“Tudo é possível. O jogo está em aberto”, foram com essas palavras que o deputado federal Carlos Eduardo Cadoca (sem partido) analisou a situação política do País no momento e as condições da presidente Dilma Rousseff (PT) chegar com chances de reeleição em 2014. Em entrevista à Rádio Folha 96,7 FM, o parlamentar destacou que a petista precisa rever várias questões de sua administração, principalmente no que diz respeito aos rumos que o Governo dá a economia. Ponto que, segundo o deputado, pode enterrar as pretensões eleitorais da presidente.
“Se ela [Dilma Rousseff] tomar atitudes corretas, pacificar a base, retomar algumas ações do governo, sobretudo na área econômica, fazer política, ela não está fora do jogo. Com esse comportamento hoje ela vai para o fundo do poço. A presidente precisa ter ousadia e coragem para implementar as mudanças necessárias”, cravou Cadoca.
Contudo, o deputado federal indicou que o jogo eleitoral não pode contaminar a governabilidade. Cadoca observa que a presidente necessita dar resposta, por exemplos, as reclamações ouvidas nas ruas mas olhando fatores da economia externa. “A briga da eleição não pode se sobrepor ao destino do País. Ainda falta um ano e meio de governo e nós estamos vivendo um momento de crise que é grave. Lá fora [nas ruas] a pressão das pessoas é forte, a economia está travava, o dólar lá em cima e pelos estudos e indicações da banca internacional o câmbio vai ficar tendenciado. É preciso pensar na governabilidade”, disse o deputado.
Na corrida para eleições presidenciais, Cadoca acredita que o cenário atual de prováveis candidatos não mude. De todos que estão na mesa, sem esquecer José Serra (PSDB), que corre por fora, o candidato com maior chance de crescimento é o governador Eduardo Campos (PSDB). “Ele está numa posição muito confortável, vem discutindo com bastante cautela, tem os atributos necessários para a disputa e para execução de uma mandato de presidente da República, é jovem, tem carisma, tem liderança, tem trabalho realizado, conteúdo e capacidade de articulação política”, elogiou.
Já Marina Silva (sem partido), acredita o deputado, vai enfrentar dificuldades durante a campanha. “Não é por ela ser evangélica, até porque não é nenhum demérito a pessoa ser evangélica. Eu acho que ela não passe para certos setores da sociedade a consistência, o conteúdo e a capacidade de comandar um país na complexidade como o nosso”, avaliou. “Aécio é um profissional da política, tem história, foi um bom govenador, tem algumas dificuldades que não cabe a mim julgar. Acham que ele não tem vontade e determinação política que Eduardo Campos tem. Isso passa e as pessoas percebem”, complementou sua análise.
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