Em algumas plantas industriais de álcalis clorados, a sua amálgama com o sódio tem a finalidade
de converter o cloreto de sódio em cloro, hidróxido de sódio e hidrogênio:
2NaCl+2H2O --> 2NaOH + Cl2 + H2
Em garimpos o mercúrio elementar é adicionado a grandes quantidades de escórias, para formar
amálgamas com ouro ou prata. A amálgama líquida formada libera o ouro ou a prata mediante destilação.
Infelizmente, esse procedimento foi e é muito utilizado no Brasil, o que resulta na emissão de muitas
toneladas de mercúrio no ambiente.
No estado de oxidação +2 é utilizado como catalisador na produção de cloreto de polivinila.
O seu nitrato era usado antigamente para tratar o couro utilizado para a fabricação de chapéus.
Um vez no ambiente, o mercúrio se distribui por todos os compartimentos do ambiente. Como
as condições ambientais são adversas (pH, Eh, atividade de microorganismos, bactérias, etc)
observam-se a formação de outras formas de mercúrio. A Figura abaixo mostra o ciclo do mercúrio.
A baia de Minamata - Primeira contaminação
Na cidade de pescadores de Minamata, Japão, uma planta química que utilzava Hg2+ como catalisador no
processo de produção de cloreto de polivinila, descarregou resíduos que continham mercúrio na sua baía.
Após algum tempo, ocorreu a transformação do Hg2+metilmercúrio. Os níveis de metilmercúrio atingiram
níveis da ordem de 100 mg g-1 nos peixes. Como os peixes existentes na Baía de Minamata era o principal
componente da dieta local, milhares de moradores da região foram contaminados.
Em razão dos sintomas iniciais nos seres humanos serem retardados, os primeiros sinais da doença de
Minamata foram observados em gatos que tinham comido peixe descartado. Quando contami-nados
começavam a pular e se contorcer, corriam em circulos e se lançavam na água, afogam-se.
As consequências da contaminação por mercúrio
Os sintomas observados da contaminação por metilmercúrio são disfunções do sistema nervoso central,
dormência em braços e pernas, visão nebulosa, letargia e
irritabilidade O metilmercúio pode passar para o feto e ao
nascer, a criança apresenta danos cerebrais profundos,
algumas fatais. Elas se manifestam pela paresia cerebral,
ocasionando retardamento mental e distúrbios motores e
mesmo paralisia.
A OMS afirma que níveis de mercúrio entre 10-20
mg g-1 de metilmercúrio no cabelo de mulheres grávidas
são suficientes para afetar o desenvolvimento do feto.
Referências
Baird, C. Química Ambiental. 2 ed., Porto Alegre: Bookman, 2002.
Manahn, S. Environmental Chemistry, 7 ed. Boca Raton: Lewis Publishers, 1999 USEPA - Toxicological effects of methylmercury. Washington: National Academy Press, 2000 |
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sábado, 25 de janeiro de 2014
Contaminação por mercúrio
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