Jornal do Commercio - 05/05/2016
Brasília - O grupo que assessora a formação do provável governo Temer estuda rever o reajuste salarial negociado com a equipe de Dilma Rousseff em 2015, por conta do impacto nas contas. Mas já esbarra na resistência do funcionalismo público, que ameaça entrar em greve para manter os acordos. A revisão do reajuste, que seria uma forma de reduzir o rombo das contas públicas em 2016 e 2017, colocou várias categorias de alerta.
O sindicalismo público prepara uma ofensiva no Congresso para impedir que os projetos com os reajustes negociados no ano passado não sejam honrados pela nova equipe. O custo do reajuste da folha de pagamento dos servidores do Executivo está estimado em R$ 5,313 bilhões para este ano, segundo o Ministério do Planejamento.
Nesse valor estão incluídos R$ 4,229 bilhões das categorias que já fizeram acordo com o governo e devem ter os salários reajustados em 5,5% em agosto, caso os projetos sejam aprovados pelos parlamentares.
Outro R$ 1,084 bilhão é a estimativa para os acordos firmados com os funcionários da AGU, médicos peritos do INSS, servidores da Receita e auditores do Trabalho. O Planejamento também incluiu nessa projeção as negociações em aberto, com os mesmos 5,5% de aumento a partir de agosto.
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