O SR. PRESIDENTE (Epitácio Cafeteira. PTB
http://www.senado.gov.br/sf/publicacoes/diarios/pdf/sf/2009/10/06102009/49445.pdf
– MA) – V. Exª será atendido nos termos regimentais.
Concedo a palavra, para uma comunicação inadiável,
pelo tempo de cinco minutos, ao Senador Expedito
Júnior.
O SR. EXPEDITO JÚNIOR (PSDB – RO. Para
uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.)
– Sr. Presidente, Srª e Srs. Senadores, antes de mais
nada, eu gostaria de destacar aqui a presença, mais
uma vez, dos líderes sindicalistas do meu Estado e eu
o faço na pessoa do servidor do Ministério Público do
Estado de Rondônia, da minha cidade, do Município de
Rolim de Moura, que representa o Ministério Público,
Joabe. Eu gostaria de cumprimentar todos os líderes
sindicalistas do Estado de Rondônia.
Além de cumprimentar aqui todos os líderes sindicalistas,
eu gostaria de cumprimentar também os
servidores públicos hoje que devem estar mais ou
menos em número de 600 servidores públicos novamente
ocupando a tribuna de honra da Câmara dos
Deputados, na expectativa de que seja votado, ou hoje
ou amanhã, a PEC da transposição dos servidores públicos
do meu Estado, fazendo justiça aos servidores
de Rondônia, fazendo justiça ao meu Estado, dando a
paridade aos servidores públicos de Rondônia e dando
a oportunidade para que eles façam a opção, para
que eles façam a escolha de pertencerem ou não ao
quadro federal.
Foi feito isso com os ex-Territórios, foi feito com
Roraima, foi feito com Amapá, e nós estamos agora
pedindo essa paridade. Nós estamos pedindo esse
tratamento isonômico, Sr. Presidente, com o meu Estado.
Mas, Sr. Presidente, eu estive durante a semana,
mas precisamente ontem, numa reunião com os servidores
públicos federais do meu Estado. E eu recebi
durante a semana, além da audiência que eles me
proporcionaram, algumas denúncias graves, inclusive,
sobre o tratamento que estão recebendo os servidores
da hoje Fundação Nacional de Saúde, antiga Sucam.
A denúncia, na verdade, parte do meu Estado, parte
dos servidores de Rondônia, mas, na verdade, atinge
todos os servidores da Fundação Nacional de Saúde
do Brasil inteiro. A irresponsabilidade do Ministério da
Saúde, a irresponsabilidade da Procuradoria Geral
da República, a irresponsabilidade da Procuradoria
do Trabalho, da Procuradoria Federal do Trabalho, do
Procurador Federal do Trabalho do meu Estado é tamanha...
E essa denúncia chegou às nossas mãos, Sr.
Presidente, numa correspondência que chegou semana
passada – e eu gostaria de destacar aqui, mostrando
para todo o Brasil, principalmente para o meu Estado.
Trata-se de um abaixo-assinado dos servidores do Município
de Ji-Paraná e de uma carta do grupo de apoio
aos servidores da ex-Sucam contaminados pelo DDT
do Estado de Rondônia aos Parlamentares Federais
do Estado de Rondônia.
Vou ler só um trecho, Sr. Presidente:
Sr. Senador Expedito Júnior, somos pertencentes
ao quadro de servidores da Funasa,
oriundos da extinta Sucam, que, como é do conhecimento
operação de controle e combate às endemias,
malária, febre amarela, leishmaniose [que é
uma das doenças tropicais da Região Amazônica]
em todos os Municípios do Estado de
Rondônia, desde a época do então Território
Federal, atuando nas zonas urbanas, rurais,
fazendas, sítios, áreas ribeirinhas, áreas indígenas,
salientando que somos os responsáveis
pelo desenvolvimento do Estado de Rondônia,
sendo que todas as atividades de campo foram
realizadas.
Então, Sr. Presidente, é uma maneira de
eles fazerem uma denúncia sobre o uso do
inseticida DDT. Trata-se de um inseticida, Sr.
