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OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

OS DESTEMIDOS  GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO
A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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domingo, 15 de novembro de 2009

Folha de São Paulo relata drama dos guardas da Sucam, vítimas da contaminação por DDT

Folha de São Paulo relata drama dos guardas da Sucam, vítimas da contaminação por DDT

http://www.guiadojurua.com.br/farofino/Textos/Jornal%20A%20Gazeta.doc
Informações foram levantadas pela Assembléia Legislativa. Casos repercutem negativamente contra a Funasa (extinta Sucam), que não reconhece culpa e se mantém indiferente.
Levantamento realizado pela Assembléia Legislativa e do grupo DDT e a Luta pela Vida mostra que, desde 1994, ao menos 50 pessoas morreram devido ao envenenamento pelo inseticida.
O funcionário da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) Dejacir Américo de Souza, 63, é um dos 450 casos de ex-agentes da extinta Sucam (Superintendência de Combate à Malária) com suspeita de contaminação.
Os chamados guardas da malária chegavam a passar seis meses na selva amazônica para combater a doença. Segundo a deputada estadual Idalina Onofre (PPS-AC), da comissão parlamentar que apura os casos de contaminação, diz que eles não receberam nenhum treinamento para lidar com o DDT.

A Funasa diz que não reconhece que tenha havido contaminação, mas que o Governo Federal se compromete a fornecer o tratamento adequado se houver a comprovação.
No plenário da Câmara Municipal, Dejacir Américo de Souza, 63, agarra o microfone com as duas mãos para conter o tremor. É um dos sintomas que o funcionário da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) atribui aos 15 anos em que manipulou DDT, quando viajava pela floresta amazônica por até seis meses combatendo a malária.
Morador de Brasiléia (230 km de Rio Branco), Dejacir é um dos cerca de 450 casos de funcionários da extinta Sucam (Superintendência de Combate à Malária) com suspeita de envenenamento pelo inseticida no Acre. Outros 50 teriam morrido por esse motivo desde 1994, mostra levantamento da Assembléia do Acre e do grupo DDT e a Luta pela Vida, criado por supostas vítimas.
Há 42 anos na ativa, Dejacir entrou no combate à doença em 1967, antes mesmo da Sucam - naquele tempo era a CEM (Campanha de Erradicação de Malária). No depoimento, diz, que foi admitido sem exame médico. Eles só me perguntaram: “Você sabe nadar, você sabe passar três dias com fome”, afirmou durante a sessão realizada anteontem.
As pessoas que resis-tiam são as que tinham sangue no olho. Tinha que estar disposto a passar fome, a passar por cima do que fosse para fazer o trabalho”, diz no seu depoimento Raimundo de Souza, outro ex-fun-cionário da Sucam com suspeita de envenenamento.
Tidos como heróis no Acre, os chamados guarda da malária eram facilmente reconhecidos pelo uniforme bege e o capacete de alumínio. Embrenhados na selva por até seis meses carregando mochilas que chegavam a 45 kg, co-miam e dormiam nas casas de seringueiros ou na floresta. Para ilustrar como o lugar era longe, costuma-se dizer no Acre que “nem a Sucam havia chegado”.
“Ficava meses na floresta e estava casado com mulher nova. Peguei foi muito chifre, essa é a verdade”, brinca o guarda da malária Evilásio Meireles, 56. “Eu só fui conhecer a minha filha quando ela já tinha três meses”, conta Dejacir

Se sobrava empenho no trabalho, falta conhecimento sobre o até hoje controvertido DDT (diclorodifeniltricloroetano), um inseticida altamente eficiente contra mosquitos, mas que já foi banido por vários países, entre os quais os EUA. No Brasil, o Governo Federal deixou de utilizá-lo em 2002.

“Eles não tiveram nenhum treinamento”, diz a deputada estadual Idalina Onofre (PPS-AC), integrante da comissão parlamentar que já colheu cerca de 140 depoimentos em 11 cidades do Estado.
Os depoimentos de Brasiléia revelam mal uso do produto. “Muitas vezes, a mãe da criança vinha com um negócio de piolho, coceira, e eu inocentemente dava banho de DDT naquela criança”, lembra Dejacir.
Outro funcionário da extinta Sucam, Antonio dos Reis conta que, ao lavar seus equipamentos nos igarapés, vá-rios peixes morriam. “E automaticamente, a gente comia”.
A falta de habilidade com o produto não se restringia aos guardas da malária. O médico da Sucam Edson Chaves costumava colocar DDT num copo de água e beber para mostrar que o inseticida era inofensivo. Hoje, de acordo com a deputada Onofre, ele está entre os suspeitos de intoxicação.
Onofre diz que os casos suspeitos apresentam sintomas parecidos: tremor parecido ao mal de Parkinson, problemas no sistema nervoso e dor nas articulações. Em média, esses funcioná-rios ficaram expostos ao DDT por dez anos.
Dejacir reclama de dor nas mãos, no estômago, na vesícula, na nuca e na cabeça. Diz que sua mulher e sua filha apresentam sintomas semelhantes. Ele acredita que todos estejam contaminados porque sua casa servia de depósito do DDT.
Exames

A comissão registrou apenas seis funcionários que fizeram exame de contaminação - sempre com resultado positivo. Em todos esses casos, os guardas da malária tiveram de pagar do próprio bolso para viajar e fazer o exame em Brasília.
Na sessão de anteontem um guarda da malária contou ter contraído um empréstimo de R$ 8.000 para fazer o exame.
Já outro colega disse que utilizou as passagens ganhas de um deputado para ver a formatura do filho na Paraíba para viajar até o Distrito Federal.
Outro lado

Herdeira dos funcionários da antiga Sucam, a Funasa se comprometeu, na última sexta, em reunião com o Ministério Público Federal, em Rio Branco, a realizar um exame específico em todos os guardas da malária suspeitos de intoxicação pelo DDT.
Representante nacional da Funasa na reunião, o diretor de Recursos Humanos, Adalberto Fulgêncio, disse que não reconhece que tenha havido casos de intoxicação por DDT no Acre, mas que o Governo Federal se compromete a fornecer o tratamento adequado se houver a comprovação por exame de cromatografia gasosa.
Segundo ele, baseado em casos semelhantes ocorridos em outros estados do país, há poucas possibilidades de que se trata de intoxicação por DDT.

“Ele [o DDT] não entra pela epiderme nem pela via nasal, tem de ser ingerido”, diz Fulgêncio.

Ele afirmou que já foram realizados 119 exames no Adolfo Lutz, e todos resultaram em negativo. Além disso, a Funasa anulou todas as decisões liminares que a obrigavam a pagar despesas por suspeita de intoxicação.

(Fabiano Maisonnave, da Folha de S. Paulo)

Fonte: Jornal A Gazeta, http://www.guiadojurua.com.br/farofino/Textos/Jornal%20A%20Gazeta.doc

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