Agência Brasil - 25/01/2017
Um ato organizado hoje (25) pelo Sindicato Nacional dos Auditores-fiscais do Trabalho (Sinait) lembrou a Chacina de Unaí e pediu a prisão dos envolvidos na morte de três auditores fiscais do trabalho e um motorista do Ministério do Trabalho no episódio, há 13 anos.
De acordo com o presidente do sindicato, Carlos Silva, ainda há muito a ser feito no país para a erradicação do trabalho escravo e para o reconhecimento dos fiscais responsáveis pelo combate a esse tipo de crime.
Segundo Silva, o número de trabalhadores em situação análoga à escravidão resgatados poderia ser muito maior se houvesse mais auditores fiscais no país. Atualmente, há 2,5 mil servidores nessa função, segundo o sindicato.
“Para combater o trabalho escravo, o trabalho infantil, os acidentes de trabalho e todas as outras mazelas que ainda existem no mundo do trabalho, o Brasil precisaria de pelo menos 8 mil auditores fiscais do trabalho.”
Além dos auditores-fiscais do trabalho, o resgate de trabalhadores em situação análoga a de escravo também é feito por equipes do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, compostos por auditores fiscais, procuradores do Trabalho e policiais federais ou rodoviários federais.
A Chacina de Unaí
No dia 28 de janeiro de 2004, três auditores fiscais do trabalho – Erastóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva – e o motorista do Ministério do Trabalho Ailton Pereira de Oliveira foram assassinados durante uma fiscalização rural na cidade de Unaí, em Minas Gerais. Os auditores apuravam uma denúncia relacionada ao trabalho escravo. Desde então, a data marca o Dia do Auditor Fiscal do Trabalho.
Os mandantes do crime foram condenados após vários anos, mas respondem em liberdade por causa de recursos protelatórios.
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