Rafael Moraes Moura
O Estado de S. Paulo - 01/08/2012
Para o ministro da Secretaria-Geral da Presidência o prolongamento das paralisações prejudica o público
Um dos interlocutores mais próximos da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, criticou nesta quarta-feira, 1, a onda de greves em setores do funcionalismo público.
"Penso que as greves muito prolongadas acabam não beneficiando os servidores porque quem sofre muito com isso são os usuários, é o público", disse Carvalho, antes de participar de audiência com o ministro da Defesa, Celso Amorim. O governo chegou a publicar um decreto para garantir a manutenção de serviços essenciais durante a greve.
"Tenho a esperança de que prevaleça o bom senso e haja compreensão de que o momento no mundo exige muito cuidado e que se leve em conta que não se pode fazer uma greve antes de ter uma palavra final do governo. Estranhamos esse processo de greve. O mês de agosto é de estudo, análise, vai acontecer muita coisa no sentido de diálogo", afirmou.
"Temos de nos preocupar muito com o emprego daqueles que não têm estabilidade."
O ministro considerou "muito interessante" a proposta do governo para as universidades federais, que sofrem com a greve de professores.
"Todo processo de greve ainda está em andamento, o governo ainda não deu a sua palavra final, a responsabilidade nos faz analisar com muito cuidado cada passo. Oferecemos uma proposta que julgamos muito interessante para as universidades, esperamos que haja maturidade, compreensão do momento que estamos vivendo", afirmou.
Postado por Siqueira
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