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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Técnicos das federais dizem que só encerram greve se demandas de professores forem atendidas


Técnicos das federais dizem que só encerram greve se demandas de professores forem atendidas


O
Estado de S. Paulo     -      23/08/2012





Após
assembleia, Sinasefe apresentou ao governo as reivindicações dos
professores


Ao
contrário do que afirmou o Ministério da Educação na tarde desta quinta-feira,
23, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica,
Profissional e Tecnológica (Sinasefe) ainda não aceitou a proposta formulada
pelo governo que prevê reajustes salariais de 25% a 40% para professores e de
15,8% para funcionários técnico-administrativos. O Sinasefe representa
servidores das duas categorias.


Em
assembleia nacional realizada em Brasília, o Sinasefe decidiu que aceitará os
termos do acordo com os técnico-administrativos, mas esta categoria só encerrará
a paralisação se as reivindicações feitas pelos professores também forem
atendidas. Segundo um integrante do comando de greve, as demandas dos docentes
serão protocoladas ainda esta noite no MEC.


"Tal
aceitação (
por
parte dos técnicos
)
não significa imediata assinatura do referido termo de acordo, já que durante
todas as negociações apontamos a necessìdade de atendermos as negociações para
os dois segmentos que representamos", diz o documento do Sinasefe apresentado ao
governo.


Na
próxima quinta-feira, 29, haverá uma nova plenária em Brasília para discutir os
rumos do movimento. Até lá, os sindicatos locais ligados ao Sinasefe deverão
debater as respostas dadas pelo MEC às reivindicações apresentadas esta
noite.


Outros
sindicatos

Os
representantes da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades
Brasileiras (Fasubra) decidiram aceitar a proposta de reajuste de 15,8%,
fracionado até 2015, e incentivos à titulação oferecidos pelo
governo.


A
expectativa do sindicato é que os 140 mil técnico-administrativos que estão em
greve retornem às atividades na próxima segunda-feira,
27.


O
Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes)
foi o primeiro a assinar acordo com o Ministério do Planejamento, no início de
agosto. Desde então o governo deu como encerrada as negociações com os
docentes.


O
Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) é a
única entidade sindical que recusou a proposta do governo. O Andes representa a
maioria dos professores das federais. Nesta quinta-feira, a presidente do
sindicato, Marinalva Oliveira, protocolou no Ministério do Planejamento uma
contraproposta.


Pelo
plano, a categoria abre mão do aumento salarial de 25% a 40% e pede, em vez
disso, um reajuste de 4% a cada vez que o professor progredir na carreira. Ainda
de acordo com a proposta, o piso de início da carreira passaria a ser o proposto
pelo governo: R$ 2 mil.


No
MEC, a atitude de Marinalva foi vista como "intempestiva". Segundo a pasta, a
proposta do Andes custaria R$ 10 bilhões aos cofres públicos e não privilegia a
titulação e a dedicação exclusiva, pontos considerados inegociáveis pelo
governo.


De
acordo com o MEC, os valores acordados com as entidades sindicais já constam da
Lei de Orçamento Anual que será enviada ao Congresso.

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