O Dia - 21/03/2019
Parlamentares e servidores públicos civis dizem que há tratamento diferenciado aos integrantes das Forças Armadas; há quem defenda que Rodrigo Maia devolva o projeto ao governo
Rio - Não foi nada positivo o impacto causado pelo projeto de lei de reforma previdenciária de militares, pelo menos entre deputados e servidores civis. O texto voltado aos integrantes das Forças Armadas prevê economia líquida de apenas R$ 10,45 bilhões em 10 anos e a reestruturação de carreiras, o que vai gerar gasto público. Irritados com esses detalhes, parlamentares ligados ao presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), querem que ele devolva a proposta ao presidente Jair Bolsonaro, pois não impõe sacrifícios aos militares.
Mesmo que isso não ocorra, a expectativa é de que a proposta seja desidratada, e alguns pontos sejam retirados do texto. Isso porque a intenção era passar uma imagem à sociedade de que todos vão pagar a conta. Maia não quis dar opiniões sobre o PL, e prefere analisá-lo antes de tomar uma decisão.
"Estamos ouvindo representantes dos trabalhadores privados e dos servidores civis, que hoje disseram: 'não pode sangrar só na gente', e eu concordo", declarou um deputado da mesma legenda que a de Maia. Ele acredita na possibilidade de o presidente da Casa devolver o projeto dos militares.
"O presidente da Câmara deveria devolver o projeto. A reforma tem que exigir sacrifícios a todos, não pode beneficiar um setor", acrescentou outro parlamentar.
Argumentos do governo
O secretário de Previdência, Rogério Marinho, argumentou que o tratamento diferenciado, na verdade, respeitou as "especificidades da carreira militar". Ele lembrou que há risco de morte para militares, e que eles também não têm FGTS e sindicato.
'Fomos traídos'
Representantes do funcionalismo público federal consideraram "vergonhoso" o projeto apresentado ontem pelo governo, e disseram que apenas a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06 de Reforma da Previdência do setor privado e servidores civis faz "os trabalhadores sangrarem". E...
Leia a íntegra em Reforma de militares deve ser desidratada na Câmara
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