Dilma adverte servidores: 15,8% ou nada
Correio
Braziliense - 25/08/2012
A presidente Dilma Rousseff mandou avisar ontem aos servidores grevistas que têm
até este fim de semana para aceitar a proposta de aumento de salário de 15,8% em
três anos.
até este fim de semana para aceitar a proposta de aumento de salário de 15,8% em
três anos.
Quem
recusar a oferta, ficará sem qualquer reajuste até 2015. O Palácio do Planalto
está convicto de que fez a oferta possível, diante da gravidade da crise
internacional, que derrubou o ritmo de crescimento do país e, por tabela, fez
encolher a arrecadação de impostos.
recusar a oferta, ficará sem qualquer reajuste até 2015. O Palácio do Planalto
está convicto de que fez a oferta possível, diante da gravidade da crise
internacional, que derrubou o ritmo de crescimento do país e, por tabela, fez
encolher a arrecadação de impostos.
Além
disso, o Ministério do Planejamento constatou que praticamente todas as
carreiras do Executivo civil computaram ganhos reais (acima da inflação) entre
2003 e 2011, o que levou a folha de pagamento do setor público como um todo a
encostar nos R$ 200 bilhões. Os funcionários do Legislativo ouviram o recado e
praticamente aceitaram a correção.
disso, o Ministério do Planejamento constatou que praticamente todas as
carreiras do Executivo civil computaram ganhos reais (acima da inflação) entre
2003 e 2011, o que levou a folha de pagamento do setor público como um todo a
encostar nos R$ 200 bilhões. Os funcionários do Legislativo ouviram o recado e
praticamente aceitaram a correção.
O
ultimato de Dilma mexeu com várias carreiras, sobretudo as que têm salários
menores. Elas temem ser punidas pela intransigência da elite do funcionalismo,
os sangues azuis, como são chamados pela presidente. Ontem, por sinal, a União
das Carreiras de Estado (UCE), que reúne 22 categorias com salários mensais
superiores a R$ 10 mil, rejeitou o aumento de 15,8%. É consenso entre esses
servidores que há margem orçamentária para uma oferta mais consistente, conforme
destacou Pedro Delarue, coordenador da UCE e presidente do Sindicato dos
Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindfisco).
ultimato de Dilma mexeu com várias carreiras, sobretudo as que têm salários
menores. Elas temem ser punidas pela intransigência da elite do funcionalismo,
os sangues azuis, como são chamados pela presidente. Ontem, por sinal, a União
das Carreiras de Estado (UCE), que reúne 22 categorias com salários mensais
superiores a R$ 10 mil, rejeitou o aumento de 15,8%. É consenso entre esses
servidores que há margem orçamentária para uma oferta mais consistente, conforme
destacou Pedro Delarue, coordenador da UCE e presidente do Sindicato dos
Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindfisco).
Ele
acredita que conseguirá convencer, ainda hoje, o secretário de Relações do
Trabalho do Planejamento, Sérgio Mendonça, a encampar os seus pleitos, o que
levaria os salários de alguns servidores para mais de R$ 29 mil, superando o
teto constitucional de R$ 26,7 mil. "A intenção é chegar a um número bom para
todos. Os 5% anuais não cobrem sequer a inflação e estão longe dos 30,18 %
pedidos pelos auditores", destacou Delarue.
acredita que conseguirá convencer, ainda hoje, o secretário de Relações do
Trabalho do Planejamento, Sérgio Mendonça, a encampar os seus pleitos, o que
levaria os salários de alguns servidores para mais de R$ 29 mil, superando o
teto constitucional de R$ 26,7 mil. "A intenção é chegar a um número bom para
todos. Os 5% anuais não cobrem sequer a inflação e estão longe dos 30,18 %
pedidos pelos auditores", destacou Delarue.
Nas
assembleias do Sindfisco, em sedes de todo o país, 98,6% dos funcionários
votaram contra a oferta do governo. Delarue não quis dizer o quanto pode ceder
para facilitar um alinhamento com o governo. Os auditores farão nova assembleia
em 4 de setembro. Se considerarem que hoje não houve avanço, prometem cruzar os
braços por 72 horas (10, 11 e 12 do próximo mês).
assembleias do Sindfisco, em sedes de todo o país, 98,6% dos funcionários
votaram contra a oferta do governo. Delarue não quis dizer o quanto pode ceder
para facilitar um alinhamento com o governo. Os auditores farão nova assembleia
em 4 de setembro. Se considerarem que hoje não houve avanço, prometem cruzar os
braços por 72 horas (10, 11 e 12 do próximo mês).
Proibidos
de realizar operação-padrão, a paralisação será na Zona Secundária (funções
administrativas que cuidam de operações internas, como arrecadação de impostos e
multas) e não interfere no funcionamento de portos e aeroportos. Já os analistas
tributários da Receita, que reivindicam 85% de aumento em três anos e
reestruturação da carreira, vão analisar os próximos passos na terça-feira que
vem.
de realizar operação-padrão, a paralisação será na Zona Secundária (funções
administrativas que cuidam de operações internas, como arrecadação de impostos e
multas) e não interfere no funcionamento de portos e aeroportos. Já os analistas
tributários da Receita, que reivindicam 85% de aumento em três anos e
reestruturação da carreira, vão analisar os próximos passos na terça-feira que
vem.
