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18:50 - Trabalhadores da extinta Sucam poderão receber reparação por intoxicação com DDT (02'39")
Deputados articulam uma Frente Parlamentar em Defesa dos Guardas da Malária para cobrar do governo medidas de reparação a esses trabalhadores e seus familiares pela intoxicação causada pelo contato com defensivos.
O uso do DDT na agricultura foi proibido no Brasil em 1995. Três anos depois, seu manejo foi vetado, também, em ações de saúde pública, como no combate à malária. Mas até hoje, muitos trabalhadores que aplicavam o produto sofrem com a intoxicação provocada pelo inseticida. A deputada Perpétua Almeida, do PCdoB do Acre, coordena a formação da frente e afirma que, apenas no seu estado, 40 mata-mosquitos, como eram chamados os servidores da extinta Sucam, morreram nos últimos dez anos em conseqüência do contato direto com o produto.
"É um índice muito alto, mais de 10% daqueles servidores morreram com os mesmos problemas, problemas respiratórios, câncer de pele, no pulmão, são doenças que praticamente o mesmo grupo de servidores tiveram e estão morrendo, todos na faixa de 60 a 70 anos. Então o que queremos: se o governo brasileiro reconheceu que o DDT precisava ser extinto porque causava um problema de saúde pública, o governo esqueceu de voltar atrás e olhar o que o DDT causou nos funcionários que trabalhavam diretamente com ele".
O Ministério Público Federal no Acre já recomendou que a Funasa, o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde prestem assistência a servidores e ex-servidores da antiga Superintendência de Campanhas de Saúde Pública, a Sucam. O procurador da República, Anselmo Lopes, explica que, mesmo com a dificuldade de comprovar a relação do DDT com as doenças, é necessário garantir acompanhamento médico a essas pessoas.
"Em geral nós observamos pessoas que têm câncer, pessoas com danos neurológicos, com lesões hepáticas e renais. Mas ainda assim não há uma plena comprovação científica demonstrando como o DDT age para gerar esses danos, o que existem são alguns estudos e alguns indícios de que o DDT gera esse tipo de problema, mas isso precisa ser diagnosticado por um profissional médico".
De acordo com a deputada Perpétua Almeida, um dos objetivos da Frente Parlamentar será pressionar o governo federal a assumir o tratamento dos antigos servidores da Sucam, como já está sendo feito no Acre. Além disso, um grupo de trabalho da Comissão da Amazônia deve percorrer os estados da região, após as eleições municipais, para fazer um levantamento de todos os casos de intoxicação por DDT registrados nos antigos guardas da malária.
De Brasília, Mônica Montenegro
O uso do DDT na agricultura foi proibido no Brasil em 1995. Três anos depois, seu manejo foi vetado, também, em ações de saúde pública, como no combate à malária. Mas até hoje, muitos trabalhadores que aplicavam o produto sofrem com a intoxicação provocada pelo inseticida. A deputada Perpétua Almeida, do PCdoB do Acre, coordena a formação da frente e afirma que, apenas no seu estado, 40 mata-mosquitos, como eram chamados os servidores da extinta Sucam, morreram nos últimos dez anos em conseqüência do contato direto com o produto.
"É um índice muito alto, mais de 10% daqueles servidores morreram com os mesmos problemas, problemas respiratórios, câncer de pele, no pulmão, são doenças que praticamente o mesmo grupo de servidores tiveram e estão morrendo, todos na faixa de 60 a 70 anos. Então o que queremos: se o governo brasileiro reconheceu que o DDT precisava ser extinto porque causava um problema de saúde pública, o governo esqueceu de voltar atrás e olhar o que o DDT causou nos funcionários que trabalhavam diretamente com ele".
O Ministério Público Federal no Acre já recomendou que a Funasa, o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde prestem assistência a servidores e ex-servidores da antiga Superintendência de Campanhas de Saúde Pública, a Sucam. O procurador da República, Anselmo Lopes, explica que, mesmo com a dificuldade de comprovar a relação do DDT com as doenças, é necessário garantir acompanhamento médico a essas pessoas.
"Em geral nós observamos pessoas que têm câncer, pessoas com danos neurológicos, com lesões hepáticas e renais. Mas ainda assim não há uma plena comprovação científica demonstrando como o DDT age para gerar esses danos, o que existem são alguns estudos e alguns indícios de que o DDT gera esse tipo de problema, mas isso precisa ser diagnosticado por um profissional médico".
De acordo com a deputada Perpétua Almeida, um dos objetivos da Frente Parlamentar será pressionar o governo federal a assumir o tratamento dos antigos servidores da Sucam, como já está sendo feito no Acre. Além disso, um grupo de trabalho da Comissão da Amazônia deve percorrer os estados da região, após as eleições municipais, para fazer um levantamento de todos os casos de intoxicação por DDT registrados nos antigos guardas da malária.
De Brasília, Mônica Montenegro
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