Saudade da Sucam |
A Sucam foi incorporada em 1990 à Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Para Sarney, quando a Sucam e seu “exército de mata-mosquitos” atuavam, o controle de endemias e epidemias era mais bem executado no país |
28/04/2008 - 07:28
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O senador José Sarney (PMDB-AP) fez recentemente um pronunciamento sobre a necessidade da recriação da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam) para reforçar o combate à dengue.
A Sucam foi incorporada em 1990 à Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Para Sarney, quando a Sucam e seu “exército de mata-mosquitos” atuavam, o controle de endemias e epidemias era mais bem executado no país. E era mesmo, inclusive em Sergipe.
Fazendo um histórico da evolução da doença, o senador comentou que em1955 a dengue foi dada como nacionalmente extinta, reaparecendo no Pará em 1967, e no Rio de Janeiro em 1977. Depois da extinção da Sucam, os casos de dengue subiram de 100 mil em 1990, para 360 mil em 1998 e 430 mil em 2007. E continuam subindo, com o agravante de agora estar matando mais, já que a forma hemorrágica tornou-se mais freqüente.
A Sucam foi incorporada em 1990 à Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Para Sarney, quando a Sucam e seu “exército de mata-mosquitos” atuavam, o controle de endemias e epidemias era mais bem executado no país. E era mesmo, inclusive em Sergipe.
Fazendo um histórico da evolução da doença, o senador comentou que em
Historicamente, o combate ao Aedes aegypti remonta ao começo do século XX, às campanhas pioneiras de Oswaldo Cruz contra a febre amarela. O mesmo mosquito dissemina as duas doenças.
Em 1954, o Brasil deu o mosquito como erradicado. O País até recebeu um certificado internacional de erradicação do vetor. Mas ele retornou.
Na reforma sanitária que deu origem ao Sistema Único de Saúde (SUS), acabaram com a Sucam e passaram o controle das endemias para as prefeituras. Os agentes de endemias municipais substituíram — ou deveriam substituir — os agentes da Sucam. Mas, inversamente à quantidade de dinheiro que os municípios passaram a receber, a municipalização da saúde não deu resultado.
Há quem defenda que o governo federal deveria ter delegado a função de combater as endemias aos agentes comunitários de saúde e não ter criado os agentes de endemias, que fracassaram.
Em Sergipe, que nunca registrou sequer epidemia de febre amarela e nem havia doença de Chagas, o controle aqui exercido pela Sucam era dos melhores. Assim mesmo, as primeiras manifestações da dengue aparecerem em 1981.
Agora, sem a Sucam e sem assistência médica, a dengue está matando.
O ESTADO MAIS AFETADO PELA DENGUE é o Rio de Janeiro, onde a epidemia da doença já é mais letal da história local. Na terça-feira 22, confirmou-se a 93ª morte atribuída à dengue desde o início do ano. Há outros 96 óbitos em investigação. Já são mais de 110 mil casos de dengue contabilizados.
A situação do Rio é alarmante, mas outros Estados protagonizaram crescimento do número de casos notificados muito maior do que lá, a exemplo de Sergipe, onde o número de notificações é quase 1.000% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Em Sergipe, até a sexta-feira, foram 8.446 casos verificados este ano, com quase quatro mil confirmados, o que resulta na elevadíssima incidência de 415 casos para cada 100 mil habitantes. A taxa aceitável pela Organização Mundial da Saúde é de 100 casos para cada 100 mil habitantes.
Por aqui, oito infectados morreram e outros dez óbitos estão sendo investigados, embora haja médicos que digam que o número de mortes seja bem superior. Fala-se que o número de pacientes com febre hemorrágica confirmada chegou a 54 casos, mas um médico de um hospital particular garante que sozinho já atendeu mais de 90 casos de febre hemorrágica.
O PODER PÚBLICO FOI NEGLIGENTE E CONTINUA MENTINDO. Acabaram com a Sucam para dar poderes aos municípios e isso não funcionou. Por interesse do Estado, dos municípios, dos hospitais ou dos próprios médicos, esconde-se da população a realidade da doença.
A epidemia de dengue poderia ter sido evitada se um plano nacional de controle da doença, proposto há mais de uma década pelo Ministério da Saúde, tivesse funcionado de acordo com o previsto. O objetivo da Resolução 160 do Conselho Nacional de Saúde, lançada em julho de 1995, que criou o Plano Nacional de Ações de Controle do Dengue, era erradicar o mosquito Aedes aegypti até o ano de 1998. Nos anos 50, quando havia a Sucam, a erradicação do mosquito foi possível. Com a municipalização e sem a Sucam..
Tudo que é bom dura pouco diz o ditado popular é verdade!hoje precisamos desse trabalho da coleta de sangue para saber se tem filaria e não sabemos onde fazer esse exame estamos abandonados,não só filaria mas a malaria e outra sdoenças tropicais, regionais como queira interpretar essas mudanças sem consulta com o povo que elege o candidato para ter uma qualidade de vida com qualidade,olha o que acontece!pagamos nossos impostos em qualquer mercadoria,os impostos são altos imagina até a iluminação publica pagamos! e por que certas ruas não são iluminadas?estamos aguardando a quem de direito que providencie a volta da coleta do sangue a noite para ver a filaria já começaram aparecer casos na cidade,quem se responsabiliza por esse trabalho?FILARIOSE é uma doença incapacitante para o trabalho que a pessoa acometida com esta doença deveria ter uma aposentadoria por invalidez.
ResponderExcluirEstamos precisando de um carro do fumacê aqui na baixa do Sapateiro no Complexo da Maré pois estamos sofrendo com os mosquitos.Nós adultos ficamos irritamos com os mosquitos e as crianças sofrem mais ainda por causa desses mosquitos.
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