96,37% DOS DELEGADOS RECLAMAM DA FALTA DE SERVIDORES ADMINISTRATIVOS
O delegado Marcos Leôncio Ribeiro da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgou nesta segunda-feira (23) pesquisa sobre as atuais condições de trabalho dos policiais federais em todo o país. O levantamento foi divulgado poucos dias depois da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) tornar púbica uma nota de repúdio às perseguições aos agentes que participaram da Operação Esopo da Polícia Federal (PF), que revelou um esquema de fraudes em licitações no Ministério do Trabalho.
Participaram da pesquisa online 331 delegados da PF em 27 estados; 25,08% dos entrevistados têm cinco anos de carreira, e 58,31% tem entre seis a dez anos de Polícia Federal. Foram abordados quesitos como estrutura física e recursos humanos e materiais disponíveis para a realização dos trabalhos. Segundo a pesquisa 96,37% dos delegados consideram insuficiente a quantidade de servidores administrativos. A falta de serviço médicos e psicológicos foi reclamado por 68,31% dos profissionais. A pesquisa revelou ainda que 61,33% dos entrevistados se sentem seguros na condição de delegado de Polícia Federal, mas 64,94% deles não se sentem estimulados na sua rotina. Além disso, 61,03% dos profissionais ouvidos não se sentem devidamente reconhecidos.
Um ponto positivo da pesquisa é que mais da metade dos delegados aprovam as condições de trabalho em suas unidades, sendo que 51,06% consideram o espaço físico adequado. As más condições para as práticas físicas e de tiros foram citadas por 78,25% dos delegados, e 72,81% deles afirmaram que é preciso melhorar. A localização e as vias de acesso às unidades foram aprovadas por 75,83% dos delegados. Outros fatores considerados satisfatórios foram: armamentos e coletes (66,47%), materiais de expediente (67,98%) e equipamentos de telefonia e fax (76,13%).
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