Servidores rejeitam acordo com governo e fazem contraproposta para reajustes até 2015
Agência
Brasil - 25/08/2012
Brasília
- Considerado um dia decisivo na negociação entre o governo e os servidores
públicos federais, o sábado está chegando ao fim sem avanços. Até o começo da
noite de hoje (25), todas as categorias que participaram de reuniões com o
secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio
Mendonça, recusaram a proposta do governo de reajuste de 15,8%, escalonados até
2015.
Como
era esperado, auditores e técnicos de fiscalização agropecuária e servidores de
22 carreiras do ciclo de gestão não aceitaram a proposta. Em contrapartida, a
União das Carreiras de Estado (UCE) apresentou um contraproposta de reajuste de
25,9%, divididos em fatias anuais de 6%, 8% e 10% até
2015.
A
possibilidade de acordo com os novos patamares foi considerada improvável por
Mendonça, mas o assunto deve ser avaliado pelo governo e voltar a ser discutido
na segunda-feira (27).
A
UCE representa cerca de 50 mil servidores de carreiras estratégicas do
funcionalismo federal, entre eles, do Banco Central, da Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), da Receita Federal, do Ministério do Planejamento, do Tesouro
Nacional, da Polícia Federal e da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A
menos de semana do prazo limite para o envio da proposta do Orçamento de 2013,
que deve conter a previsão de gastos com a folha de pagamento, o governo só
fechou acordos com servidores federais da educação, que deflagraram a greve em
meados de maio.
A
Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior
(Proifes), que representa a minoria dos docentes federais, e a Federação dos
Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra),
representante dos técnicos administrativos universitários, aceitaram a proposta
de 15,8% até 2015.
Mendonça
ainda vai se reunir com servidores do Ministério do Meio Ambiente e de
categorias ligadas ao Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais
de Regulação (Sinagências). Amanhã (26), prazo limite definido pelo governo para
o fim das negociações, haverá reuniões com representantes dos controladores de
voo, analistas de infraestrutura e trabalhadores das áreas de saúde e
seguridade.
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