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ALESSANDRA HORTO
O DIA - 28/12/2014
Já no próximo mês, a plenária nacional em Brasília agrupará as decisões das regionais, para que sejam debatidas pelas centrais e formalizadas em documento conjunto com os sindicatos que participarão do evento
Rio - As principais entidades representativas dos servidores públicos federais não vão esperar muito tempo para traçar a estratégia da campanha salarial de 2015. Já no próximo mês a plenária nacional em Brasília agrupará as decisões das regionais, para que sejam debatidas pelas centrais e formalizadas em documento conjunto com os sindicatos que participarão do evento. O fórum nacional será promovido nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro.
O aperto fiscal do governo será a tônica da campanha do próximo ano. A mudança na equipe econômica já é motivo de preocupação e há promessa, ainda não confirmada oficialmente, de que o futuro ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, vai receber representantes da CUT, Condsef e demais entidades no próximo mês.
Para o presidente do Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), Paulo Rizzo, a campanha de 2015 deverá ser mais defensiva: “Vamos ter que atuar na defesa da manutenção dos nossos direitos. Temos que redobrar a atenção para que o governo não retire qualquer garantias do funcionalismo público”, destacou.
Para ele, as universidades têm três pontos que precisam ser discutidos o quanto antes: reabertura da negociação da carreira, correção das distorções da classe, além da recuperação da política salarial para os docentes.
Para Josemilton Costa, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o movimento dos servidores públicos federais tem que estar atento, pois “se ficar na defensiva, vai permitir que o rolo compressor passe com tudo”.
De acordo com Josemilton, desde o último mês os dirigentes das regionais têm promovido plenárias para recolher reivindicações dos servidores. “Assim, quando chegarmos no fim de janeiro já teremos uma base do que de fato mais aflige o funcionalismo”, explica.
Para o secretário-geral da Condsef, se o governo federal implementasse algumas medidas logo nos primeiros meses de governo, seria uma prova de que estaria disposto a ouvir as representações e também melhorar a vida financeira do servidor.
Entre as mudanças, citou a isonomia dos benefícios recebidos pelo funcionalismo dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo. Paridade entre ativos e inativos e regulamentação da negociação coletiva. “Ajudamos a eleger a presidenta Dilma Rousseff e esperamos retorno imediato por parte dela”, criticou.
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