Impasse entre governo e servidores federais deve continuar até amanhã
Agência
Brasil - 27/08/2012
Brasília
– O impasse entre governo federal e servidores federais em greve deve continuar
até amanhã (28). Os trabalhadores ligados à Confederação dos Trabalhadores do
Serviço Público Federal (Condsef), que representa a maioria dos servidores do
executivo, têm reunião agendada para as 9h desta terça-feira para decidir se
aceitam a oferta do Executivo e os rumos das paralisações. Até o momento, nenhum
novo acordo foi assinado.
O
Ministério do Planejamento não informou quais categorias sinalizaram aceitar a
proposta do governo.
O
governo colocou o dia de ontem (26) como data-limite para negociação e encerrou
as conversas. A base da Condsef se reuniu com o Ministério do Planejamento no
último sábado, sem avanços. O prazo máximo concedido pelo órgão para assinatura
de acordos é amanhã. As categorias que não aceitarem a oferta do governo ficarão
sem aumento em 2013.
Em
nota, a entidade diz que a proposta do governo para reajustes salariais ficou
“emperrada” em 15,8%, fatiados em três anos, até 2015. Com isso, o entrave se
mantém em pelo menos 30 setores. Segundo a Condsef, o percentual oferecido “não
altera em nada o quadro de distorções que tanto prejudicam a administração
pública”.
Na
avaliação da categoria, a postura do governo “reforçou o desrespeito com o
conjunto dos servidores que representam a maioria do Executivo. Isso não só por
não concordar em flexibilizar em pequenos pontos na tentativa de buscar consenso
com esses trabalhadores, mas também por aplicar, justamente nesse segmento, a
política inédita de cortar 100% dos salários dos servidores que lutam de forma
legítima por melhores condições de trabalho”, diz o
comunicado.
Por
enquanto, somente as negociações com a área da educação foram resolvidas. Apenas
a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior
(Proifes), que representa uma minoria dos docentes federais, e a Federação dos
Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra),
representante dos técnicos administrativos universitários, aceitaram a proposta
do governo.
Entre
os funcionários que estão com as atividades paralisadas estão Instituto Nacional
de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da
Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça, Polícia Rodoviária
Federal (PRF), Polícia Federal, entre outros.
O
Ministério do Planejamento estima que a greve atinja a cerca de 80 mil
servidores públicos federais. Em contrapartida, os sindicatos calculam que cerca
de 350 mil funcionários paralisaram as atividades. Enquanto acordos entre
entidades sindicais e governo não são fechados, servidores de várias categorias
seguem em greve.
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