Cerca de seis mil pessoas estão reunidas, neste momento, em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) em protesto por aumento salarial e reestruturação da política salarial. A Marcha Nacional da Campanha Salarial Unificada dos Servidores Federais 2011, como a manifestação foi chamada, concentrou servidores federais de todo o país por volta de 10h na Caterdral Metropolitana. Eles seguiram para o ministério para pressionar por uma nova política salarial. O movimento, que tem a participação de 32 entidades, foi organizado pela Condsef (Confederação dos Servidores Federais), com apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central Sindical e Popular - Conlutas (CSP-Conlutas) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Uma comissão de representantes dessas organizações vai se reunir hoje, às 15h, com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, para pleitear apoio político. Além disso, outra comissão organizada pelas mesmas entidades levou um documento com todas as reivindicações para o secretário de Recursos Humanos do MPOG, Duvanier Paiva. No dia 5 de julho, outra reunião foi marcada com o governo federal para cobrar respostas concretas às reivindicações.
Os técnicos administrativos das universidades federais também participam da marcha. A paralisação deles já chegou a 35 universidades federais desde que a greve da categoria foi deflagrada há uma semana. Fernando Maranhão, diretor da Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra), afirma que, “ eles querem a abertura imediata de negociação. A categoria luta, pelo ajuste geral para o funcionamento da política salarial, como recursos para a carreira, reposição para os aposentados, amplicação dos benefícios, como a redução da carga horária de 40 horas para 30 horas semanais”.
Os servidores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) viajaram cerca de 1.700km estavam reivindicando a reposição salarial e a data-base de reajuste. "Já faz 10 anos que nós não temos reajuste, brigamos por isso e também somos contra a privatização dos hospitais universitários. Isso não faz o menor sentido, os hospitais são para a população!", disse Carlos Gomes, que é segurança da universidade catarinense.
O professor aposentado, Francisco Cardoso, também estava na Esplanada cobrando respostas do governo. "A gente não pode desistir de lutar. Se lutando a situação está assim, imagina se pararmos?", disse. Entre as pautas está a equiparação salarial entre aposentados e ativos. "Os deputados tiveram 62% de aumento sem necessidade, nós não vamos pedir tudo isso, porque sabemos que não há condições, mas os aposentados precisam ser atendidos", explicou.
Servidores das áreas de saúde, Correios e estudantes também fortalecem o movimento, que trouxe ônibus de vários estados, como Pernambuco, Paraíba, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Sul.
Os aposentados estavam em peso na manifestação. As senhoras Marluce Gomes, de 70 anos e Teresina Praxedes, de 59, ambas aposentadas do Ministério da Saúde, viajaram mais de 2.000km para chegar até Brasília. Elas vieram do Rio Grande do Norte em busca da equiparação de salario. "Anos atrás, a gente aposentava e recebia salário igual ao dos ativos, hoje recebemos a metade. Ás vezes, até menos", explica Marluce. As duas vieram com mais 70 pessoas.
Estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) também faziam parte da passeata. Num esquema de bate-e-volta, eles estavam aproveitando a manisfestação para reinvindicar contra o corte de verbas para a educação. "Nossa faculdade está sucateada", diz o estudante Thiago Cezarette, 22 anos, que cursa o 6° semestre de história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
AGRADECEMOS A GENTILEZA DOS AUTORES QUE NOS BRINDAM COM OS SEUS PRECIOSOS COMENTÁRIOS.
##############PORTAL DO SERVIDOR PÚBLICO DO BRASIL##############