Na carcinicultura o DDT e o Aldrin eram usados para controle de peixes e moluscos. Atualmente, eles não são mais utilizados pelos carcinicultores e apresentam um alto risco de poluição ambiental.
“Desde a descoberta das propriedades inseticidas do DDT, em 1942, grandes quantidades de hidrocarbonetos clorados foram despejados sobre a superfície da Terra num esforço para destruir os insetos. Este esforço teve, inicialmente, incrível êxito, erradicando de grandes áreas do planeta insetos vetores de moléstias, especialmente os vetores do tifo e da malária. À medida que o tempo passou, no entanto, principiamos a perceber que este prodigioso emprego de hidrocarbonetos clorados são, em geral, compostos muito estáveis e degradam-se lentamente pelos processos naturais nos ambiente. Por isso, muitos inseticidas organoclorados permanecem, durante anos, no ambiente. Estes inseticidas persistentes são os pesticidas “duros”.
Os hidrocarbonetos clorados, além disso, são solúveis em gorduras e tendem a se acumular nos tecidos graxos da maioria dos animais. A cadeia alimentar que passa do plâncton para os pequenos peixes, destes para os grandes peixes e as aves e daí para os animais de maior porte, inclusive o homem, tende a ampliar este efeito concentrador dos compostos organoclorados em cada etapa.
O cloroidrocarboneto DDT é preparado a partir de materiais baratos, o clorobenzeno e o tricloroacetaldeído. A reação é catalisada por ácidos.
Na natureza, o principal produto da decomposição do DDT é o DDE.
Estimativas feitas indicam que cerca de meio bilhão de quilogramas de DDE foram disseminados no ecossistema mundial. Efeito ambiental pronunciado do DDE manifesta-se na formação das cascas dos ovos de muitas aves. O DDE inibe a enzima anidrase carbônica que controla o suprimento de cálcio para a formação das cascas. Por isto os ovos ficam frágeis e não sobrevivem ao tempo de choco. Nos anos finais da década de 40, as populações de águias, falcões e gaviões diminuíram espetacularmente. Há poucas duvidas sobre a responsabilidade fundamental do DDE nesta diminuição.
O DDE também se acumula nos tecidos gordurosos dos homens. Embora o organismo humano tenha, aparentemente, boa tolerância, a curto prazo, a níveis moderados de DDE, os efeitos a longo prazo estão longe de serem conhecidos.
Outro inseticida duro é o aldrin que pode ser feito por uma reação de Diels-Alder entre o haxaclorociclopentadieno e o norbornadieno.
Durante a década de 70, nos Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental proibiu o uso do DDT e do aldrin em virtude dos riscos conhecidos, ou possíveis, à vida humana. Estes compostos são suspeitos de ação cancerígena”.
Bibliografia:
Solomons, T. W. Graham; Química Orgânica II, Trad. Horácio Macedo, 6ºedição, LTC Editora S.A, Rio de Janeiro, 1996
http://www.cb.ufrn.br/~ecomangue/poluoquimica/organoclorados.htm
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