcada esta quarta-feira (21) no Ministério do Planejamento uma reunião considerada decisiva pelos sindicalistas. Dependendo do resultado, os servidores poderão partir para greve, informou o diretor da Condsef. "A greve é um direito constitucional que respeitamos, mas não ajuda no diálogo", disse Duvanier.
A pressão dos funcionários é apenas um dos dilemas a serem resolvidos até 31 de agosto, quando a proposta do Orçamento de 2012 tem de ser encaminhada ao Congresso. Outra grande questão é o tamanho das desonerações fiscais a serem incluídas no Programa de Desenvolvimento da Competitividade (PDC), que a presidente Dilma Rousseff quer anunciar em agosto.
Como o cobertor é curto, quanto mais se desonerar investimentos, menos dinheiro restará para as prioridades do governo federal, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Além disso, há um conjunto de despesas adicionais já contratadas. O reajuste do salário mínimo, por exemplo, representará aumento de R$ 23 bilhões no gasto público em 2012, nas contas do economista Felipe Salto, da consultoria Tendências.
O Conselho de Justiça Federal estima que a União desembolsará R$ 7,5 bilhões para pagar precatórios. E, se for mantida a regra aprovada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para as aposentadorias acima do mínimo, que receberiam 80% do reajuste do piso salarial, as despesas da Previdência subiriam mais, de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões. (Fonte: O Estado de S. Paulo)
Comentários (1)Mostrar/Esconder comentários...
escrito por BENEDITO ALVES, julho 22, 2011
Sonhava em nunca mais passar pelo regime militar,porém mi enganei,não tenho mais um presidente de farda verde, sim uma presidente de farda vermelha, querendo rebaixar com PT quer, o servidor público no patamar mais baixo, sem tem noção ou se tem de tirano, que o servidor é um ser humano, tem dignidade,é um cidadão prestando seu serviço a nação, se a presidente é a patroa ela tem a obrigação de reajustar os salários de seus empregados, e a Constituição que ela jurou a cumprir os seus preceitos?, isso pode abrir precedende de insubordinação aos patrões das empresas privadas ou melhor o governo está incentivando esse procedimento de não reajustar os sálarios dos seus empregados.
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AUMENTO JÁ,SUA JEZABEL DO CONGRESSO P/ OS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS!OS CARGOS MAIS BEM REMUNERADOS SÃO OS CARGOS QUE COBRAM ALGO P/ O GOVERNO:O BONDE DA ALEGRIA.AI,AI DAQUELES QUE MATAM OS ÓRFÃO E AS VIÚVAS,AI DA PRESIDENTE OU MELHOR DA PRESIDENTE,QUE PUXAM A INJUSTIÇA C/ TIRAS DE INIQUIDADE.FORA!DILAMA1IMPEETMAM JÁ!
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