Servidores da Fiocruz fecham acordo com governo e greve termina
Agência
Brasil - 27/08/2012
Brasília
– Os representantes dos servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) decidiram
aceitar a proposta de reajuste oferecido pelo governo e assinaram hoje (27)
acordo, concordando com o aumento salarial de 15,8%, escalonado em três anos, a
partir de 2013. O termo ratifica o fim das negociações.
A
categoria, em greve desde o dia 6 de agosto, reivindicava, além de melhorias
salariais, a valorização do servidor público e da carreira. Segundo o presidente
do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN), Paulo Garrido, mesmo com o
aumento inferior aos 22,08% reivindicados, a negociação foi bem
sucedida.
“O
acordo traz recuperação lógica da estrutura de carreira. O percentual oferecido
vai fortalecer a carreira com a remuneração por titulação e gratificação por
qualificação. Não é um ajuste linear, atende ao princípio da meritocracia e vai
beneficiar os níveis intermediário e superior. O reajuste vai variar entre 12% e
18% no período”, disse Garrido.
O
impacto orçamentário aos cofres públicos, com o reajuste oferecido aos
funcionários da Fiocruz, ficará em R$ 128,5 milhões. A folha anual de pagamento
é de R$ 750 milhões. Dados da Asfoc-SN informam que o último reajuste concedido
à categoria ocorreu em 2009. Descontada a inflação, houve “desvalorização
salarial de cerca de 20%”.
Devido
à paralisação dos servidores, apenas os serviços essenciais, os atendimentos
médicos e a produção de vacinas e medicamentos, obedecendo a regimes de plantão
acordados com as diversas unidades da fundação, foram mantidos no
período.
Com
o acordo assinado, subiu para três o número de categorias que aceitaram a
proposta do governo. Além da Fiocruz, a Federação de Sindicatos de Professores
de Instituições de Ensino Superior (Proifes), que representa a minoria dos
docentes federais, e a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das
Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), representante dos
técnicos-administrativos universitários, também aceitaram a proposta do
governo.
Os
sindicatos têm até amanhã (28) para comunicar o governo sobre a decisão das
bases. Quem não assinar o acordo não terá aumento nos contra-cheques de 2013
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