Alessandra Horto
O Dia - 15/05/2016
O anúncio do corte de quatro mil cargos comissionados do governo interino é promessa já conhecida entre os servidores federais. Em 2015, o então ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciou que seriam reduzidos três mil cargos comissionados. A medida fazia parte da reforma administrativa e ficou no papel. Pouco se cortou e agora o novo ministro do Planejamento, Romero Jucá, disse que a meta será cumprida até o fim do ano. A determinação é que todos os titulares das pastas ocupem no máximo até 75% das funções gratificadas e dos cargos comissionados.
De acordo com o Boletim Estatístico de Pessoal, elaborado pelo Ministério do Planejamento, existem 21.700 cargos comissionados. Em 1997, eram 17.605. O ápice foi registrado em 2014, quando chegou a 22.926. Segundo o levantamento, a remuneração média global é de R$11.767,25. Dos 21.700, 16.085 cargos comissionados são ocupados por servidores de carreira, o que representa 89,8%. Os demais 5.615 são preenchidos por pessoas que não têm vínculo efetivo com o Executivo Federal, ou seja , 10,2%. O boletim aponta ainda que 14.904 ocupantes de cargos comissionados têm Nível Superior completo, o que corresponde ao índice de 68,7%. A idade média é de 46 anos e 12.402 são do sexo masculino e 9.298, feminino.
CONTRATAÇÃO — Romero Jucá anunciou que serão revistos todos os 51 diferentes métodos de contratação previstos hoje no arcabouço do governo.
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