Agência Brasil - 19/06/2012
Brasília – Os funcionários do Ministério de Relações Exteriores (MRE) também aderiram à greve dos servidores públicos federais, iniciada ontem (18). Segundo o Sinditamaraty, é a primeira vez que o pessoal do MRE entra em greve.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindisep-DF), aderiram à greve os funcionários dos ministérios da Justiça, da Saúde, do Desenvolvimento Agrário, do Trabalho e Emprego, da Previdência Social, da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Arquivo Nacional, além de professores de universidades federais e auditores fiscais da Receita Federal, que, segundo o sindicato da categoria, não pararam, mas decidiram fazer uma operação padrão.
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão informou que não tem um levantamento dos órgãos que estão com atividades paralisadas e que os dados sobre a greve são de responsabilidade de cada órgão. Na Receita Federal, a informação é que ninguém do órgão falará sobre o movimento dos auditores.
Os servidores públicos federais reclamam que não existe uma contraproposta do governo para as reivindicações da categoria enviadas ao governo em janeiro, entre as quais um reajuste de salários, que inclui no cálculo a inflação e a variação do Produto Interno Bruto (PIB), segundo informou José Milton Costa, da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
Os auditores fiscais estão usando duas formas de manifestação. Uma é uma operação padrão, que faz com que os servidores vejam “com lupa” cada produto que entra no país. A tática deles é atrasar a liberação de produtos e insumos destinados à produção. Os auditores ressaltam que ficam de fora da operação apenas os produtos perecíveis.
A outra forma dos auditores fiscais se manifestarem é por meio do que eles chamam de “crédito zero”. Ou seja, as informações sobre o recolhimento de impostos e multas, por exemplo, não serão transferidas para os computadores da Receita ficarão retidas nos equipamentos dos auditores, o que pode criar problemas para a contabilização da arrecadação.
A pauta dos auditores é extensa, mas eles pedem reajuste salarial de 30,18%, pois alegam que não recebem reajuste há mais de três anos, e a recomposição dos quadros de auditores fiscais, pois consideram que o quadro está defasado ante o aumento do comércio exterior brasileiro. Outro pedido é um adicional para os que trabalham em área de fronteira e em localidades inóspitas. O Sindifico reclama que o governo não deu retorno a nenhuma da reivindicações.
Postado por Siqueira às 15:15
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