Presidente, que ceifou já muitas vidas no meu
Estado, de muitos servidores que estavam trabalhando,
inclusive, para beneficiar a maioria
da população da Região Amazônica. Então, eu
recebi, no meu gabinete, uma correspondência
e dos próprios servidores, pessoalmente,
lá no meu Estado. Uma das correspondências
é o abaixo-assinado, como eu já disse,
que relata a difícil situação de saúde desses
trabalhadores, cujos exames toxicológicos indicam
o alto grau de infecção no sangue pelo
manuseio do DDT.
Sobre essa carta, Sr. Presidente, eu gostaria de
fazer um apelo ao Ministro da Saúde, em nome dos
ex-servidores da Sucam. Esses trabalhadores foram
convocados para combater a malária por meio do uso
do inseticida DDT, que, à época, era considerado inofensivo
por falta de informação. Com esse trabalho de
combate à malária, esses trabalhadores ajudaram de
forma importante para o desenvolvimento do nosso
Estado.
O manuseio do DDT trouxe um mal para esses
trabalhadores. Com a extinção da Sucam, eles passaram
para os quadros da Funasa, órgão que não está
dando a devida atenção aos problemas de saúde decorrentes
do uso do DDT.
O apelo que faço ao Ministro da Saúde é que
disponibilize um especialista para acompanhar os diversos
casos já existentes de pessoas infectadas pelo
manuseio do DDT no combate à malária.
Trata-se de um gesto de atenção do Governo Federal
para com essas pessoas que se dedicaram ao
combate à malária, mas que, agora, estão esquecidas
na atenção à sua saúde.
A segunda carta que recebi, como já disse, é do
grupo de apoio aos servidores da extinta Sucam, em
Rondônia, contaminados também pelo DDT.
Eles sempre trabalharam em operação de controle
das doenças e de combate às endemias de malária,
febre amarela, leishmaniose, em todos os Municípios
do nosso Estado, do ex-Território de Rondônia. Atuaram
nas zonas urbanas e rurais, em fazendas, sítios,
áreas ribeirinhas e áreas indígenas.
O inseticida é muito nocivo à saúde humana e é
cumulativo no organismo, o que causou a contaminação
dos servidores, pois não receberam equipamentos
de proteção individual e nem orientação precisa
para evitá-la.
O apelo desse grupo é para que a Câmara dos
Deputados vote logo o PL nº 4.485, de 2008, que concede
pensão especial aos trabalhadores da extinta
Sucam contaminados pelo DDT.
O projeto já foi aprovado na Comissão de Seguridade
Social e Família, mas falta ser aprovado na
Comissão de Finanças e Tributação.
(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)
O SR. EXPEDITO JÚNIOR (PSDB – RO) – Para
concluir, Sr. Presidente. Mais um minuto.
Faço, portanto, um apelo ao Deputado Vicentinho,
do PR de Tocantins, para que, como Relator, apresente
com urgência o seu relatório, pois esse é um problema
de saúde muito grave.
O que me deixa indignado, Sr. Presidente, é querer
saber por que a Procuradoria-Geral da República
do meu Estado e o Ministério Público do Trabalho não
atuaram ainda e não tomaram nenhuma providência,
tendo em vista que o Sindsef, o Sindicato dos Servidores
Federais, já havia comunicado esse problema
aos dois órgãos.
Eu gostaria, Sr. Presidente, de requerer que sejam
incluídas nos Anais desta Casa as duas correspondências
a que me referi. Nessas cartas nós temos
aqui, Sr. Presidente, vários laudos toxicológicos desses
trabalhadores comprovando que eles próprios, os servidores,
estão custeando aquilo que deveria...
(Interrupção do som.)
DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O
SR. SENADOR EXPEDITO JÚNIOR EM SEU
PRONUNCIAMENTO.
(Inseridos nos termos do art. 210, inciso
I e § 2º, do Regimento Interno.)
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