Todos nós somos químicos?
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Durante minha formação e até hoje como professor de Química me deparei com a afirmação: ”odeio química”. Como odiar a química se o tempo todo estamos sendo químicos. A química em nós está no cheiro, no tato, na cor, entre outras coisas. Quem ao sentir o cheiro de determinada coisa, não disse: “que gostoso”, ou “que horrível”. Essa expressão só possível por se tratar do químico que morar em nossos sentidos. O cheiro bom e ruins de nosso dia a dia só existe na cabeça do químico que existe na gente. Outro detector químico maravilhosos são os nossos olhos, capazes de distinguir as cores e suas intensidades. Por sinal, as intensidades das cores está inserida na lei de Lambert-Beer. Portanto, somos químicos. Não poderia ser diferente o mundo só é mundo graças a combinação dos elementos químicos.
Arrenhius ou Lowry-Bronsted 2
Geralmente quando se define uma base segundo a teoria de Arrenhius é utilizado o hidróxido de sódio (NaOH). No entanto, a literatura normalmente utiliza a amônia () para definir a teoria de Lowry-Bronsted. O porquê disso é muito díficl de ser encontrado na literatura. A verdade é que o NaOH pelo fato de ser apenas dissociado pela água, ele é considerado um sal pela teoria de Lowry-Bronsted; ou seja,
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A coisa muda de figura quando se utiliza a teoria de Arrenhius, o passa ser . Assim, teremos
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Arrenhius ou Lowry-Bronsted
Quando tratam das teorias de ácido-base, os livros de química geralmente apenas usam as definições pura e simplesmente. No entanto, parece que nós nunca consiguemos nos livrar da teoria de Arrenhius. Ela sempre está inserida na forma de nós expressamos as equações química. A equação abaixo é um exemplo clássico dessa afirmativa:
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Observe que embora a representação correta seja
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Sempre utilizamos a primeira representação com o argumento de facilitar a escrita. Sem querer estamos esquecendo a teoria de Lowry-Bronsted e retornando a teoria de Arrenhius. Parece que liberar é melhor que
Modelar, por que?
Para Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel, ganhadores do prémio Nobel de 2013, modelar significa simular moleculas em computadores. Atualmente, trabalhar com moléculas em computador é bastante simples, mas historicamente de 1972 para cá representou um avanço significativo para o desenvolvimento e entendimento do funcionamento de macromoléculas. Graças a essas simulações, novas macromoléculas foram sintetizadas. Estruturas complexas como a do DNA ficaram mais simples para a maioria do público. A química sendo decifrada de uma forma simples e clara. Não é possível depois da modelagem não as moléculas como elas são. A sua existência e participação nos diversos sistemas metabólicos ficou muito simples.
Mudança de pH pelo efeito do íon comum
A maioria dos alunos pensam que para mudar o valor de pH de uma solução é pura simplesmente adicionar uma substância ácida ou básica. No caso do (acetato de prata) não é bem assim a história. Um outro sal pode entrar para alterar o valor de pH.
O se dissocia parcialmente da seguinte forma:
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Observando bem a adição de altera o primeiro equilíbrio por efeito de íon comum, reduzindo consequentemente a quantidade de . Com isso, o valor de pH será alterado pela redução da quantidade de íon em solução.
