Entidades sindicais entram com ação no STF contra corte de ponto de servidores em greve
Agência
Brasil - 23/08/2012
Brasília
– Quatro entidades sindicais ajuizaram ação no Supremo Tribunal Federal (STF)
contra determinação do governo federal de cortar o ponto dos servidores públicos
federais em greve. Os servidores alegam que, até o momento, não há decisão
judicial que tenha declarado a ilegalidade da paralisação da
categoria.
A
medida de promover o desconto salarial dos dias parados é orientação da
Secretaria de Relações de Trabalho no Serviço Público e da Secretaria de Gestão
Pública da Administração Federal, vinculadas ao Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão.
A
defesa dos servidores grevistas argumenta que a administração federal “não pode
adotar meios impeditivos ou constrangedores ao pleno exercício de greve pelos
servidores”.
As
entidades alegam que a medida afronta decisões do STF, que já declarou a omissão
legislativa quanto ao dever constitucional em editar lei que regulamente o
direito de greve no setor público. A Corte decidiu aplicar ao setor, no que
couber, a lei de greve vigente relativa ao setor privado. Os sindicatos também
defendem que há violação de outra decisão do Tribunal, em que afirma que a mera
adesão do trabalhador à greve não constitui falta grave.
A
categoria argumenta, na ação de reclamação, que o governo federal está
descumprindo a Constituição Federal, que prevê revisão anual dos salários dos
servidores públicos. Além disso, questiona o pagamento de salários atrasados já
reconhecidos administrativamente.
A
ação foi ajuizada pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal
(Condsef), pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS/CUT) e pelo Sindicato dos
Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado do Pará
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