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Ontem enquanto eu passava deslizando em cima do carrinho na sessão de absorventes, sabonetes íntimos, lencinhos umidecidos, lembrei de quando eu era mais nova e não existia uma situação nesse mundo que me envergonhasse mais do que sair de casa, caminhar pela praça e entrar no mercado para fazer as compras de caráter fértil. Tá todo mundo olhando. Todo mundo vai saber que hoje, amanhã ou muito em breve meu endométrio vai esguichar e eu mais uma vez não arrumei serventia pro meu útero, mentira eu não pensava isso. Depois dessa breve nostalgia, fui na área de papel higiênico. Aí alguma coisa começou a incomodar muito enquanto eu procurava aquele com três camadas aveludadas cheias de cheirinho, frufru e Gianecchini, e eu logo percebi o que era: comprar papel higiênico. Desde quando a minha prima veio morar com a gente, ela é que cuidava dessa área de compras, e de repente eu estava ali, sem saber comparar preços; me vi executando uma tarefa na qual não possuía experiência nenhuma, e aquele sentimento de vergonha, que eu tinha quando comprava modes, havia voltado.
Óbvio que cagar é tão normal quanto menstruar, tão não, absolutamente mais normal do que menstruar, já que 100% das pessoas (saudáveis) o fazem todos os dias, e apenas 50% recebem o chamado sanguinário da natureza uma vez ao mês. Decidi então analisar por que aquela fucking situação estava me deixando desconfortável. Foi um grande momento de reflexão já que depois disso, enchi metade do carrinho de mantimentos inúteis e já estava sentada no metrô,chacoalhando e notei que um rapaz olhava minhas sacolas, ligeira que sou, percebi que ele não estava tentando ler o slogan do Extra. Não, senhores. Ele estava olhando o conteúdo dos saquinhos. Ou melhor, O conteúdo. Aquele pacote, de oito, não o recatado de apenas quatro, o extra-x-x-x-large pacote de oito rolos de papel higiênico. Aí eu pensei, quando um homem olha um papel higiênico, qual é a primeira coisa que ele pensa? Não, minhas caras, ele não acha que você comprou oito rolos pra tirar o excesso do batom, não. Não! Homens não limpam o órgão depois de urinar, então nem associam a isso. Ele vai te imaginar, não, só imagine: ele vai te imaginar dando aquela cagada. Não aquela cagadinha quando o Robinho já tá cabeceando, que a massa já tá tão na porta que não precisa nem limpar. Tipo, aquela cagada do estilo champagne, que depois de estourada a rolha, bem, você sabe. Então senhoras, bom, eu não tenho uma lição de moral pra dar, nem nenhuma conclusão brilhante, só decidi compartilhar minha teoria do papel higiênico. Aliás, puta associação escrota de Reynaldo Giani com cocô. Comprei aquele Neve e só consigo imaginar ele me fitando
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