O elemento 115 e os Óvinis
Existem na tabela alguns elementos químicos notabilizados por seus mistérios. Dentre os quais, podemos citar o elemento 115. Para o físico Robert Scott Lazar, esse elemento
instável, chamado unilpêntio (do latim significa 115 um nome provisório atribuído pela IUPAC) ou eka-bismuto, é usado como combustível nuclear nos Óvnis. Para o mesmo cientista a sua inexistência na Terra tem haver com a explosão da supernova que originou o sistema solar. A verdade é que mais recentemente um grupo de cientistas europeus (Alemanha, Suécia, Inglaterra, Japão, Suíça e Estados Unidos), conseguiram obter fótons típicos dos raios X emitidos do unilpêntio. Para isso, eles bombardearam um filme fino constituído de amerício e íons cálcio:
+ + outras partículas (, , etc)
A cor verde da Estátua da Liberdade
A estátua da liberdade, com 46 metros de altura e pesando 225 toneladas, foi presenteada pelos franceses ao Estados Unidos em junho de 1884. A estátua foi feita com placas de cobre
fixadas sobre um esqueleto de ferro. A superfície externa da estátua, assim como ocorre em outras estruturas de cobre, é protegida por uma fina camada formada azul-esverdeada denominada de pátina. Ao ser expostos as intempéries do ambiente o Cu(s) forma a pátina que nada mais é que o carbonato básico de cobre, CuCO3.Cu(OH)2. A pátina protegeria a estátua do ambiente se não fosse o esqueleto de ferro. Quando o cobre entra em contato com o ferro começa ai um processo de corrosão que prejudica a durabilidade da estrutura da estátua da liberdade. Para proteger desse processo os franceses usaram camadas de amianto para evitar o contato com os dois metais. Infelizmente, com o tempo o amianto se desfez e com a entrada da água de chuva na estátua o ferro começou a oxidar. Em sua última restauração vigas de aços inox e isolantes à base de teflon foram utilizados para evitar o problema.
Terapia por íon de lítio
O carbonato de lítio, Li2CO3, é um composto iônico relativamente simples. Seu comportamento porém no corpo humano é complexo e ainda algo misterioso. Muitas vezes chamado simplesmente de lítio, atualmente, é considerado a droga mais efetiva para o tratamento de um tipo de doença mental chamada doença maníaco-depressiva. As pessoas que sofrem desta doença tendem a ficar fortemente superativas ou profundamente deprimidas por semanas ou meses.
O carbonato de lítio acalma o paciente durante a crise maníaca e parece ajudar a controlar as flutuações de ânimo. A maneira como a droga atua no corpo não é ainda bem conhecida. Sabe-se que sinais são transmitidos no sistema nervoso através de um processo que depende de um balanço entre os íons de sódio e de potássio. Os íons de lítio, provenientes de carbonato de lítio, podem também afetar o modo como as células nervosas se comunicam. Usada há mais de 10 anos, a terapia por lítio já poupou cerca de quatro bilhões de dólares, com base no custo de tempo de trabalho perdido e no custo de tempo de trabalho perdido e no custo de métodos anteriores de tratamento.
Referência
Ucko, D. A. Química – Para as ciências da saúde. 2a ed. São Paulo: Manole, 1992
Desde o quinto século d.C. era sabido que mastigar casca de salgueiro aliviava a dor. O composto químico responsável pelo efeito analgésico, só foi isolado em 1860, que é o ácido salicílico. O sabor desse ácido era muito azedo, além de provocar irritação no estômago. Para melhorar as qualidades do analgésico, em 1874 os químicos sintetizaram o salicilato de sódio. Infelizmente, os químicos só conseguiram reduzir o seu gosto amargo. Somente em 1899, que a substância acetilsalicílico passou a ser comercializada como o nome de aspirina pela companhia alemã Bayer. Para tando os químicos da Bayer utilizaram a reação entre o ácido salicílico e o anidro acético para produzir o analgésico. A história da aspirina pode ser contada da seguinte forma:
O elemento 85
O astato (elemento n º 85) está entre aqueles elementos mais raros do mundo. Ele tem uma meia-vida máxima de apenas oito horas; pequenas quantidades são encontradas em em cadeias naturais de decaimento radioativo. Pode ser produzido também pelo bombardeando do bismuto com partículas atômicas energéticas. Este elemento é daqueles que deixa também um ” curioso vazio” na Tabela Periódica dos Elementos: Suas propriedades no estado sólido ou líquido, ou condensado , são simplesmente desconhecidas. Sem sombras de dúvidas isso ocorre devido ao fato de que a maior quantidade de astato já criada é de 0,05 microgramas, o que dificulta qualquer estudo de suas propriedades físicas e químicas.