Logomarca do portal

Logomarca do portal
Prezado leitor, o Portal do Servidor Publico do Brasil é um BLOG que seleciona e divulga notícias que são publicadas nos jornais e na internet, e que são de interesse dos servidores públicos de todo o Brasil. Todos os artigos e notícias publicados têm caráter meramente informativo e são de responsabilidade de seus autores e fontes, conforme citados nos links ao final de cada texto, não refletindo necessariamente a opinião deste site.

OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

OS DESTEMIDOS  GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO
A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

SINDSEF RO

SINDSEF RO
SINDICATO DOS SERVIDORES PUBLICO DE RONDÔNIA

NOTÌCIAS DA CONDSEF

NOTÌCIAS DA CONDSEF
CONDSEF BRASIL

GRUPO DE VENDAS DE IMÓVEL

GRUPO DE VENDAS DE IMÓVEL
QUER COMPRAR OU VENDER É AQUI!!

CAPESAUDE/CAPESESP

CAPESAUDE/CAPESESP
FOMULÁRIOS

Fale com a CAPESESP

Fale com a CAPESESP
ATEDIAMENTO VIRTUAR

SELECIONE SEU IDIOMA AQUI.

sábado, 19 de abril de 2014

Crônica: Um político verdadeiro

PORTAL DO SERVIDOR PÚBLICO DO BRASIL

Crônica: Um político verdadeiro

Político
As eleições se aproximavam e os candidatos estavam quase loucos. Passavam de casa em casa, realizavam caminhadas da vitória e soltavam uma quantidade tão absurda de foguetes que mais parecia o Réveillon em Copacabana. Diante desse cenário, um dos pretendentes ao cargo me chamou a atenção:
Bééééééé… O som da campainha fez o silêncio pacificador presente em minha mente esvair sobre as narinas após um suspiro quase sem fim. Fui até a porta para ver de quem se tratava e, ao abrir, encontro um sujeito, muito bem vestido por sinal.
Sem cerimônias, adentrou minha humilde casa, foi até a cozinha, abriu a geladeira e, de dentro dela, retirou um pedaço que restava da pizza de ontem. Aqueceu a fatia no Micro-ondas e, sem sequer fechar a porta, foi até o meu armário, pegou um copo e depositou uma pequena sobra que ainda me restava da “Coca”.
Com o refrigerante em uma das mãos e o pedaço de pizza na outra, se dirigiu ao sofá e, como se estivesse em sua própria casa, praticamente se jogou sobre o móvel, onde permaneceu completamente estirado.
- Venha cá! – disse ele. Eu estava chocado, mal sabia para onde olhar, ou o que fazer, mas ainda assim, tive forças para ir ao seu encontro. Mesmo estando em minha própria morada, me sentia como uma visita prestes a ser expulsa. Sem pestanejar, o homem apoiou seus pés sobre o meu colo. Enquanto o fazia, sem sequer ter a ousadia de olhar para a minha insignificância, continuou:
- Eu não sei como, mas a comida está gostosa. – o sujeito olhou em volta, como se buscasse alguma coisa para criticar – Odeio pobre! – exclamou ele – Vocês são o carma da sociedade. Uns desgraçados que não têm vergonha de assumir a própria pobreza. Nem sequer dinheiro para pagar um IPTU vocês têm. Não sei como conseguem comer.
- Mas como… – tentei interromper…
- Calado! Você não é digno de dirigir sequer uma palavra a mim, seu pobre inútil. – eu estava me sentindo um lixo, mas, sem compaixão, ele continuou a falar – Ou você acha que, algum dia, os pobres estarão incluídos em algum grande plano de governo? Há Há, não me faça rir. Tudo o que temos hoje nada mais é do que um “cala a boca” para nos mantermos no controle de tudo. Eu não gosto de manter contato com esse tipo de gente, mas o que eu posso fazer? Vocês ainda são maioria, e precisamos do apoio do “povão”, como dizem em minha propaganda política. De que adianta contar com o dinheiro daqueles que financiam a minha campanha sem ganhar as eleições depois? Eu, infelizmente, preciso de pessoas como você.
Ele se levantou, deu alguns passos em direção à porta da casa, mas, como se tivesse esquecido de falar alguma coisa, retornou. Agora, olhando bem fundo em meus olhos. Seu olhar demonstrava nojo:
- Eu vou ser bem sincero. Prometo diminuir pela metade a verba enviada para a área da saúde e da educação, afinal, quem precisa disso? Vocês pobres nos dão muitos gastos. “Gastos”, eu detesto essa palavra. Caso ainda não tenha observado, os ricos e comerciantes são os que menos dão prejuízos ao governo, e sabe o por quê? Porque eles matriculam seus filhos em escolas privadas e não fazem uso de hospitais públicos… Nem eu uso essa saúde de merda que administro. E sabe o porquê? Porque eu tenho dinheiro! Muito dinheiro!!! Todo o dinheiro que um país pode ter. Eu também prometo que, como “ela” está querendo, irei construir um apartamento para a minha amante na capital do estado. Eu estou falando isso com você porque sei que, se abrir essa sua boca porca, ninguém irá acreditar. Eu pago, entenda como quiser, para que eles não acreditem. Já comprei inúmeros votos e meu discurso é o mais convincente de todos. Quando eu falar durante o grande pronunciamento da vitória, todos irão se emocionar ao ouvir as mais belas palavras saírem de minha boca… Há há há… Oh! Pobres diabos, como vocês são otários…
Ele, sem ao menos dar “adeus”, foi até seu carro, um luxuoso modelo que, de tão caro, nem mesmo eu o conhecia. Saiu às pressas, afinal, o pronunciamento ao qual se referiu estava prestes a começar.
Abismado, só me restava dormir. Por que dormir? A resposta é bem simples… Todos dormem. E sonham durante o sono. Sonham com uma realidade avessa. Sonham que estão bem, mesmo tendo que esperar dias em filas de hospitais. Sonham com o próximo grito de “gol” narrado escandalosamente enquanto uma máscara gigante esconde a realidade podre existente por trás de toda aquela felicidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

AGRADECEMOS A GENTILEZA DOS AUTORES QUE NOS BRINDAM COM OS SEUS PRECIOSOS COMENTÁRIOS.

##############PORTAL DO SERVIDOR PÚBLICO DO BRASIL##############