Metrópoles - 22/06/2018
Pesquisa feita pela UnB foi encaminhada por sindicato ao comando da PF. O documento ficou em sigilo por quase dois anos.
Um levantamento realizado por psicólogas da Universidade de Brasília (UnB) aponta que 83% dos policiais federais estão altamente expostos a síndromes e transtornos psicológicos. Eles se sentem desvalorizados pessoal e profissionalmente dentro da corporação e ficam indignados com a situação.
De acordo com as psicólogas, esse sentimento pode provocar efeitos “devastadores”, como tensão emocional e física, causando inclusive o desenvolvimento da síndrome de Burnout (esgotamento profissional).
A pesquisa aponta que “fica evidenciada a existência de assédio moral vertical e estratégico” na Polícia Federal. O relatório conclusivo recomenda a reformulação dos cursos de formação e da política interna de recursos humanos.
Segundo o Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol-DF), a existência de ideação suicida entre os agentes foi o que acendeu o sinal de alerta para a realização da apuração.
Os dados foram encaminhados pelo Sindipol-DF à diretoria da PF em 2016. À época, Leandro Daiello estava à frente da corporação. Desde então, os dados ficaram sob sigilo. Segundo o sindicato, como não houve solução para o caso, reencaminharam a pesquisa há cerca de um mês ao comando da PF.
Procurada pelo Metrópoles, a Polícia Federal disse que apura “todos os eventos que possam ter repercussão na esfera disciplinar”. Afirma, ainda, que pediu ao Ministério do Planejamento a criação de cargos na área de saúde para a ampliação do atendimento aos servidores.
Leia a íntegra da nota:
“A Polícia Federal apura todos os eventos que possam ter repercussão na esfera disciplinar, estando à disposição dos seus servidores os instrumentos para notificação de eventuais fatos concretos dessa natureza. No tocante às relações de trabalho no âmbito da PF, a instituição mantém constante atenção aos mais elevados padrões de gestão, tendo participação em Grupo de Trabalho desenvolvido no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão sobre o tema. Além disso, foi solicitada ao referido Ministério a criação de cargos na área de saúde, inclusive de psicólogos, para ampliação do atendimento aos seus servidores.”
Por Renan Melo Xavier
Pesquisa feita pela UnB foi encaminhada por sindicato ao comando da PF. O documento ficou em sigilo por quase dois anos.
Um levantamento realizado por psicólogas da Universidade de Brasília (UnB) aponta que 83% dos policiais federais estão altamente expostos a síndromes e transtornos psicológicos. Eles se sentem desvalorizados pessoal e profissionalmente dentro da corporação e ficam indignados com a situação.
De acordo com as psicólogas, esse sentimento pode provocar efeitos “devastadores”, como tensão emocional e física, causando inclusive o desenvolvimento da síndrome de Burnout (esgotamento profissional).
A pesquisa aponta que “fica evidenciada a existência de assédio moral vertical e estratégico” na Polícia Federal. O relatório conclusivo recomenda a reformulação dos cursos de formação e da política interna de recursos humanos.
Segundo o Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol-DF), a existência de ideação suicida entre os agentes foi o que acendeu o sinal de alerta para a realização da apuração.
Os dados foram encaminhados pelo Sindipol-DF à diretoria da PF em 2016. À época, Leandro Daiello estava à frente da corporação. Desde então, os dados ficaram sob sigilo. Segundo o sindicato, como não houve solução para o caso, reencaminharam a pesquisa há cerca de um mês ao comando da PF.
Procurada pelo Metrópoles, a Polícia Federal disse que apura “todos os eventos que possam ter repercussão na esfera disciplinar”. Afirma, ainda, que pediu ao Ministério do Planejamento a criação de cargos na área de saúde para a ampliação do atendimento aos servidores.
Leia a íntegra da nota:
“A Polícia Federal apura todos os eventos que possam ter repercussão na esfera disciplinar, estando à disposição dos seus servidores os instrumentos para notificação de eventuais fatos concretos dessa natureza. No tocante às relações de trabalho no âmbito da PF, a instituição mantém constante atenção aos mais elevados padrões de gestão, tendo participação em Grupo de Trabalho desenvolvido no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão sobre o tema. Além disso, foi solicitada ao referido Ministério a criação de cargos na área de saúde, inclusive de psicólogos, para ampliação do atendimento aos seus servidores.”
Por Renan Melo Xavier
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