R$
22 bilhões
22 bilhões
O
Palácio reservou cerca de R$ 22 bilhões para corrigir os salários dos servidores
públicos no ano que vem. O valor exato, no entanto, dependerá do total de
acordos a serem fechados até 31 de agosto, prazo final para o projeto
orçamentário ser encaminhado ao Congresso Nacional. Para mostrar que não está
sendo intransigente, o governo escalou Mendonça para atender uma série de
sindicatos hoje e amanhã. "Portanto, estamos dando todas as chances. Quem
aceitar, assinará os acordos ao longo da próxima semana", destacou um integrante
da equipe econômica. "Serão os 15,8% em três anos, ou nada",
enfatizou.
Palácio reservou cerca de R$ 22 bilhões para corrigir os salários dos servidores
públicos no ano que vem. O valor exato, no entanto, dependerá do total de
acordos a serem fechados até 31 de agosto, prazo final para o projeto
orçamentário ser encaminhado ao Congresso Nacional. Para mostrar que não está
sendo intransigente, o governo escalou Mendonça para atender uma série de
sindicatos hoje e amanhã. "Portanto, estamos dando todas as chances. Quem
aceitar, assinará os acordos ao longo da próxima semana", destacou um integrante
da equipe econômica. "Serão os 15,8% em três anos, ou nada",
enfatizou.
A
próxima reunião da UCE está marcada para a próxima segunda-feira, 27, na sede da
Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento
(Assecor). Os sangues azuis, na definição de Dilma, estão certos de que o
governo terá de se curvar a eles, pois outras categorias começam, nessa reta
final, a aderir à greve.
próxima reunião da UCE está marcada para a próxima segunda-feira, 27, na sede da
Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento
(Assecor). Os sangues azuis, na definição de Dilma, estão certos de que o
governo terá de se curvar a eles, pois outras categorias começam, nessa reta
final, a aderir à greve.
"Se
o governo está indo para o tudo ou nada, nós também vamos partir para a
intransigência. O Planalto diz que está negociando, que está fazendo o que pode,
mas sabemos que é pouco. Estão perdendo o respeito por nós, pela qualificação
que temos", disse um dos líderes das carreiras de Estado que pediu para não ser
identificado temendo represálias. "Não sou sindicalista. Não tenho imunidade",
assinalou.
o governo está indo para o tudo ou nada, nós também vamos partir para a
intransigência. O Planalto diz que está negociando, que está fazendo o que pode,
mas sabemos que é pouco. Estão perdendo o respeito por nós, pela qualificação
que temos", disse um dos líderes das carreiras de Estado que pediu para não ser
identificado temendo represálias. "Não sou sindicalista. Não tenho imunidade",
assinalou.
O
presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle
(Unacon Sindical), Rudinei Marques, disse que o ideal seria uma resposta única
da UCE, mas isso vai depender de cada categoria.
presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle
(Unacon Sindical), Rudinei Marques, disse que o ideal seria uma resposta única
da UCE, mas isso vai depender de cada categoria.
Polícia
Federal monitorada
Federal monitorada
O
governo está acompanhando com lupa o movimento dos policiais federais. Na
avaliação do Palácio do Planalto, esse é o grupo mais bem organizado entre os
servidores e o que está fazendo mais barulho, perturbando a ordem
pública.
governo está acompanhando com lupa o movimento dos policiais federais. Na
avaliação do Palácio do Planalto, esse é o grupo mais bem organizado entre os
servidores e o que está fazendo mais barulho, perturbando a ordem
pública.
Diariamente,
o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, está recebendo relatórios sobre os
grevistas e os repassando à presidente Dilma Rousseff, bastante irritada com as
exigências da categoria.
o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, está recebendo relatórios sobre os
grevistas e os repassando à presidente Dilma Rousseff, bastante irritada com as
exigências da categoria.
Segundo
o Ministério do Planejamento, hoje, os salários de peritos e delegados variam
entre R$ 13,4 mil (inicial) e R$ 19,7 mil (final). Se forem atendidas todas as
reivindicações, os rendimentos mensais passarão para R$ 22,9 mil e R$ 26,7 mil,
o teto constitucional, recebido pela presidente da República e pelos ministros
do Supremo Tribunal Federal (STF).
o Ministério do Planejamento, hoje, os salários de peritos e delegados variam
entre R$ 13,4 mil (inicial) e R$ 19,7 mil (final). Se forem atendidas todas as
reivindicações, os rendimentos mensais passarão para R$ 22,9 mil e R$ 26,7 mil,
o teto constitucional, recebido pela presidente da República e pelos ministros
do Supremo Tribunal Federal (STF).
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