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Agência Brasil - 21/07/2015
A presidenta Dilma Rousseff decidiu transferir parte de sua agenda para o a residência oficial do Palácio da Alvorada, enquanto prossegue um protesto dos servidores do Judiciário, que já dura mais de sete horas, em frente ao Palácio do Planalto, com o objetivo de pressionar a presidenta a sancionar o reajuste da categoria, cujo prazo termina hoje (21).
A reivindicação dos manifestantes é para que a presidenta sancione integralmente o projeto de lei que reajusta os salários da categoria entre 53% e 78,56%, dependendo da classe e do padrão do servidor. Cerca de 500 manifestantes, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, protestam com guardas-chuvas pretos, faixas e vuvuzelas na Praça dos Três Poderes.
De acordo com a agenda oficial da Presidência, Dilma teria despacho com o ministro da Educação Renato Janine, às 15h, no Planalto. Ela cumpriu agenda e foi almoçar no Palácio da Alvorada. Ao sair e voltar ao Planalto, por volta de 14h50, a presidenta e o comboio presidencial passaram próximos aos manifestantes, que neste momento bloqueiam integralmente a via em frente ao palácio.
Por volta das 15h40, a presidenta retornou ao Alvorada, e até o momento não há informações sobre a agenda que cumpriu no Planalto. Às 17h30, a agenda oficial prevê que Dilma receberá o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams. De acordo com a assessoria do Planalto, a ela ainda retornará ao Planalto para recebê-lo.
Um grupo de quatro pessoas entrou no Palácio com o objetivo de discutir o projeto de aumento do Judiciário com representantes da Secretaria-Geral e da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência. De acordo com o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Distrito Federal, José Rodrigues Costa, os representantes aguardaram um encontro pela manhã, e ficaram no Planalto também à tarde, por mais de uma hora, com a promessa de serem recebidos, o que até agora não ocorreu.
"Percebemos que não há nenhum interesse, por parte da Presidência e da Secretaria de Relações Institucionais. Vamos retornar agora à categoria e informar que realmente não avançou em nada, porque queríamos aqui fazer algumas tratativas para saber informações sobre como anda a análise da sanção do nosso projeto ou o veto", disse o sindicalista.
Oficialmente, ainda não há a confirmação de que representantes do governo vão receber lideranças da categoria. Os servidores pretendem aumentar a mobilização no Congresso Nacional para que os parlamentares derrubem um eventual veto. De acordo com o Sindijus, mais de 300 deputados e 50 senadores já assinaram um documento se comprometendo com a demanda da dos trabalhadores do Poder Judiciário.
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